Lição 3 do 2° Trimestre de 2023, Jovens
dia: 16 de Abril de 2023
Classe: JOVENS
aula: Lição 3
Título: O Messias já veio
TEXTO PRINCIPAL
“Recitarei o decreto: O Senhor me disse: Tu és meu Filho; eu hoje te gerei. Pede-me, e eu te darei as nações por herança e os confins da terra por tua possessão.” (SI 2.7,8)
RESUMO DA LIÇÃO
Quem se submete ao reinado e ao senhorio de Cristo Jesus tem sua vida completamente ordenada por Ele.
LEITURA SEMANAL
TERÇA – Mt 10.40; Jo 13.20 Quem recebe o Filho recebe o Pai
QUARTA – Rm 1.5 A expectativa para que as nações obedeçam à fé
QUINTA – Rm 2.14-16 A reta justiça divina
SEXTA – Dn 2.21 Deus é quem institui e destitui reis
SÁBADO – Hb 12.2 O Rei Jesus é a nossa referência
OBJETIVOS
1 MOSTRAR a rebelião contra o Ungido de Deus;
2 CONSCIENTIZAR de que um dia o Ungido pedirá contas aos insurgentes,
3 EXPLICAR o chamado à rendição e à submissão ao Ungido de Deus.
INTERAÇÃO
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
(1) O salmista começa com uma alusão aos povos e reis da terra em oposição ao Ungido de Deus (w. 1-3);
(2) Deus responde zombando dos ridículos intentos do mundo para removê-lo do cenário (vv. 4-6).
(3) Deus, o Pai, promete que enviará seu Filho amado (vv. 7-9). para aniquilar todos que se opõem ao seu governo.
(4) Através do salmista, o Espírito Santo exorta a raça humana a ser sábia diante de Deus. (Adaptado de Bíblia de Estudo Pentecostal: CPAD, p. 817).
TEXTO BÍBLICO
1 Por que se amotinam as nações, e os povos imaginam coisas vãs?
2 Os reis da terra se levantam , e os príncipes juntos se mancomunam contra o Senhor e contra o seu ungido, dizendo:
3 Rompamos as suas ataduras e sacudamos de nós as suas cordas,
4 Aquele que habita nos céus se rirá; o Senhor zombará deles.
5 Então, lhes falará na sua ira e no seu furor os confundirá.
6 Eu, porém, ungi o meu Rei sobre o meu santo monte Sião.
7 Recitarei o decreto: O Senhor me disse: Tu és meu Filho; eu hoje te gerei.
8 Pede-me, e eu te darei as nações por herança e os confins da terra por tua possessão.
9 Tu os esmigalharás com uma vara de ferro; tu os despedaçarás como a um vaso de oleiro.
INTRODUÇÃO
A história é marcada por impérios que tentaram dominar o mundo. Até hoje há líderes que possuem a utopia de dominá-lo. O Salmo 2 mostra que há um rei em que seu reinado nunca terá fim. Veremos como as nações insistem em rebelar-se contra esse rei, como este pedirá contas dos homens e, finalmente, como que o rei messiânico apela para que os reis se rendam ao seu senhorio.
I – A REBELIÃO CONTRA O UNGIDO DE DEUS
2- A rebelião das nações. O Salmo está estruturado em quatro blocos de três versículos cada: vv.1-3; vv.4-6; vv.7-9; vv.10-12. O primeiro bloco diz respeito à rebelião dos gentios contra a autoridade de Deus. O versículo primeiro inicia com uma pergunta retórica: “Porque se amotinam as nações […] ” (v.1). Essa pergunta, na verdade, revela a presunção dos reis das nações ao se voltar contra o Senhor, Eles se preparam, planejam estratégias acreditando que terão êxito em seu propósito. O problema é que eles se levantam contra o Ungido do Senhor, na verdade, levantam-se contra o próprio Senhor (v.2). Eles acham mesmo que terão autonomia para romper o domínio divino, bem como seus planos (v.3). Os primeiros cristãos aplicaram essa passagem na perseguição que eles sofreram (At 4.25,26). No contexto do Novo Testamento, o Senhor Jesus é o Ungido, o Cristo de Deus, acima de todo principado, poder, potestade e domínio (Ef 2,20,21).
3- Rebelião contra Deus é tolice. Há uma lição muito preciosa nesses primeiros versículos. Se uma pessoa não servir ao Senhor Jesus e praticar o seu ensino, servirá a outro segundo a sua filosofia (Mt 6.24). Não tem como escapar. Liberdade longe de Deus é uma completa ilusão. Infelizmente, quando alguém se rebela contra o Altíssimo, deixando de seguir seus valores, tal pessoa passa a seguir uma série de falsidades e ilusões. Ora, os valores de Deus são eternos, bons e verdadeiros. O que leva um(a) jovem a deixar de desfrutar do bem espiritual que tem impacto positivo e construtivo na vida terrena para abraçar um estilo tolo e desordenado, que só trará prejuízos? Perder a juventude na rebelião contra Deus nunca foi uma boa ideia.
SUBSÍDIO 1
A rebelião não tem uma conotação meramente política. Ela é contra o Senhor e contra o seu ungido (v. 2). Em hebraico; Meshiach, que é Messias. Quando traduzido para o grego, Meshiact? se torna Christos. Essa é a justificativa para uma interpretação messiânica do Salmo, junto com a aplicação feita no Novo Testamento para Jesus. Os rebeldes estão determinados a romper as suas ataduras, possivelmente os ferrolhos que prendiam o jugo ao animal, e suas cordas, que podem representar as rédeas usadas para controlar o boi que puxava o arado, ‘Lance fora o seu jugo’.
Quaisquer que tenham sido as circunstâncias imediatas, esses versículos representam a descrição de pecado mais comum do Antigo Testamento. O pecado não é meramente uma imperfeição humana ou finita. O pecado é uma rebelião moral, uma revolta contra as leis de Deus. Pecar é colocar a vontade do homem no centro da vida, em vez da vontade de Deus. A revolta das nações é um retrato do pecado da alma humana de cada indivíduo,” (Comentário Bíblico Beacon. Vol 3. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, P 116.)
II – O UNGIDO PEDIRÁ CONTAS
2- O Ungido do Senhor regerá o mundo todo. O versículo 7 remonta um oráculo divino, ou profecia, em que é dito ao ungido do Senhor: Tu és o meu filho; eu hoje te gerei” (v.7). Essa expressão tem a ver com um herdeiro da casa de Davi para sempre (2 Sm 7,13,14). No Novo Testamento, o autor aos Hebreus desenvolve a messianidade de Jesus a partir dessa mesma expressão (1.5). Nesse caso, Deus dará por herança as nações ao rei (v.8) e o ungido destruirá com “vara de ferro” os rebeldes e seu reinado será de justiça (v.9).
3- Todos prestarão contas. Deus “ri” das artimanhas dos homens aqui da Terra porque todo poder vem dEle. Os homens que arrogam para si orgulho e soberba e, ao mesmo tempo, buscam a rebelião contra o Altíssimo, estão fadados ao fracasso. Da mesma forma que eles foram dotados de poder, podem perdê-lo a qualquer momento (Dn 2.21). Por isso, precisamos andar em humildade e mansidão como Jesus ensinou (Mt 11.29). A soberba e a arrogância humanas só levam ao caminho de perdição. A Palavra de Deus mostra com clareza que, seja quem for, um dia todos estaremos diante do Juiz para prestar contas de todas as nossas ações (Rm 2.6,7). E tudo será feito de acordo com a reta justiça divina (Rm 2.14-16).
SUBSÍDIO 2
O Senhor é visto como aquele que habita nos céus (v, 4), ‘entronizado nos céus’, Ele nem precisa se elevar para opor-se à insurreição. O Senhor não é o nome mais comum atribuído a Deus, Yaweh (traduzido por SENHOR na ARC e ARA) mas Adonai (Senhor, indicado pelas letras em caixa baixa e depois da letra maiúscula. ‘Deus é visto como o governante soberano do mundo, em vez de o Deus da aliança de Israel” (Comentário Bíblico Beacon, Vol 3, Rio de Janeiro: CPAD. 2005, p. 116,)
III – UM CHAMADO À RENDIÇÃO E À SUBMISSÃO
2- Se curvando ao Filho. Aquele que se arrepende da rebelião contra Deus e o seu ungido, deve se submeter ao Altíssimo e ao seu Filho: “Beijai o Filho” (v.12). É uma homenagem de submissão ao senhorio do Filho. Quem assim proceder será poupado da ira vindoura. Por isso, é feliz e realizado quem se refugia e confia no Filho (v.12). Assim, o Salmo encerra exatamente com o convite de cultivar a confiança no ungido do Senhor. O Novo Testamento nos orienta a olhar “para Jesus, autor e consumador da fé” (Hb 12.2).
3- Jesus é Rei e Senhor? De maneira geral, o Salmo nos ajuda a refletir a respeito da completa rendição e submissão a Jesus. No mundo de hoje, submeter-se e render-se a Jesus não é um desafio fácil. Isso significa fazer dEle o Rei do nosso coração. Aqui, é que acontece a verdadeira batalha: quando Jesus deve ser o Rei do nosso pensamento, do nosso sentimento e da nossa vontade (2 Co 10.5). Quando nosso Senhor se torna Rei do nosso mundo interior, o mundo exterior é completamente ordenado. Entretanto, quando Ele não é Rei da nossa vida interior, a exterior fica completamente desordenada. Por isso, o Salmo nos ajuda a refletir a respeito de não lutarmos mais contra o reinado de Jesus em nós. Deixemo-Lo reinar! Então seremos verdadeiramente Livres.
SUBSÍDIO 3
Aqui se tem em mente mais do que uma mera submissão política, visto que servir e temor são termos usados constantemente no Antigo Testamento com significado religioso. ‘O temor do Senhor’ é o respeito reverente com o qual o homem deve venerar o Deus soberano. Esse conceito do Antigo Testamento é o que mais se aproxima da palavra ‘rebelião’. Esse serviço capacitará o homem a alegrar-se com o tremor. Não existe contradição nesta cláusula. Ela representa a harmonização da ‘alegria do Senhor’ com ‘o temor do Senhor’. As duas emoções são apropriadas ao homem diante do seu Criador.
Da mesma forma que a rebelião se expressou contra o Senhor e contra o seu ungido, assim o arrependimento deve influir tanto o Deus soberano como o seu Filho real.” (Comentário Bíblico Beacon. Vol 3. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p. 117)
CONCLUSÃO
O Salmo 2 tem uma ligação muito profunda com o reinado messiânico do Senhor Jesus. Ao longo dos séculos, os cristãos sempre leram esse Salmo com vista ao reino messiânico do Senhor Jesus. Haverá um tempo, em que o reino do Senhor será plenamente estabelecido neste mundo. Todavia, ele pode ser experimentado agora por meio do reinado de Cristo em nossos corações. É tempo de deixar Jesus reinar dentro de nós.
HORA DA REVISÃO
1- Em qual categoria podemos classificar o Salmo 2?
O Salmo 2 está na categoria dos Salmos régios ou messiânicos.
2- O que a expressão “Por que se amotinam as nações” (v.1) revela?
Revela a presunção dos reis das nações ao se voltar contra o Senhor.
3- O que é antropopatismo?
É uma atribuição das paixões humanas a Deus.
4- O que a Palavra de Deus mostra?
A Palavra de Deus mostra com clareza que, seja quem for, um dia todos estaremos diante do Juiz para prestar contas de todas as nossas ações (Rm 2.6,7). E tudo será feito de acordo com a reta justiça divina (Rm 2.14-16).
5- O que o Salmo nos ajuda a refletir?
De maneira geral, o Salmo nos ajuda a refletir a respeito da completa rendição e submissão a Jesus.