Mateus 24 – Almeida Revista Atualizada 1993

O sermão profético. O princípio das dores

1 ¶ Tendo Jesus saído do templo, ia-se retirando, quando se aproximaram dele os seus discípulos para lhe mostrar as construções do templo.

2Ele, porém, lhes disse: Não vedes tudo isto? Em verdade vos digo que não ficará aqui pedra sobre pedra que não seja derribada.

3No monte das Oliveiras, achava-se Jesus assentado, quando se aproximaram dele os discípulos, em particular, e lhe pediram: Dize-nos quando sucederão estas coisas e que sinal haverá da tua vinda e da consumação do século.

4¶ E ele lhes respondeu: Vede que ninguém vos engane.

5Porque virão muitos em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo, e enganarão a muitos.

6E, certamente, ouvireis falar de guerras e rumores de guerras; vede, não vos assusteis, porque é necessário assim acontecer, mas ainda não é o fim.

7Porquanto se levantará nação contra nação, reino contra reino, e haverá fomes e terremotos em vários lugares;

8porém tudo isto é o princípio das dores.

9Então, sereis atribulados, e vos matarão. Sereis odiados de todas as nações, por causa do meu nome.

10Nesse tempo, muitos hão de se escandalizar, trair e odiar uns aos outros;

11levantar-se-ão muitos falsos profetas e enganarão a muitos.

12E, por se multiplicar a iniqüidade, o amor se esfriará de quase todos.

13Aquele, porém, que perseverar até o fim, esse será salvo.

14E será pregado este evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então, virá o fim.

O sermão continua. A grande tribulação

15Quando, pois, virdes o abominável da desolação de que falou o profeta Daniel, no lugar santo (quem lê entenda),

16então, os que estiverem na Judéia fujam para os montes;

17quem estiver sobre o eirado não desça a tirar de casa alguma coisa;

18e quem estiver no campo não volte atrás para buscar a sua capa.

19Ai das que estiverem grávidas e das que amamentarem naqueles dias!

20Orai para que a vossa fuga não se dê no inverno, nem no sábado;

21porque nesse tempo haverá grande tribulação, como desde o princípio do mundo até agora não tem havido e nem haverá jamais.

22Não tivessem aqueles dias sido abreviados, ninguém seria salvo; mas, por causa dos escolhidos, tais dias serão abreviados.

23Então, se alguém vos disser: Eis aqui o Cristo! Ou: Ei-lo ali! Não acrediteis;

24porque surgirão falsos cristos e falsos profetas operando grandes sinais e prodígios para enganar, se possível, os próprios eleitos.

25Vede que vo-lo tenho predito.

26Portanto, se vos disserem: Eis que ele está no deserto!, não saiais. Ou: Ei-lo no interior da casa!, não acrediteis.

27Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até no ocidente, assim há de ser a vinda do Filho do Homem.

28Onde estiver o cadáver, aí se ajuntarão os abutres.

O sermão continua. A vinda do Filho do Homem

29Logo em seguida à tribulação daqueles dias, o sol escurecerá, a lua não dará a sua claridade, as estrelas cairão do firmamento, e os poderes dos céus serão abalados.

30Então, aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem; todos os povos da terra se lamentarão e verão o Filho do Homem vindo sobre as nuvens do céu, com poder e muita glória.

31E ele enviará os seus anjos, com grande clangor de trombeta, os quais reunirão os seus escolhidos, dos quatro ventos, de uma a outra extremidade dos céus.

32¶ Aprendei, pois, a parábola da figueira: quando já os seus ramos se renovam e as folhas brotam, sabeis que está próximo o verão.

33Assim também vós: quando virdes todas estas coisas, sabei que está próximo, às portas.

34Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que tudo isto aconteça.

35Passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão.

O sermão continua. Exortação à vigilância

36Mas a respeito daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, senão o Pai.

37Pois assim como foi nos dias de Noé, também será a vinda do Filho do Homem.

38Porquanto, assim como nos dias anteriores ao dilúvio comiam e bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca,

39e não o perceberam, senão quando veio o dilúvio e os levou a todos, assim será também a vinda do Filho do Homem.

40Então, dois estarão no campo, um será tomado, e deixado o outro;

41duas estarão trabalhando num moinho, uma será tomada, e deixada a outra.

42Portanto, vigiai, porque não sabeis em que dia vem o vosso Senhor.

43Mas considerai isto: se o pai de família soubesse a que hora viria o ladrão, vigiaria e não deixaria que fosse arrombada a sua casa.

44Por isso, ficai também vós apercebidos; porque, à hora em que não cuidais, o Filho do Homem virá.

O sermão continua. A parábola dos dois servos

45Quem é, pois, o servo fiel e prudente, a quem o senhor confiou os seus conservos para dar-lhes o sustento a seu tempo?

46Bem-aventurado aquele servo a quem seu senhor, quando vier, achar fazendo assim.

47Em verdade vos digo que lhe confiará todos os seus bens.

48Mas, se aquele servo, sendo mau, disser consigo mesmo: Meu senhor demora-se,

49e passar a espancar os seus companheiros e a comer e beber com ébrios,

50virá o senhor daquele servo em dia em que não o espera e em hora que não sabe

51e castigá-lo-á, lançando-lhe a sorte com os hipócritas; ali haverá choro e ranger de dentes.

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