6 de Março de 2022
Adultos 1º Trimestre de 2022
TEXTO ÁUREO
“Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo.” (Ap 1.3)
VERDADE PRÁTICA
As profecias são mensagens que expressam a soberana vontade do Senhor. Elas servem para alertar o povo de Deus, produzindo esperança e confiança nas promessas divinas.
LEITURA DIÁRIA
Segunda – Hb 1.1 Deus falou muitas vezes e de várias maneiras por meio dos profetas
Terça – Jr 50.19,20 Deus prometeu a restauração do remanescente da nação eleita
Quarta – Am 9.14 Deus confirma a promessa de restaurar o seu povo
Quinta – Mq 4.10 O Senhor confirma a restauração de Judá do cativeiro babilônico
Sexta – Zc 3.8 O profeta anuncia a vinda do Messias, como o renovo do Senhor
Sábado – Ap 21.2-4 O pecado será banido para sempre e os eleitos herdarão a Nova Jerusalém
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Jeremias 1.4-10; Joel 1.1-3; Apocalipse 1.1-3
Jeremias 1
4 – Assim veio a mim a palavra do Senhor, dizendo:
5 – Antes que te formasse no ventre, eu te conheci; e, antes que saísses da madre, te santifiquei e às nações te dei por profeta.
6 – Então disse eu: Ah, Senhor JEOVÁ! Eis que não sei falar; porque sou uma criança.
7 – Mas o Senhor me disse: Não digas: Eu sou uma criança; porque, aonde quer que eu te enviar, irás; e tudo quanto te mandar dirás.
8 – Não temas diante deles, porque eu sou contigo para te livrar, diz o Senhor.
9 – E estendeu o Senhor a mão, tocou-me na boca e disse-me o Senhor: Eis que ponho as minhas palavras na tua boca;
10 – Olha, ponho-te neste dia sobre as nações e sobre os reinos, para arrancares, e para derribares, e para destruíres, e para arruinares; e para edificares e para plantares.
Joel 1
1 – Palavra do SENHOR que foi dirigida a Joel, filho de Petuel.
2 – Ouvi isto, vós, anciãos, e escutai, todos os moradores da terra: Aconteceu isto em vossos dias? Ou também nos dias de vossos pais?
3 – Fazei sobre isto uma narração a vossos filhos, e vossos filhos, a seus filhos, e os filhos destes, à outra geração.
Apocalipse 1
1 – Revelação de Jesus Cristo, a qual Deus lhe deu, para mostrar aos seus servos as coisas que brevemente devem acontecer; e pelo seu anjo as enviou, e as notificou a João seu, servo,
2 – O qual testificou da palavra de Deus, e do testemunho de Jesus Cristo, e de tudo o que tem visto.
3 – Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo.
PLANO DE AULA
1. INTRODUÇÃO
Nesta lição estudaremos a profecia bíblica, no Antigo e no Novo Testamentos. Os profetas foram pessoas escolhidas por Deus para anunciar a sua revelação.
A mensagem profética tinha o propósito de gerar despertamento, arrependimento e/ou fortalecimento da fé e da esperança. Dada sua importância, estudaremos a ação ministerial dos profetas maiores e menores, que se dirigiram aos hebreus e a outras nações. Também veremos o conteúdo de Apocalipse, visto que se trata de uma mensagem profética direcionada a Igreja de Cristo.
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição:
1) Destacar a atuação ministerial de Isaías, Jeremias, Ezequiel e Daniel;
2) Conhecer o período e a região geográfica de atuação dos Profetas Menores;
3) Entender o propósito e a mensagem do livro de Apocalispe.
B) Motivação: As profecias bíblicas é uma demonstração da Graça de Deus que se manifesta e se revela ao seu povo no tempo e na História.
C) Sugestão de Método: A fim de introduzir o segundo tópico, escreva os nomes dos doze profetas menores em tiras de papéis e distribua-os entre os alunos da sua turma. Peça que cada um fale o que sabe ou lembra sobre o profeta selecionado.
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Explique aos seus alunos que a profecia bíblica é uma mensagem de despertamento e/ou esperança. Ressalte que os livros proféticos tem um forte apelo à prática da justiça e da misericórdia.
4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão: Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios às Lições Bíblicas. Na edição 88, p.41, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará um auxílio que dará suporte na preparação de sua aula:
1) O auxílio “O ofício do profeta”, localizado ao final do primeiro tópico, reflete sobre o significado dos termos em hebraico que são utilizados para compor o conceito de profeta no Antigo Testamento;
2) O auxílio “Uma visão geral do Apocalipse”, localizado ao final do terceiro tópico, traz uma introdução ao último livro da Bíblia. Lê-lo reverentemente gera oportunidade de desfrutar das mais ricas bênçãos espirituais.
INTRODUÇÃO
Os livros proféticos do Antigo Testamento se dividem em “Profetas Maiores” e “Profetas Menores”. A designação serve para diferenciar o tamanho dos livros e não o grau de importância de seus autores. Os Profetas Maiores são Isaías, Jeremias, Lamentações, Ezequiel e Daniel. Já os outros doze, de Oseias a Malaquias, são os Profetas Menores. No Novo Testamento apenas o livro de Apocalipse é classificado como profético. A mensagem desses livros desperta e, ao mesmo tempo, produz esperança para o povo de Deus.
PALAVRA-CHAVE
Esperança
I – OS PROFETAS MAIORES
1. Os profetas e a profecia. A palavra grega prophetes significa proclamador e intérprete da revelação divina.
No hebraico, a palavra frequentemente usada é nãbi, como sendo aquele que declara uma mensagem em nome de Deus. Os profetas tinham acesso à presença dos reis, ofereciam-lhes assessoramento e, quando necessário, até censuravam os seus atos (Is 37.5-7; 2 Sm 12.7ss). O Dicionário Vine atesta que o termo grego para profecia é propheteia que significa “descrição antecipada da vontade de Deus, quer com referência ao passado, quer do presente ou futuro” (Gn 20.7; Ap 1.19). A Bíblia registra que Deus falou muitas vezes e de várias maneiras por meio dos profetas (Hb 1.1).
2. Os profetas Isaías e Jeremias. Isaías e Jeremias profetizaram no reino de Judá. Isaías denunciou a rebeldia do povo, e apontou o cativeiro como juízo divino (Is 5.13). Predisse o retorno de Judá do exílio (Is 48.20), e profetizou a respeito de Cristo, tal como seu nascimento de uma virgem (Is 7.14); sua descendência de Davi (Is 11.1); e seu ministério libertador (Is 61.1,2). Jeremias, igualmente vaticinou a queda de Judá por causa do pecado (Jr 1.16), anunciou a restauração do remanescente (Jr 50.19,20) e a chegada de Cristo como um Renovo de justiça (Jr 33.15). Nas Lamentações, temos o registro do clamor de Judá pelo perdão divino (Lm 1.2; 5.1). Ambos os profetas anunciaram despertamento e esperança.
3. Os profetas Ezequiel e Daniel. Ezequiel e Daniel profetizaram na Babilônia. Judá estava no exílio e tinha o coração obstinado (Ez 2.4). Ezequiel foi levantado para os admoestar no cativeiro (Ez 2.3), lembrar de que a restauração requeria arrependimento (Ez 3.20,21), e prenunciou a Cristo como pastor e rei (Ez 34.23,24). Daniel também foi para o exílio, porém, como um dos oficiais da corte (Dn 5.29). Ele entendeu que o cativeiro duraria 70 anos (Dn 9.2), e passou a clamar por misericórdia (Dn 9.19). Como resposta, Deus lhe revelou o tempo da restauração da nação, a vinda de Cristo, o advento do Anticristo e o Julgamento Final (Dn 9.24-27). Essas profecias despertaram a esperança de reconciliação com Deus
SINÓPSE I
Os profetas maiores tiveram uma atuação proeminente tanto no reino de Judá como na Babilônia.
AUXÍLIO TEOLÓGICO
“[O ofício do profeta]
Ao abordarmos o ofício do profeta, encontraremos uma relação estreita entre palavra e visão. É indivisível a função de ser vidente e portador da palavra. O profeta sempre será visionário, já que, no desempenho do seu trabalho, fará com que os receptores de sua mensagem alcancem uma compreensão divina do presente e, também, fará com que se perceba o futuro sem as incertezas que ocasionam o devir daqueles que, ignorando a profecia, vivem alheios aos desígnios de Deus e, portanto, se convertem em títeres das circunstâncias temporais ou, o que poderia ser pior, acabam sendo vítimas da manipulação dos multiformes oráculos dos falsos profetas ou iluminados de plantão.
Para uma maior compreensão da relação entre profeta e vidente, farei referência a três termos hebraicos que se referem, de forma especial, ao profeta do Antigo Testamento. Ainda que, com mais empenho, eu me refira ao que talvez seja o vocábulo mais importante: nabbi. Esse termo comumente se traduz “profeta” mais de 300 vezes nas Escrituras hebraicas. A ideia básica do significado de nabbi é: “alguém que fala em lugar de Deus”; o nabbi foi necessariamente estabelecido para transmitir a mensagem de Deus.
[…] Quero fazer referência a outros dois termos para profeta, traduzidos como “vidente”. Um é ro’eh, e o outro é hozeh. Ambos são usados muito menos que o termo principal nabbi. A palavra hebraica Ro’eh aparece em 12 ocasiões. Hozeh é utilizada 18 vezes; a raiz de ambas destaca o sentido de “ver”. Portanto, a ideia fundamental que quero destacar consiste na capacidade que se outorga ao profeta de poder visualizar a vontade de Deus. Isso pressupõe um enfoque revelacional na capacidade de o profeta escutar a voz de Deus. Por conseguinte, o oposto a essa capacidade de ver é a cegueira própria de quem, tendo olhos, não vê, já que se trata do âmbito do oculto aos sentidos humanos e é necessário que Deus tire o véu do mundo espiritual e se dê a conhecer” (ESCOBAR, Juan Carlos. Profetas e Visionários. Rio de Janeiro: CPAD, 2016, pp.23,27).
II – OS PROFETAS MENORES
1. Os profetas do Reino do Norte. Dois profetas menores profetizaram para Israel: Amós e Oseias. Amós profetizou quando Israel vivia grande prosperidade (Am 6.1). Contudo, Deus reprovava as ações do povo, tais como: suborno, corrupção e injustiça (Am 2.6-8; 5.11). Em razão disso, Amós vaticinou o cativeiro como julgamento (Am 6.7). Oseias condenou a infidelidade de Israel, que como uma meretriz, traiu e abandonou o Senhor para seguir o caminho da idolatria, da luxúria, do homicídio, do roubo e da opressão (Os 1.2; 4.10; 5.2; 7.1; 12.7). Como consequência, a nação foi conduzida ao cativeiro pela Assíria (Os 9.3). Apesar dos erros, ambos os profetas anunciaram que Deus prometeu restaurar o povo (Am 9.14; Os 14.4).
2. Os profetas Pré-exílio. Os profetas de Judá Pré-exílio são quatro: Joel, que pregou o arrependimento (Jl 2.12), e profetizou o derramamento do Espírito Santo (Jl 2.28); Miqueias, que denunciou a falsa espiritualidade (Mq 2.11; 3.11), anunciou a destruição de Jerusalém, o cativeiro babilônico, e a restauração de Judá (Mq 3.12; 4.10); Habacuque, que reclamou da violência, do litígio e da sentença distorcida (Hc 1.1-4), vaticinou que Deus usaria os babilônios para punir a nação (Hc 1.6); Sofonias, que apontou os pecados dos príncipes, a destruição no grande “Dia do Senhor” (Sf 1.4, 8, 14), e a restauração do remanescente (Sf 3.13). Todas as profecias abordam o juízo, mas enfatizam a misericórdia divina em prover o livramento.
3. Os profetas Pós-exílio. Os profetas de Judá Pós-exílio são três: Ageu, que persuadiu o povo a reconstruir o Templo (Ag 1.2-6), e Deus prometeu prover os recursos da construção (Ag 2.8), e assegurou que a glória dessa casa seria maior do que a da primeira (Ag 2.9); Zacarias, que animou o povo e Zorobabel a concluírem o Templo, com a mensagem “não por força nem por violência, mas pelo meu Espírito” (Zc 4.6), e anunciou a vinda do Messias, como o renovo do Senhor (Zc 3.8); Malaquias, que repreendeu o desleixo dos sacerdotes (Ml 1.7,8), os pecados do povo (Ml 3.5), e a negligência com os dízimos e ofertas (Ml 3.8,9). O livro encerra o cânon do Antigo Testamento e conclui com a promessa de que o Dia do Senhor está vindo (Ml 4.5,6).
4. Os demais profetas. O profeta Jonas foi enviado para pregar em Nínive, a capital da Assíria (Jn 1.2). A mensagem era de destruição por causa da maldade do povo (Jn 3.4). Porém, a nação se converteu, e Deus cancelou o juízo sobre ela (Jn 3.8-10). Contudo, 150 anos depois, Naum profetizou a condenação de Nínive (Na 1.1,9). Os Assírios foram destruídos pela insistência em praticar a crueldade (Na 3.1-4). Obadias denunciou a soberba dos Edomitas (Ob 1.1-3). Eles eram descendentes de Esaú e praticavam violência contra Judá (Ob 1.8-11). Por essa razão, Deus os condenava à destruição (Ob 1.15,16), enquanto Judá seria restaurada (Ob 1.17).
SINÓPSE II
Os doze profetas menores foram usados por Deus antes e depois do exílio do povo escolhido.
III – O LIVRO DO APOCALIPSE
1. Autoria, propósito e destinatários. O Dicionário Bíblico Wycliffe assevera que o termo grego apokalypsis significa “revelações especiais de Deus ao homem em Jesus Cristo” (Lc 17.30; Rm 8.18; 2 Ts 1.7; 1 Pe 1.13).
No versículo de abertura, o livro atesta ser a “revelação de Jesus Cristo” (Ap 1.1a), assegura que o propósito é “mostrar as coisas que brevemente devem acontecer” (Ap 1.1b) e apresenta o apóstolo João como seu autor (Ap 1.1c). Os destinatários são identificados pelas cidades das sete Igrejas da Ásia Menor: Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Filadélfia, Laodiceia e Sardes (Ap 1.11). O livro encerra o cânon do Novo Testamento, e revela a vitória final do Reino de Deus.
2. Uma mensagem de esperança. Na revelação, Cristo disse a João: “escreve as coisas que tens visto, e as que são, e as que vão acontecer” (Ap 1.19). Significa o registro do passado, presente e futuro. No passado, João testificou da Palavra de Deus (Ap 1.2). No presente, todos devem guardar as palavras da profecia (Ap 1.3, 22.14). No futuro, irá se cumprir a esperança da volta de Jesus (Ap 1.7). Desse modo, o livro nos ensina a viver com Deus no presente, a fim de participar da eternidade com Ele. As revelações do futuro atestam que Deus controla a história (Ap 14.7,8); Satanás será derrotado (Ap 20.10); o pecado será banido; e aqueles que vencerem herdarão a Nova Jerusalém (Ap 21.2-4). Por isso, somos encorajados a clamar: “Ora, vem, Senhor Jesus!” (Ap 22.20).
SINÓPSE III
O livro do Apocalipse, escrito às sete Igrejas da Ásia Menor, traz uma mensagem de esperança e fortalecimento da fé.
AUXÍLIO TEOLÓGICO
[Uma visão geral do Apocalipse]
“Os cristãos da Igreja Primitiva, como os primeiros a receber o Apocalipse, devem ter ficado maravilhados com as suas profecias. Embora tantos séculos já tenham se passado, o livro continua a merecer atenção e estudo, pois bênçãos são prometidas a todos os que guardam a sua mensagem. Suas profecias centralizam-se em Jesus e nos últimos tempos, revelando o clímax e o triunfo final do plano divino […].
A razão e a autoridade com que o apóstolo escreve vêm da tremenda visão de Jesus como ‘um semelhante ao Filho do Homem’ (Ap 1.13), identificando-o com o mesmo personagem visto por Daniel (Dn 7.13,14), a quem foi dado ‘o domínio e a glória, e o reino, para que todos os povos, nações e línguas o servissem’. Esta é uma identificação que o próprio Jesus fez de si mesmo durante seu ministério terreno (Mt 26.64). Além de utilizar o linguajar de Daniel, a descrição de Jesus feita por João usa também uma linguagem extraída de Ezequiel. Este tipo de descrição do Antigo Testamento, aliás, é aplicada somente a Deus Pai. Através dela, os leitores de João são lembrados de que Jesus é a revelação do Pai (Jo 14.9-11). A ordem vem de igual modo diretamente de Jesus, que determina a João que escreva às sete igrejas (Ap 2 e 3)” (HORTON, Stanley M. Apocalipse: As coisas que brevemente devem acontecer. 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2001, pp.9-10).
CONCLUSÃO
A mensagem dos profetas é de suma importância para despertar o cristão. Nos livros proféticos, a soberania, a justiça e a misericórdia divina estão claramente reveladas. Os fatos narrados comprovam o poder, a autoridade e o controle divino sobre todas as coisas. Eles nos servem de experiência de fé, que produz esperança (Rm 5.4).
REVISANDO O CONTEÚDO
1. O que significa a palavra “Profeta”?
Significa proclamador e intérprete da revelação divina.
2. Em que local Ezequiel e Daniel profetizaram?
Ezequiel e Daniel profetizaram na Babilônia.
3. Cite os quatro profetas pré-exílio de Judá.
Joel, Miqueias, Habacuque e Sofonias.
4. Para onde o profeta Jonas foi enviado a pregar?
Jonas foi enviado para pregar em Nínive.
5. Segundo a lição, o que o livro de Apocalipse nos ensina?
O livro nos ensina a viver com Deus no presente, a fim de participar da eternidade com Ele.