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SAMARIA


A, capital do Reino do Norte (Israel), estava localizada em uma colina
de 91 m de altura, 67 km ao norte de Jerusalém. O lugar foi escavado nos anos de 1908
a 1910 pelos drs. G. A. Reisner e Clarence S. Fisher, da Universidade de Harvard, e
outra vez de 1931 a 1933 e em 1935 por J. W. Crowfoot. O primeiro nível de ocupação
importante (I e II) pertencia à época do rei Onri e de seu filho Acabe. Onri havia
adquirido a colina e edificou nela sua capital (1Rs 16:24). Acabe edificou um palácio
ainda mais grandioso para sua nova esposa, Jezabel, e para si mesmo. Os escavadores
desenterraram os fundamentos do palácio de Onri e os fundamentos e as ruínas ainda
maiores do palácio de Acabe, no cume da colina de Samaria. Na parte interior do muro
norte do palácio, foram encontrados milhares de fragmentos de marfim, muitos deles
arruinados pelo fogo. Cerca de trinta ou quarenta desses marfins foram recuperados em
excelente estado de conservação. Em alguns, estavam representados o loto, os leões, as
esfinges e os deuses Ísis e Hórus, o que indica a forte influência do Egito sobre Israel
nessa época. A coleção de marfins incluía peças talhadas de grande variedade, tanto em
tamanho quanto em estilo. Algumas eram torneadas, outras eram placas em baixorelevo, outras ainda eram silhuetas ou “trabalhos de perfuração”. Algumas peças haviam
sido lavradas para receber incrustações em cores. Outras foram recobertas de ouro ou
apresentavam incrustações de lápis-lazúli. Essas peças, segundo deduziram os
escavadores, estavam originariamente incrustadas no trono, nas camas, nos divãs, nas
mesas, nos armários e talvez nas paredes entre as colunas e no teto do palácio. Esses
achados dão solidez ao relato de 1Reis 22:39, que menciona a casa de marfim
construída por Acabe — residência que edificou para si mesmo e sua fastidiosa rainha
— como uma das proezas desse rei. Também confirmam o sermão do profeta Amós,
que diz: “Ai de vocês que vivem tranqüilos em Sião, e que se sentem seguros no monte
de Samaria […] Vocês se deitam em camas de marfim e se espreguiçam em seus sofás
[…] as casas enfeitadas de marfim serão destruídas, e as mansões desaparecerão, declara
o Senhor” (Am 6:1,4; 3:15). No extremo norte do pátio do palácio de Acabe, os
escavadores encontraram um tanque de água feito de cimento, provavelmente, segundo
dedução dos escavadores, o “açude [ou tanque] de Samaria” no qual foi lavado o
ensangüentado carro de guerra de Acabe (1Rs 22:38). Dentro de um dos armazéns do
palácio, foram recuperados os famosos óstracos de Samaria, que consistiam de várias
centenas de restos de cerâmica inscritos com tinta. Sessenta e três deles continham
escritura bastante legível em hebraico antigo, e todos são apontamentos referentes a
pagamentos de impostos em azeite e vinho enviados por indivíduos às despensas do
palácio real. Alguns desses mordomos tinham nome bíblico, como Acaz, Sabá, Nimshi,
Abinoão e Gômer.
Ver tb: 1Rs 16:24, 1Rs 16:29, 1Rs 20:1, 1Rs 20:17, 1Rs 22:37, 2Rs 1:2, 2Rs 6:19, 2Rs
10:12, 2Rs 10:36, 2Rs 14:14, 2Rs 14:23, 2Rs 15:17, 2Rs 15:23, 2Rs 17:1, 2Rs 17:5, 2Rs
17:24, 2Rs 17:26, 2Rs 18:9, 2Cr 22:9, 2Cr 25:24, 2Cr 28:8, Ed 4:10, Ed 4:17, Is 7:9, Is 8:4, Is 36:19, Jr 41:5, Ez 16:46, Ob 1:19, Mq 1:6, Lc 17:12, Jo 4:4, At 8:1, At 8:5, At
8:14, At 9:31, At 15:3

 

fonte: BIBLIA THOMPSON


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