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O BATISMO EM ÁGUAS


CREMOS

professamos e ensinamos que o batismo em águas é uma ordenança de Cristo para a sua
Igreja, dada por ordem específica do Senhor Jesus: “Portanto, ide, ensinai todas as nações,
batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” (Mt 28.19). Reconhecemos esse ato como o testemunho público da experiência anterior, o novo nascimento, mediante a qual o crente participa espiritualmente da morte e da ressurreição de Cristo: “Sepultados com ele no batismo, nele também ressuscitastes pela fé no poder de Deus, que o ressuscitou dos mortos” (Cl 2.12).

1. O batismo em águas. É um ato importante e repleto de significados espirituais, que é
administrado pela Igreja ao crente, mediante arrependimento e confissão de fé, onde quer que o evangelho seja pregado. Nós o efetuamos por imersão do corpo inteiro uma única vez em águas, em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo. A palavra “batismo” significa “mergulho, imersão”. As evidências do Novo Testamento não deixam dúvida sobre esse procedimento. João Batista batizava em Enom: “porque havia ali muitas águas; e vinham ali e eram batizados” (Jo 3.23). Quando o Senhor Jesus foi batizado, está escrito que, após o ato, ele “saiu logo da água” (Mt 3.16). Não foi diferente no batismo do eunuco da rainha da Etiópia: “e desceram ambos à água, tanto Filipe como o eunuco, e o batizou. E, quando saíram da água, o Espírito do Senhor arrebatou a Filipe” (At 8.38,39). O batismo simboliza a morte, sepultamento e ressurreição de Cristo, deixando claro que se trata de uma prática imersionista: “De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo ressuscitou dos mortos pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida” (Rm 6.4). Trata-se de um ato público de fé no qual, de modo simbólico, sepultamos a vida antiga e ressuscitamos com Cristo para uma nova vida.

2. A fórmula batismal. A ordem dada por Jesus foi de batizar “em nome do Pai, e do Filho e do
Espírito Santo” (Mt 28.19). Cremos e praticamos a fórmula que ele mesmo ordenou. Uma ordem dada por Jesus deve ser cumprida. Sobre a expressão que aparece quatro vezes no Novo Testamento: “em nome de Jesus Cristo” (At 2.38), “em nome do Senhor Jesus” (At 8.16; 19.5) e “em nome do Senhor” (At 10.48), significa apenas que o batismo é realizado na autoridade do nome de Jesus.

3. Batismo não é sinônimo de regeneração. O batismo não é salvação; somos salvos pela graça mediante a fé. O perdão dos pecados está em conexão com o arrependimento que precede o batismo. A frase “Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para perdão dos pecados” (At 2.38) é interpretada erroneamente, muitas vezes, como essencial ao perdão, como fazem as principais seitas unicistas. No sermão seguinte, o apóstolo Pedro nem sequer menciona o batismo; a ênfase é dada ao arrependimento, à conversão e à aceitação de Cristo: “Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados, e venham, assim, os tempos do refrigério pela presença do Senhor. E envie ele a Jesus Cristo, que já dantes vos foi pregado” (At 3.19,20). O contexto bíblico mostra que o batismo não salva: “Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado” (Mc 16.16). Não há menção de batismo na segunda cláusula; isso mostra que a simples falta de fé leva à condenação, e não a falta de batismo. Nós fomos batizados porque já
somos salvos e não para sermos salvos. João Batista só batizava quem manifestava “frutos dignos de arrependimento” (Mt 3.8; Lc 3.8). Os primeiros candidatos ao batismo recebiam antes a palavra e depois se submetiam ao batismo: “De sorte que foram batizados os que de bom grado receberam a sua palavra; e, naquele dia, agregaram-se quase três mil almas” (At 2.41). Assim sendo, é possível uma salvação sem batismo, como aconteceu com o malfeitor crucificado ao lado do Senhor Jesus; o malfeitor arrependeu-se e não teve tempo para ser batizado. O batismo é uma ordenança divina; é, em si, um ato de compromisso e profissão de fé; é um ato público em confirmação daquilo que já possuímos — a salvação pela fé em Jesus.

4. O batismo infantil. Não aceitamos nem praticamos o batismo infantil por não haver exemplo de batismo de crianças nas Escrituras e por não ser o batismo um meio da graça salvadora, ou sinal e selo da aliança, que substitui a circuncisão dos israelitas. Também por não ser possível à criança ter consciência de pecado, condição necessária para que ocorra arrependimento. As crianças, em estado pueril, não preenchem esses requisitos. Sobre a circuncisão, o pensamento cristão bíblico é: “em Cristo Jesus nem a circuncisão, nem a incircuncisão tem virtude alguma, mas sim o ser uma nova criatura” (Gl 6.15). Cremos e ensinamos que o batismo é apenas para os que primeiramente se arrependem dos seus pecados e creem em Jesus,4 sendo também necessário pedir para ser batizado: “Eis aqui água; que impede que eu seja batizado? E disse Filipe: É lícito, se crês de todo o coração. E, respondendo ele, disse: Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus. E mandou parar o carro, e desceram ambos à água, tanto Filipe como o eunuco, e o batizou” (At 8.36-38). Assim, os candidatos ao batismo precisam exercer o arrependimento e a fé. O Novo Testamento mostra o batismo posterior
à fé. Isso é visto no dia de Pentecostes5 e na campanha evangelística de Filipe em Samaria: “como cressem em Filipe, que lhes pregava acerca do Reino de Deus e do nome de Jesus Cristo, se batizavam, tanto homens como mulheres” (At 8.12). Esses fatos não deixam margem para o batismo infantil.

fonte: Declaração de Fé Assembleias de Deus no Brasil.

 


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