Estudo exclusivo da Escola EBD: Nesta lição abordaremos profundamente Revista Adultos Valores cristãos com insights baseados na teologia pentecostal da cpad...
17 de Junho de 2018
TEXTO ÁUREO
“Portanto, dai a cada um o que deveis: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem temor, temor; a quem honra, honra” (Rm 13.7).
VERDADE PRÁTICA
A política faz parte da vida em sociedade. Como o cristão não vive isolado, ele deve ter consciência política, sendo sal e luz neste mundo.
LEITURA DIÁRIA
Segunda — 1Pe 2.17: O cristão deve reconhecer as autoridades constituídas
Terça — 1Tm 2.1,2: A igreja deve orar por todas as autoridades
Quarta — Mt 22.17-21: O cristão deve cumprir seus deveres civis
Quinta — 2Co 6.14: O cristão não deve se prender ao jugo desigual
Sexta — Rm 13.4: A importância do Estado virtuoso como autoridade
Sábado — Is 5.20: A igreja deve manter a sua integridade num mundo hostil
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Romanos 13.1-7
1 - Toda alma esteja sujeita às autoridades superiores; porque não há autoridade que não venha de Deus; e as autoridades que há foram ordenadas por Deus.
2 - Por isso, quem resiste à autoridade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos a condenação.
3 - Porque os magistrados não são terror para as boas obras, mas para as más. Queres tu, pois, não temer a autoridade? Faze o bem e terás louvor dela.
4 - Porque ela é ministro de Deus para teu bem. Mas, se fizeres o mal, teme, pois não traz debalde a espada; porque é ministro de Deus e vingador para castigar o que faz o mal.
5 - Portanto, é necessário que lhe estejais sujeitos, não somente pelo castigo, mas também pela consciência.
6 - Por esta razão também pagais tributos, porque são ministros de Deus, atendendo sempre a isto mesmo.
7 - Portanto, dai a cada um o que deveis: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem temor, temor; a quem honra, honra.
HINOS SUGERIDOS 386, 398 e 401 da Harpa Cristã.
OBJETIVO GERAL
Mostrar que a política faz parte da vida em sociedade e que o crente deve ter consciência política.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
I. Apresentar uma perspectiva bíblica da política;
II. Compreender que a separação do Estado da Igreja é uma herança protestante;
III. Mostrar como o cristão deve lidar com a política.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Na lição de hoje estudaremos um tema que em geral divide opiniões e que, erroneamente, se acredita que não deve ser discutido — política. Saiba que quando se trata desse tema, em nossas classes, vão existir dois tipos de alunos: aqueles que não querem ouvir nada a respeito do assunto e que não gostam do tema e os que são muito bem informados quanto à vida política e social do nosso país. Professor(a), em que grupo você está? Essa reflexão é importante, pois vai influenciar diretamente no preparo da lição e na metodologia que você vai utilizar para expor o conteúdo.
Por que atualmente estamos tão cansados da política? Mas, independente do momento político em que o nosso país está atravessando, não é possível viver em sociedade sem a política. É importante ressaltar que o que temos visto atualmente é a chamada “politicagem”, o que é totalmente inverso à política. Como cristãos precisamos fazer a diferença em nossa sociedade e, para isso, precisamos estar bem informados a respeito do que aqueles que estão exercendo um cargo político e que muitas vezes receberam o nosso voto estão fazendo. Não podemos também nos esquecer que a Palavra de Deus nos exorta a orarmos por aqueles que estão exercendo cargos políticos e autoridades governamentais.
PONTO CENTRAL
A política faz parte da vida em sociedade.
INTRODUÇÃO
As Escrituras registram a liderança política de grandes personagens bíblicos, entre eles, José, o governador do Egito (At 7.9,10); e Ester, a rainha da Pérsia e da Média (Et 5.2). Contudo, apesar desses exemplos, por muitas décadas a política foi satanizada no meio evangélico. Como resultado, e com sua omissão, a igreja permitiu que o Poder Público fosse exercido muitas vezes por ateus, ímpios e imorais. Esse comportamento contribuiu com a eleição, por exemplo, de governos contrários à cultura judaico-cristã. Para mudar esse quadro faz-se necessário que a igreja amadureça e aprofunde sua “consciência política”.
SÍNTESE DO TÓPICO I
A Palavra de Deus nos apresenta uma perspectiva correta da política.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“‘Política’. O vocábulo ‘política’ vem do grego, polis, ‘cidade’. A política, pois, procura determinar a conduta ideal do Estado, pelo qual seria uma ética social. Ela procura definir quais são o caráter, a natureza e os alvos do governo. Trata-se do estudo do governo ideal’ (Enciclopédia de Bíblia, Filosofia e Teologia, p.769).
‘Política significava, originalmente, o conhecimento, a participação, a defesa e a gestão dos negócios da polis’ (Cidade-Estado, na Grécia — citado em Cristianismo e Política, p.19).
Segundo Champlin e Bentes: ‘A política é um dos seis ramos tradicionais da filosofia. Platão pode ser caracterizado como o pai da política, porquanto em sua filosofia, sobretudo em seu diálogo intitulado República, ele desenvolveu uma extensa teoria política. A filosofia política ocupa-se com a conduta ideal do Estado, com a ética das sociedades organizadas’ (Enciclopédia de Bíblia, Filosofia e Teologia, p.196). Além de Platão, outros grandes filósofos idealizaram a filosofia política, enfatizando certos aspectos considerados preponderantes sobre os outros na sociedade. Enquanto Platão enfatizava o predomínio do indivíduo dos filósofos, e defendia um Estado comunista; Aristóteles destacava o valor da família como ‘unidade central do Estado e não o indivíduo; propugnava um sistema misto de governo, com destaque para um tipo de democracia (não popular) criticando o Estado comunista defendido por Platão’ (ibidem, p.789). Agostinho via a política como reguladora dos conflitos entre a Igreja e o Estado; o filósofo italiano Maquiavel defendeu a supremacia do Estado, advogando que todos os meios seriam lícitos, desde que os fins fossem bons. É a famosa máxima, segundo a qual ‘os fins justificam os meios’” (LIMA, Elinaldo Renovato de. Ética Cristã: Confrontando as Questões Morais do Nosso Tempo. 9ª Edição. RJ: CPAD, 2015, pp.188,189).
SÍNTESE DO TÓPICO II
Uma das heranças do protestantismo é a separação do Estado da Igreja.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“[...] A Reforma teve causas religiosas, econômicas, políticas, sociais, morais e éticas. O descrédito da igreja crescera durante, pelo menos, dois séculos e já provocava rebeliões populares. Soberanos, senhores feudais, povo e até mesmo parte do clero já haviam alcançado um elevado grau de insatisfação. A mistura ar-combustível de nosso motor imaginário, sob forte pressão, aguardava apenas uma centelha para explodir. Iniciando a venda de indulgências na Alemanha, o dominicano Johann Tetzel (1465 — 1519) produziu a centelha que faltava. A ela, seguiu-se a publicação das 95 Teses de Lutero na porta da igreja de Wittenberg. Estava deflagrada a Reforma.
A indulgência era um documento que absolvia pecados. Se o pecador morresse, um parente poderia pagar por ele, abreviando-lhe o tempo de passage m pelo purgatório.
As interpretações da Reforma dependem do ponto de vista de quem a analisa. Sob a perspectiva política, foi uma rebelião contra a igreja católica, cujo chefe, o Papa, arvorara-se em vigário de Deus, líder acima da autoridade dos reis. Para os que privilegiam as causas morais, ela foi um esforço para deter a corrupção que invadira a hierarquia eclesiástica. Para os que acreditam no determinismo econômico, ela resultou da tentativa do papa em explorar economicamente a Alemanha” (FERREIRA, Paulo. A Reforma em Quatro Tempos: Desdobramento na Europa e no Brasil. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2017, p.14).
CONHEÇA MAIS
Consciência Cristã
“Se tivéssemos oportunidade de perguntar a Dietrich Bonhoeffer o que é a consciência cristã, que resposta obteríamos? Certamente responder-nos-ia que a consciência cristã é o exercício pleno de nossa fé, num mundo que jaz no maligno. Por isso, ousou afirmar: ‘Jesus Cristo, e não o homem ou o Estado, é o nosso único Salvador’”. Para conhecer mais leia As Novas Fronteiras da Ética Cristã, CPAD, p.217.
SÍNTESE DO TÓPICO III
O cristão deve lidar com a política com sabedoria e discernimento.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
Pensando em política para os cristãos
“Infelizmente para os estudiosos cristãos, a Bíblia não é um livro didático de teologia política para o mundo moderno. Ela nos oferece poucas passagens explícitas sobre o papel adequado dos governos. Romanos 13.1-6 nos fala que os governos são estabelecidos por Deus e os cristãos devem se submeter à autoridade governante. Isso parece bastante claro, mas já no início de Atos descobrimos que Pedro e os apóstolos foram presos e encarcerados por pregar o Evangelho e fazer sinais e maravilhas. Então um anjo do Senhor organizou para eles uma fuga da prisão e ordenou-lhes que voltassem à arena pública e continuassem a quebrar a lei pregando o Evangelho. Quando arrastados de volta diante das autoridades, eles declararam: ‘Mas importa obedecer a Deus do que, aos homens’ (At 5.12-29). Aqui a Bíblia parece ensinar que, em algumas circunstâncias, temos de desafiar a autoridade governamental” (MCNUTT, Dennis. Panorama do Pensamento Cristão. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2001, pp.428,178).
CONCLUSÃO
Diante do cerceamento de algumas liberdades, a igreja começou a despertar para a realidade política. As mudanças e as transformações sociais passam pelo processo político. Por que então não eleger candidatos verdadeiramente vocacionados para a vida pública e que reproduzam a moral cristã? Por que não apoiar políticos que rejeitam as leis contrárias aos princípios cristãos? Para tanto, a Igreja precisa ocupar o seu espaço e influenciar positivamente a sociedade (Mt 5.13-16).
PARA REFLETIR
A respeito do tema “Ética Cristã e Política”, responda:
1. Sobre o governo de todos os aspectos da vida humana, o que as Escrituras mostram?
Mostram que Deus intervém em nossa jornada diária, pois Ele “trabalha para aquele que nele espera” (Is 64.4). Nesse aspecto, a Bíblia mostra que o Altíssimo “remove os reis e estabelece os reis” (Dn 2.21), “porque não há autoridade que não venha de Deus; e as autoridades que há foram ordenadas por Deus” (Rm 13.1).
2. Que tipo de Estado vivemos hoje?
Vivemos num estado democrático de direito, onde tanto cidadãos quanto autoridades instituídas têm direitos e deveres mediante a carta constitucional do país, isto é, vivemos no império das leis, e por isso, devemos exercer o mesmo princípio de submissão ao Estado esposado pelo apóstolo Paulo em Romanos (Rm 13.1,2).
3. A partir do exemplo da nação de Israel, qual foi o resultado da união entre igreja e Estado?
A exemplo da deformação da nação de Israel, o início dessa união trouxe até benefícios, mas em seguida, essa mistura foi trágica.
4. O que implica o conceito de Estado Laico?
O conceito de Estado Laico é compreendido como a separação entre o Estado e a Igreja. Significa que um não pode interferir nas atividades do outro e vice-versa.
5. Qual o mal a ser combatido pela igreja?
O mal realmente a ser combatido pela igreja é o pecado.
Ajude-nos a divulgar compartilhando com os irmãos da sua igreja!