Estudo exclusivo da Escola EBD: Nesta lição abordaremos profundamente Revista Adultos Atos dos Apóstolos com insights baseados na teologia pentecostal da cpad...
13 de Fevereiro de 2011
TEXTO ÁUREO
“E repartia-se a cada um, segundo a necessidade que cada um tinha” (At 4.35).
VERDADE PRÁTICA
Embora a oração e a proclamação da Palavra de Deus sejam as prioridades máximas do ministério cristão, não podemos esquecer-nos das obras de misericórdia.
HINOS SUGERIDOS 6, 175, 476.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Atos 4.34 Dentre os crentes não havia necessitados
Terça - Atos 4.32 A Igreja Primitiva mantinha-se unida
Quarta - Atos 2.44 Havia unidade entre os irmãos
Quinta - Atos 2.46 Perseveraram no partir do pão
Sexta - 1 Co 16.1-4 A igreja socorre os crentes em Jerusalém
Sábado - 2 Co 9.7 A igreja contribuía com alegria
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Atos 6.1-7.
1 - Ora, naqueles dias, crescendo o número dos discípulos, houve uma murmuração dos gregos contra os hebreus, porque as suas viúvas eram desprezadas no ministério cotidiano.
2 - E os doze, convocando a multidão dos discípulos, disseram: Não é razoável que nós deixemos a palavra de Deus e sirvamos às mesas.
3 - Escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete varões de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, aos quais constituamos sobre este importante negócio.
4 - Mas nós perseveraremos na oração e no ministério da palavra.
5 - E este parecer contentou a toda a multidão, e elegeram Estêvão, homem cheio de fé e do Espírito Santo, e Filipe, e Prócoro, e Nicanor, e Timão, e Pármenas e Nicolau, prosélito de Antioquia;
6 - e os apresentaram ante os apóstolos, e estes, orando, lhes impuseram as mãos.
7 - E crescia a palavra de Deus, e em Jerusalém se multiplicava muito o número dos discípulos, e grande parte dos sacerdotes obedecia à fé.
INTERAÇÃO
O contexto da comunidade cristã em Jerusalém, descrito em Atos 6, é de pobreza e necessidades sociais. O resultado do Pentecostes fez com que a igreja de Jerusalém triplicasse em quantidade, mas em contrapartida, crescia na mesma proporção o número de necessitados. Como consequência do crescimento, surgiram carências oriundas de um contexto social de extrema pobreza e miséria. A Igreja Primitiva passara a ser grande, mas seus líderes não podiam fechar os olhos para os pobres e necessitados. Uma igreja que cresce numericamente pode ver seu rebanho adoecer a uma velocidade desproporcional por pura falta de cuidado com as pessoas. A Igreja de Cristo precisa crescer integralmente e priorizar pessoas!
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Compreender que incômodos e dores acompanham o crescimento da Igreja.
Explicar a instituição do diaconato.
Conscientizar se que a assistência social é também prioridade do evangelho.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, considere as seguintes expressões: paternalismo; confiança; prioridades; flexibilidade. Reproduza, conforme suas possibilidades, o auxílio bibliográfico III e, ao concluir o terceiro tópico da lição, explique o importante papel social que desempenharam os líderes apostólicos e a igreja em Jerusalém. Fale das implicações oriundas da decisão conjunta de líderes e membros em Atos 6, e o estabelecimento de metodologias a serem seguidas com o objetivo de resolver os problemas de ordem social na igreja. Boa aula!
Palavra Chave
Assistência Social: Serviço que promove a mudança social buscando a resolução de problemas nas relações humanas, bem como a promoção do bem-estar das pessoas.
introdução
O diaconato foi instituído a partir de uma contingência. Tudo aconteceu quando os crentes de expressão grega, inconformados por estarem suas viúvas sendo preteridas na distribuição diária, puseram-se a murmurar contra os hebreus. Buscando extinguir a dissensão, propuseram os apóstolos à “multidão dos discípulos” a escolha de sete homens notáveis por sua reputação, para que se encarregassem daquele “importante negócio”. Dessa forma, poderiam os pastores da Igreja dedicar-se à oração e ao ministério da Palavra de Deus. O que parecia um problema local redundou numa solução universal.
Se evangelizar e fazer discípulos são a incumbência primária da Igreja Cristã, socorrer aos necessitados não lhe é tarefa secundária. Aprendamos, pois, com os santos apóstolos a cumprir integralmente a missão que nos confiou o Cristo de Deus. Tem você se ocupado com os mais carentes? Jesus não os esqueceu. Ordena-nos o Senhor ainda hoje: “Dai-lhes vós de comer”.
SINOPSE DO TÓPICO I
A murmuração helênica denunciou a urgência de implementar-se a Assistência Social na Igreja Primitiva.
SINOPSE DO TÓPICO II
Os membros da Igreja Primitiva participaram da decisão de instituir o ministério diaconal.
SINOPSE DO TÓPICO III
Atos 6.3 classifica a Assistência Social como um “importante negócio” que existe para servir a Igreja de Cristo.
CONCLUSÃO
Ministros de Cristo, temos duas prioridades: a oração e a proclamação da Palavra de Deus. Todavia, que jamais venhamos a descurar das obras de misericórdia. O Mestre jamais deixou de saciar os famintos. Por que agiríamos nós diferentemente? É hora, portanto, de zelarmos pelo ministério cotidiano, para que o nome de Cristo seja exaltado e magnificado sempre.
EXERCÍCIOS
1. O que é inerente a qualquer grupo que cresce?
Incômodos e dores.
2. O que devemos fazer quando ouvimos alguma murmuração?
Buscando a sabedoria do alto, pacificando os ânimos e mantendo a unidade.
3. Quando os problemas aparecem na congregação, o que deve ser feito?
Deve-se reunir a igreja objetivando solucionar o problema.
4. Como os apóstolos classificaram o ministério de assistência social?
Um importante negócio.
5. Apesar de terem como prioridades a oração e a proclamação da Palavra, de que outro mister os ministros de Cristo não devem descurar?
Das obras de misericórdia.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Teológico
“A Comunhão Quebrada
Os crentes se dedicam a formar uma comunidade de comunhão (At 2.42), que acha expressão em compartilhar as possessões com os necessitados. Como exemplo positivo de comunhão, Lucas chamou atenção a Barnabé (At 4.36,37); em contraste, Ananias e sua esposa são exemplos negativos (At 5.1-11). No capítulo 6, Lucas informa um desarranjo na comunhão causado pela negligência da comunidade para com suas viúvas gregas. No meio de tremendo progresso da Igreja, este problema coloca a unidade eclesiástica em sério perigo. Nesta época, a comunidade cristã consiste em dois grupos: os judeus gregos (hellenistai, ‘crentes de fala grega’) e os judeus hebreus (hebreaioi, ‘crentes de fala aramaica’). Os judeus gregos de Atos 6 são crentes que foram fortemente influenciados pela cultura grega. [...] Os cristãos de fala aramaica são mais fortes nas tradições religiosas palestinas e mostram mais restrição em atitude para com a lei judaica e o templo. Sendo mais agressivos na abordagem, os judeus helenísticos provocavam raiva. Em pelo menos uma ocasião a pregação agressiva de um crente de fala grega na sinagoga helenista em Jerusalém termina em apedrejamento. Os judeus helenistas apresentavam o evangelho com tal zelo que eventualmente os oponentes os compelem a fugir de Jerusalém para salvar a própria vida (At 8.1-3)” (Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. 2.ed. RJ: CPAD, 2004, p.657).
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Teológico
“O Descontentamento Social
Afirma o eminente teólogo da Universidade de Salamanca Lorenzo Turrado: ‘A queixa dos helenistas, a julgar pela iniciativa tomada pelos apóstolos, parece que tinha sério fundamento’. A situação que se desenhava deixou os apóstolos mui preocupados. Como israelitas, sabiam eles que a injustiça e a desigualdade sociais eram intoleráveis aos olhos de Deus (Dt 15.7,11). Não foi por causa da opressão que o Senhor desterrara a Israel? A palavra de Ezequiel não tolera dúvidas: ‘O povo da terra tem usado de opressão, e andado roubando e fazendo violência ao pobre e ao necessitado, e tem oprimido injustamente ao estrangeiro’ (Ez 22.29). Infelizmente, a questão social continua a ser descurada por muitos ministros do Evangelho. Acham eles que a desigualdade social é um problema que cabe apenas ao governo resolver. Mas a Bíblia não ensina assim. Embora a Igreja de Cristo seja um organismo espiritual e desfrute da cidadania celeste, ela é vista como uma comunidade administradora de uma justiça que tem de exceder a do mundo (Mt 5.20). O comentário é de Broadman: ‘Os cristãos têm infligido quase tantas feridas à comunhão quanto os perseguidores externos, abrigando em si preconceitos raciais, religiosos e de classe. Esse preconceito leva à discriminação, e a discriminação destrói a unidade dos crentes. Estas distinções não deviam ter entrado na Igreja, naquela época, e não devem entrar hoje’” (ANDRADE, C. Manual do Diácono. 1.ed. RJ: CPAD, 1999, pp.17,18).
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO III
Subsídio Histórico
As implicações de Atos 6
“Paternalismo. Talvez a primeira lição que deva ser aprendida é a de que a liderança espiritual da igreja precisa evitar o paternalismo. A maneira de se desenvolver uma igreja amadurecida não é impor soluções ‘de cima para baixo’, mas envolver a congregação na solução do problema, e confiar aos membros um papel significativo na tomada de decisões.
Confiança. Teria sido tão fácil tornar-se defensivo e argumentar em quem se deveria ou não colocar a culpa. Em lugar disso, a congregação concentrou-se no problema e os cristãos de fala aramaica demonstraram confiança em seus irmãos, ao fazer os cristãos de fala grega responsáveis pela distribuição a todos.
Prioridades. Os líderes espirituais da igreja precisam concentrar sua atenção ‘na oração e no ministério da palavra‘ (6.4). Mas as preocupações materiais dos crentes também precisam de atenção. E aqueles que lidam com as ‘coisas práticas’ precisam ser pessoas ‘cheias de fé e do Espírito Santo’.
Flexibilidade. Precisamos estar prontos para reagir às necessidades. Frequentemente, nossas igrejas estão encerradas em antigos programas ou antigos cargos. Em lugar de procurar com criatividade satisfazer as necessidades à medida que elas surgem, nós lutamos para manter o mecanismo da igreja. Este incidente na vida da Igreja Primitiva nos lembra de que as pessoas são mais importantes do que as constituições de nossa igreja, e que a inovação não é uma palavra feia” (RICHARDS, L. O. Comentário Histórico Cultural do Novo Testamento. 1.ed. RJ: CPAD, 2007, pp.263-64).
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