Estudo exclusivo da Escola EBD: Nesta lição abordaremos profundamente Revista Adultos Fé e Obras com insights baseados na teologia pentecostal da cpad...
13 de Julho de 2014
TEXTO ÁUREO
“Meus irmãos, tende grande gozo quando cairdes em várias tentações, sabendo que a prova da vossa fé produz a paciência” (Tg 1.2,3).
VERDADE PRÁTICA
O triunfo sobre a tentação fortalece-nos espiritualmente e nos torna mais íntimos de Deus.
HINOS SUGERIDOS 34, 195, 246.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Pv 1.10 Tentado, não cedas!
Terça - Hb 2.18 Jesus foi provado assim como nós
Quarta - 1Pe 1.7 Tentação, a provação da fé
Quinta - Dt 8.2,3 Conheça a ti mesmo
Sexta - Mt 26.41 Vigilância e oração
Sábado - 1Pe 5.9 Identificação através das provações
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Tiago 1.2-4,12-15.
2 - Meus irmãos, tende grande gozo quando cairdes em várias tentações,
3 - sabendo que a prova da vossa fé produz a paciência.
4 - Tenha, porém, a paciência a sua obra perfeita, para que sejais perfeitos e completos, sem faltar em coisa alguma.
12 - Bem-aventurado o varão que sofre a tentação; porque, quando for provado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor tem prometido aos que o amam.
13 - Ninguém, sendo tentado, diga: De Deus sou tentado; porque Deus não pode ser tentado pelo mal e a ninguém tenta.
14 - Mas cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência.
15 - Depois, havendo a concupiscência concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte.
INTERAÇÃO
“Pare de sofrer!”, “É tempo de vitória!”, “Você vai conquistar!”. Estas são frases de efeito bem conhecidas no meio evangélico. Nelas, está presente a ideia do não sofrimento. A lição desta semana é um resgate do ensino bíblico quanto ao valor do sofrimento por Cristo e da sua importância para o nosso crescimento espiritual. A epístola de Tiago nos mostra que devemos nos alegrar na tentação, pois a partir desta reconhecemos a nossa inteira dependência de Deus. O sofrimento é uma realidade e não podemos fugir dele. Em Cristo, temos o privilégio de sofrermos para a honra do seu nome. A cruz de Cristo é a glória do Evangelho!
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Conceituar a tentação.
Pontuar a origem da tentação.
Compreender o propósito da tentação.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
“Pela tentação de Jesus Cristo, a tentação de Adão chegou ao fim. Tal como na tentação de Adão caiu toda a carne, assim toda a carne foi libertada do poder de Satanás na tentação de Jesus Cristo, pois Jesus Cristo carregou nossa carne, ele sofreu nossa tentação e obteve triunfo” (Dietrich Bonhoeffer). Prezado professor, reproduza este fragmento textual conforme as suas possibilidades e distribua-o aos alunos. Conclua a lição refletindo, juntamente com a classe, sobre o texto do teólogo alemão. Afirme que há um Sumo Sacerdote que em tudo foi tentado, mas sem pecado: Jesus Cristo. Este é a mediação entre Deus e o homem e, por isso, podemos ir ao Pai com confiança (Hb 4.15,16).
Palavra Chave
Tentação: Impulso para a prática de alguma coisa censurável ou não recomendável.
INTRODUÇÃO
Definitivamente, o homem moderno não está preparado para sofrer. Os membros de muitas igrejas evangélicas, através da Teologia da Prosperidade, têm se iludido com a filosofia enganosa do “não sofrimento”. O resultado é que quando o iludido sofre o infortúnio, perde a fé em “Deus”.
Mas, que se entenda bem, num “deus” que nada tem com as Escrituras! A lição dessa semana tem o objetivo de resgatar esse ensinamento evangélico (Tg 1.2). Aprenderemos acerca da tentação, do sofrimento e da provação, não como consequência de uma vida de pecado ou de falta de fé, mas como o caminho delineado por Deus para o nosso aperfeiçoamento. Ninguém melhor do que Jesus Cristo, com seu exemplo de vida, para nos ensinar tal lição (Hb 5.8). O convite do Mestre é um chamado ao sofrimento por amor do seu nome (Jo 16.33; Mt 5.10-12).
SINOPSE DO TÓPICO I
A tentação é uma espécie de prova ou teste, que uma vez vencido, fortalece a vida do crente.
SINOPSE DO TÓPICO II
A origem das tentações é a fragilidade humana, a atração pela própria concupiscência. Todavia, Deus é a fonte do nosso fortalecimento na tentação.
SINOPSE DO TÓPICO III
O propósito das tentações é amadurecer o crente, para que este desenvolva a paciência e chegue à perfeição.
CONCLUSÃO
Sabemos que todo cristão passa por aflições e tentações ao longo da vida. Talvez você esteja vivendo tal situação. Lembre-se de que o nosso Senhor Jesus passou por inúmeras tribulações e tentações, mas venceu todas, tornando-se o maior exemplo de vida para os seus seguidores. Cada tentação vencida pelo crente significa um avanço rumo ao amadurecimento espiritual. Um dia ele atingirá a estatura de varão perfeito à medida da estatura de Cristo (Ef 4.13). Este é o nosso objetivo na jornada cristã! Deus nos recompensará! Estejamos firmes no Senhor Jesus, pois Ele já venceu por nós e por isso somos mais que vencedores.
EXERCÍCIOS
1. Segundo as Escrituras o que é tentação?
O termo empregado na Bíblia tanto no hebraico, massah, quanto no grego, peirasmos, para tentação, significa “prova”, “provação” ou “teste”.
2. Quais são as origens das tentações?
Os desejos humanos. O ser humano é atraído por aquilo que deseja.
3. Qual é a ideia que a expressão “obra perfeita” traz?
A expressão “obra perfeita” traz a ideia de algo gradual, em desenvolvimento constante, com vistas à maturidade espiritual.
4. Qual é o motivo pelo qual o cristão é provado?
O motivo pelo qual o cristão é provado não é outro senão para que persevere na vida cristã e atinja o modelo de perfeição segundo Cristo Jesus (Sl 119.67; Hb 5.8; Ef 4.13).
5. O que significa cada tentação vencida pelo crente?
Cada tentação vencida pelo crente significa um avanço rumo ao amadurecimento espiritual.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Teológico
“A Tragédia do Desejo Consumado (1.15)
No versículo 14, concupiscência provavelmente refere-se a qualquer atração para o mal. A linguagem, no entanto, é mais comumente associada à indução ao pecado sexual. Tiago usa essa figura no versículo 15 para traçar o curso do mal, iniciando com um pensamento errado, que resulta em um ato pecaminoso e termina com o julgamento de Deus. Um pensamento errado dá à luz quando lhe damos o consentimento da vontade. Segue-se então o ato em si. Sendo consumado não se refere tanto ao ato completado do pecado, mas sim ao acúmulo de atos maus que constitui uma vida pecaminosa. Philips associa este versículo ao versículo 16 e o interpreta da seguinte forma: ‘E o pecado com o tempo significa morte — não se enganem, meus irmãos!‘” (TAYLOR, S. Richard. Comentário Bíblico Bacon: Hebreus a Apocalipse. Volume 2, 1 ed., RJ: CPAD, 2006, p.160).
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Teológico
“A Tentação Vem de Dentro (1.14)
Tiago conhecia os poderes sobrenaturais do mal que agiam no mundo (cf. 3.6), mas aqui ele procura ressaltar o envolvimento e a responsabilidade pessoal do homem ao cometer pecados. O engodo do mal está em nossa própria natureza. Ele está de alguma forma entrelaçado com a nossa liberdade. A questão é: ‘Será que eu preferiria ser livre, tentado e ter a possibilidade de vitória ou ser um bom robô?’. O robô está livre de tentação, mas ele também não conhece a dignidade da liberdade ou o desafio do conflito e não conhece nada acerca da imensa alegria quando vencemos uma batalha.
Tiago diz que cada um é atraído e engodado pela sua própria concupiscência. Essa palavra epithumia (‘desejo’, RSV) pode ter um significado neutro, nem bom nem mal. Assim, H. Orton Wiley escreve: ‘Todo apetite nunca se controla, mas está sujeito ao controle. Por isso o apóstolo Paulo diz: ‘Antes, subjugo o meu corpo e o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha de alguma maneira a ficar reprovado’ (1Co 9.27)’. Este talvez seja o sentido que Tiago emprega aqui.
No entanto, na maioria dos casos no Novo Testamento, epithumia tem implicações maléficas. Se for o caso aqui, quando um homem é seduzido para longe do caminho reto, isso ocorre por causa de um desejo errado. Tasker escreve: ‘Este versículo, na verdade, confirma a doutrina do pecado original. Tiago certamente teria concordado com a declaração de que ‘a imaginação do coração do homem é má desde a sua meninice’ (Gn 8.21). Desejos concupiscentes, como nosso Senhor ensinou de maneira tão clara (Mt 5.28), são pecaminosos mesmo quando ainda não se concretizaram em ações lascivas’. Se essa interpretação for verdadeira, há aqui mais uma dimensão na origem da tentação. Desejos errados podem ser errados não somente porque são incontrolados, mas porque, à parte da presença santificadora do Espírito, eles são carnais” (TAYLOR , S. Richard. Comentário Bíblico Beacon: Hebreus a Apocalipse. Volume 2, 1 ed., RJ: CPAD, 2006, pp.159-60).
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