Estudo exclusivo da Escola EBD: Nesta lição abordaremos profundamente Revista Adultos 2° Coríntios com insights baseados na teologia pentecostal da cpad...
10 de janeiro de 2010
TEXTO ÁUREO
“Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das misericórdias e o Deus de toda consolação” (2 Co 1.3).
VERDADE PRÁTICA
As aflições nos ensinam a lidar com as circunstâncias e a depender inteiramente de Deus, nosso auxílio e consolo.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Sl 23.4 A vara e o cajado de Deus nos consolam
Terça - Sl 86.17 Deus consola o seu povo
Quarta - 2 Co 7.6 Deus, o Consolador dos abatidos
Quinta - 2 Co 1.4,5 O Deus de toda consolação
Sexta - Cl 2.2 Consolados e unidos em amor
Sábado - 1 Ts 5.14 Consolai os desanimados; amparai os fracos
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
2 Coríntios 1.1-7.
1 - Paulo, apóstolo de Jesus Cristo pela vontade de Deus, e o irmão Timóteo, à igreja de Deus que está em Corinto, com todos os santos que estão em toda a Acaia:
2 - graça a vós e paz, da parte de Deus, nosso Pai, e da do Senhor Jesus Cristo.
3 - Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das misericórdias e o Deus de toda consolação,
4 - que nos consola em toda a nossa tribulação, para que também possamos consolar os que estiverem em alguma tribulação, com a consolação com que nós mesmos somos consolados de Deus.
5 - Porque, como as aflições de Cristo são abundantes em nós, assim também a nossa consolação sobeja por meio de Cristo.
6 - Mas, se somos atribulados, é para vossa consolação e salvação; ou, se somos consolados, para vossa consolação é, a qual se opera, suportando com paciência as mesmas aflições que nós também padecemos.
7 - E a nossa esperança acerca de vós é firme, sabendo que, como sois participantes das aflições, assim o sereis também da consolação.
INTERAÇÃO
Professor, atualmente muitos servos de Deus, influenciados pela Teologia da Prosperidade, acreditam que os crentes fiéis não podem experimentar aflições ou tribulações. A lição desta semana possibilitará a oportunidade de explicar aos alunos que o crente fiel também sofre infortúnios; Paulo é um exemplo. A Segunda Carta aos Coríntios mostra que ele enfrentou oposição, perseguição e experimentou grande sofrimento. Todavia, o Deus que o comissionou não o deixou sozinho, mas esteve ao seu lado em todo o tempo. Permita que Deus traga consolo ao seu coração a fim de que possa consolar seus alunos ou outras pessoas que porventura estejam também enfrentando dificuldades.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Compreender que as aflições por que passamos nos ensinam a lidar com as circunstâncias e a depender de Deus, que nos ajuda e consola.
Conscientizar se de que o crente fiel também enfrenta lutas e tribulações.
Saber que a confiança em Deus garante consolo e vitória.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, providencie algumas cópias do esquema abaixo. Introduza a lição perguntando: “Quais são as principais diferenças entre as cartas de 1 e 2 Coríntios?”. Incentive a participação de toda a classe, ouça as respostas com atenção, mas não faça nenhum comentário. Após ouvir os alunos, distribua as cópias e diga que as duas cartas são muito diferentes. A seguir, leia o texto com eles e explique as principais diferenças. Enfatize o fato de Paulo ter entregado sua vida à divulgação do Evangelho.
1 CORÍNTIOS
Prática.
Enfoca o caráter da igreja coríntia.
Lida com as questões do casamento, da liberdade, dos dons espirituais e da ordem na igreja.
Paulo fornece instruções em assuntos relacionados ao bem-estar da igreja.
Contém conselhos para ajudar a igreja a combater as influências pagãs na pecadora cidade de Corinto.
2 CORÍNTIOS
Pessoal.
Enfoca Paulo ao expor sua alma e falar de seu amor pela igreja coríntia.
Lida com o problema dos falsos mestres. Paulo defende sua autoridade e a verdade de sua mensagem.
Paulo dá seu testemunho porque sabe que a aceitação de seu conselho é vital para o bem-estar da igreja.
Contém o testemunho para ajudar a igreja a combater a devastação causada pelos falsos mestres.
Palavra Chave
Consolação: Do grego paraklēsis; alívio, lenitivo, conforto.
introdução
A Segunda Epístola aos Coríntios foi escrita quase um ano depois da primeira carta, e contém a apologética mais uniforme da autoridade apostólica de Paulo. O apóstolo achava-se contristado por causa da oposição que lhe moviam os falsos irmãos. Afinal, aquela igreja era fruto do seu trabalho missionário (1 Co 4.14,15; 2 Co 10.13,14). A carta também inclui alguns temas doutrinários, como é o caso da morte e ressurreição do crente (2 Co 5.1-10). Neste texto, o apóstolo expõe o seu coração; revela, de forma vívida, os sentimentos que envolviam sua alma e sua fé. Ele confronta as calúnias e a deslealdade dos falsos irmãos, refutando suas atitudes carnais; bem como enfrenta os falsos apóstolos, que tinham por objetivo corromper a verdade do evangelho de Cristo, a qual o apóstolo pregava com toda sinceridade e dedicação.
SINOPSE DO TÓPICO I
Para os rebeldes que incitavam os cristãos de Corinto contra o apostolado de Paulo, ele não receou identificar-se como tal, porque esse título não resultou de uma autonomeação, mas foi-lhe outorgado pela vontade de Deus e, portanto, está diretamente relacionado à soberania do Eterno, que sabia quem era Paulo e, por isso, o chamou e o comissionou para essa obra.
SINOPSE DO TÓPICO II
Deus Pai não é apenas um Deus que se compadece de nós em nossas tribulações, mas aquEle que alivia nossos sofrimentos com o bálsamo da consolação do seu Espírito, pois é o “Deus de toda a consolação”.
1. Paulo enfrenta uma terrível tribulação (v.8). O apóstolo passou por uma tribulação esmagadora na Ásia; talvez em Éfeso, a capital da província (At 19.22-28). Nenhum servo de Deus está livre dessas experiências. Ameaças de morte não faltaram em todo o ministério paulino. O que chama a atenção no texto é que a aflição sofrida foi tão forte que Paulo a considerou algo superioras suas forças. A despeito da tenacidade desse homem, sua estrutura emocional era humana e limitada, e ele parecia não encontrar saída para escapar ao problema. Entretanto, Paulo entendeu que essa era uma prova em que ele deveria confiar, não em suas próprias forças, mas em Deus que “ressuscita os mortos” (v.9).
2. Paulo confia em Deus para sua libertação (v.10). O texto diz: “o qual nos livrou de tão grande morte e livrará; em quem esperamos que também nos livrará ainda”. A expressão “tão grande morte” indica que o seu fim parecia-lhe inevitável, mas Deus o livrara. A experiência dava-lhe consolo e ânimo para, em todas as situações, crer e esperar em um Deus que é também o nosso Pai amoroso.
3. Paulo confiou em Deus e foi liberto (v.11). O apóstolo agradece a Deus pelo livramento e apela à igreja de Corinto que ore e interceda pelos seus ministros. Assim, ela também terá motivos para glorificar ao Senhor pelo livramento que dará aos seus servos. Não existem limites para o poder da oração intercessória em nome de Jesus.
SINOPSE DO TÓPICO III
Paulo enfrenta uma terrível tribulação, mas confia em Deus e recebe o livramento.
CONCLUSÃO
Nesta lição, aprendemos que o cristão passa por muitas aflições, mas o Senhor sempre o ajuda a enfrentá-las. Ele está conosco, antes, durante e após as provações. O Senhor Jesus Cristo não nos desampara nunca (Mt 28.20).
EXERCÍCIOS
1. Qual a expressão utilizada por Paulo para explicar a origem de sua vocação e de sua posição de apóstolo?
Paulo explica seu apostolado da parte de Jesus Cristo usando a expressão “pela vontade de Deus”, justamente para enfatizar a origem de sua vocação e de sua posição de apóstolo (Gl 1.15).
2. De acordo com a lição, defina o termo graça.
A "graça" é a demonstração do favor soberano de Deus mediante o ato salvífico de Jesus no Calvário.
3. Quais são as virtudes que o sofrimento e as provações são capazes de produzir no crente?
Perseverança, firmeza de caráter e esperança.
4. Qual a palavra bíblica que anula o falso conceito da Teologia da Prosperidade?
Aflição.
5. O que indica a expressão “tão grande morte” encontrada no versículo 10?
A expressão “tão grande morte”, indica que o passamento de Paulo parecia-lhe inevitável, mas Deus o livrou.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Bibliológico
“A palavra Thlipsis, traduzida como ‘tribulação’ e ‘aflição’, é frequentemente usada no Novo Testamento para descrever intensa aflição espiritual e emocional, causada por pressões externas ou internas. Todo ser humano que vive ou que já viveu é/foi vulnerável, pois nenhum de nós pode exercer controle sobre as circunstâncias da vida.
Esta realidade é expressa mais fortemente na palavra usada na passagem sobre sofrimento, pathema. Na cultura grega, esta raiz expressa a visão comum de que a humanidade é afligida, forçada a suportar experiências além do controle humano, que também causam grande angústia física e mental. Basicamente, a raiz é usada para sofrimento e aflição. Em primeiro lugar, Paulo sente que Deus é a fonte do consolo ou do encorajamento.
Em segundo lugar, tais pressões ensinaram a Paulo uma lição vital. Ele precisa confiar em Deus, não em si mesmo e em sua capacidade. Assim, ao invés de permitir que as pressões o levem a desistir, Paulo olha na frente com ‘esperança’ (1.10). Esta palavra, ‘esperança’ (elpizo) é utilizada 70 vezes nas epístolas do NT, onde sempre representa a expectativa em relação a algo bom. Se pensarmos apenas no presente, e nas dificuldades sob as quais vivemos, poderemos ficar presos a desespero permanente. Porém, Paulo nos lembra que devemos pensar no amanhã com grande expectativa e confiar em Deus”.
(RICHARDS L. O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1.ed. RJ: CPAD, 2007, p.370)
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Bibliológico
“A Consolação Através de Cristo (1.3-7)
Uma atitude típica de Paulo (cf. Rm 15.1-7; 1 Co 1.18-31; 4.9,10; Fp 2.5-11), e particularmente característica dessa carta é o intercâmbio entre as experiências opostas em Cristo. Aqui existe um intercâmbio entre a consolação e a aflição, que está permeando as palavras de ação de graças de Paulo. O pensamento que une estes dois opostos são as aflições de Cristo, pois Paulo está descrevendo seus próprios sofrimentos em relação aos sofrimentos do nosso Senhor.
Aquele a quem o apóstolo louva como ‘o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo’, ele também experimentou como Pai das misericórdias (Sl 103.12) e o Deus de toda consolação. A continuidade usada por Paulo para enfatizar essa repetição invertida de Deus e Pai está na essência do seu conceito de Divindade. O Pai das misericórdias, como o Deus de toda consolação, consola Paulo e, dessa forma, permite que ele console os outros. Ele é o ‘Deus e Pai’ daquele cujas aflições... são abundantes em nós (5). O Pai é o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo (3). A consequência de Jesus ter se tornado verdadeiramente humano (Jo 1.14; Hb 2.14) foi que se tornou necessário que Ele vivesse em completa dependência de Deus quanto à sua força espiritual (Mc 15.34). Deus é o Pai de Jesus Cristo, pois Jesus também era o divino Filho, que vivia em perfeita obediência ao seu Pai (Jo 5.30). A chave para a perspectiva de Paulo é a verdadeira obediência de Deus como homem, até mesmo para sofrer e morrer pela humanidade (Fp 2.8; Hb 5.8).
Porque as aflições de Paulo estão tão essencialmente relacionadas aos sofrimentos de Cristo, que a sua consolação sobeja por meio de Cristo (5) para os coríntios. O pensamento de Paulo foi bem expresso pela tradução de Phillips. ‘Na verdade, a experiência mostra que quanto mais participantes do sofrimento de Cristo, mais seremos capazes de dar esse encorajamento’. Dessa forma, tanto as aflições como as consolações de Paulo foram por amor aos coríntios (4.15; 12.15), cujos sofrimentos são iguais aos seus. Assim como eles participam dos sofrimentos — que representam a porção de Paulo como servo de Cristo — eles serão capazes de compartilhar, na mesma medida, a consolação que encontra a sua fonte em Cristo. Esta consolação, como Filson interpreta, ‘é mais do que uma consolação na tristeza ou na provação, ela inclui o encorajamento e implica dom divino da força para enfrentar e vencer as crises da vida’”.
(Comentário Bíblico Beacon. Volume 8: Romanos a 1 e 2 Coríntios. RJ: CPAD, 2005, pp.405-6)
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