Lição 01 - A sobrevivência em tempos de crise | Adultos 4° Trimestre de 2016

Adultos 4° Trimestre de 2016

2 de Outubro de 2016

TEXTO ÁUREO
"Tenho-vos dito isso, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo" (Jo 16.33).

VERDADE PRÁTICA
As crises podem ser superadas com sabedoria, fé e com a ajuda de Deus.

LEITURA DIÁRIA
Segunda - Hc 1.1,2: O questionamento e o silêncio de Deus em meio à crise
Terça - Hc 1.3,4: Um profeta entristecido em meio à crise de violência e corrupção
Quarta - Hc 2.2: A resposta de Deus em meio à crise
Quinta - Hc 1.13: Deus usa o ímpio, em meio à crise, como instrumento de correção
Sexta - Hc 3.17,18: A fé na provisão de Deus em tempos de crise
Sábado - Hc 3.19: Deus é a nossa força em tempos de crise

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Habacuque 1.1-17

HINOS SUGERIDOS 50, 140 e 474 da Harpa Cristã.

OBJETIVO GERAL
Mostrar que as crises que enfrentamos em nossa nação e no mundo são resultado do mundo decaído.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
I. Reconhecer que a crise é uma realidade do mundo atual;
II. Mostrar que a crise é consequência do pecado;
III. Explicar o porquê das crises política, econômica e espiritual.

INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Prezado professor, neste trimestre teremos a oportunidade ímpar de estudarmos a respeito das crises que nossa nação e o mundo vêm enfrentando: crise espiritual, política e econômica. O comentarista do trimestre é o pastor Elienai Cabral - escritor e conferencista da Casa Publicadora das Assembleias de Deus.

Aproveite o tema do trimestre para mostrar aos seus alunos que o mundo está em crise, mas os céus não. Deus é Soberano e Senhor. Ele tem o suprimento para todos aqueles que nEle confiam.

PONTO CENTRAL
A crise espiritual, política e econômica que o mundo enfrenta é consequência do mundo decaído.

INTRODUÇÃO
Neste trimestre, estudaremos as crises que o mundo decaído vem enfrentando ao longo do tempo. Jesus nos alertou que no mundo teríamos aflições, mas prometeu estar conosco todos os dias. O Brasil e o mundo enfrentam crises políticas, morais e econômicas sem precedentes, que atingem todas as esferas da sociedade. Contudo, temos um Deus que cuida de nós e que está no controle de todas as coisas.

I - A CRISE COMO UMA REALIDADE

1. Deus criou um mundo perfeito. Em sua origem, a criação era perfeita e harmoniosa. O homem recebeu a missão de governar e cuidar da Terra. No entanto, a desobediência e a Queda introduziram o pecado no mundo, trazendo juízo sobre a humanidade e sobre a própria criação. A primeira crise vivida por Adão foi relacional: ele culpou a Deus e a Eva por seu erro. Essa tendência de transferir responsabilidades em tempos de crise ainda é uma realidade hoje.

2. Uma sociedade em crise. Após a Queda, a humanidade degenerou-se rapidamente. Vivemos em uma sociedade marcada pela apostasia, imoralidade, violência e corrupção, semelhante aos dias de Noé. Embora o mundo pareça estar fora de controle, a soberania de Deus permanece absoluta. Como crentes, não pertencemos a este sistema corrupto e não devemos nos conformar com ele.

SÍNTESE DO TÓPICO I
A crise que atinge o mundo é real e é consequência da Queda.

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
"Adão e Eva tentaram igualar-se a Deus e determinar seus próprios padrões de conduta. O ser humano, através da Queda, tornou-se até certo ponto independente de Deus, e começou a fazer o seu próprio julgamento entre o bem e o mal. Neste mundo, o julgamento ou discernimento humano, imperfeito e pervertido, constantemente decide sobre o que é bom ou mau. Tal coisa nunca foi da vontade de Deus, pois Ele pretendia que conhecêssemos somente o bem, e para isso, dependendo dEle e da sua palavra. Todos quantos confessam Cristo como Senhor, retornaram ao propósito original de Deus para a humanidade. Passam a depender da Palavra de Deus para determinarem o que é bom" (Bíblia de Estudo Pentecostal. RJ: CPAD, p.38).

II - A CRISE COMO UMA CONSEQUÊNCIA DO PECADO

1. A crise na sociedade antediluviana. Após a Queda, o pecado se alastrou como um vírus. Apesar da longevidade e da aparente prosperidade, a Terra se encheu de corrupção e violência. A violência não é um produto da modernidade, mas uma consequência direta do coração pecaminoso do homem afastado de Deus. A santidade divina não pode tolerar o mal, por isso Deus trouxe o dilúvio como juízo. No entanto, em sua misericórdia, Ele proveu a arca como refúgio para Noé e sua família - um símbolo da salvação oferecida por Cristo.

2. Crise na sociedade pós-dilúvio. Mesmo após um novo começo, o pecado persistiu no coração humano. O episódio da embriaguez de Noé e a maldição sobre Cam demonstram como o pecado traz maldição sobre famílias e nações. A construção da Torre de Babel foi um monumento ao orgulho e à autossuficiência humana, resultando em confusão e dispersão. A sociedade pós-diluviana não se tornou moralmente superior à anterior.

3. Crise nos tempos de Jesus e na Igreja Primitiva. Jesus nasceu em um contexto de crise política, social e espiritual sob o domínio romano. Sua mensagem confrontou a religiosidade vazia e chamou para uma fé prática que acode os necessitados. A Igreja Primitiva também enfrentou perseguição e necessidade, mas respondeu com generosidade e comunhão, compartilhando seus bens, o que se tornou um poderoso testemunho e contribuiu para seu crescimento.

SÍNTESE DO TÓPICO II
A crise é uma consequência do pecado.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO
"Maldade e violência. Essas palavras são usadas para caracterizar os pecados que causaram o dilúvio de Gênesis. Maldade é rasab, atos criminosos que violam os direitos dos outros e tiram proveito do sofrimento deles. Violência é hamas, atos deliberadamente destrutivos que visam prejudicar outras pessoas. Quando qualquer sociedade é marcada por situações frequentes de maldade e violência corre o risco de receber o juízo de Deus. [...] Percebemos a qualidade de nossa fé quando passamos por provações" (RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia. 10ª Edição. RJ: CPAD, 2012, p.29).

III - A CRISE

1. A crise política. A história de Israel após Salomão ilustra as consequências desastrosas de uma liderança insensata e autocentrada. A divisão do reino trouxe sofrimento duradouro. Atualmente, o Brasil e muitas nações enfrentam crises políticas profundas, marcadas por escândalos e corrupção que permeiam várias esferas do poder. A Igreja deve orar fervorosamente pela nação e se posicionar contra toda injustiça, pois Deus é santo e abomina a corrupção.

2. A crise econômica. A Bíblia registra crises econômicas severas, como a fome nos dias de José. Deus, porém, revelou a solução através de um sonho e levantou José com sabedoria sobrenatural para administrar a crise. Hoje, a crise econômica está frequentemente interligada com a instabilidade política e ética. Em meio à escassez e ao desemprego, os crentes não devem ceder ao desespero, mas confiar no Deus provedor e buscar sua sabedoria.

3. A crise espiritual. O profeta Habacuque personifica o questionamento piedoso em meio ao caos social. Ele clama a Deus diante da aparente prosperidade dos ímpios e do sofrimento dos justos. A resposta de Deus não é imediata nem fácil (Ele usaria os babilônios, um povo mais ímpio, para disciplinar Judá), mas é certa. Habacuque nos ensina a lição suprema: confiar em Deus independentemente das circunstâncias, mesmo quando "a figueira não floresce". A verdadeira fé é testada e se fortalece na escassez, não na abundância.

SÍNTESE DO TÓPICO III
A crise que a nossa nação está enfrentando é espiritual, política e econômica.

SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
"Habacuque, ao rogar a Deus por uma explicação do porquê Ele permitiria que o iníquo pecasse e o inocente sofresse, recebe a resposta. [...] O Senhor usaria as forças armadas desses pagãos para que seu próprio povo fosse punido. [...] As respostas que encontramos em Habacuque deixam evidente que o ímpio não será bem-sucedido, pois não há quem, bom ou mau, que possa evitar a mão disciplinadora do Senhor" (RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia. 10ª Edição. RJ: CPAD, 2012, p.560).

CONCLUSÃO
O mundo pode estar em crise, mas o Reino dos Céus permanece inabalável. Deus é soberano e não perdeu o controle da história. O Dia do Senhor virá, quando toda injustiça será julgada e a justiça será estabelecida. Enquanto isso, nossa resposta como crentes deve ser a de Habacuque: viver pela fé, confiar na providência divina e ser agentes de esperança e justiça em um mundo decaído. Não desanime. Confie, pois o Senhor é o nosso refúgio e fortaleza.

PARA REFLETIR
A respeito da sobrevivência em tempos de crise, responda:

1 Qual era a missão de Adão antes da crise se instalar na Terra?
Adão recebeu do Criador a missão de governar a Terra e cultivar o solo.

2 As crises enfrentadas no mundo são consequência de quê?
São consequência da Queda.

3 A sociedade pós-diluviana tornou-se melhor que a antediluviana?
Não! O homem continuou a pecar de forma deliberada contra Deus.

4 Quais eram as crises e conflitos no tempo de Jesus?
A tensão política e a instabilidade social eram grandes. Era um tempo de crise política, social, moral e espiritual.

5 Quem Deus usou para administrar a crise de alimentos no Egito?
José recebeu de Deus sabedoria para administrar a crise.

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