Estudo exclusivo da Escola EBD: Nesta lição abordaremos profundamente Revista Adultos As Obras da Carne e o Fruto do Espírito com insights baseados na teologia pentecostal da cpad...
05 de Fevereiro de 2017
TEXTO ÁUREO
“Alegrai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação [...]” (Rm 12.12).
VERDADE PRÁTICA
A paciência, como fruto do Espírito, é um antídoto contra a ansiedade e as dissensões.
LEITURA DIÁRIA
Segunda – Rm 16.17: Evitando as dissensões
Terça – 1Co 1.10: Evitando os que promovem dissensões
Quarta – 1Co 11.18: Não promover dissensões
Quinta – Rm 13.13: Fugindo das contendas e dissoluções
Sexta – Gl 5.20: As dissensões são obras da carne
Sábado – Gl 5.26: Não cobiçosos de vanglória
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Tiago 5.7-11
7 - Sede, pois, irmãos, pacientes até a vinda do Senhor. Eis que o lavrador espera o precioso fruto da terra, aguardando-o com paciência, até que receba a chuva temporã e serôdia.
8 - Sede vós também pacientes, fortalecei o vosso coração, porque já a vinda do Senhor está próxima.
9 - Irmãos, não vos queixeis uns contra os outros, para que não sejais condenados. Eis que o juiz está à porta.
10 - Meus irmãos, tomai por exemplo de aflição e paciência os profetas que falaram em nome do Senhor.
11 - Eis que temos por bem-aventurados os que sofreram. Ouvistes qual foi a paciência de Jó e vistes o fim que o Senhor lhe deu; porque o Senhor é muito misericordioso e piedoso.
HINOS SUGERIDOS 84, 193 e 427 da Harpa Cristã.
OBJETIVO GERAL
Mostrar que a paciência deve ser praticada pelo crente nesses dias trabalhosos.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
I. Mostrar como Jó é um exemplo de paciência para o crente;
II. Entender que o crente deve abandonar toda dissensão;
III. Saber que o crente deve demonstrar paciência até a volta de Jesus.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Professor, a paciência é um fruto do Espírito inestimável na vida e trabalho do professor de Escola Dominical. É preciso paciência na preparação — oração, estudo da Bíblia, treinamento e desenvolvimento. Ela também é necessária durante a ministração da sua aula. O apóstolo Paulo ensinou Timóteo sobre a necessidade de ministrar com paciência (2Tm 4.1,2,5). Durante suas aulas, busque orar, ensinar, corrigir, incentivar e realizar todas as outras obrigações que compete ao professor, com toda longanimidade. A paciência não é transferida de uma pessoa para outra. Ela é produzida em nós pelo Espírito Santo à medida que lhe permitimos que a imagem de Cristo seja formada em nós. Toda prova, tentação e demora em sua vida podem ser uma oportunidade para o Espírito Santo produzir em você o fruto da paciência.
PONTO CENTRAL
A obra do Espírito Santo em nós aumenta a nossa tolerância.
INTRODUÇÃO
A impaciência é uma das características da vida moderna. As pessoas, a cada dia, estão mais ansiosas, o que contribui para o aumento das dissensões. Basta ler os noticiários para vermos casos de brigas e confusões. Muitos desses casos acabam em tragédia e famílias destruídas. Por isso, podemos de imediato perceber a relevância da lição de hoje para os nossos dias. Estudaremos a respeito da paciência, como fruto do Espírito, e as dissensões, como obra da carne.
I – PACIÊNCIA, ATO DE RESISTÊNCIA À ANSIEDADE
1. A paciência como fruto do Espírito. O termo paciência no grego é makrothümia e significa longanimidade, perseverança e firmeza (Hb 12.1). A paciência, fruto do Espírito, nos habilita a suportar as provações e nos leva a ser complacentes com as falhas dos outros. Vivemos em um mundo onde as pessoas estão a cada dia mais ansiosas, mas os que têm esse aspecto do fruto sabem esperar em Deus com tranquilidade (Sl 40.1). O nosso maior exemplo de paciência está em Deus. Ele é longânimo para com os homens, esperando que ninguém se perca (2Pe 3.9). Moisés, ao ter um encontro com o Senhor no monte Sinai, declarou: “Jeová, o Senhor, Deus misericordioso e piedoso, tardio em iras e grande em beneficência e verdade” (Êx 34.6).
2. A paciência e a ansiedade. Muitos cristãos vivem sofrendo por antecipação, pois se esquecem do que Jesus nos ordenou: “[...] Não andeis cuidadosos quanto à vossa vida [...]” (Mt 6.25). A ansiedade é uma perturbação interior causada pela incerteza, pelo medo. Ela gera angústia e sofrimento, porém Deus não quer que seus filhos vivam com o coração perturbado, ansioso (Jo 14.1). A paciência, fruto do Espírito, nos ajuda a enfrentar as lutas e os sofrimentos da vida sem desanimar. Os sofrimentos não são para nos destruir, mas servem para nos lapidar, para nos tornar mais pacientes e perseverantes (Hb 12.7-11). Precisamos aprender a esperar com paciência e tranquilidade em Deus, tendo a certeza de que todas as coisas cooperam para o nosso bem (Rm 8.28). Lancemos diante do Senhor tudo aquilo que nos aflige, pois Ele é bom e tem cuidado de nós (1Pe 5.7).
3. Jó, exemplo de paciência em meio à dor. Jó é um exemplo de paciência, fé e persistência diante das tribulações. Ele perdeu em um único dia seus filhos, seus bens e sua saúde, mas não perdeu a sua fé em Deus. Em meio à dor de tão grandes perdas, ele declarou: “Porque eu sei que o meu Redentor vive, e que por fim se levantará sobre a terra” (Jó 19.25). A fé que Jó tinha em Deus o levou a esperar com paciência pelo socorro divino. Se você está enfrentando alguma situação adversa, tenha fé. Não perca a sua paciência e em tudo dê graças, pois neste mundo tudo é passageiro, até mesmo as aflições (1Ts 5.18).
SÍNTESE DO TÓPICO I
É possível vencer a ansiedade através da paciência. Um exemplo disso é Jó.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“Tiago começa a carta encorajando os leitores a que aceitem com alegria as provações que são permitidas por Deus para dar-lhes maturidade. A partir daí, passa a mencionar as fontes que nos permitem suportar as perseguições duras e continuadas. Tiago adverte os ricos que oprimem os pobres. Os ricos, que hoje vivem na opulência, enfrentarão com certeza o juízo por maltratarem os inocentes (5.1-6). Nesse clima, os crentes devem ser pacientes, mantendo-se firmes até a Volta do Senhor. A certeza de que o Juiz está às portas, nos conforta e encoraja (vv.7-9). Entrementes, os crentes podem encontrar conforto no exemplo de outros. Como em Jó, que viveu no sofrimento e emergiu da experiência da misericórdia de Deus (vv.10-11). Na medida em que perseveramos devemos permanecer inabalavelmente comprometidos em falar e viver a verdade (v.12). Os crentes também dispõem do recurso da oração. Quando oferecida por uma pessoa justa, produz efeito grande e poderoso sobre a nossa experiência aqui e agora (vv.13-18). Finalmente, cada um de nós é um manancial para os outros. Quando uma pessoa se extravia devemos buscá-la e trazê-la de volta para uma vida em consonância com a verdade de Deus (vv.19-20)” (RICHARDS, Lawrence O. Guia do leitor da Bíblia. RJ: CPAD, 2005, p.875).
CONHEÇA MAIS
Longanimidade
A palavra grega makrothumía refere-se à paciência que temos com nosso próximo. Ser longânimo é tolerar a má conduta dos outros contra nós, sem nunca buscar vingança. Dentro em breve, os cristãos em Roma passariam por perseguições. Sob tensão e sofrimento, os cristãos podem vir a ter menos paciência uns com os outros, de modo que Paulo conclama: ‘Sede pacientes na tribulação’ (Rm 12.12). Ao ensinar sobre os dons, Paulo inicia tratando da paciência com pessoas e termina com a paciência nas circunstâncias (1Co 13.4,7). Para conhecer mais, leia Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal, CPAD, p.489.
SÍNTESE DO TÓPICO II
A dissensão é uma situação que pode se instalar rapidamente entre as pessoas quando prevalece uma atitude desagradável.
SUBSÍDIO HISTÓRICO
“Ainda sois carnais (1Co 3.3)
A palavra aqui é sarkitos, que significa ‘carnal’ ou ‘da carne’. Embora possuam o Espírito, os coríntios não viviam pelo Espírito; sua perspectiva e comportamento expressam a natureza pecaminosa da humanidade.
Embora a tradução da NVI como ‘mundanos’ seja inadequada, ela nos lembra uma verdade importante. As coisas mundanas não são apenas aquelas que os cristãos ‘não devem fazer’, tais como fumar, beber, etc. As coisas mundanas estão relacionadas com ‘agir como meros homens’ (3.3), movidos pelos impulsos egoístas que guiam a humanidade perdida” (RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. RJ: CPAD, 2007, p.328).
SÍNTESE DO TÓPICO III
A paciência como fruto do Espírito nos ajuda em nossa espiritualidade enquanto aguardamos a volta de Cristo.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“A ‘paciência’ (makrothumia)
é seguramente o fruto que torna o homem semelhante a Deus. Como ocorre em outros termos, esta é característica de Deus; e do homem, segundo Deus quer que ele seja. Como Deus é paciente com os homens, então eles são pacientes nEle, tanto quanto em relação a seus semelhantes; pois as circunstâncias e os acontecimentos estão nas mãos de Deus.
Esta virtude bíblica vital não deve ser confundida com mera disposição tranquila, que permanece impassível diante de toda e qualquer perturbação. Tal modo de vida é mais uma característica nativa da personalidade do que uma qualidade do espírito. Longanimidade é exatamente o que a palavra sugere: ânimo longo, firmeza de ânimo, constância de ânimo, alguém que permanece animado por muito tempo sem se deixar abater. Sua essência primária é a perseverança (Desistir? Nunca!), suportando as pessoas e as circunstâncias. Como Deus é longânimo para conosco (cf. 1Tm 1.12-16), assim devemos ser longânimos para com nossos semelhantes (Ef 4.2), nunca admitindo a derrota por mais que os homens sejam irracionais e difíceis (cf. 1Ts 5.4). É este tipo de paciência que reflete verdadeiramente o amor cristão (agape cf. 1Co 13.4). Tal amor paciente não é nossa realização. É o trabalho de Deus no coração dos homens, pois é o fruto do Espírito” (Comentário Bíblico Beacon — Gálatas a Filemom. RJ: CPAD, 2006, p.75).
CONCLUSÃO
Que venhamos crescer em graça e sabedoria, buscando desenvolver o fruto do Espírito e deixando de lado toda discussão e partidarismo, pois em breve o Senhor Jesus voltará. Os que primaram por uma vida cheia do Espírito Santo receberão o seu galardão. Cultivemos o fruto do Espírito.
PARA REFLETIR
A respeito da paciência, evitando as dissensões, responda:
1. O que significa o termo paciência?
Longanimidade, perseverança e firmeza.
2. Segundo a lição, o que é ansiedade?
Uma perturbação interior causada pela incerteza, pelo medo.
3. Cite um exemplo bíblico de homem paciente.
Jó é um exemplo de paciência, fé e persistência diante das tribulações.
4. O que a impaciência e desobediência de Saul lhe causaram?
A perda do trono e da alma.
5. Cite o exemplo de um profeta do Antigo Testamento que se manteve paciente e esperançoso mesmo diante da dor e do sofrimento.
Jeremias.
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