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LIÇÃO 2- Você é sal e luz


 MEDITAÇÃO 

Para que sejais irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração corrompida e perversa, entre a qual resplandeceis como astros no mundo. (Fp 2.15
 
REFLEXÃO BÍBLICA DIÁRIA 
 SEGUNDA – Provérbios 4.18 
 TERÇA – Filipenses 2.14,15 
 QUARTA – Malaquias 3.16-18 
 QUINTA-João 17.20-23 
 SEXTA – Efésios 5.8-13 

 SÁBADO-1 Pedro 2.9,10

TEXTO BÍBLICO BASE 

Mateus 5,13-16 
13 – Vós sois o sal da terra; e, se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta, senão para se lançar fora e ser pisado pelos homens. 
14 – Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte; 
15 – Nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas, no velador, e dá luz a todos que estão na casa. 
16 – Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai, que está nos céus.

INTERAGINDO COM O ALUNO 
Na lição de hoje, o seu objetivo principal deve ser conscientizar alunos de que ser filho de Deus não significa apenas ter a bênção divina sobre a nossa vida, mas também responsabilidades. Seus alunos devem compreender que todo o cristão tem sobre si um chamado divino para fazer diferença neste mundo, influenciando-o positivamente com os valores do Evangelho. 
    Seu aluno precisa saber ainda que essa influência positiva se manifesta não apenas através da pregação do Evangelho, mas também por intermédio de uma vida que encarna os valores do Evangelho. Explique como as figuras do sal e da luz, usadas por Jesus, ilustram perfeitamente o tipo de influência que o cristão deve exercer sobre o mundo.
Ressalte também a importância das boas obras, ressalvando que elas não devem ser praticadas por ostentação, mas como fruto do amor de Deus derramado em nossos corações. E, finalmente, enfatize que essa influência positiva que o cristão deve exercer sobre o mundo precisa se manifestar em todas as esferas de atuação do cristão, a começar da sua casa, passando pelo seu trabalho, escola e universidade, e atingindo todo o mundo. 
 
OBJETIVOS 
Sua aula deverá alcançar os seguintes objetivos 
1 Explicar o significado e as implicações, na vida do cristão, das expressões “sal da terra” e “luz do mundo”;
2 Inspirar seus alunos a fazerem a diferença neste mundo através da pregação do Evangelho e das boas ações que encarnam os valores divinos;
3 Conscientizar seus alunos das responsabilidades que temos de influenciar a sociedade. 
 
PROPOSTA PEDAGÓGICA
Inicie a aula falando da importância do sal e da luz para o nosso dia a dia. Em um primeiro momento, destaque como é ruim comer algo sem sabor e como é desconfortável estarmos em um lugar mal iluminado. Em seguida, ressalte o contrário: como é agradável comer algo com sabor e como é bom estarmos em um ambiente iluminado. Após a exposição desses contrastes, leia o texto bíblico que serve de base para a lição de hoje e introduza o assunto, enfatizando inicialmente que ser filho de Deus é uma bênção, mas esta bênção, como todas as outras, traz consigo responsabilidades. Acrescente, em seguida, que Jesus usou as figuras do sal e da luz exatamente para ilustrar o tipo de influência que somos chamados a exercer sobre a sociedade como cristãos. Não se esqueça de aplicar os objetivos da lição ao dia a dia dos seus alunos, mostrando como eles podem fazer diferença no mundo onde estão.

 INTRODUÇÃO
 Deus nos chamou para fazer diferença neste mundo, para influenciá-lo. Você não foi chamado por Deus para apenas receber bênçãos, mas para também, e principalmente, ser bênção para a vida das pessoas: bênção para sua família, bênção para a sua igreja, bênção para a sociedade e bênção para o mundo. Por isso, logo após Jesus falar sobre o caráter do cristão e a verdadeira felicidade, Ele passa a ensinar sobre a responsabilidade que o cristão tem de influenciar positivamente o mundo. E para ilustrar como deve se dar essa influência positiva, Jesus usou dois símbolos do cotidiano das pessoas: a luz e 0 sal. Veremos na lição de hoje como esses dois símbolos – o sal e a luz – ilustram perfeitamente a influência do cristão na sociedade. 
 
1 . “VÓS SOIS O SAL DA TERRA” 
   1.1. “Sal da terra”. Jesus afirma que o cristão verdadeiro é como o “sal” (Mt 5.13). O sal” fala de um tipo específico de influência que o cristão exerce. O detalhe inicial, porém, é que Jesus não diz que seus discípulos deveriam ser “sal” apenas na região em que viviam. O mestre afirma que eles deveriam ser o “sal da terra” – isto é, deveriam fazer diferença em todo o mundo. Os discípulos de Cristo foram chamados para serem testemunhas do Evangelho em Jerusalém, em toda Judeia e Samaria, e até os confins da Terra (Atos 1.8). Aplicando esse chamado às nossas vidas hoje, Jerusalém representaria a nossa cidade; Judeia representaria o nosso Estado; Samaria representaria os Estados vizinhos; e os confins da Terra representariam, claro, todo o mundo. 
    1.2. Os atributos do sal. Quanto ao tipo de influência ao qual Jesus se refere, sabemos que o sal tem dois atributos principais: dar sabor e conservar. Logo, Jesus está dizendo que o cristão exerce influência sobre o mundo dando-lhe “sabor” e ajudando a conservar determinadas coisas cuja preservação significa um grande bem para a sociedade. Mas o que é “dar sabor” ao mundo? E que tipos de coisas o crente pode e deve preservar por meio da sua influência sobre a sociedade? 
    1.3. Dando sabor. Uma vez que o sal tem como função dar sabor, Jesus está afirmando, ao referir-se aos seus discípulos como “sal da terra”, que eles poderiam e deveriam dar “sabor” ao mundo por meio de suas vidas. Ao serem mansos, humildes, sensíveis moral e espiritualmente, incansáveis na busca de Deus, misericordiosos, limpos de coração e pacificadores (Mt 5.1-12), os discípulos estariam manifestando ao mundo, por meio de suas vidas, os valores divinos e, dessa forma, influenciando positivamente as pessoas. Ou seja, “salgar” o mundo, na linguagem de Jesus, significa, em primeiro lugar, influenciar positivamente as pessoas por intermédio do exemplo. Mas, não só pelo exemplo. Dar “sabor” ao mundo fala também da mensagem do Evangelho, que é a única a dar um sentido real à vida do ser humano. O Evangelho é o poder de Deus para salvação de todo aquele que nele crer (Rm 1.16). O testemunho cristão, seja por meio da pregação do Evangelho ou da própria vida que manifesta os valores do Reino de Deus no dia a dia, é o verdadeiro sentido de “dar sabor” ao mundo. 
      1.4. Conservando. O atributo de conservar, do elemento do sal, ilustra muito bem outro tipo de influência positiva que o cristão verdadeiro exerce sobre a sociedade: o poder de deter ou resistir à corrupção do mundo. Corrupção, aqui, é aquela tanto na área moral como espiritual – aliás, essas áreas estão intimamente relacionadas, porque a nossa condição espiritual afeta o nosso comportamento, nossas escolhas, nossa moral. Como “sal da terra”, o cristão verdadeiro não se conforma com o padrão moral e espiritual da sociedade em que vive, militando assim contra o mal e a corrupção na sociedade.
1.5. “Pisado pelos homens”. Jesus disse que se o sal perder os seus atributos, “ para nada mais presta, senão para se lançar fora e ser pisado pelos homens” (Mt 5.13). Isso significa que aqueles cristãos que deixam de cumprir a sua responsabilidade de influenciar o mundo positivamente com suas vidas particulares e com a mensagem do Evangelho são espiritualmente “insípidos” e por isso acabam sendo “destruídos pelos maus costumes e pelos baixos valores da sociedade ímpia” (Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD, p.1393). 
 
AUXÍLIO DIDÁTICO 1
 “O sal não perde a sua salinidade se é cloreto de sódio puro. Isso nos leva à sugestão do que Jesus quis dizer quando disse aos discípulos que eles deixariam de ser discípulos se perdessem o caráter do sal. O sal não refinado do Mar Morto continha a mistura de outros minerais. Deste sal em estado natural o cloreto de sódio poderia sofrer lixiviação em consequência da umidade, tornando-se imprestável. O ensino rabínico associava a metáfora do sal à sabedoria. Esta era a intenção de Jesus, visto que a palavra grega traduzia por ‘nada mais presta’ tem ‘tolo’ ou ‘louco’ como seu significado radicular [na raiz da palavra]. É tolice ou loucura os discípulos perderem o caráter, já que assim eles são imprestáveis para o Reino e a Igreja, e colhem o desprezo” (ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger (Eds.). Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p.43). 
 
2. “VÓS SOIS A LUZ DO MUNDO” 
   2.1. “Luz do mundo”. Assim como no caso da expressão “sal da terra”, a expressão “luz do mundo” deixa claro que o cristão deve exercer a sua influência no mundo inteiro, em todas as áreas de sua atuação na sociedade.
  A luz do Evangelho, manifestada em sua vida, não deve ser transmitida apenas para os seus familiares, mas no trabalho, na escola, na universidade etc. Onde o cristão estiver, ali, ele deve ser luz! 
   2.2. Refletindo a luz de Cristo. O mesmo Jesus que chamou seus discípulos de “luz do mundo” afirmou certa vez que Ele era a “luz do mundo” (Jo 8.12). Isso significa que a luz que devemos refletir ao mundo é a luz que recebemos de Cristo pelo poder do seu Evangelho e da ação do Espírito Santo em nossas vidas. Da mesma forma que “a lua reflete a luz do sol no lado escurecido da terra, a igreja deve refletir os raios do ‘Sol da Justiça’ [Jesus] (Ml 4.2) em um mundo escurecido pelo pecado” (Comentário Bíblico Beacon, vol.6, CPAD, p.57). 
     2.3. Iluminando lugares em trevas. A luz tem o poder de iluminar e aquecer. Da mesma forma, a influência do cristão na sociedade deve ser como a ação da luz, dissipando as trevas da confusão, do pecado, da imoralidade e do erro, e aquecendo aqueles que estão se sentindo “frios” neste mundo. 
 
 AUXÍLIO DIDÁTICO 2 
“Jesus explicou aos seus discípulos a verdadeira natureza do seu chamado: eles seriam o sal de um mundo sombrio e a luz de um mundo escuro e pecador, mas fariam isso apenas por causa daquele que veio como a ‘luz do mundo’. Esse grupo de homens trouxe o sal que podemos saborear e a luz que podemos ver todos os dias. A nossa tarefa é transmitir a outros o ‘sal’ e ‘iluminá-los’ através da verdade do Evangelho. A pergunta de Jesus: ‘Se o sal for insípido, com que se há de salgar?’ não requer uma resposta, pois todos sabem que, uma vez que o sal se deteriora, já não pode mais ser usado para conservar os alimentos. Assim como o sal conserva e realça o melhor sabor dos alimentos, os crentes devem ser o ‘sal da terra’ e influenciar as pessoas positivamente. Jesus disse aos seus discípulos que se quisessem fazer a diferença no mundo também teriam que ser diferentes do mundo. Deus iria considerá-los responsáveis por manter a sua ‘salinidade’ (isto é, a sua utilidade). Devemos ser diferentes se quisermos fazer a diferença” (Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal, vol.1, CPAD, 2012, p.38). 
 
3. INFLUENCIANDO A SOCIEDADE 
   3.1. Boas obras. Ao final dessa passagem, Jesus explica que a luz do cristão são as suas boas obras (Mt 5.16). Por intermédio das boas obras, o cristão manifesta os valores do Reino de Deus ao mundo, influenciando muitas vidas para o Senhor. Jesus ressalta que os diretamente afetados por essas boas ações, em resposta, louvam “vosso Pai, que está nos céus”. Quando encarnamos os valores do Evangelho em nossas vidas, louvamos a Deus, e o mais importante, nós colocamos em prática e ratificamos aquilo que afirmamos com os nossos lábios. E também nossas ações acabam inspirando poderosamente outras pessoas que não conhecem a Deus, a buscá-lo e adorá-lo. Em meio às trevas espirituais deste mundo, quando um crente pratica as boas obras, seus atos são como um facho de luz em meio às densas trevas, sendo logo percebidos pelas pessoas. 
    3.2 – Não se deve esconder a luz, mas manifestá-la. Ao falar do cristão como luz, Jesus enfatizou que essa luz deve ser manifestada, nunca escondida. Ele compara o cristão verdadeiro a uma cidade edificada sobre um monte, ressaltando que não dá para esconder uma cidade assim (Mt 5.14). Em seguida, o Mestre lembra que não se pode acender uma candeia e colocá-la debaixo do alqueire, mas no velador, para dar luz “a todos que estão na casa” (Mt 5.15). Candeia era uma lâmpada pequena nos dias de Jesus, geralmente do tamanho da mão de um homem, feita de barro e seu fogo era alimentado por azeite. O velador, por sua vez, era o local onde a candeia era colocada, e que sempre era um local alto, para que a luz da candeia pudesse, a partir de cima, aspergir sua luminosidade sobre todo o cômodo onde se encontrava. O alqueire era uma referência a medidas de cereal ou a cubas de farinha dç trigo medidas por um cesto. Ora, uma lâmpada nunca poderia ficar escondida debaixo de um cesto. Para alcançar o seu objetivo de iluminar “a todos que estão na casa”, ela deveria ser sempre colocada no lugar mais alto e ideal: o velador. Assim é o cristão: sua luz não deve ser escondida, mas manifestada de tal forma que possa alcançar e atingir a todos à sua volta. A luz que o cristão recebe de Cristo deve resplandecer “diante dos homens” (Mt 5.16a). E eles a veem justamente por meio das nossas boas obras (Mt 5.16b). 
 
 AUXÍLIO DIDÁTICO 3
 “Não era incomum os judeus considerarem Deus o Pai da nação de Israel, mas Ele ser o Pai de indivíduos é uma característica do ensino de Jesus e também está bem desenvolvido na literatura da Igreja. O termo ‘vosso Pai’ ocorre frequentemente no Sermão da Montanha (Mt 5.45; 6.1,9; 7.11). O motivo para fazermos obras é que as pessoas glorifiquem o Pai celestial, não a nós. Aqueles que fazem o bem por motivos egoístas recebem o odioso título de ‘hipócritas’ (Mt 6.1-4)” (ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger (Eds.). Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. 1.ed, Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p.44). 
 
CONCLUSÃO 
O cristão não deve ser influenciado pelo mundo (Romanos 12.2), ele deve influenciar o mundo. Resumidamente, ser “sal da terra” e “luz do mundo” nada mais é do que isso. O cristão é chamado por Deus para fazer diferença na vida das pessoas à sua volta, em todos os lugares onde se encontra. 
    O cristão deve ser exemplo na sua família, como pai, mãe, esposa, esposo, filho, filha, irmão e irmã; ele deve ser exemplo na vida secular, como estudante, como profissional, como cidadão; ele deve ser uma “amostra ambulante” do amor de Deus ao mundo, manifestando-o em favor dos outros; deve pregar os valores do Evangelho em contraste com os valores invertidos deste mundo; e deve também levar a mensagem transformadora do Evangelho ao maior número de pessoas como demonstração desse amor. Deus espera isso de seus filhos. 

  Ser filho de Deus é a maior bênção que alguém pode experimentar na vida, mas, como toda bênção, esta também exige responsabilidades, deveres que não podem ser de forma alguma ignorados pelo cristão.

VERIFIQUE O SEU APRENDIZADO 

1 . Quais os dois símbolos do dia a dia usados por Jesus para ilustrar a influência do cristão no mundo?  O sal e a luz. 
 
2 . O atributo do sal em dar sabor refere-se a que tipo de influência que o cristão exerce na sociedade? . A influência pelo exemplo. 
 
3 . E o atributo do sal em conservar aponta para que tipo de responsabilidade do cristão? 
A responsabilidade de combater o mal e a corrupção na sociedade. 
 
4 . O que significa ser “luz do mundo”? 
A luz tem o poder de iluminar e aquecer. Da mesma forma, a influência do cristão na sociedade deve ser como a ação da luz, dissipando as trevas da confusão, do pecado e da imoralidade. 
 
5,. Qual a importância das boas obras na vida do crente? 
 Através das boas obras, o cristão manifesta os valores do Reino de Deus ao mundo, influenciando muitas vidas para Deus.

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