Estudo exclusivo da Escola EBD: Nesta lição abordaremos profundamente Revista Adultos Filipenses com insights baseados na teologia pentecostal da cpad...
04 de Agosto de 2013
TEXTO ÁUREO
“Porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade” (Fp 2.13).
VERDADE PRÁTICA
A salvação é obra da graça de Deus, garantida à humanidade mediante a morte expiatória de Jesus.
HINOS SUGERIDOS 106, 426, 446.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Hb 12.2,3 A salvação é garantida na cruz
Terça - Ef 2.8 A salvação é pela graça
Quarta - Ef 2.9,10 As boas obras evidenciam a salvação
Quinta - 1Ts 4.15-18 A consumação da salvação
Sexta - Fp 2.15,16 Não corremos em vão
Sábado - Rm 1.16,17 A salvação é pela fé
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Filipenses 2.12-18.
12 - De sorte que, meus amados, assim como sempre obedecestes, não só na minha presença, mas muito mais agora na minha ausência, assim também operai a vossa salvação com temor e tremor;
13 - porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade.
14 - Fazei todas as coisas sem murmurações nem contendas;
15 - para que sejais irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio duma geração corrompida e perversa, entre a qual resplandeceis como astros no mundo;
16 - retendo a palavra da vida, para que, no Dia de Cristo, possa gloriar-me de não ter corrido nem trabalhado em vão.
17 - E, ainda que seja oferecido por libação sobre o sacrifício e serviço da vossa fé, folgo e me regozijo com todos vós.
18 - E vós também regozijai-vos e alegrai-vos comigo por isto mesmo.
INTERAÇÃO
Há muitos significados que poderíamos tomar emprestado para conceituar o termo “obediência”. Como, por exemplo, “sujeitar-se a vontade de”, “estar sob autoridade de” e “estar sujeito”. Estes manifestam o sentido estrito e real da expressão obediência. Há de se destacar, porém, que o apóstolo Paulo quando fala de obediência, refere-se à virtude — uma disposição firme para praticar o bem — de uma pessoa que abraçou a fé mediante o Evangelho de Cristo. Aqui, obedecê-lo é encarnar os valores do Reino de Deus numa perspectiva de se espalhar o bem no mundo. Para Paulo, a melhor forma de fazer isso é semeando o Evangelho, a mais bela das notícias para a humanidade.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Conhecer a dinâmica da salvação.
Analisar a operação da salvação.
Saber que a salvação opera alegria e contentamento no crente.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Prezado professor, reproduza o esquema abaixo para os alunos. Faça-o de acordo com as suas possibilidades. Esta atividade vai auxiliá-lo na introdução do tópico I, cujo assunto é a “dinâmica da salvação”.
Esclareça ao aluno que o propósito de explicar a dinâmica da salvação é meramente didático, pois nos é impossível catalogar um assunto da natureza do mistério da salvação. Seria muita pretensão nossa pensar que podemos dar conta de tão importante aspecto da salvação através de um instrumento didático. Boa aula!
A DINÂMICA DA SALVAÇÃO
1. Obra realizada e consumada na cruz. O brado de Cristo na cruz — “Está consumado!” — representa o significado atemporal da salvação. Nele, somos salvos do passado, guardados do presente, mas esperançosos no futuro. O pecado não tem mais poder sobre a vida do discípulo de Cristo: “Portanto, agora, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus” (Rm 8.1).
2. O progresso da operação da salvação. É bem verdade que não estamos plenamente redimidos porque habitamos num corpo corrompido. Mas as palavras de Agostinho de Hipona têm muito a nos dizer sobre como devemos lidar com essa tensão: “A permanência da concupiscência em nós, é uma maneira de provarmos a Deus o nosso amor a Ele, lutando contra o pecado por amor ao Senhor; é, sobretudo, no rompimento radical com o pecado que damos a Deus a prova real do nosso amor”.
3. A plenitude da salvação. Vivemos a vida cristã numa tensão entre o “já” e o “ainda não”. Isto é, o reino de Deus está entre nós, mas não se manifestou plenamente. Temos a esperança de uma transformação gloriosa que permeará toda a terra quando da vinda de Jesus: “Porque a ardente expectação da criatura espera a manifestação dos filhos de Deus” (Rm 8.19).
Palavra Chave
Virtude: Na lição é a disposição firme e constante para prática do bem.
introdução
Na lição de hoje, aprenderemos que a obediência a Deus é uma virtude que deve ser buscada por todos aqueles que são salvos em Cristo. O apóstolo Paulo não duvidava da obediência dos irmãos filipenses, contudo, ele reafirma aos crentes a verdade de que a submissão ao Evangelho de Cristo é uma das principais virtudes dos salvos. Assim, a intenção do apóstolo é estimular os cristãos de Filipos a continuar perseverando na obediência ao Santo Evangelho.
SINOPSE DO TÓPICO I
Por si só o crente não pode ser salvo, pois é o Espírito Santo quem “opera” no homem o desejo de salvação.
SINOPSE DO TÓPICO II
De acordo com o ensino do apóstolo Paulo, quem guarda a Palavra não murmura, não cria contendas e vive em sinceridade.
SINOPSE DO TÓPICO III
A salvação opera no povo de Deus a alegria e o contentamento.
CONCLUSÃO
O Evangelho nos convoca a desenvolvermos a salvação recebida por Deus através de Cristo Jesus. Devemos ser santos, como santo é o Senhor nosso Deus. Para isso, precisamos nos afastar de todas as murmurações e contendas e abrigarmo-nos no Senhor, vivendo uma vida irrepreensível, sincera e que retenha a palavra da vida (Fp 2.16). Somente assim a alegria do Senhor inundará a nossa alma e testemunharemos do seu poder salvador para toda a humanidade.
EXERCÍCIOS
1. Quais são os três aspectos da salvação operada pelo Senhor Jesus?
O primeiro refere-se a obra realizada e consumada de forma suficiente na cruz do Calvário. O segundo diz respeito ao caráter progressivo da salvação na vida do crente. E por último a redenção gloriosa quando da vinda do Senhor Jesus.
2. Quem opera a nossa salvação?
O Senhor Jesus Cristo.
3. O que significa ser irrepreensível?
Significa conduzir-se de forma correta e moralmente pura, não necessitando de repreensão. É alguém que dominou a carne, pois anda no Espírito (Gl 5.16,17).
4. Transcreva o texto bíblico que mostra como Paulo entregou sua vida para servir aos filipenses.
“Ainda que seja oferecido por libação sobre o sacrifício e serviço da vossa fé” (Fp 2.17).
5. Você tem se regozijado em Cristo pela sua salvação?
Resposta pessoal.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Filosófico Cristão
“Que é virtude?
A Bíblia dá maior importância à virtude moral e ao caráter, do que às regras de conduta. O homem justo e o puro de coração são eternamente bem-aventurados. E o fruto do Espírito Santo descrito em Gálatas 5 são as virtudes [...].
Que é virtude? Há pouco me referi aos motivos, intenções e disposições subjacentes, o que têm em comum, visto que são estados interiores e não comportamentos visíveis; e porque são estados afetivos e não puramente cognitivos. Virtude é uma disposição interior para o bem, e disposição é uma tendência a agir de acordo com certos padrões. A disposição é mais básica, duradoura e penetrante do que o motivo ou intenção existente por trás de uma certa ação. É diferente de um impulso momentâneo, por ser um hábito mental estabelecido, um traço interior e muitas vezes reflexivo. As virtudes são traços gerais do caráter que formulam sanções interiores sobre nossos motivos, intenções e conduta exterior” (HOLMES, A. F. Ética: As decisões Morais à Luz da Bíblia. 1 ed., RJ: CPAD, 2000, pp.138-39).
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Bibliológico
“O ALCANCE DA OBRA SALVÍFICA DE CRISTO
Há entre cristãos uma diferença significativa de opiniões quanto à extensão da obra salvífica de Cristo. Por quem Ele morreu? Os evangélicos, de modo global, rejeitam a doutrina do universalismo absoluto (isto é, o amor divino não permitirá que nenhum ser humano ou mesmo o diabo e os anjos caídos permaneçam eternamente separados dEle). O universalismo postula que a obra salvífica de Cristo abrange todas as pessoas, sem exceção. Além dos textos bíblicos que demonstram ser a natureza de Deus de amor e de misericórdia, o versículo chave do universalismo é Atos 3.21, onde Pedro diz que Jesus deve permanecer no Céu ‘até aos tempos da restauração de tudo’. Alguns entendem que a expressão grega apokastaseōs pantōn (‘restauração de todas as coisas’) tem significado absoluto, ao invés de simplesmente ‘todas as coisas, das quais Deus falou pela boca de todos os seus santos profetas’. Embora as Escrituras realmente se refiram a uma restauração futura (Rm 8.18-15; 1Co 15.24-26; 2Pe 3.13), não podemos, à luz dos ensinos bíblicos sobre o destino eterno dos seres humanos e dos anjos, usar esse versículo para apoiar o universalismo. Fazer assim seria uma violência exegética contra o que a Bíblia tem a dizer deste assunto.
Entre os evangélicos, a diferença acha-se na escolha entre o particularismo, ou expiação limitada (Cristo morreu somente pelas pessoas soberanamente eleitas por Deus), e o universalismo qualificado (Cristo morreu por todos, mas sua obra salvífica é levada a efeito somente naqueles que se arrependem e creem). O fato de existir uma nítida diferença de opinião entre crentes bíblicos igualmente devotos aconselha-nos a evitar a dogmatização extrema que temos visto no passado e ainda hoje. Os dois pontos de vista, cada um pertencente a uma doutrina específica da eleição, têm sua base na Bíblia e na lógica. Nem todos serão salvos. Os dois concordam que, direta ou indiretamente, todas as pessoas receberão benefícios da obra salvífica de Cristo. O ponto de discórdia está na intenção divina: tornar a salvação possível a todos ou somente para os eleitos?” (HORTON, S. (Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. 10 ed., RJ: CPAD, 2007, pp.358-59).
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