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LIÇÃO 9- Oração não mecânica, mas consciente


MEDITAÇÃO 

E buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração. (Jr 29.13
 
REFLEXÃO BÍBLICA DIÁRIA 
 SEGUNDA – Romanos 12.12 
 TERÇA – Lucas 18.1-8 
 QUARTA – Colossenses 4.2 
 QUINTA-Lucas 18.9-14 
 SEXTA – Marcos 9.25-29 

 SÁBADO-Lucas 21.36

TEXTO BÍBLICO BASE 

Mateus 6.5-18 
5 – E, quando orares, não sejas como os hipócritas, pois se comprazem em orar em pé nas sinagogas e às esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão. 
6 – Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai, que vê o que está oculto; e teu Pai, que vê o que está oculto, te recompensará. 
7 – E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios, que pensam que, por muito falarem, serão ouvidos. 
8 – Não vos assemelheis, pois, a eles, porque vosso Pai sabe o que vos é necessário antes de vós lho pedirdes. 
9 – Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome. 
10 – Venha o teu Reino. Seja feita a tua vontade, tanto na terra como no céu. 
11-0 pão nosso de cada dia dá-nos hoje. 
12 – Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores. 
13 – E não nos induzas à tentação, mas livra-nos do mal; porque teu é o Reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém! 
14 – Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós.
15 – Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai vos não perdoará as vossas ofensas. 
16 – E, quando jejuardes, não vos mostreis contristados como os hipócritas, porque desfiguram o rosto, para que aos homens pareça que jejuam. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão. 
17 – Porém tu, quando jejuares, unge a cabeça e lava o rosto, 

18 – para não pareceres aos homens que jejuas, mas sim a teu Pai, que está oculto; e teu Pai, que vê o que está oculto, te recompensará.

INTERAGINDO COM O ALUNO 

A lição de hoje é uma oportunidade para falar aos seus alunos sobre dois temas muito importantes para a vida do cristão: a oração e o jejum. Seu objetivo será explicar do que se trata a oração, qual o seu propósito e importância na vida do crente; o que é o jejum e como ele é importante para o cristão em momentos específicos da sua vida; e apresentar de forma didática a Oração do Pai Nosso.
Estimule os seus alunos a jejuarem e a se tornarem homens e mulheres de oração. Para inspirá-los a isso, você pode incrementar sua aula com histórias inspiradoras sobre oração. Mas tenha cuidado para que tais histórias não ocupem muito tempo em sua aula ao ponto de a exposição de todo o conteúdo da lição ser comprometida. Use sabiamente o tempo que você tem de aula. 
   Lembre-se que as funções principais do discipulador são esclarecer e orientar seus alunos quanto às verdades da Palavra de Deus, e inspirá-los a viverem uma vida cristã piedosa, santa, madura e fervorosa. Não se esqueça de orar sempre pelos seus alunos e pelo conteúdo a ser ministrado. Afinal, sua responsabilidade é muito grande, mas também igualmente prazerosa. 
 
OBJETIVOS 
 Na lição de hoje, sua aula deve a t e r alcançar os seguintes objetivos: 
1 Explicar do que se trata realmente 0 momento da oração, qual 0 seu caráter e importância para a vida do cristão;
2 Apresentar didaticamente a oração modelo ensinada por Jesus, chamada “Oração do Pai Nosso”;
3 Conscientizar seus alunos sobre a importância do jejum e diferenciá-lo do jejum hipócrita. 
 
PROPOSTA PEDAGÓGICA 
Um dos pontos altos da lição de hoje é a Oração do Pai Nosso, a oração-modelo ensinada por Jesus aos seus discípulos e que resume todos os aspectos de uma oração ideal. Logo, para apresentar didaticamente aos seus alunos o significado de cada expressão dessa prece para 0 entendimento do caráter e do propósito da oração, coloque no quadro e separe aos poucos cada frase dessa oração à medida que você for explicando cada uma delas, para que 0 conteúdo fique muito bem fixado na mente e no coração dos seus alunos. Aproveite para estimular seus alunos a, nos seus próximos momentos de oração, seguirem esse “roteiro” ideal de oração ensinado por Jesus. Com certeza, isso vai enriquecer ainda mais a vida de oração e de comunhão com Deus de seus alunos.

 INTRODUÇÃO 
Assim como é possível dar esmolas pelas motivações erradas, é possível orar e jejuar dominado por motivações erradas. E assim como é possível realizar boas obras como fruto de uma religião meramente mecânica e ativista, é possível também orar e jejuar de forma mecânica e meramente ritualística. É o que Jesus alerta na passagem em apreço do Sermão da Montanha que estudaremos na iição de hoje. Nela, Cristo ensina que a oração é, na verdade, uma conversa com o Pai Celestial e apresenta um modelo de oração para inspirar os seus discípulos a orarem de forma correta. Na chamada “Oração do Pai Nosso”, encontramos, resumidamente, tudo aquilo que deve haver em uma oração. E Jesus ainda ensina aos seus discípulos sobre como deve se dar o momento de oração. Aprendamos a orar com Jesus! 
 
1. A ORAÇÃO É UMA CONVERSA COM O PAI 
    1.1. A falsa oração: uma forma de aparentar piedade. Jesus inicia sua exposição sobre o importante tema da oração condenando mais uma vez a ostentação de “piedade” dos fariseus, desta vez manifestada nas orações públicas que realizavam nas sinagogas e nas esquinas das ruas (Mt 6.5). Tudo isso eles faziam “para serem vistos pelos homens”, assim como no caso das esmolas (Mt 6.1,2). Eles chegavam a orar em pé nas esquinas só para parecerem piedosos diante dos demais judeus. 
     1.2. A oração deve ser um momento particular de intimidade com Deus. Jesus nunca condenou a oração coletiva no Templo ou nas casas, mas reprovou, sim, as orações públicas nas sinagogas e nas ruas com objetivos exibicionistas. Ele mesmo participava das reuniões das sinagogas (Lc 4.16 – “segundo o seu costume”), que incluíam momentos de oração coletiva, e instou com seus discípulos Pedro, Tiago e João certa vez para que orassem juntamente com Ele, fazendo-lhe companhia na oração e nas súplicas que derramou diante do Pai no momento tão intenso do Getsêmani (Mt 26.36-38,40).
A ênfase de Jesus, porém, sempre foi na oração em particular, individual, na vida privada, realizada individualmente entre o cristão e o seu Pai Celestial (Mt 6.6). Mesmo na oração do Getsêmani Jesus chegou a ficar só em alguns momentos (Mt 26.39). A oração em privado é muito importante. É necessário orar com os nossos irmãos, com nossos familiares, com nosso cônjuge, com nossos filhos etc., mas devemos, sobretudo, ter momentos particulares de oração. Devemos valorizar muito os momentos a sós com Deus. Devemos valorizar muito as experiências particulares com Deus em oração, porque são parte importante e imprescindível do nosso crescimento e amadurecimento espirituais, e do aprofundamento da nossa comunhão com o nosso Pai Celestial. 
    1.3. Respostas de Deus. Jesus afirma que o Pai recompensará os filhos que o buscam “em oculto” (Mt 6.6), isto é, em particular, na intimidade, em suas orações. Essa “recompensa” a que se refere Jesus é a resposta de Deus às nossas petições feitas em oração (Mt 6.8). O Senhor é galardoador dos que o buscam (Hb 11.6). Deus tem prazer em abençoar os seus filhos. 
    1.4. “Vãs repetições”. Ao reprovar as “vãs repetições” (Mt 6.7), Jesus não está condenando todo tipo de repetição na oração. Ele mesmo, em seu momento de angústia no Getsêmani, passou horas em oração “dizendo as mesmas palavras” (Mt 26.44). Jesus se refere claramente a repetições que, com Ele mesmo designa, são “vãs”, isto é, vazias, mecânicas, e deixa claro ainda que se refere a um hábito dos gentios (“…como os gentios…”, Mt 6.7), isto é, a um costume dos pagãos que provavelmente era imitado pelos fariseus para chamar a atenção das pessoas que presenciavam as suas orações públicas. Possivelmente, esses judeus religiosos imitavam tal prática porque achavam que ela denotava espiritualidade, Como bem explica o teólogo A. T. Robertson, os pagãos da antiguidade “pensavam que por meio de repetições infinitas e muitas palavras eles informariam os deuses sobre o que estivessem precisando e os cansariam para que lhes concedessem os pedidos, mas a intenção dos fariseus não era ganhar os ouvidos de Deus, mas os olhos dos homens” (Comentário Mateus & Marcos à Luz do Novo Testamento Grego. Rio de Janeiro: CPAD, 2011, p.81). 
     1.5. “Blá, blá, blá”. Não precisamos ficar repetindo informações para Deus em oração, como se Ele dependesse que essas informações fossem repetidas por nós para então saber – ou não se esquecer – delas; nem precisamos orar em público floreando as nossas palavras, pavoneando nossas preces, como se quiséssemos impressionar as pessoas à nossa volta com a nossa “bela oratória” de oração. Tudo isso para Deus é, literalmente, o que chamamos de “Blá-blá-blá”. O vocábulo traduzido por “vãs repetições” nessa passagem do ensino de Jesus é battalogeõ, que, segundo obras especializadas, como o Dicionário Vine, que traz o significado exegético e expositivo das palavras do Antigo e do Novo Testamentos, é uma palavra “provavelmente advinda de uma frase aramaica e de caráter onomatopeico” (Dicionário Vine, CPAD, p. 1049). Ou seja, battalogeõ é uma onomatopéia como o nosso “Blá, blá, blá”, e com o mesmo significado deste: palavras sem sentido e mecanicamente repetidas. Orações mecânicas, empavonadas para impressionar as pessoas, são para Deus mero “Blá, blá, blá” para os seus ouvidos. 
   1.6. Uma relação de amor sincero entre um Pai e seus filhos. Jesus orientou seus discípulos a se dirigirem a Deus em oração chamando-o de “Pai”. Tal prática não era comum na cultura judaica da época. O uso que Jesus faz dessa expressão para se referir a Primeira Pessoa da Trindade, e o fato de ensinar seus discípulos a se dirigirem assim a Ela, demonstra o desejo que Cristo tinha de seus discípulos entenderem que o momento da oração era um momento de intimidade, de comunhão, de relação sincera e aberta entre Pai e filho. E, numa relação assim, a conversa é sempre de respeito, reverência, mas também, e sobretudo, amorosa, sincera. 
   Deus quer que os nossos momentos de oração sejam corretamente entendidos como momentos em que os filhos de Deus se lançam nos braços de seu Pai celestial para abrirem seus corações para Ele, terem comunhão com Ele, gozarem de sua presença, ouvirem a sua voz e receberem toda força e consolo de que precisam. 
 
 AUXÍLIO DIDÁTICO 1
 ‘“ E não nos induzas à tentação’ (Mt 6.13). ‘Induzir’ é uma palavra que aborrece muitas pessoas. Parece que apresenta Deus como agente ativo em nos sujeitar à tentação, uma ação especificamente negada em Tiago 1.13. A palavra grega aqui traduzida por tentação significa ‘tentativa’, ‘experiência’ ou ‘teste’, como em Tiago 1.2. É como [o teólogo Martin Richardson] Vincent a considera nesse trecho. Deus realmente nos testa ou nos peneira, ainda que não nos tente para o mal. Ninguém entendeu a tentação tão bem como Jesus, porque o Diabo o tentou usando toda forma de abordagem e todos os tipos de pecado, mas sem sucesso. No jardim do Getsêmani, Jesus diz a Pedro, Tiago e João: ‘Orai, para que não entreis em tentação’ (Lc 22.40). Esta é a ideia desse excerto. Nessa passagem, temos o que os gramáticos chamam ‘imperativo permissivo’. A ideia é: ‘Não nos permitas ser induzidos à tentação’. Há um escape (1Co 10.31), mas é um risco terrível” (ROBERTSON, A. T. Comentário Mateus & Marcos à Luz do Novo Testamento Grego. Rio de Janeiro: CPAD, 2011, p.84).
 
 2. A ORAÇÃO QUE JESUS ENSINOU 
    2.1.0 propósito da Oração do Pai Nosso. A Oração do Pai Nosso (Mt 6.9-13) não trata de uma oração para ser repetida mecanicamente. Ela é apenas um modelo de oração ensinado por Jesus aos seus discípulos resumindo tudo o que uma oração deve ter; é um esboço didático da oração ideal. Erra, portanto, quem faz dessa oração apenas mais uma oração mecânica. Isso é tudo o que Jesus não queria que ela fosse. Analisemos a seguir cada trecho dessa oração modelo e o que basicamente ela nos ensina.     
    2.2. “Pai nosso”. O termo “nosso” denota intimidade. Na abertura desse modelo de oração ideal, mais uma vez Jesus enfatiza a intimidade reverente que deve haver entre os filhos do Reino e o seu Paí Celestial. Ele não é simplesmente “o Pai”. Ele é o “nosso Pai”! Aleluia! 
   2.3. “Santificado seja o teu nome”. Essa expressão significa “Que teu nome seja santificado em minha vida!”. O cristão deve ter como objetivo principal de sua vida exaltar e glorificar a Deus. E ele faz isso quando escolhe encarnar os princípios do Evangelho em sua vida, quando decide honrar a Deus em seus pensamentos, palavras e ações. Essa expressão significa também que a oração ideal deve não apenas ser um momento de intimidade, reverência, sinceridade e amor (“Paí nosso”), mas deve também começar com adoração (“Santificado seja o teu nome”). 
     2.4. “Venha o teu reino”. Trata-se de um pedido para que Deus reine sobre nós; ou melhor, para que seu senhorio esteja não apenas sobre nós, mas que alcance todo o mundo. Essa expressão demonstra a preocupação que o filho de Deus deve ter em ver a expansão do Reino de Cristo na terra. Devemos orar pela conversão de vidas, pela obra de Deus, pelos nossos irmãos, pela causa divina na terra, e não apenas por nossas questões pessoais. Elas vêm depois. 
     2.5. “Seja feita a tua vontade”. Aqui vemos uma petição específica para que a vontade divina seja cumprida em nossa vida, na vida de nossos familiares, na vida de nossos irmãos. A expressão “Tanto na terra como no céu” (Mt 6.10b) significa que da mesma forma que a vontade de Deus é cumprida no céu – e lá ela é cumprida de forma plena – ela seja cumprida em nossas vidas aqui na terra. 
      2.6. “O pão nosso de cada dia dá-nos hoje”. Finalmente, vemos a petição por necessidades pessoais, particulares e do nosso próximo (“pão nosso”). Essas petições devem fazer parte das nossas orações. Deus nos estimula a orar pedindo a sua ajuda, graça, força e intervenções em nosso favor e em favor dos nossos entes queridos, suprindo as nossas necessidades (Mt 7.7-11). Entretanto, a oração, como já vimos até aqui, não é constituída apenas de petições por questões pessoais. Em primeiro plano está a nossa comunhão com Deus, a adoração, a glória de Deus, a expansão do Reino de Deus, a vontade de Deus para nossas vidas, e logo depois vêm as nossas necessidades pessoais. Em primeiro lugar está “o Reino de Deus e a sua justiça”, e “Todas essas coisas vos serão acrescentadas” (Mt 6.33). Primeiro vem o “Pai nosso”, depois o “pão nosso”. 
    2.7. “Perdoa as nossas dívidas, assim como nós perdoamos”. Na oração, precisamos tratar também, arrependidos, dos nossos pecados, das nossas falhas diárias. Mas, não só isso: devemos também ter disposição para perdoar os nossos ofensores. 
     2.8. “E não nos induzas à tentação, mas livra-nos do mal”. Devemos orar para que Deus nos livre de toda artimanha do Maligno contra as nossas vidas. Se quisermos proteção divina, devemos buscar a presença de Deus. Não podemos querer a proteção divina se não buscamos a sua presença. Deus promete livrar aqueles que “habitam” em sua presença (SI 91.1). Isso não significa dizer que quem busca a Deus está isento de aflições, mas sim, que quando elas nos sobrevierem, Deus, com certeza, nos dará vitória em todas elas (SI 34.19). Quanto à expressão “E não nos induzas à tentação”, ela significa “E não permita que sejamos provados de tal forma que não suportemos”, pois o termo traduzido por “tentação” aqui quer dizer “provação”. – 
      2.9. “Porque teu é o Reino, o poder e a glória para sempre”. A oração ideal começa com adoração e termina com adoração. Ela é um momento especial de comunhão com o nosso Pai Celestial, com o Deus do universo. Portanto, a nossa oração deve começar e terminar com um momento especial de devoção, de adoração sincera e fervorosa à glória dEle. 
    2.10. “Amém!” A expressão “Amém!” significa literalmente “Assim seja!”. Quando concluímos nossas orações com “Amém!”, estamos dizendo a Deus: “Senhor, te peço que tudo o que coloquei diante de ti seja uma realidade”, “Peço que seja assim”. E quando acrescentamos “Em nome de Jesus” ao “Amém”, estamos dizendo “Pedimos-te que seja assim em nome de Jesus”, isto é, “por Jesus”, “pelos méritos de Jesus”. Esta é uma bela forma de concluir nossas orações, reconhecendo que tudo o que somos e temos o são por intermédio de Jesus. 
 
 AUXÍLIO DIDÁTICO 2
 “O significado exato das palavras ‘de cada dia’ (Mt 6.11) – encontrada apenas na oração do Pai Nosso – é incerta. A palavra grega epiousion tem sido traduzida como ‘o necessário para a existência’, ‘para o dia de hoje’, ‘para amanhã’, ‘para o futuro’. A expressão ‘de cada dia’ é melhor. Uma necessidade mais urgente é o perdão: ‘Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores’ (Mt 6.12). Aquele que carrega um espírito que não perdoa os outros deve parar antes de oferecer esta oração. Suponha que Deus o tome por sua palavra: que esperança haveria para ele? A versão de Lucas da Oração do Pai Nosso apresenta ‘pecados’ em vez de ‘dívidas’ (Lc 11.4). Todo ser humano está em dívida, pois ‘todos pecaram’ (Rm 3.23)” (Comentário Bíblico Beacon. Vol. 10. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p.64). 
 
3. ORAÇÃO E JEJUM 
     3.1. 0 jejum espiritual e o jejum hipócrita. Nos dias de Jesus, havia religiosos que, infelizmente, fingiam-se contritos e jejuavam só para parecerem espirituais e ganharem a honra do povo pela sua “consagração”. Entretanto, esse jejum não era recebido por Deus. O jejum verdadeiro é abstinência de alimentos como um desprendimento espontâneo das coisas terrenas para se focar nas coisas espirituais. Ele é algo pessoal, intimo, que você faz para Deus e não para aparecer para os outros. Esse jejum, que é de ordem espiritual, é recebido por Deus. 
 
AUXÍLIO DIDÁTICO 3
 “Há três formas principais de jejum vistas na Bíblia: (a) Jejum normal – a abstenção de todos os alimentos, sólidos ou líquidos, mas não de água (Mt 4.2); (b) Jejum absoluto – a abstenção tanto de alimentos como de água (Ef 4.16; At 9.9). Normalmente, este tipo de jejum não deve ir além de três dias, pois a partir daí o organismo se desidrata, o que é muito nocivo à saúde. Moisés e Elias fizeram jejum absoluto por 40 dias, mas sob condições sobrenaturais (Dt 9.9,18; Êx 34.28; 1Rs 19.8); (c) Jejum parcial – uma restrição alimentar, e não uma abstenção total dos alimentos (Dn 10.3)” (STAMPS, Donald (Ed.). Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, pp. 1396-97). 
 
CONCLUSÃO 
Que todos os nossos “atos de justiça” – como eram chamadas as práticas das esmolas, da oração e do jejum nos dias de Jesus – sejam realizados cumprindo o propósito pelo qual existem: glorificar a Deus, e não aos homens.

VERIFIQUE O SEU APRENDIZADO 
I . Como deve se dar a oração? 
Deve ser um momento sincero e particular de intimidade com Deus.

2. O que são as “vãs repetições” que Jesus condenou? 
 São palavras vazias e mecânicas que destoam do caráter do momento da oração. 
 
3 . Qual o propósito da Oração do Pai Nosso? 
 Ser um modelo de oração resumindo tudo o que uma oração deve ter; é um esboço didático da oração ideal. 
 
4. O que quer dizer “Venha o teu reino”? 
Trata-se de um pedido para que Deus reine sobre nós; ou melhor, para que seu senhorio esteja não apenas sobre nós, mas que alcance todo o mundo. Essa expressão demonstra a preocupação que o filho de Deus deve ter em ver a expansão do Reino de Cristo na terra. 
 
5 . Qual a diferença entre o jejum espiritual e o hipócrita? 
 No jejum hipócrita, fingia-se contrição e se jejuava só para parecer espiritual e ganhar a honra do povo pela sua “consagração”. O jejum verdadeiro é abstinência de alimentos como um desprendimento espontâneo das coisas terrenas para se focar nas coisas espirituais. Ele é algo pessoal, íntimo, que você faz para Deus e não para aparecer para os outros. 

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