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Lição 06 - O Ministério da reconciliação | 1° Trimestre de 2010

Revista Jovens e Adultos 1° trimestre 2010 cpad

Estudo exclusivo da Escola EBD: Nesta lição abordaremos profundamente Revista Adultos 2° Coríntios com insights baseados na teologia pentecostal da cpad...


Jovens e Adultos 1° Trimestre de 2010

07 de Fevereiro de 2010

TEXTO ÁUREO
E tudo isso provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo e nos deu o ministério da reconciliação(2 Co 5.18).

VERDADE PRÁTICA
O ministério da reconciliação consiste, fundamentalmente, na proclamação da obra expiatória do Senhor Jesus Cristo.

LEITURA DIÁRIA
Segunda - Ef 2.16 Reconciliados com Deus pela cruz
Terça - Cl 1.20 Reconciliados pelo sangue de Jesus
Quarta - Hb 2.17 Reconciliação pela expiação
Quinta - Rm 3.22 A reconciliação pela fé
Sexta - Ef 2.18 A reconciliação permite o acesso ao Pai
Sábado - Ef 2.1 Vivificados mediante a reconciliação

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
2 Coríntios 5.14,15,17-21.

14 - Porque o amor de Cristo nos constrange, julgando nós assim: que, se um morreu por todos, logo, todos morreram.
15 - E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou.
17 - Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.
18 - E tudo isso provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo e nos deu o ministério da reconciliação,
19 - isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados, e pôs em nós a palavra da reconciliação.
20 - De sorte que somos embaixadores da parte de Cristo, como se Deus por nós rogasse. Rogamos-vos, pois, da parte de Cristo que vos reconcilieis com Deus.
21 - Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus.

INTERAÇÃO
Prezado professor, o tema de hoje, como todos do trimestre é muito relevante, pois vamos estudar de modo direto e enfático a respeito da nossa reconciliação com Deus mediante o sacrifício na cruz. Jesus, nosso Salvador, reconciliou-nos com Deus de maneira eficiente, através da sua morte vicária. Por meio desta reconciliação recebemos muitas bênçãos, uma delas é a garantia de que o Todo-Poderoso nos dará a vida eterna. Poderíamos fazer várias afirmações a respeito do ministério da reconciliação, mas que fique gravado na mente e no coração de seus alunos que tal ministério consiste na proclamação da obra expiatória do Senhor Jesus Cristo.

OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, como recurso didático para esta lição, sugerimos que você reproduza a tabela abaixo no quadro-de-giz. Esta tabela vai auxiliá-lo no momento de explicar a respeito das várias bênçãos que são advindas do ministério da reconciliação. Este recurso pode ser utilizado na introdução do tópico III ou na conclusão, a fim de enfatizar bem o tema. É importante que você leia, juntamente com os alunos, as referências bíblicas.

ANTES DA RECONCILIAÇÃO - BÊNÇÃOS DECORRENTES DA RECONCILIAÇÃO - REFERÊNCIAS
Ruína - Salvação - Rm 5.8,9
Pecado - Justiça - Rm 5.12,15,18,21
Morte - Vida Eterna - Rm 5.12,16,17,21
Separação de Deus - Relacionamento com Deus - Rm 5.11,19
Desobediência - Obediência - Rm 5.12,19
Morte do corpo e da alma - Corpo incorruptível, vida eterna - 1 Co 15.42-52

Palavra Chave
Reconciliar: Do grego katallassō, sugere a ideia de trocar, mudar (neste caso específico, a inimizade com Deus está sendo trocada por relações pacíficas).

introdução
Nos dez primeiros versículos do capítulo cinco, Paulo continua sua argumentação, falando acerca de seus sofrimentos e das consolações do Senhor. Logo após, ele passa a explicar o contraste entre a vida terrena, mortal e limitada, e a imortal, eterna e espiritual. Sua preferência é clara (v.8), mas isso não o priva de ensinar que é necessário sermos agradáveis ao Senhor, “quer presentes” - neste corpo e nesta vida -, “quer ausentes”, na eternidade (v.9). Do versículo onze em diante, Paulo trata do ministério da reconciliação, assunto que passaremos a estudar.

I. A VIDA PRESENTE E A FUTURA (5.1-10)

1. A confiança doutrinária de Paulo (v.1). Paulo tinha uma segurança absoluta acerca das revelações doutrinárias que havia recebido, por isso, começa o texto, dizendo: “Porque sabemos”. Não se tratava de experiência pessoal, nem de testemunho humano, nem de intuição. Era o conhecimento que a revelação divina havia produzido em seu coração. Ao falar de morte e ressurreição, Paulo não se baseava em conceitos humanistas nem filosóficos, mas na revelação divina. A certeza do lar eterno era tão real que os sofrimentos e ameaças de morte não o intimidavam, pelo contrário, davam-lhe forças para proclamar essa mesma verdade aos crentes.
2. O anelo de Paulo pela vida além-túmulo (vv.1-5). Nesses versículos, algumas expressões revelam a distinção que Paulo faz entre o temporário e o eterno, o terrestre e o celestial, o corruptível e o incorruptível, o transitório e o permanente. O corpo atual é como uma tenda (“tabernáculo”), onde cada um de nós vive neste mundo. Esta tenda será desfeita por um edifício permanente e melhor, que nos dará o Senhor. Agora, “gememos” (v.2) neste corpo terrenal, porque desejamos que o celestial o revista.
A palavra “gememos” (v.4) indica dor e desconforto, mas também significa “anseio” por algo melhor. A doutrina bíblica evidencia que nossos corpos mortais serão revestidos de imortalidade, de incorruptibilidade, e que anelamos por essa transformação (1 Co 15.42-52). A garantia de que isso se efetivará no futuro, mediante a ressurreição ou o arrebatamento da Igreja, é o Espírito, a sua presença em nós (2 Co 1.22,5.5; Ef 1.14).
3. O Tribunal de Cristo para todos os crentes (vv.7-10). No versículo 7, o texto diz que “andamos por fé e não por vista”. A fé dá ao crente a garantia de que existe um lar celestial pelo qual ele aspira e espera; um lugar que é real e não aparente. No versículo 9, Paulo ensina que devemos ter como alvo principal “agradar ao Senhor”.
No versículo 10, o apóstolo apresenta uma doutrina importantíssima da Igreja sobre o comparecimento dos crentes no Tribunal de Cristo. O Tribunal de Cristo, salientamos, não é o Juízo Final. Trata-se de um julgamento de realizações em prol da obra de Deus, o qual acontecerá nos ares e envolverá todos os cristãos salvos, após o arrebatamento dos vivos e a ressurreição dos mortos em Cristo (1 Co 15.51,52; 1 Ts 4.13-18).

SINOPSE DO TÓPICO I
O Tribunal de Cristo não é o Juízo Final. Trata-se de um julgamento de realizações em prol da obra de Deus, o qual acontecerá nos ares e envolverá todos os cristãos salvos, após o arrebatamento dos vivos e ressurreição dos mortos em Cristo.

II. O AMOR DE CRISTO CONSTRANGE E TRANSFORMA (5.11-17)

1. A força da persuasão à fé em Cristo (v.11). Paulo inicia o texto destacando o “temor do Senhor” como um modo de convencer as pessoas acerca da fé recebida. Na verdade, as duas grandes motivações paulinas para o cumprimento do ministério são o temor a Deus (v.11) e o seu amor a Cristo (v.14). No versículo 11, “o temor do Senhor” é destacado pelo apóstolo, visto que no Antigo Testamento essa atitude caracterizava aqueles que procuravam andar de modo sábio (Pv 1.7), e que evitavam a prática do mal (Jó 28.28; Pv 16.6). Persuadir os homens por causa do temor a Deus não significa intimidá-los, mas convencê-los através da mensagem do Evangelho.
2. A grande motivação do ministério de Paulo: o amor de Cristo (vv.12,13). Paulo havia acabado de falar da esperança que sustenta seu ministério, levando-o a persuadir a todas as pessoas acerca da verdade de que Cristo é o Senhor e vale a pena ser seu ministro (v.11). Nessa oportunidade, Paulo não está defendendo sua autorrecomendação, mas procurando advertir os crentes fiéis a não permitirem que seus opositores os convençam.
Ele não tinha a presunção de louvar a si mesmo, no entanto, fornecia argumentos para que os coríntios se gloriassem em seu testemunho (v.12). Acerca do versículo 13, as explicações são muitas, podendo referir-se à conversão de Paulo (At 9.1-10), ou às suas experiências espirituais (2 Co 12.1-10). O que importa é que todos os atos do apóstolo eram realizados por amor a Cristo.
3. Um amor que nos constrange a viver integralmente para Cristo (vv.14-17). O amor mencionado pelo apóstolo no versículo 14 tinha a força de constrangê-lo, porque não era o seu amor por Cristo, mas era o amor de Cristo por ele. Conforme vemos no versículo 17, esse amor, quando aceito, crido e recebido, é o motivo supremo da transformação de nossas vidas. A expressão “nova criatura” implica em uma nova forma de viver, na qual desaparece a vida pregressa e os velhos costumes. Assim, tal transformação proporciona um novo estilo de vida ao que a recebe. Tal postura, aliás, é consequência lógica da conversão, pois o amor de Deus pela humanidade (Jo 3.16) constrange-nos a viver integralmente para Ele.

SINOPSE DO TÓPICO II
A grande motivação do ministério de Paulo era o amor de Cristo.

III. O MINISTÉRIO DA RECONCILIAÇÃO (5.18-21)

1. Reconciliação, palavra-chave da nova criação (vv.18,19). No grego, o verbo “reconciliar” (katallassō, do substantivo katallagē, que significa “reconciliação”) sugere a ideia de trocar, mudar (neste caso específico, a inimizade está sendo trocada por relações pacíficas). Esta expressão diz respeito ao reajuntamento das pessoas que estavam separadas, assim como um pai e um filho que se separam por divergências familiares. Assim, para que a relação seja restabelecida, é necessário remover os fatores que ocasionaram a inimizade. Na relação rompida entre Deus e a humanidade, a remoção dos elementos que impediam a sua restauração foi realizada pela expiação (Rm 5.10,11).
2. O ministério da reconciliação. O ministério e a palavra da reconciliação consistem na proclamação da obra expiatória realizada por nosso Senhor Jesus Cristo. Dessa forma, Deus propiciou aos cristãos ser um elo de reajuntamento, de reunião e de reconciliação dEle com a humanidade. Assim, a mensagem de reconciliação deve apresentar o perdão em seu sentido mais amplo e restaurar a relação da humanidade com Deus, de forma que esta seja amistosa e correta (Rm 5.1).
3. Embaixadores de Deus (vv.20,21). Paulo escolheu o título “embaixador”, porque o papel de quem possui esta ocupação é o de representar os interesses do seu governo ou líder. Como embaixadores de Deus, temos uma responsabilidade enorme: transmitir a mensagem do Evangelho em sua inteireza, sendo fiel à missão que recebemos do Senhor. Isso o fazemos, em gesto de gratidão àquEle que não tinha pecado, mas que tomou o lugar dos pecadores para redimir-nos. Tal ato proporcionou-nos sermos justificados e termos paz com Deus (Rm 5.1). Por isso, deixemos nossos interesses pessoais e cuidemos da obra; trabalhemos enquanto é dia (Jo 9.4).

SINOPSE DO TÓPICO III
A mensagem de reconciliação deve apresentar o perdão em seu sentido mais amplo, o qual é restaurar a relação da humanidade com Deus, de forma que ela seja amistosa e correta.

CONCLUSÃO
A mensagem da reconciliação não prega o juízo, mas o perdão do Senhor. Ela é objetiva e suprema, pois consiste em saber que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo (v.19). Dessa maneira, Deus, por intermédio da obra de justiça que seu Filho Jesus Cristo realizou no Calvário, concedeu ao pecador uma anistia total (Rm 3.24-26).

EXERCÍCIOS
1. O que a doutrina bíblica evidencia a respeito de nossos corpos?
A doutrina bíblica evidencia que nossos corpos mortais serão revestidos de imortalidade, de incorruptibilidade.

2. De acordo com a lição, o que é o Tribunal de Cristo?
Um julgamento de realizações em prol da obra de Deus, o qual acontecerá nos ares e envolverá todos os cristãos salvos, após o arrebatamento dos vivos e ressurreição dos mortos em Cristo.

3. Cite as duas grandes motivações de Paulo para o cumprimento do ministério cristão.
O temor a Deus (v.11), e o seu amor a Cristo (v.14).

4. De acordo com a lição, o que significa persuadir os homens por causa do temor a Deus?
Significa não intimidá-los, mas convencê-los através da mensagem do Evangelho.

5. Em que consiste o ministério e a palavra de reconciliação?
O ministério e a palavra de reconciliação consistem na proclamação da obra expiatória realizada por Nosso Senhor Jesus Cristo.

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO
Subsídio Teológico
“Reconciliação
[Seu] significado etimológico é ‘mudança’, mas o uso sempre inclui a união de duas ou mais partes pela renovação de bases ou causas de desarmonia. A reconciliação é necessária para por fim à inimizade existente. A doutrina da reconciliação está relacionada com a restauração da comunhão entre o homem pecador e Deus, o Santo Criador, através de Jesus Cristo, o Redentor. Por causa de suas más ações, o homem é declarado inimigo de Deus (Rm 5.8). Teólogos liberais que negam a satisfação penal, propiciatória e substitutiva da justiça divina pela provisão objetiva da expiação, mostram que no NT Deus nunca é o objeto da reconciliação. Eles negam a necessidade da vindicação da justiça divina, e insistem que tudo que é necessário para a reconciliação entre Deus e o homem é uma mudança no homem [...]. O fato de o pecador ser aquele que precisa ser reconciliado com Deus (2 Co 5.20) não constitui um argumento contra a necessidade da propiciação em relação a Deus. Isto deveria ser evidente a partir de uma das passagens do NT, na qual a palavra é usada em um sentido não-soteriológico. Em Mateus 5.23,24, aquele a quem Deus ordenou que se reconciliasse com seu irmão era o ofensor contra quem o irmão tinha uma queixa. A única reconciliação possível era através da remoção objetiva da queixa ou a satisfação da justiça”.
(Dicionário Bíblico Wycliffe. 1.ed. RJ: CPAD, 2006, p.1654)


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