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Lição 2: A ascensão de Cristo e a promessa de sua vinda


1º Trimestre de 2011

 

Data: 09 de Janeiro de 2011

TEXTO ÁUREO

“[…] Varões galileus, por que estais olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir” (At 1.11).

VERDADE PRÁTICA

Se a ascensão de Cristo não for aceita como um fato historicamente comprovado, não poderá ser recebida como doutrina confiável. Jesus Cristo, de fato, foi assunto ao céu, e acha-se à destra de Deus.

LEITURA DIÁRIA

Segunda – At 1.12-14

As testemunhas da ascensão

Terça – Lc 24.44-49

As últimas instruções de Jesus antes de sua ascensão

Quarta – At 1.6-8

Instruções de Jesus, antes da ascensão com respeito ao futuro

Quinta – At 1.9

O ato da partida

Sexta – At 1.11

A promessa da sua segunda vinda

Sábado – Hb 10.12

Jesus está assentado para sempre à destra de Deus

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Atos 1.4-11.

4 – E, estando com eles, determinou-lhes que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, que (disse ele) de mim ouvistes.

5 – Porque, na verdade, João batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias.

6 – Aqueles, pois, que se haviam reunido perguntaram-lhe, dizendo: Senhor, restaurarás tu neste tempo o reino a Israel?

7 – E disse-lhes: Não vos pertence saber os tempos ou as estações que o Pai estabeleceu pelo seu próprio poder.

8 – Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra.

9 – E, quando dizia isto, vendo-o eles, foi elevado às alturas, e uma nuvem o recebeu, ocultando-o a seus olhos.

10 – E, estando com os olhos fitos no céu, enquanto ele subia, eis que junto deles se puseram dois varões vestidos de branco,

11 – os quais lhes disseram: Varões galileus, por que estais olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir.

INTERAÇÃO

Jesus Cristo de Nazaré é apresentado nos Evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas (Sinóticos) e João como muito mais que um rabino judeu, um grande professor ou um ousado profeta do século I. Os quatro evangelistas afirmaram que Jesus Cristo é o tão esperado Messias de Israel, o seu Libertador e o Deus encarnado! Dessas afirmações, denota-se a seguinte sentença: “Toda a humanidade será julgada um dia, com base nas suas respostas a este Jesus” (Jo 1.1-14 cf. 8.12-19). Qual Jesus lhe foi apresentado? O que está morto ou o ressurreto? A resposta, positiva ou negativa, a essas questões é fundamental para determinar em que a sua fé está baseada. Nossa oração é que ela esteja no “Cristo, o Filho do Deus vivo”(Mt 16.16).

OBJETIVOS

Conhecer a historicidade da Ascensão de Jesus Cristo de Nazaré.
Explicar as implicações teológicas da Ascensão de Cristo.
Saber que o Cristo ressuscitado intercede por nós, à destra de Deus, e consola-nos na força do Espírito Santo.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Prezado professor, sugerimos o uso do esquema abaixo a fim de introduzir o assunto à classe. Reproduza o diagrama no data show, retroprojetor ou tire cópias para os alunos. Utilize o esquema para pontuar os locais e a ordem em que ocorreu a aparição do Senhor aos discípulos e demais pessoas. Explique que a quantidade e a variedade de pessoas que contemplaram Jesus Cristo de Nazaré, em circunstâncias distintas, de sua ressurreição até a sua ascensão, oferecem uma prova incontestável de que Ele ressuscitou e continua vivo. Aleluia!

COMENTÁRIO

introdução

Palavra Chave

Ascensão: Ato de ascendência: Subida; Elevação.

O Cristianismo só é possível quando se recebe, como verdade absoluta e irrecorrível, todos os fatos da História da Salvação. Os que buscam subtrair o sobrenatural da Bíblia Sagrada, considerando-o um mero recurso literário, atentam-lhe contra a origem divina. Por conseguinte, se não aceitarmos a História Sagrada na íntegra, seremos forçados, por uma questão de lógica e congruência, a rejeitá-la por inteiro.

No campo da teologia bíblica, não se pode dissociar o dogma da verdade histórica: aquele sem esta não passa de um mito. Por conseguinte, só é possível acreditar no Jesus Histórico se recebermos como verdade inquestionável tanto a sua concepção virginal como a sua ressurreição e ascensão física aos céus, onde está à destra de Deus. Na teologia autenticamente bíblica, não se pode separar o Cristo Histórico do Cristo anunciado na mensagem dos apóstolos.

I. A HISTORICIDADE DA ASCENSÃO DE CRISTO

A ascensão de Cristo, por conseguinte, não pode ficar circunscrita ao dogma teológico; é teologia e dogma, mas é também um fato histórico incontestável. Lucas deixa bem claro que a sua narrativa é baseada em provas incontestáveis (At 1.3).

1. Data da ascensão. De maneira geral, aceita-se que o Senhor Jesus foi assunto aos céus no ano 34 de nossa era. As pequenas divergências cronológicas não desmerecem nem desacreditam o fato histórico (Mc 16.6; At 2.32; 1 Ts 4.14).

2. Lugar da ascensão. Jesus encontrava-se no Monte das Oliveiras com os seus discípulos quando ascendeu aos céus. Situado a leste de Jerusalém, a 818 metros em relação ao nível do mar, acha-se este monte intimamente ligado à vida e ao ministério Cristo.

3. As testemunhas da ascensão. Depreende-se que aproximadamente 120 pessoas hajam presenciado a ascensão de nosso Senhor (At 1.15). Quanto à sua ressurreição, afirma Paulo, foi testemunhada por mais de quinhentos irmãos, a maioria dos quais ainda vivia quando Paulo escreveu a sua Primeira Epístola aos Coríntios (1 Co 15.6,7). Quem poderia, num tribunal, contestar o depoimento de tantas testemunhas? Aliás, segundo a Bíblia, a declaração de duas ou três testemunhas oculares já era mais do que suficiente para encerrar qualquer polêmica (Dt 17.6; 19.15; Mt 18.16; 1 Tm 5.19).

SINOPSE DO TÓPICO (I)

A Assunção de Jesus ocorreu no ano 34 da era cristã, no monte das Oliveiras, sobre os olhares de diversas testemunhas.

II. A TEOLOGICIDADE DA ASCENSÃO DE CRISTO

No âmbito da Teologia Cristã, primeiro temos o fato, depois, o dogma. Doutra forma, repetimos, não teríamos uma doutrina, mas uma inconsistência histórico-teológica. Eis que podemos confiar no ensino da ascensão de nosso Senhor. Vejamos, em primeiro lugar, o que é a ascensão de Cristo.

1. Ascensão de Cristo. Subida corpórea e física do Cristo ressurreto e glorioso aos céus, para junto do Pai, após haver cumprido o seu ministério terreno. Sua ascensão foi, de fato, corpórea, porque a sua ressurreição foi física e não aparente. É claro que o seu corpo, à semelhança do que ocorrera no Monte da Transfiguração, foi elevado aos céus já revestido de glória, poder e celestialidade. Quando do arrebatamento, teremos um corpo semelhante (1 Co 15.50-58; 1 Jo 3.2).

Teologicamente, a ascensão de Cristo acha-se ligada a duas importantes doutrinas: a paracletologia e a escatologia.

2. A perspectiva paracletológica. Antes de ascender aos céus, prometeu o Senhor Jesus aos discípulos, ainda preocupados com a restauração do Reino de Israel, que seriam eles revestidos pelo Espírito Santo (At 1.8). Aos que buscavam a libertação política de um país, o Rei dos reis entrega, como herança, todas as nações da terra. Não mais um império na terra, mas o Reino de Deus no mundo. E isso no poder do Espírito Santo.

3. A perspectiva escatológica. A narrativa da ascensão de Cristo traz, em si, o cerne da escatologia cristã. A sua subida aos céus é uma consequência teológica tanto de sua morte quanto de sua ressurreição. E acreditar nesta implica, para o cristão, esperançar-se no retorno do Senhor que, estrugida a última trombeta, ressuscitará os que nEle morreram e os que nEle vivem (1 Ts 4.14-17).

A sua ascensão foi sucedida por uma declaração escatológica. Aos discípulos que, maravilhados, observavam a elevação do Filho de Deus, prometem os dois seres angelicais: “Varões galileus, por que estais olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir” (At 1.11).

SINOPSE DO TÓPICO (II)

A Ascensão trouxe implicações paracletológicas (o revestimento do Espírito Santo) e escatológicas (a esperança da vinda de Cristo).

III. A ASCENSÃO DE CRISTO EM NOSSA DEVOÇÃO

Além de sua beleza e sublimidade teológica, a ascensão de Nosso Senhor Jesus Cristo enleva-nos a devoção, estreitando-nos a comunhão com o Senhor. Vejamos, pois, alguns fatores devocionais que nos proporcionam o Cristo que ascendeu aos céus.

1. A posição do Cristo que ascendeu. Ascendido às alturas sob os olhares interrogativos e desolados de seus discípulos e apóstolos, o Senhor Jesus assentou-se à destra do Pai. Ao registrar-lhe a ascensão, o evangelista Marcos garante tratar-se não de um engenho fantasioso, mas de um evento histórico: “Ora, o Senhor, depois de lhes ter falado, foi recebido no céu e assentou-se à direita de Deus” (Mc 16.19). Vários autores sagrados fazem menção ao acontecimento (At 2.33; 7.56; Hb 10.12; 12.2; 1 Pe 3.22).

Cristo está à destra de Deus. Alegremo-nos. Junto ao Todo-Poderoso encontra-se um que nos compreende. À nossa semelhança, Ele sabe o que é padecer (Is 53.3). Eis porque está sempre a interceder por nós como o Sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque (Sl 110.4). Não se desespere, Cristo o compreende.

2. A eficácia salvífica do Cristo que ascendeu aos céus. À destra de Deus, o Senhor Jesus atua como o mediador da nova aliança firmada em seu sangue, através da qual obtivemos eterna salvação (Hb 5.9). Sim, somente em seu nome é que o ser humano logra a redenção de sua alma, como reafirmou o apóstolo Pedro: “E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos” (At 4.12).

À destra de Deus, o Senhor Jesus salva e justifica o pecador, proporcionando-lhe a bem-aventurança de ser adotado pelo Pai como filho (Rm 5.1; Ef 1.5).

3. Cristo assunto, nosso Advogado. Consola-nos saber que, à destra de Deus, temos um advogado sempre pronto a defender-nos as causas junto ao Juiz de toda a terra. Eis como o discípulo do amor descreve essa função do Senhor: “Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o Justo. E ele é a propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo” (1 Jo 2.1,2).

Se você pecou, não se desespere. Arrependa-se e confie no Advogado que temos, junto, ao Pai.

SINOPSE DO TÓPICO (III)

Cristo em sua Ascensão, está à destra de Deus como o Advogado que intercede, por nós, a Deus; o Justo Juiz.

CONCLUSÃO

A ascensão de Nosso Senhor Jesus Cristo é um fato comprovadamente histórico. Como é bom saber que, junto ao trono do Todo-Poderoso, temos um intercessor e advogado sempre pronto a interceder por nós. Amém! E um dia, mais rápido do que supomos, virá o Senhor arrebatar-nos, para que estejamos sempre com Ele nos céus ao lado do Pai. Amém!

VOCABULÁRIO

Congruência: Harmonia de alguma coisa; Coerência.
Estrugida: Estrondo.
Irrecorrível: De que não se pode recorrer.
Paracletologia: Estudo a respeito do atributo Consolador do Espírito Santo.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

BLOMBERG, C. L. Questões Cruciais do Novo Testamento. 1.ed. RJ: CPAD, 2010.
Dicionário Bíblico Wycliffe. RJ: CPAD, 2009.
HORTON, S. Teologia Sistemática. Uma Perspectiva Pentecostal. 10.ed. RJ: CPAD, 2007.

EXERCÍCIOS

1. Podemos confiar na historiografia de Lucas?

R. Sim. Porque Lucas deixa bem claro que sua narrativa é baseada em provas incontestáveis.

2. O que é a ascensão de Cristo?

R. Subida corpórea e física do Cristo ressurreto e glorioso aos céus, para junto do Pai, após haver cumprido o seu ministério terreno.

3. Quantas pessoas testemunharam da Ascensão de Cristo?

R. Aproximadamente 120 pessoas.

4. Quais as implicações teológicas da Ascensão de Cristo?

R. O revestimento do Espírito Santo e a Esperança de vinda de Cristo.

5. Por que a doutrina da Ascensão de Cristo é um fator de consolação para o crente?

R. Porque à destra de Deus, temos um advogado sempre pronto a defender-nos as causas.


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