Estudo exclusivo da Escola EBD: Nesta lição abordaremos profundamente Revista Adultos O Ministério Profético na Bíblia com insights baseados na teologia pentecostal da cpad...
18 de Julho de 2010
TEXTO ÁUREO
“Não havendo profecia, o povo se corrompe; mas o que guarda a lei, esse é bem-aventurado” (Pv 29.18).
VERDADE PRÁTICA
O objetivo principal da profecia bíblica é levar o homem a amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmo, a fim de que haja ordem e bem-estar social.
HINOS SUGERIDOS 306, 508, 557.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Jr 7.2 Moisés e os direitos humanos
Terça - Jr 7.3 Ninguém está acima da Lei
Quarta - Jr 7.4 Governantes que decretam leis injustas
Quinta - Jr 7.11 A ação social é tema dos profetas
Sexta - Jr 7.12 O direito do estrangeiro, do órfão e da viúva
Sábado - Jr 7.10 A profecia apregoa a paz, a harmonia e a justiça social
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Jeremias 34.8-11,16,17.
8 - A palavra que do SENHOR veio a Jeremias, depois que o rei Zedequias fez concerto com todo o povo que havia em Jerusalém, para lhes apregoar a liberdade:
9 - que cada um despedisse forro o seu servo e cada um, a sua serva, hebreu ou hebreia, de maneira que ninguém se fizesse servir deles, sendo judeus, seus irmãos.
10 - E ouviram todos os príncipes e todo o povo que entrou no concerto que cada um despedisse forro o seu servo e cada um, a sua serva, de maneira que não se fizessem mais servir deles; ouviram, pois, e os soltaram.
11 - Mas, depois, se arrependeram, e fizeram voltar os servos e as servas que tinham libertado, e os sujeitaram por servos e por servas.
16 - Mudastes, porém, e profanastes o meu nome, e fizestes voltar cada um ao seu servo, e cada um, à sua serva, os quais já tínheis despedido forros, conforme a sua vontade; e os sujeitastes, para que se vos fizessem servos e servas.
17 - Portanto, assim diz o SENHOR: Vós não me ouvistes a mim, para apregoardes a liberdade, cada um ao seu irmão e cada um ao seu próximo; pois eis que eu vos apregoo a liberdade, diz o SENHOR, para a espada, para a pestilência e para a fome; e dar-vos-ei por espanto a todos os reinos da terra.
INTERAÇÃO
Professor, você já pensou que papel social e relevante a igreja tem na sociedade contemporânea? As questões políticas e sociais foram assuntos tratados pelos profetas em sua época. Muitos deles quando estavam diante do rei, tinham a incumbência de falar o que era pertinente ao andamento do reinado (Jr 28.1-3,11,12-14). Não eram poucos os reis israelitas, que consultavam os profetas para construir estratégias de cunho político para a nação (2 Rs 22.14-20). Como coluna e firmeza da verdade a Igreja deve, através de suas ações, denunciar injustiças sociais e também amparar os injustiçados (Mt 25.35-46).
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Explicar o papel político e social da profecia.
Conhecer a relação do profeta com a questão de ordem social da nação.
Conscientizar-se de que a Igreja tem o mesmo princípio profético de denunciar as injustiças, amparando os injustiçados.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, leia o texto bíblico de Tiago 2.14-18; 4.17 e pergunte aos seus alunos “o que é justiça social?”. Exponha na lousa as principais respostas. Com o auxílio do quadro abaixo, conceitue para eles os seguintes termos: Política e Justiça Social. Estabeleça um diálogo a fim de demonstrar a relevância que a igreja pode ter frente às mazelas de nossa sociedade. Você, professor, poderá enriquecer esse conceito acrescentando maiores exemplos, fazendo uma relação com as respostas dadas pelos alunos. Após a exposição conceitual, procure extrair dos alunos alguns pensamentos pautados pela Palavra de Deus sobre a relação: Igreja e Justiça Social. Boa aula!
POLÍTICA E JUSTIÇA SOCIAL
POLÍTICA - Conjunto de práticas relativo ao Estado ou uma sociedade. As relações humanas numa sociedade são estabelecidas de acordo com as decisões políticas que são tomadas. Ex: Decreto de leis; Estabelecimento de teto salarial; Inflação (poder de compra do trabalhador); Sistema de Saúde; Segurança Pública; Educação, etc.
JUSTIÇA SOCIAL - É o conjunto de ações sociais estabelecida na sociedade para suprimir as injustiças de todos os níveis. Nessa categoria os alvos que se destacam para fazer Justiça Social é as reduções: da pobreza, do analfabetismo, da desqualificação profissional, do desemprego, da falta de inclusão digital, etc.
TEXTO-CHAVE - Mt 5.6: "bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos".
Palavra Chave
Política: Conjunto dos fenômenos e das práticas relativos ao Estado ou a uma sociedade.
introdução
A Bíblia mostra clara e constantemente o interesse divino pelo bem-estar social dos seres humanos. A justiça social está presente na Lei e nos Profetas, abrangendo o aspecto político e religioso. Os profetas de Israel combatiam a injustiça social com o mesmo ímpeto com que atacavam a idolatria. Ainda que muitos deles não foram ouvidos em sua geração, contudo, preconizaram um modelo ético de alto nível para a sociedade de Israel e para todos os povos.
SINOPSE DO TÓPICO I
A profecia exercia um papel fundamental na esfera política e social em Israel, haja vista os ministérios dos profetas Moisés, Samuel, Natã, Isaías e Jeremias.
SINOPSE DO TÓPICO II
A questão social em Israel era tão relevante para o Senhor que, por ignorá-la, Zedequias e o povo foram severamente castigados.
SINOPSE DO TÓPICO III
A questão social em Israel era tão relevante para o Senhor que, por ignorá-la, Zedequias e o povo foram severamente castigados.
CONCLUSÃO
A palavra dos profetas não foi vã, eles lutaram por uma causa nobre, ainda que, como foi dito, não foram ouvidos em sua geração. Não obstante, seus ideais atravessaram os séculos e até hoje impressionam políticos, filósofos, economistas, intelectuais, religiosos etc. Em frente ao edifício das Nações Unidas, em Nova Iorque, encontra-se um monumento chamado “Parede de Isaías”, no Parque Ralph Bunche, onde está escrita a seguinte profecia: “[...] uma nação não levantará a espada contra outra nação, nem aprenderão mais a guerra” (Is 2.4 — ARA). Há somente um que tem poder para transformar essa expectativa profética em realidade, Ele se chama Senhor Jesus Cristo, o Príncipe da Paz (Is 9.6).
EXERCÍCIOS
1. Quem eram as figuras centrais em Israel no período que antecedeu a monarquia?
Os profetas.
2. Por que o profeta Jeremias era visto com desconfiança, como traidor da nação?
Porque os contemporâneos de Jeremias acreditavam mais no falso profeta chamado Hananias.
3. O que esperava o rei Zedequias com a libertação dos escravos?
O livramento divino.
4. Por que Zedequias revogou a libertação dos escravos?
Porque ele e os seus príncipes pensavam estar salvos do perigo.
5. Quem é o único que pode trazer a paz entre as nações?
Jesus Cristo.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO
Subsídio Bibliológico
Zedequias
Era um governador fraco e inseguro. Em uma audiência com Jeremias, confessou seus temores e apelou ao profeta que não comentasse o assunto com quem quer que fosse (38.14-28). Todavia, aparentemente, ele tomou a iniciativa de persuadir o povo a que concordasse com a libertação dos escravos hebreus, após o período legal de sete anos. Deus o recompensara por este ato de piedade, independentemente de sua motivação.
Escravidão
Em Israel, esta instituição era diferente da praticada em outras sociedades do mundo antigo. Um jovem hebreu podia ser comprado, mas somente seria mantido como escravo por um período de sete anos. Ao final deste tempo, seu senhor deveria libertá-lo, suprindo-o generosamente com recursos suficientes para iniciar uma nova vida. Em suma: na lei mosaica, a escravidão era mecanismo social destinado a proteger o pobre, habilitando-o a alcançar a condição de auto-sustento. Em Judá, entretanto, a escravidão fora corrompida, pois as pessoas ricas escravizaram para sempre seus patriotas judeus. A intenção inicial de uma provisão caridosa ao pobre se desvirtuara ao se transformar numa instituição opressora.
(RICHARDS, L. O. Guia do Leitor da Bíblia. 1.ed. RJ: CPAD, 2005, p.469)
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Teológico
“O nosso próximo é uma pessoa, um ser humano, criado por Deus. E Deus não o criou como uma alma sem corpo (para que pudéssemos amar somente sua alma), nem como um corpo sem alma (para que pudéssemos preocupar-nos exclusivamente com seu bem-estar físico), nem tampouco um corpo-alma em isolamento (para que pudéssemos preocupar-nos com ele somente como um indivíduo, sem nos preocupar com a sociedade em que ele vive). Não! Deus fez o homem um ser espiritual, físico e social. Como ser humano, o nosso próximo pode ser definido como ‘um corpo-alma em sociedade’. Portanto, a obrigação de amar o nosso próximo nunca pode ser reduzida para somente uma parte dele. Se amamos nosso próximo como Deus o criou (o que é mandamento para nós), então, inevitavelmente, estaremos preocupados com o seu bem-estar total, o bem-estar do seu corpo, da sua alma e da sua sociedade. [...] É verdade que o Senhor Jesus ressurreto deixou a Grande Comissão para a sua Igreja: pregar, evangelizar e fazer discípulo. E esta comissão é ainda a obrigação da Igreja. Mas a comissão não invalida o mandamento, como se ‘amarás o teu próximo’ tivesse sido substituído por ‘pregarás o Evangelho’. Nem tampouco reinterpreta o amor ao próximo em termos exclusivamente evangelísticos. Ao contrário, enriquece o mandamento amar o nosso próximo, ao adicionar uma dimensão nova e cristã, nomeadamente a responsabilidade de fazer Cristo conhecido para esse nosso próximo” (STOTT, J. R. W. Cristianismo Equilibrado. RJ: CPAD, pp.60-1).
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