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Lição 9: O Senhor peleja por seu povo


1º Trimestre de 2009

 

Data: 01 de Março de 2009

TEXTO ÁUREO

“O Senhor pelejará por vós, e vos calareis” (Êx 14.14).

VERDADE PRÁTICA

É Deus que nos concede a vitória. É Ele quem nos livra das mãos dos nossos inimigos. Portanto, somente o Senhor é digno de todo o louvor e de toda a glória.

LEITURA DIÁRIA

Segunda – Êx 15.3

O Senhor é varão de guerra

Terça – Is 42.13

O Senhor é valente e mostra sua força contra os inimigos

Quarta – Êx 15.19

O Senhor é mais poderoso do que os carros de guerra do inimigo

Quinta – Sl 18.37-40

Deus cinge os seus servos de força

Sexta – Sl 24.1

Do Senhor é a terra e a sua plenitude

Sábado – 2 Co 10.4,5

As armas de nossa milícia não são carnais

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Josué 10.6-8,12-14.

6 – Enviaram, pois, os homens de Gibeão a Josué ao arraial de Gilgal, dizendo: Não retires as tuas mãos de teus servos; sobe apressadamente a nós, e livra-nos, e ajuda-nos, porquanto todos os reis dos amorreus que habitam na montanha se ajuntaram contra nós.

7 – Então, subiu Josué de Gilgal, ele e toda a gente de guerra com ele e todos os valentes e valorosos.

8 – E o SENHOR disse a Josué: Não os temas, porque os tenho dado na tua mão; nenhum deles parará diante de ti.

12 – Então, Josué falou ao SENHOR, no dia em que o SENHOR deu os amorreus na mão dos filhos de Israel, e disse aos olhos dos israelitas: Sol, detém-te em Gibeão, e tu lua, no vale de Aijalom.

13 – E o sol se deteve, e a lua parou, até que o povo se vingou de seus inimigos. Isso não está escrito no Livro do Reto? O sol, pois, se deteve no meio do céu e não se apressou a pôr-se, quase um dia inteiro.

14 – E não houve dia semelhante a este, nem antes nem depois dele, ouvindo o SENHOR, assim, a voz de um homem; porque o SENHOR pelejava por Israel.

INTERAÇÃO

Professor, nesta lição estudaremos a incursão israelita na região meridional ou sul de Canaã (Js 10) e na parte setentrional ou norte (Js 11.1-5). Na campanha central pesquisamos os capítulos 6 a 9, agora, apenas o 10 e parte do 11. No capítulo 10, estudaremos a respeito do conluio da confederação cananéia para invadir Gibeão (vv.1-5). A batalha de Israel contra os povos da região sul (Js 10.1-43) é entrecortada com dois milagres: o da saraivada de pedras (v.11), e o do “dia longo” (vv.12-15). Situe o aluno no plano geral do livro e boa aula!

OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

Descrever a incursão sul do exército de Israel.
Explicar os dois milagres narrados no capítulo 10.
Crer na intervenção divina.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Professor, os seus alunos conhecem as palavras hebraicas do Antigo Testamento que correspondem ao vocábulo “milagre”? Certa vez estudamos os termos gregos sēmeion (maravilhas), ergon (trabalho) e dynamis (prodígio) no Novo Testamento. Agora, veremos dois termos hebraicos e uma palavra aramaica. O primeiro é ‘ôt, termo comum no AT, que significa “sinais miraculosos” (Is 7.11,14). O segundo é môpēt, traduzido por “maravilhas”, usado principalmente no episódio da vara de Moisés que foi transformada em serpente (Êx 7.9). O vocábulo aramaico temah, frequentemente usado no livro de Daniel (4.2,3; 6.7), refere-se aos “sinais e maravilhas”.

ALGUNS MILAGRES DO AT

Curas
O leproso Naamã

O rei Ezequias

De Jeroboão

2 Rs 5.10-14

2 Rs 20.1-7

1 Rs 13.6

Poder sobre a natureza
Passagem pelo Mar Vermelho

Passagem pelo Rio Jordão

O dia prolongado

Êx 14.15-26

Js 3.1-17

Js 10.12-15

Ressurreição dos mortos
O filho da viúva de Sarepta

O filho da sunamita

De um homem

1 Rs 17.20-24

2 Rs 4.32-36

2 Rs 13.21

COMENTÁRIO

introdução

Palavra Chave

Milagre: Intervenção e ação divina que independe das leis físicas e do fluxo da história.

Nesta lição, aprenderemos que Deus se utiliza de meios naturais e sobrenaturais para dar vitória ao seu povo em suas lutas.

Às vezes, é necessário que portentosos milagres sejam realizados a fim de que o Senhor cumpra o seu plano e propósito na vida do crente. Todavia, o Senhor somente intervirá se formos plenamente obedientes à sua santa vontade.

I – AS VITÓRIAS DE ISRAEL AO SUL DA PALESTINA (Js 10)

Preocupados com o acordo de paz entre Israel e os moradores de Gibeão, cinco reis dos amorreus uniram-se numa confederação contra os gibeonitas (10.1-5). Estes, reconhecendo o enorme risco que corriam, pediram socorro a Josué: “sobe apressadamente a nós, e livra-nos, e ajuda-nos” (v.6).

1. Josué socorre os gibeonitas (Js 10.6). Os gibeonitas enfrentaram uma situação muito difícil, porém, com sabedoria. Sem qualquer receio, manifestaram sua necessidade de ajuda, e uma autêntica fé em Deus, considerando-o como aquele que tem mais poder que todos os reis e demais chefes juntos.

A resposta de Josué foi imediata: reuniu seu exército e partiu em socorro de Gibeão (v.7). Ele tinha certeza de que o Senhor dos Exércitos estava com ele: “E o Senhor disse a Josué: não os temas, porque os tenho dado na tua mão; nenhum deles parará diante de ti” (v.8). Josué e seus valentes saíram de Gilgal e caminharam durante toda a noite, cerca de trinta e dois quilômetros a oeste de onde estavam (v.9). Após uma renhida batalha, os amorreus fugiram, mas Israel os perseguiu (v.10). Josué estava consciente de que a experiência e a coragem de seus homens não eram suficientes. Porém, sua certeza de vitória era a mesma do profeta Jeremias: “O SENHOR está comigo como um valente terrível; por isso, tropeçarão os meus perseguidores e não prevalecerão” (Jr 20.11).

2. Deus peleja a favor de seu povo (Js 10.10,11). Deus interveio, intervém e sempre intervirá a favor do seu povo (Is 42.13). O Senhor não permitiu que os inimigos de Israel escapassem com vida. No momento em que fugiam à descida de Bete-Horom, o Todo-Poderoso surpreendeu-os, lançando sobre eles, do céu, grandes pedras de gelo. “E foram muito mais os que morreram das pedras da saraiva do que os filhos de Israel mataram à espada” (v.11).

Aquela batalha era do Senhor! Cumpriu-se, então, o que o salmista cantaria no futuro: “Àquele que feriu os grandes reis; porque a sua benignidade é para sempre” (Sl 136.17).

SINOPSE DO TÓPICO (I)

Josué socorreu prontamente os gibeonitas contra a confederação cananéia e Deus operou um grande milagre.

II – O DIA MAIS LONGO DA HISTÓRIA (Js 10.12 14)

1. A discussão leviana dos críticos da Bíblia. Os milagres bíblicos sempre foram alvos de severas críticas dos tolos. Há os que crêem piamente nas intervenções sobrenaturais de Deus como fatos verídicos e históricos. Mas, também há os que as negam, terminantemente, atribuindo aos milagres um caráter lendário ou mítico. Entre os milagres divinos mais criticados estão: a passagem de Israel pelo Mar Vermelho (Êx 14.15-31); a provisão do maná durante 40 anos (Êx 16.35); a água que jorrou da rocha em Horebe (Êx 17.6); o machado que flutuou (2 Rs 6.5-7); a saraivada sobre os reis fugitivos (Js 10.11) e o extraordinário “dia longo”, o mais criticado (Js 10.12-15).

Alguns teólogos incrédulos têm interpretado o milagre do “dia longo” como uma “hipérbole poética”. Outros consideram a possibilidade de um eclipse. E, há ainda, os que costumam relacionar esse acontecimento a presságios místicos e astrológicos sobre o sol e a lua, algo comum entre os antigos povos do Oriente Médio.

Na tentativa de rejeitarem a ação sobrenatural de Deus nesse episódio, alguns chegam a dizer que um cometa passou bem perto da Terra, diminuindo sua rotação, e assim, prolongando a claridade do dia. Todavia, essas explicações racionalistas não explicam convincentemente este grande acontecimento.

Os milagres bíblicos não necessitam de provas científicas que os tornem verdadeiros. A inspiração e a autoridade da Escritura são suficientes para crermos em sua realidade.

2. O “dia prolongado” é um fato incontestável (Js 10.13). O texto literalmente diz que “o sol se deteve e a lua parou”. Essa declaração lembra o ato criador de Gênesis 1.16-18, quando Deus criou os dois grandes luminares para a terra: o sol e a lua. A batalha estava em andamento, e Josué objetivava a vitória. Sua fé e destemor adentraram o sobrenatural de Deus e, sem que ninguém esperasse, o homem de Deus ordenou ao sol e à lua: “Sol, detém-te em Gibeão, e tu lua, no vale de Aijalom” (v.12). Deus prolongou a luz do dia. Ele não tem obrigação de detalhar o “como” de seus atos. O milagre singular aconteceu: “E não houve dia semelhante a este, nem antes nem depois dele, ouvindo o SENHOR, assim, a voz de um homem; porque o SENHOR pelejava por Israel” (v.14).

O que a Bíblia diz é mais que suficiente para os que crêem: Josué orou, Deus ouviu, o sol se deteve e a lua parou! O Senhor é o Criador do universo e tem poder sobre tudo o que Ele criou. Ele faz o que quer. Seja interferir nos pólos e inclinar a terra no seu eixo, seja produzir uma refração nos raios solares; não importa. Tudo fará para cumprir seus desígnios e propósitos. Ele é o Criador, dono e Senhor absoluto do universo (Sl 97.1-12; 136.4-9).

SINOPSE DO TÓPICO (II)

Os céticos afirmam que os milagres bíblicos são lendas e mitos. Todavia, os milagres são reais na Bíblia e na Igreja de Deus.

III – NOVAS CONQUISTAS MILITARES DE ISRAEL (Js 10.16-11.1-9)

Na vitória de Israel contra a confederação sulista, cinco reis foram executados e suas cidades conquistadas (Js 10.16-43). Jabim, o rei de Hazor, temendo as investidas militares de Israel na região norte (Js 11.2), formou uma nova confederação para resistir o avanço israelita (Js 11.1-15).

1. O ânimo de Josué após a vitória em Gibeão (Js 10.25). A cada vitória, Josué buscava ao Senhor que prontamente o animava e concedia-lhe as diretrizes para as batalhas (v.25). Deus em nenhum momento abandonou seu povo. Ao contrário, o Senhor sempre pelejou a favor de seus filhos (Êx 14.14).

Josué não assumiu a prerrogativa de um vencedor arrogante, mas reafirmava aos seus homens que “assim fará o Senhor a todos os vossos inimigos” (v.25). Ele apenas dizia: “Não temais, nem vos espanteis; esforçai-vos e animai-vos” (v.25). Desse modo seus inimigos não podiam impedir o povo de Deus de herdar a terra da promessa.

2. O Senhor dá a vitória a Josué contra outros reis (Js 10.28-43). A despeito de vencer uma coligação de cinco reis, Josué perseverou em sua marcha contra outros sete (vv.28-43). Nos versículos que narram essas grandes conquistas deparamo-nos com a seguinte frase: “E o SENHOR a deu na mão de Israel” (vv.30, 32). Isto denota que Josué e seus valorosos soldados guerreavam, mas a vitória provinha da sua confiança no Senhor dos Exércitos (Sl 46.7; 84.12; 1 Cr 11.9). A Bíblia é convincente: “E de uma vez tomou Josué todos esses reis e as suas terras, porquanto o SENHOR, Deus de Israel, pelejava por Israel” (Js 10.42). Quando é o Senhor que peleja a favor do crente, a vitória está garantida.

3. Josué destrói a coalizão de reis inimigos (Js 11.1-5). As notícias de que Israel derrotou as coligações sulistas, preocuparam os reis da região norte de Canaã (vv.1-5). Sob a liderança do rei Jabim, de Hazor, os reis nortistas uniram-se na tentativa de impedir o avanço dos israelitas. Era uma multidão, “como a areia que está na praia do mar”, e possuíam “muitíssimos cavalos e carros” (v.4). Contudo, todos faziam parte do grupo de povos a serem destruídos por Israel (Gn 15.18-21; Dt 7.1,2; Js 11.3). Deus, mais uma vez, anima a Josué, dizendo: “Não temas diante deles” (v.6). A vitória foi total e completa, pois Deus sempre cumpre suas promessas. Os planos do Senhor não são adiados nem antecipados. Tudo se cumpre no momento certo. Ele é fiel, imutável e verdadeiro (Ml 3.6).

SINOPSE DO TÓPICO (III)

Após a vitória em Gibeão, o Senhor deu vitória a Josué contra outros reis da região norte de Canaã.

CONCLUSÃO

Nesta lição aprendemos que não devemos depender de nossas próprias forças, inteligência, estratégias ou recursos, quando estivermos enfrentando uma luta, problema, crise, conflito, tribulação, sofrimento, etc. É o Senhor quem nos garante a vitória. Portanto, depositemos nEle toda a nossa confiança. O Senhor pelejará por nós (Êx 14.14).

VOCABULÁRIO

Cético: Que duvida de tudo; descrente.
Conluio: Combinação entre duas ou mais pessoas para lesar outrem.
Renhido: Sangrento, cruento.
Portentoso: Maravilhoso, prodigioso, assombroso.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

MULDER, C. O. (et al) Comentário bíblico Beacon. Vol. 2 Josué a Ester. RJ: CPAD, 2005.

PFEIFFER, C. F (et al). Dicionário bíblico Wycliffe. RJ: CPAD, 2006.

PRICE, R. Arqueologia bíblica. RJ: CPAD, 2006.

EXERCÍCIOS

1. O que fez Josué quando foi solicitado pelos gibeonitas?

R. Socorreu prontamente os gibeonitas.

2. Cite três milagres criticados pelos céticos.

R. A passagem pelo Mar Vermelho, o maná, a água que jorrou da rocha.

3. Descreva algumas opiniões dos incrédulos a respeito do “dia longo”.

R. Hipérbole poética, eclipse, presságios místicos.

4. Você crê em milagres? Justifique.

R. Hipérbole poética, eclipse, presságios místicos.

5. Quem garantia a vitória de Israel?

R. O Senhor.


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