Estudo exclusivo da Escola EBD: Nesta lição abordaremos profundamente Revista Adultos A Obra da Salvação com insights baseados na teologia pentecostal da cpad...
19 de Novembro de 2017
TEXTO ÁUREO
“Qual é o homem que teme ao Senhor? Ele o ensinará no caminho que deve escolher” (Sl 25.12).
VERDADE PRÁTICA
O projeto primário de Deus foi salvar a humanidade. Todavia, de acordo com sua soberania, concedeu o livre-arbítrio ao homem.
LEITURA DIÁRIA
Segunda – Gn 3.1,6: Deus dá ao homem capacidade de fazer escolhas
Terça – Dt 30.19: A liberdade de escolher entre a bênção e a maldição
Quarta – Is 48.18: O povo escolhe não obedecer a Deus
Quinta – Rm 10.9: A salvação é pela graça, mas o homem precisa decidir aceitá-la
Sexta – Gl 5.1: O homem escolhe se submeter ou não ao jugo da escravidão
Sábado – Sl 119.30,31: O salmista decidiu andar pelo caminho da verdade
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
João 3.14-21
14 - E, como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do Homem seja levantado,
15 - para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
16 - Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
17 - Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele.
18 - Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus.
19 - E a condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más.
20 - Porque todo aquele que faz o mal aborrece a luz e não vem para a luz para que as suas obras não sejam reprovadas.
21 - Mas quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que que as suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus.
HINOS SUGERIDOS 27, 41 e 124 da Harpa Cristã.
OBJETIVO GERAL
Explicar que o projeto primário de Deus foi salvar a humanidade, contudo, de acordo com sua soberania, concedeu o livre-arbítrio ao homem.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
I. Mostrar que a eleição bíblica é segundo a presciência divina;
II. Discutir a tese bíblica de Armínio a respeito do livre-arbítrio;
III. Conhecer a respeito da eleição divina e do livre-arbítrio.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Deus é soberano, amoroso e deseja salvar a todos indistintamente, mas isso não anula o direito de escolha do ser humano. O que coube a Deus fazer no plano perfeito da salvação Ele o fez, mas a parte do homem, que é pela fé decidir crer e aceitar o sacrifício de Jesus, ele precisa fazer. Deus criou seres autônomos, inteligentes e permite que suas criaturas escolham entre o bem e o mal. No plano perfeito da salvação, Cristo deu a sua vida por todos, mas somente aqueles que decidem crer serão salvos. Nesta lição estudaremos também a respeito do teólogo reformador Armínio, pois ele foi um dos que refutou duramente a teologia da predestinação de Calvino.
PONTO CENTRAL
De acordo com sua soberania, Deus concedeu o livre-arbítrio ao homem.
INTRODUÇÃO
Na cruz do Calvário, Jesus Cristo ofereceu a salvação indistinta e gratuitamente para todos os seres humanos (Ap 22.17). Por decisão pessoal, e liberdade individual, os que recebem a oferta de salvação são destinados à vida eterna, pois o Pai quer que todo homem se salve e que ninguém se perca (2Pe 3.9).
SÍNTESE DO TÓPICO I
A eleição é segundo a presciência de Deus.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“Qualquer estudo sobre a eleição deve sempre começar por Jesus. E toda conclusão teológica que não fizer referência ao coração e aos ensinos do Salvador, seja tida forçosamente por suspeita. Sua natureza reflete o Deus que elege, e em Jesus não achamos nenhum particularismo. Nele, achamos o amor. Por isso, é relevante que em quatro ocasiões Paulo vincule o amor à eleição ou à predestinação: ‘Sabendo, amados irmãos, que a vossa eleição [gr. eklogen] é de Deus’ (1Ts 1.4). ‘Como eleitos [gr. eklektoí] de Deus, santos e amados...’. (Cl 3.12) — nesse contexto, amados por Deus. ‘Como também nos elegeu [gr. exelaxato] nele antes da fundação do mundo... e nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito [gr. eudokia] de sua vontade’ (Ef 1.4,5). Embora a intenção divina não esteja ausente nesta última palavra grega (eudokia), ela inclui também um sentido de calor que não fica tão evidente em thelõ ou boulomai. A forma verbal aparece em Mateus 3.17, onde o Pai diz: ‘Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo [gr. eudokesa]’.
Finalmente, Paulo diz: ‘Mas devemos sempre dar graças a Deus, por vós, irmãos amados do Senhor, por vos ter Deus elegido [gr. heilato] desde o princípio para a salvação, em santificação do Espírito e fé da verdade’ (2Ts 2.13). O Deus que elege é o Deus que ama, e Ele ama o mundo. Tornar-se-ia válido o conceito de um Deus que arbitrariamente escolheu alguns e desconsidera os demais, deixando-os ir à perdição eterna, diante de um Deus que ama o mundo?” (HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática: Uma perspectiva pentecostal. 1ª Edição. RJ: CPAD, 1996, pp.363,364).
SÍNTESE DO TÓPICO II
A principal característica do arminianismo é o livre-arbítrio.
SUBSÍDIO DIDÁTICO-TEOLÓGICO
Professor(a), sugerimos que você reproduza o esquema abaixo no quadro (antes da chegada dos alunos à classe). Para a introdução do tópico, faça a seguinte pergunta: “O que é o arminianismo?”. Ouça os alunos com atenção e incentive a participação de todos. Depois, explique que tal termo se refere à teologia que foi elaborada pelo teólogo Jacobus Arminius. Logo após, mostre aos alunos o quadro com os cinco pontos básicos do arminianismo. Discuta com os alunos os pontos:
A predestinação depende da forma de o pecador corresponder ao chamado da salvação. Logo: acha-se fundamentada na presciência divina; não é um ato arbitrário de Deus.
Cristo morreu, indistintamente, por toda a humanidade, mas somente serão salvos os que crerem.
Como o ser humano não tem a capacidade de crer, precisa da assistência da graça divina.
Apesar de sua infinitude, a graça pode ser resistida.
Nem todos os que aceitaram a Cristo perseverarão.
CONHEÇA MAIS
Eleição divina e livre-arbítrio
“Na Bíblia temos tanto a predestinação divina como a livre-escolha humana, em relação à salvação; mas não uma predestinação em que uns são destinados à vida eterna, e outros, à perdição eterna. [...]. Por outro lado, a ênfase inconsequente à livre-vontade do homem conduz ao engano de uma salvação dependente de obras, conduta e obediência humanas”. Leia mais em Teologia Sistemática Pentecostal, CPAD, pp.368,69.
SÍNTESE DO TÓPICO III
Deus nos elegeu, em Jesus, para pertencermos a Ele.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“Ainda de acordo com a ideia de que o relacionamento entre o divino e o humano é uma via de mão dupla, a posição compatibilista de Lewis, que aventa o que chamei de ‘coexistência pacífica entre soberania divina e livre-arbítrio’ ou ‘compatibilidade incognoscível’, é exemplificada pelo autor de As Crônicas de Nárnia, com a ideia de perdão. A necessidade de tal ato da parte de Deus, ‘move’ a divindade e, ‘Nesse sentido’, diz ele, ‘a ação divina é consequência do nosso comportamento, [e] é por ele condicionada e induzida’. Lewis então questiona retoricamente: ‘Será que isso significa que podemos ‘influenciar’ Deus?’. O anglicano acredita que é até possível responder afirmativamente caso se quiser e diz que, se isso for dessa forma, é preciso então que se flexibilize a noção de ‘impassibilidade’ divina, ‘de forma que admita isso’, aventando a hipótese de que o comportamento humano, de alguma forma, ‘influencia’ o Criador, ‘pois sabemos que Deus perdoa muito mais do que entendemos o significado de impassível’. Assim é que, a respeito dessa questão, Lewis diz que prefere ‘dizer que, antes de existirem todos os mundos, Seu ato providencial e criativo (porque são uma coisa só) leva em conta todas as situações engendradas pelos atos de suas criaturas’. Mas, questiona, ‘se Deus leva em conta nossos pecados, por que não nossas súplicas?’. Isso significa que a oração, a súplica, move a Deus. Numa palavra, ‘Deus e o homem não se excluem mutuamente, como o homem exclui ao seu semelhante no ponto de junção, por assim dizer, entre Criador e criatura; no ponto em que o mistério da criação — infinito para Deus e incessante no tempo para nós ’ ocorre de fato’. Isso significa que, ‘Deus fez (ou disse) tal coisa’ e ‘eu fiz (ou disse) tal coisa’ podem ambos ser verdadeiros’. Esta, inclusive, é a forma arminiana e pentecostal de crer. A soberania divina coexiste com o livre-arbítrio e qualquer tentativa de explicar como isso ocorre leva a equívocos e discussões desnecessárias” (CARVALHO, César Moisés. O Sermão do Monte: A justiça sob a ótica de Jesus. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2017, pp.114,115).
CONCLUSÃO
O Evangelho é um presente oferecido a todas as pessoas, independente de méritos pessoais. Por isso o Senhor convida: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei” (Mt 11.28). Os que aceitam a esse convite estão predestinados a “serem conforme a imagem de seu filho”, Jesus Cristo (Rm 8.29). Deus deseja que todo ser humano seja salvo!
PARA REFLETIR
A respeito da salvação e livre-arbítrio, responda:
1. Qual foi o propósito da eleição de Israel no Antigo Testamento?
A eleição de Israel é específica e pontual. Deus tinha um propósito de enviar o Salvador ao mundo por intermédio da nação judaica.
2. O que é a presciência divina?
Presciência é a capacidade de Deus saber todas as coisas de antemão e de interferir na história humana.
3. O que é o livre-arbítrio?
O livre-arbítrio é a possibilidade que os seres humanos têm de fazer escolhas e tomar decisões que afetam seu destino eterno, especificamente se tratando da salvação.
4. O que é a eleição segundo a Bíblia?
A eleição é uma escolha soberana de Deus que tem como objeto de seu amor todos os seres humanos. Não é uma obra que leva em conta o mérito humano, mas que é feita exclusivamente em Cristo (Ef 1.4).
5. Qual é a vontade de Deus quanto à salvação do ser humano?
O nosso Deus deseja que todo ser humano, espontânea e livremente, o ame de todo coração e mente.
Ajude-nos a divulgar compartilhando com os irmãos da sua igreja!