30 de Junho de 2019
Texto Áureo
“Porque nos convinha um sumo sacerdote como este, santo, inculpável, sem mácula, separado dos pecadores e exaltado acima dos céus.” (Hb 7.26)
Verdade Prática
Jesus Cristo é o Sumo Sacerdote perfeito, porque, sendo Ele a Oferta e o Ofertante, garantiu-nos, no Calvário, uma salvação eficaz e eterna.
LEITURA DIÁRIA
Segunda – Cl 2.17 A sombra das coisas futuras
Terça – 1 Tm 2.5 Jesus, o mediador entre Deus e os homens
Quarta – Hb 8.6 Cristo, o mediador de uma aliança superior
Quinta – Hb 7.26 Jesus Cristo, o sacerdote perfeito
Sexta – Ap 21.1-3 O Santuário Celestial
Sábado – Hb 9.12 Jesus nos proveu uma eterna redenção
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Hebreus 9.11-15; Apocalipse 21.1-4
Hebreus 9.11-15
11 – Mas, vindo Cristo, o sumo sacerdote dos bens futuros, por um maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, isto é, não desta criação,
12 – nem por sangue de bodes e bezerros, mas por seu próprio sangue, entrou uma vez no santuário, havendo efetuado uma eterna redenção.
13 – Porque, se o sangue dos touros e bodes e a cinza de uma novilha, esparzida sobre os imundos, os santificam, quanto à purificação da carne,
14 – quanto mais o sangue de Cristo, que, pelo Espírito eterno, se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará a vossa consciência das obras mortas, para servirdes ao Deus vivo?
15 – E, por isso, é Mediador de um novo testamento, para que, intervindo a morte para remissão das transgressões que havia debaixo do primeiro testamento, os chamados recebam a promessa da herança eterna.
Apocalipse 21.1-4
1 – E vi um novo céu e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe.
2 – E eu, João, vi a Santa Cidade, a nova Jerusalém, que de Deus descia do céu, adereçada como uma esposa ataviada para o seu marido.
3 – E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles e será o seu Deus.
4 – E Deus limpará de seus olhos toda lágrima, e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor, porque já as primeiras coisas são passadas.
HINOS SUGERIDOS: 106, 219, 365 da Harpa Cristã
OBJETIVO GERAL
Conscientizar de que Jesus Cristo é o Sumo Sacerdote Perfeito.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
1 Expor que o Sacerdócio Celestial tem um único Sumo Sacerdote;
2 Explicitar o Sacerdócio Universal da Igreja;
3 Afirmar o Maior e mais Perfeito Tabernáculo.
• INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Assim como Israel teve a experiência da Nuvem de Glória, nós podemos ter uma experiência com a glória do Altíssimo por intermédio do seu bendito Espírito. É possível viver uma vida cheia do Espírito Santo de Deus. É possível ter experiências gloriosas com o nosso Deus. Foi o que vimos na lição passada. Tudo isso foi possível porque o Sacerdote Celestial está conosco. Nele, somos o sacerdócio real, o Corpo de Cristo chamado para servir. No Sacerdócio Celestial de Cristo é que está fundamentado o sacerdócio universal dos crentes. Esse é o assunto desta lição.
INTRODUÇÃO
O apóstolo Paulo escreveu que as festas, a dieta e os dias sagrados são “sombras das coisas futuras” (Cl 2.17). O autor aos Hebreus reafirma que a lei era “a sombra dos bens futuros e não a imagem exata das coisas” (Hb 10.1). De tudo o que estudamos até a presente lição, podemos dizer que o Tabernáculo de Israel é um tipo do “Tabernáculo Celestial”. E, nesta lição, veremos que Jesus é o Sumo Sacerdote desse Tabernáculo Celestial, em que a sua Igreja é o sacerdócio real.
PONTO CENTRAL
Jesus Cristo é o Sumo Sacerdote Perfeito.
I – O SACERDÓCIO CELESTIAL TEM UM ÚNICO SUMO SACERDOTE
1. Cristo: o Sumo Sacerdote do Novo Testamento. O ministério do Novo Testamento mostra que, na Igreja, não há e não pode haver uma classe sacerdotal exclusiva, como ocorre no catolicismo romano. Ora, a palavra “sacerdote” não se aplica a nenhum indivíduo, senão ao próprio Cristo, que se constituiu Sumo Sacerdote do povo redimido. Na Nova Aliança, Cristo é o único mediador entre nós e o Pai Celeste
2. O sacerdócio coletivo dos cristãos. Por outro lado, segundo o ensino do Novo Testamento, todo crente, sem distinção, faz parte do “sacerdócio real” (1 Pe 2.9; Ap 1.6; 5.10). Por meio de Jesus Cristo, podemos oferecer sacrifícios espirituais (1 Tm 2.5; 1 Pe 2.5). Acerca disso, o apóstolo Pedro escreveu que os crentes representam um corpo sacerdotal em Jesus Cristo (1 Pe 2.9).
Em Apocalipse, o apóstolo João retoma esse mesmo princípio: “Aquele que nos ama, e em seu sangue nos lavou dos nossos pecados, e nos fez reis e sacerdotes para Deus e seu Pai, a ele, poder e glória para todo o sempre. Amém” (Ap 1.5,6). O resgate dessa maravilhosa doutrina remonta à Reforma Protestante e ao Movimento Pentecostal.
3. Jesus Cristo, o Sumo Sacerdote no céu. Atente, querido irmão, para o seguinte versículo: “Ora, a suma do que temos dito é que temos um sumo sacerdote tal, que está assentado nos céus à destra do trono da Majestade, ministro do santuário e do verdadeiro tabernáculo, o qual o Senhor fundou, e não o homem” (Hb 8.1,2).
Este texto revela que Nosso Senhor, o Sumo Sacerdote perfeito, está à destra do Pai, nos céus, e que, de maneira singular e verdadeira, ministra no Tabernáculo Celestial. Isso aconteceu porque a sua obra foi completa e perfeita. Por isso, Ele é o nosso mediador, advogado e intercessor. Ele proveu para nós um concerto melhor (Hb 8.6).
SÍNTESE DO TÓPICO I
Jesus é o Sumo Sacerdote do Novo Testamento, e os cristãos são seus sacerdotes.
SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO
Chegamos ao final de mais um trimestre. Antes de iniciar a aula, separe um tempo para fazer uma revisão panorâmica do trimestre. É importante que você faça um pequeno resumo das 12 lições. Lembre-se de que esse o período de revisão, junto ao conteúdo novo, garante o processo de ensino-aprendizagem. Enfatizamos aqui ser necessário a cada lição que o aluno tenha a noção do todo do trimestre. Mostre a ele que as lições estão ordenadas logicamente. Assim, você pode iniciar a última lição trimestral.
II – O SACERDÓCIO UNIVERSAL DA IGREJA
1. Uma doutrina bíblica fundamentada na pedra que é Cristo. Ao longo da Escritura, encontramos várias porções a respeito da “pedra” que é Cristo (Is 28.16; Sl 118.22; Is 8.14). No Novo Testamento, por exemplo, vemos tanto o apóstolo Paulo quanto Pedro citarem Isaías 28.16. Ambos afirmam, mediante o Espírito Santo, que Cristo é a “pedra”. Em Efésios 2.20 está ratificado que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina. Assim, podemos afirmar que o sacerdócio universal dos crentes, em primeiro lugar, está fundamentado na pedra que é Cristo Jesus, nosso Sumo Sacerdote.
2. Distinguindo “a pedra”, que é Cristo, de “pedras vivas” que são os crentes. Se Cristo é a principal pedra de esquina, os crentes são as pedras vivas constituídas no grande edifício (1 Pe 2.4). Todos os membros da Igreja de Cristo são pedras vivas edificadas sobre a Pedra Angular – Jesus, o Cordeiro de Deus.
Essa metáfora bíblica ilustra a doutrina fundamental do sacerdócio universal dos crentes. Deus nos vê como sacerdotes, ministrando em sua presença. Somos ministros de um templo espiritual. E cada “pedra viva” constitui esse edifício.
Por isso, você é chamado para ser um sacerdote nestes dias difíceis. Essa escolha foi feita no Calvário, mediante o sacrifício apresentado pelo Sumo Sacerdote Perfeito. Portanto, os requisitos para a escolha desse ofício não estão baseados na etnia ou em qualquer outra distinção humana; mas na graça de Deus, por meio da fé em Cristo Jesus (Ef 2.8). Como sacerdotes de Cristo, temos acesso ao trono da graça.
SÍNTESE DO TÓPICO II
O Sacerdócio Universal da Igreja é uma doutrina bíblica fundamental.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“Na adoração pentecostal, mormente através da manifestação de todos os dons do Espírito, transcendemos a rotinização que tão facilmente ocorre em nossa vida. Nossas tendências à racionalização devem ser contrabalançadas por encontros genuínos com Deus que nos deixam ministrar no Espírito. Nessa arena da ‘transcendência vivida na prática’, conhecemos o Bom Pastor, e alcançamos intimidade com Ele, pois sua própria natureza é da interação com a sua criação, e leva-nos em direção aos seus propósitos no ministério da reconciliação.
A comunidade pentecostal, na adoração, está, na realidade, envolvendo-se num ministério a Deus, por reconhecer a sua soberania sobre o Universo. Através do batismo no Espírito Santo e do envolvimento contínuo no falar noutras línguas, os pentecostais participam de uma atividade de adoração que edifica os alicerces de um ministério cristocêntrico” (HORTON, M. Horton (Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, p.599).
III – O MAIOR E MAIS PERFEITO TABERNÁCULO
1. O santuário terrestre. No santuário terrestre, o Tabernáculo, as atividades litúrgicas eram executadas em três lugares: o Pátio (Átrio), o Lugar Santo e o Lugar Santíssimo. O Pátio era descoberto, mas o Lugar Santo e o Lugar Santíssimo achavam-se cobertos. A mobília que compunha o Lugar Santo era constituída do Castiçal de Ouro, da Mesa dos Pães da Proposição e do Altar de Incenso. Toda essa imagem tem uma relação especial com o ministério sacerdotal de Jesus Cristo no Santuário Celestial (Jo 6.35; 17.1-26; Hb 7.25).
2. O santuário celestial. Esse santuário pode ser identificado com o Tabernáculo que não foi feito por mãos humanas (Hb 9.11). É o lugar onde Deus habitará com os homens para sempre (Ap 21.3). Cristo Jesus garantiu-nos essa bênção quando, na consumação de seu sacrifício, o véu do templo rasgou-se de alto a baixo. Assim, o caminho para o Tabernáculo Celestial foi aberto; nosso acesso já está garantido.
3. O sacrifício perfeito de Cristo. A Palavra de Deus mostra que o sacrifício de Jesus Cristo foi suficiente e eterno (Hb 9.24). Não era preciso passar repetidamente pelo Calvário para garantir-nos a redenção eterna. Bastou um único sacrifício!
Diferentemente do sacrifício antigo, que era parcial, o de Cristo foi definitivo e perfeito. A Bíblia declara que Nosso Senhor, “na consumação dos séculos, uma vez se manifestou, para aniquilar o pecado pelo sacrifício de si mesmo” (Hb 9.26). Que mensagem maravilhosa! Que palavra consoladora!
SÍNTESE DO TÓPICO III
O santuário terrestre apontava para o celestial em que o sacrifício de Cristo é perfeito.
SUBSÍDIO DE VIDA CRISTÃ
“O Fundamento
Se desejamos progredir na vida com Deus, temos de ter um fundamento genuíno. Não há outro fundamento, exceto o fundamento da fé. Todos os nossos movimentos e todas as coisas que nos chegam – que tenham alguma importância –, acontecerão porque estamos sobre uma rocha. Se você está na Rocha, nenhum poder pode movê-lo. A necessidade hoje é que nossa fé esteja firmada na Rocha.
Sua fé tem de ter algo em que se firmar.
Se você construir sobre qualquer outro fundamento que não seja sobre a Palavra de Deus – em imaginações, em sentimentalismos, em alguma alegria especial ou qualquer outro tipo de emoção –, não significará nada para você sem o fundamento da Palavra de Deus” (WIGGLESWORTH, Smith. Devocional. Série: Clássicos do Movimento Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p.96).
CONCLUSÃO
Uma vez que o Tabernáculo mosaico passou, temos agora um santuário maior, um sacrifício suficiente e uma salvação definitiva. Na Aliança Antiga, as pessoas comuns não tinham acesso direto ao Santo dos Santos; na Nova Aliança, qualquer pessoa, independente de etnia ou classe, mediante Cristo Jesus, pode entrar na presença de Deus pelo novo e vivo caminho (Hb 10.20).
PARA REFLETIR
A respeito da lição “O Sacerdócio Celestial”, responda:
• A quem se refere a palavra “sacerdote” no Novo Testamento?
A palavra “sacerdote” não se aplica a nenhum indivíduo, senão ao próprio Cristo, que se constituiu Sumo Sacerdote do povo redimido.
• O que o texto de Hebreus 8.1,2 revela?
Ele revela que Nosso Senhor, o Sumo Sacerdote perfeito, está à destra do Pai, nos céus, e que, de maneira singular e verdadeira, ministra no Tabernáculo Celestial.
• De acordo com Paulo e Pedro quem é a pedra?
Ambos os apóstolos afirmam, mediante o Espírito Santo, que Cristo é a “pedra”.
• Se Cristo é a pedra de esquina, o que são os crentes?
Se Cristo é a principal pedra de esquina, os crentes são as pedras vivas constituídas no grande edifício (1 Pe 2.4).
• Foi preciso haver mais de um Calvário?
Justifique a sua resposta. Não. A Palavra de Deus mostra que o sacrifício de Jesus Cristo foi suficiente e eterno (Hb 9.24).
CONSULTE
Revista Ensinador Cristão – CPAD, nº 78, p. 42. Você encontrará mais subsídios para enriquecer a lição. São artigos que buscam expandir certos assuntos.