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MENINOS? SÓ NA MALÍCIA


Vivemos em uma época de muitos modismos. Fala-se em rir, rugir,
cair, pular e dançar de poder. Em 1 Coríntios 14, encontramos conselhos
importantes quanto ao comportamento do cristão em um culto. No versículo
20, está escrito: “Irmãos, não sejais meninos no entendimento, mas sede
meninos na malícia, e adultos no entendimento”. Menino, negativamente, é
aquela pessoa que não tem discernimento, que pode ser facilmente
influenciada por doutrinas errôneas (Ef 4.14). Segundo o autor de Hebreus,
somente pela observância à doutrina bíblica poderemos passar para o estágio
de adulto (Hb 5.11-14).
Outro conselho importante está em 1 Coríntios 14.32: “E os espíritos
dos profetas estão sujeitos aos profetas”. Alguns crentes pensam que o
Espírito Santo se incorpora no profeta e suprime a sua personalidade no
momento da profecia. Entretanto, no Novo Testamento não encontramos
nenhum servo de Deus profetizando fora de sua razão. E, nos tempos do
Antigo Testamento, os profetas empregavam a expressão “Assim diz o
Senhor”, demonstrando que transmitiam conscientemente a mensagem do
Senhor.
Há pessoas que, para profetizar, precisam marchar, correr pelos
corredores do templo ou encostar a sua testa na cabeça daquele que está
recebendo a mensagem. Nada disso é necessário. A Bíblia se limita a dizer:
“E falem dois ou três profetas, e os outros julguem” (1 Co 14.29). Atitudes
no mínimo infantis, como cair ao chão, andar como quadrúpedes e imitar
sons de animais, devem ser rejeitadas por aqueles que conhecem a sã
doutrina.
Finalmente, Paulo ensina, no versículo 40: “Faça-se tudo
decentemente e com ordem”. Se uma irmã cai ao chão em uma posição
desfavorável, isso é decente? E o que dizer de um culto em que todos batem
palmas, pulam, dançam, gritam, como se estivessem em um show ou em um
estádio de futebol? Não é pecado saltar em um momento de extrema alegria
(cf. At 3.8), mas transformar essa prática em regra é um exagero, uma
extravagância.
Paul Gowdy, na conclusão de sua famosa carta, pela qual denuncia as
aberrações da “bênção de Toronto”, lamenta:
Esta é minha história. Poderia continuar apresentando farta
documentação dos excessos, loucuras, extravagâncias e
pecados.
Cantamos sobre o exército de Joel e o avivamento de bilhões
como se fossem os dez mandamentos; e, como sempre, parece
que o avivamento já está chegando, dobrando a esquina. No
próximo mês, no próximo ano, etc. Jesus falou que, quando o
Filho do homem voltar, encontrará fé na terra? Esta é a
mensagem dominador a que tem sido ensinada em todo
movimento profético, espiritual, especialmente do Vineyard.
Às vezes imagino que eles pensam que vão dominar o mundo
todo! Mas foi lá no Vineyard que aprendi uma frase de Paulo de
que não devemos ir além da palavra escrita.
Falando em excessos, loucuras e extravagâncias…

 

fonte: Mais Erros que os Pregadores Devem Evitar – Ciro Sanches Zibordi


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