Adultos 3° Trimestre de 2023

17 DE SETEMBRO DE 2023
 
TEXTO ÁUREO
“Grande é este mistério; digo-o, porém, a respeito de Cristo e da igreja.” (Ef 5.32)
VERDADE PRÁTICA
A Noiva de Cristo não pode ser mundana, pois ela é a guardiã da verdade revelada e suas vestes devem se manter imaculadas para as Bodas do Cordeiro.

LEITURA DIÁRIA

Segunda – Dn 4.25; At 17.24 Deus é um ser pessoal que intervém no curso da história
Terça – Mt 5.13,14 Se a verdade for corrompida, deixamos de ser o sal da terra e a luz do mundo
Quarta – Hb 13.12 A santificação da Igreja é uma obra do Calvário
Quinta – Ap 19.7-9 A Igreja “santa e imaculada” terá acesso às Bodas do Cordeiro
Sexta – 2 Tm 4.2 Zelando, vivendo e propagando a mensagem bíblica com fidelidade
Sábado – Jd 1.3 Batalhando pela fé que foi entregue aos santos

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

1 Timóteo 3.14-16; Efésios 5.25-27,32
1 Timóteo 3
14 – Escrevo-te estas  coisas,  esperando ir ver-te bem depressa,
15 – mas, se tardar, para que saibas como convém andar  na casa de Deus, que é a igreja do Deus vivo, a coluna e firmeza da verdade.
16 – E, sem dúvida alguma, grande é o mistério da piedade:  Aquele que se manifestou em carne foi justificado em espírito, visto dos anjos, pregado aos gentios, crido no mundo  e recebido  acima, na glória.
Efésios 5
25 – Vós, maridos,  amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela,
26 – para a santificar,  purificando-a com a lavagem da água, pela palavra,
27 – para a apresentar  a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem  coisa  semelhante, mas santa e irrepreensível.
32 – Grande é este mistério; digo-o, porém, a respeito de Cristo e da igreja.
Hinos Sugeridos: da Harpa Cristã
144 VEM À ASSEMBLEIA DE DEUS
215 VER-NOS-EMOS
471 AVANÇAI, FIÉIS

PLANO DE AULA

1. INTRODUÇÃO
A igreja local não está livre de influências nocivas que procuram enfraquecer sua identidade de representante de Cristo no mundo. Por isso, nesta lição, é importante reafirmar a natureza da Igreja e destacar seu relacionamento com Cristo. Neste relacionamento que, como Igreja, nos afastamos do mundo, vivemos o propósito de Cristo na terra e nos livramos das influências hostis aos valores eternos da mensagem de Cristo. 
 
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição:
 Explicar a natureza da Igreja do Deus Vivo;
Enfatizar a relacionamento de Cristo com a Igreja por meio da santificação;
 Elencar as armas da Igreja do Deus Vivo.
B) Motivação: Vivemos num contexto de ataques que buscam desconstruir a fé dos santos. Entretanto, nesse contexto é que somos convidados a ser Igreja do Deus Vivo, coluna e firmeza da verdade. É tempo de ser Igreja em qualquer lugar em que Deus nos levar.
C) Sugestão de Método: Inicie a aula de hoje mencionando alguns símbolos que a Bíblia retrata a respeito da Igreja: Noiva de Cristo, Corpo de Cristo, Casa do Deus Vivo, Coluna e Firmeza da Verdade. Pergunte à classe o que ela pensa e imagina quando se deparam com essas expressões. Ouça as respostas de maneira atenta. Em seguida, inicie a exposição do primeiro tópico, enfatizando a gloriosa natureza da Igreja do Deus Vivo.

3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO

A) Aplicação: Fazemos parte do Corpo de Cristo, assim, devemos honrar a mensagem da Cruz, encontrarmo-nos santos, puros e irrepreensíveis até a volta do Senhor. Nesse sentido, zelo e integridade são características da Igreja do Deus Vivo.
4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 94, p.42, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula:
1) O texto “Definição de Igreja”, que ajudará aprofundar o primeiro tópico, oferece uma explicação a respeito do conceito bíblico de Igreja;
2) O texto “Corpo de Cristo” ajudará aprofundar o segundo tópico, trazendo a imagem da Igreja como Corpo de Cristo e sua relação com Jesus.

INTRODUÇÃO

Os efeitos do mundanismo são percebidos quando a Igreja deixa de ser pautada pelos valores da fé cristã (2 Tm 3.1-5). Infelizmente, ela não está imune a influências nocivas da sociedade (2 Pe 2.1). Nesta oportunidade, vamos abordar a natureza da igreja, seu relacionamento com Cristo e as armas que impedem a mundanização da Igreja local. A proposta é chamar a atenção para o papel da Igreja do Deus vivo, como coluna e firmeza da verdade (1 Tm 3.15).
 
PALAVRA-CHAVEI: greja

I – A NATUREZA DA IGREJA DO DEUS VIVO

1. A casa do Deus vivo. Paulo orienta Timóteo a como “andar na casa de Deus, que é a igreja do Deus vivo” (1 Tm 3.15a). A expressão “casa de Deus” foi emprestada do Antigo Testamento, onde o termo frequente é “casa do Senhor” (1 Rs 3.1; 1 Cr 22.11). O uso original da expressão refere-se ao Templo, mas o complemento “que é a igreja do Deus vivo” inclui o conjunto de membros da igreja. O apóstolo ainda usa os vocábulos “domésticos da fé” (Gl 6.10); “família de Deus” (Ef 2.19); “corpo de Cristo” (1 Co 12.27); e “templo de Deus” (1 Co 3.16). A sentença “Deus vivo” enfatiza o verdadeiro Deus em contraste com os ídolos mortos (1 Co 8.4; 2 Co 6.16; 1 Ts 1.9), fazendo alusão à doutrina bíblica de que Deus é um ser pessoal, distinto da Criação e que, ao mesmo tempo, se relaciona com a criatura, atuando na história humana (Dn 4.25; At 17.24).

2. A coluna e firmeza da verdade.

A Bíblia assegura que a Igreja do Deus vivo é “a coluna e firmeza da verdade” (1 Tm 3.15b). Nessa metáfora, a Igreja é o fundamento que sustenta a verdade, ou seja, significa que foi instituída como guardiã da verdade por Deus revelada (2 Tm 1.13,14). Essa verdade é o Evangelho de Cristo, as Boas-Novas de salvação e suas imutáveis doutrinas (Gl 2.5; Ef 1.13; Cl 1.5). Portanto, é responsabilidade da Igreja propagar, testemunhar e defender a verdade do Evangelho (Mt 28.20; Jo 18.37; Jd 1.3). Desse modo, no zelo pela verdade, os líderes da igreja devem ser irrepreensíveis e capazes de repudiar os falsos mestres e suas heresias (1 Tm 3.1-13). Se a verdade do Evangelho for corrompida, então, a igreja deixa de ser o sal da terra e a luz do mundo (Mt 5.13,14).

3. O mistério da piedade.

A verdade do Evangelho é personificada em Cristo (Jo 14.6). Nessa concepção, o apóstolo Paulo diz: “grande é o mistério da piedade” (1 Tm 3.16a). Devemos, aqui, ter atenção para as palavras “mistério” e “piedade”. A primeira sinaliza que a verdade do Evangelho foi revelada aos santos (Cl 1.26); a segunda retrata a base do cristianismo que é a fé cristã. Na sequência, o apóstolo sintetiza tudo isso com a expressão “o mistério da piedade”, o Evangelho revelado, a fé cristã estabelecida no seguinte evento: Cristo “que se manifestou em carne foi justificado em espírito, visto dos anjos, pregado aos gentios, crido no mundo  e recebido  acima, na glória” (1 Tm 3.16). Assim, a Igreja é a fiel portadora dessa verdade (2 Co 2.17).
SINÓPSE I
A Igreja é a casa do Deus vivo, coluna e firmeza da verdade, fiel portadora da verdade do Evangelho.

AUXÍLIO TEOLÓGICO

“DEFINIÇÃO DE IGREJA
Hoje, ‘igreja’ comporta vários significados. Refere-se frequentemente ao prédio onde os crentes se reúnem (por exemplo: ‘Estamos indo à igreja’). Pode indicar a nossa comunhão local ou denominação (‘Minha igreja ensina o batismo por imersão’) ou um grupo religioso regional ou nacional (‘a igreja da Inglaterra’). A palavra é empregada frequentemente com referência a todos os crentes nascidos de novo, independentemente de suas diferenças geográficas e culturais (‘a Igreja do Senhor Jesus Cristo’). Mas seja como for, o significado bíblico de ‘igreja’ refere-se primariamente não às instituições e culturas, mas sim às pessoas reconciliadas com Deus mediante a obra salvífica de Cristo e que agora pertencem a Ele” (Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, pp.537-38).

II – CRISTO E O RELACIONAMENTO COM A IGREJA

1. Santificação e pureza. Paulo ensina que Cristo morreu pela Igreja: “para que a santificasse, tendo-a purificado por meio da lavagem de água pela palavra” (Ef 5.26 – ARA). O texto mostra que, na regeneração, Cristo nos purifica do pecado (1 Co 6.11; Tt 3.5) e que, no propósito do calvário, estava inclusa a nossa santificação (1 Ts 4.16; Hb 13.12). A expressão “a lavagem da água” é usada de forma figurada, simboliza a Palavra de Deus que opera uma limpeza espiritual (Jo 15.3). Nesse sentido, Cristo orou: “santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade” (Jo 17.17). Ora, sabemos que a Santificação é o ato de separar-se do pecado e preparar-se para a volta do Senhor (1 Pe 1.15; Hb 12.14). Esse processo é contínuo até a glorificação final no dia de Cristo (Rm 6.22; 8.30; Fp 3.21).

2. Gloriosa e irrepreensível.

A santificação tem como alvo preparar uma “igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível” (Ef 5.27). A Escritura compara a relação de Cristo com a Igreja, com a do marido com a esposa (2 Co 11.2). Assim, a Igreja é a noiva de Cristo, que se prepara para a festa nupcial (Ap 21.2,9). Durante essa espera, por meio do Espírito Santo, Cristo a santifica para apresentá-la a si mesmo totalmente pura (2 Ts 2.13). A ausência de “mácula” e de “ruga” significa sem mancha alguma de ordem moral ou espiritual. Vestida nesse grau de pureza, somente a igreja “santa e imaculada” terá acesso à ceia das Bodas do Cordeiro (Ap 19.7-9). Acerca disso, Cristo advertiu não ser possível entrar nas bodas sem a devida veste nupcial (Mt 22.11-13).
SINÓPSE II
A santificação, a pureza e o caráter irrepreensível da Igreja se destacam no relacionamento de Cristo com ela.

AUXÍLIO TEOLÓGICO

“CORPO DE CRISTO
Figura bíblica da máxima relevância para representar a Igreja é o “corpo de Cristo”. Era a expressão predileta do apóstolo Paulo, que frequentemente comparava os inter-relacionamentos e funções dos membros da Igreja com partes do corpo humano. Os escritos de Paulo enfatizam a verdadeira união, que é essencial na Igreja. Por exemplo: “O corpo é um e tem muitos membros… assim é Cristo também” (1 Co 12.12). Da mesma forma que o corpo de Cristo tem o propósito de funcionar eficazmente como uma só unidade, também os dons do Espírito Santo são dados para equipar o corpo “pelo Espírito Santo… o mesmo Senhor… o mesmo Deus que opera tudo em todos… para o que for útil” (1 Co 12.4-7)” (Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p.544-46).

III – AS ARMAS DA IGREJA DO DEUS VIVO

1. O zelo pela verdade. Enfatizamos que a verdade bíblica é absoluta e imutável (Lc 21.33; Jo 17.17), ou seja, o Evangelho de Cristo é a única verdade (Jo 14.6). Nesse caso, a igreja é a “fiel depositária” dessa verdade (1 Tm 3.15). E, por isso, os salvos em Cristo são despenseiros da mensagem da redenção (1 Pe 4.10). Para ilustrar essa responsabilidade, levemos em conta o uso que Jesus fez de símbolos que remontam à responsabilidade espiritual: “os dois servos” (Mt 24.45-51); “os talentos” (Mt 25.14-30); “o servo vigilante” (Lc 12.35-38); “o mordomo infiel” (Lc 16.1-13); e “as dez minas” (Lc 19.12-26). Todas essas parábolas trazem a imagem da responsabilidade que cada salvo deve ter enquanto espera o Senhor da Igreja voltar. Esse compromisso é inegociável, pois espera-se que o salvo cumpra o seu dever com irrestrita lealdade. Assim, a Igreja deve zelar pela verdade das Escrituras, viver e propagar a mensagem bíblica com fidelidade (2 Tm 4.2).

2. O ensino da verdade.

Deus constituiu líderes para o aperfeiçoamento e edificação da Igreja (Ef 4.11,12). Portanto, o líder deve estar apto para ensinar (1 Tm 3.2). Isso refere-se à capacidade de compreender as Escrituras, defender a ortodoxia e refutar as heresias (Tt 1.9). Desse modo, um líder vocacionado não cede ao liberalismo teológico, ecumenismo e sincretismo religioso (2 Co 2.17; 2 Tm 4.3,4). Logo, a verdade bíblica deve ocupar a primazia na igreja (1 Tm 4.13; 2 Tm 2.15). Não por acaso, na tese 54, Lutero ensinou que ofendemos a Palavra de Deus quando no sermão não há tempo ao estudo da Bíblia, ou seja, quando a exposição da Bíblia não é o cerne da pregação. Não ensinar as Escrituras, relativizar suas doutrinas ou fazer concessões ao pecado equivale fazer a igreja refém do mundanismo. Portanto, somente a verdade de Deus é capaz de libertar o pecador (Jo 8.32).
SINÓPSE III
Zelo e ensino pela verdade são duas das principais armas da Igreja do Deus vivo.

AUXÍLIO EDUCAÇÃO CRISTÃ

UM TEMPO DE QUALIDADE COM OS FILHOS POR MEIO DA LEITURA
Não há dúvida que a leitura é o instrumento mais democrático e barato para se educar uma criança. Por isso, reproduzimos aqui mais uma sugestão do dr. John Trent, em “Bênção Lida em Voz Alta”, para que os nossos filhos se desenvolvam em sabedoria, estatura e graça para com Deus e os homens: “Uma forma como minha esposa, Cindy, costumava abençoar nossas meninas era reservando tempo para ler com elas. Embora contássemos as tradicionais histórias na hora de dormir, Cindy também descobriu várias maneiras adicionais de ler com nossas filhas algo que lhes transmitisse suas bênção e criasse um vínculo entre todos nós. Sou feliz em dizer que, mesmo com nossas filhas crescidas, essa tradição ainda se mantém nas viagens de carro da família Trent e quando nossas filhas estão em casa nos feriados. Aqui estão algumas maneiras de transformar a história na hora de dormir ou o período dentro do carro em momento de bênçãos para seus filhos […].” Continua em: TRENT, John. 30 Maneiras de uma Mãe Abençoar seus Filhos. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, pp.31-32.

CONCLUSÃO

Diante dos ataques de desconstrução da fé, a Igreja do Deus vivo precisa ser vigilante (1 Co 16.13). Ela é a guardiã da única verdade que liberta (Jo 8.36). A mensagem da cruz não pode ser ressignificada. Cristo morreu e ressuscitou por amor à Igreja e a requer santa, pura e irrepreensível (Ef 5.27). Portanto, a Noiva de Cristo não pode macular suas vestes. Seu papel abarca o ensino e a defesa com todo o zelo da integridade da verdade revelada (1 Tm 4.16).

REVISANDO O CONTEÚDO

1. O que a Bíblia assegura?
A Bíblia assegura que a Igreja do Deus vivo é “a coluna e firmeza da verdade” (1 Tm 3.15b).
2. Em quem a verdade do Evangelho está personificada?
A verdade do Evangelho é personificada em Cristo (Jo 14.6).
3. Segundo a lição, o que é o ato de santificação?
A santificação é o ato de separar-se do pecado e preparar-se para a volta do Senhor (1 Pe 1.15; Hb 12.14).
4. Qual é o alvo da santificação?
A santificação tem como alvo preparar uma “igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível” (Ef 5.27).
5. Cite pelo menos duas imagens que simbolizam a responsabilidade da Igreja.
Os dois servos e servo vigilante.