3º Trimestre de 2011
Data: 11 de Setembro de 2011
TEXTO ÁUREO
“E Deus os abençoou e Deus lhes disse: Frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra” (Gn 1.28).
VERDADE PRÁTICA
Deus nos criou como seres sociais e instrui-nos a produzir uma cultura que reflita os princípios espirituais e morais de sua Palavra.
LEITURA DIÁRIA
Segunda – Gn 2.4-9
A divina criação da cultura
Terça – Gn 1.28-31
A formação cultural do homem
Quarta – Rm 8.20,22
O efeito da Queda sobre a cultura
Quinta – Mt 5.16-18
A transformação cultural pela Igreja
Sexta – Dn 1.17-21
Daniel e os seus três amigos na cultura babilônica
Sábado – At 17.15-34
O apóstolo Paulo e a cultura grega
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Gênesis 1.26-30.
26 – E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo réptil que se move sobre a terra.
27 – E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou.
28 – E Deus os abençoou e Deus lhes disse: Frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra.
29 – E disse Deus: Eis que vos tenho dado toda erva que dá semente e que está sobre a face de toda a terra e toda árvore em que há fruto de árvore que dá semente; ser-vos-ão para mantimento.
30 – E a todo animal da terra, e a toda ave dos céus, e a todo réptil da terra, em que há alma vivente, toda a erva verde lhes será para mantimento. E assim foi.
INTERAÇÃO
Estudaremos na lição de hoje acerca da influência cultural da Igreja. O texto da Leitura Bíblica em Classe mostra que Deus nos criou como seres sociais que produzem cultura. A cultura é conhecida e propagada por intermédio das crenças, hábitos, comportamentos e valores de um povo. Como servos de Deus, vivemos em sociedade e fazemos parte de uma cultura. Todavia temos a mente de Cristo (1 Co 2.16), e devemos exercer influência sobre a cultura transformando-a segundo os valores do Evangelho de Cristo.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Diferençar a cultura antes e depois da Queda.
Conhecer os exemplos bíblicos de relacionamento cultural.
Compreender que Igreja deve influenciar culturalmente a sociedade.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, sugerimos para a aula de hoje um debate. Escreva as questões abaixo no quadro-de-giz. Depois, peça que os alunos formem três grupos. Cada grupo deverá ficar com uma das questões. Para a conclusão, todos deverão se reunir formando um único grupo. Um representante de cada grupo deverá expor as ideias do grupo para todos. Sugerimos as seguintes questões para discussão:
1. Sua igreja local já desenvolveu alguma atividade cultural? Se não, o que a impede?
2. O tópico III aborda a necessidade do despertamento cultural da Igreja. Você concorda com essa ideia? Se positivo, o que pode ser feito a respeito?
3. A sua igreja deveria fazer algo para transformar e embelezar a cultura local? Em caso afirmativo, de que maneira isto é possível?
COMENTÁRIO
introdução
Palavra Chave
Cultura: “Produções sociais e costumes das sociedades humanas”.
Estudaremos, neste domingo, a influência cultural da Igreja de Cristo. Antes, porém, observaremos que a cultura, apesar de fazer parte da criação divina, foi contaminada pela Queda de nossos primeiros pais. Por essa razão, os filhos do Reino devem examinar o seu ambiente cultural com base na Bíblia Sagrada. Há relatos de homens e mulheres piedosos que influenciaram a cultura dos seus dias, transformando-a pela eficácia da Palavra de Deus. É da vontade do Pai que a Igreja de Cristo influencie e transforme a cultura que a cerca, apresentando-se como sal da terra e luz do mundo.
I. A CULTURA ANTES E APÓS A QUEDA
1. A natureza da cultura humana. Derivada do latim, a palavra “cultura” refere-se às produções sociais e aos costumes das sociedades humanas. A cultura de um povo manifesta-se através de seus hábitos, comportamentos, artes, crenças e valores. Criado por Deus, o ser humano foi por Ele dotado de extraordinária capacidade para administrar este mundo (Gn 1.28-30). Por conseguinte, a capacidade de criar e desenvolver uma cultura é dom divino. Por isso, nossa cultura pode e deve refletir o amor, a bondade e a verdade do Pai Celeste. Todavia, por causa do pecado, a produção cultural do ser humano acha-se comprometida pelo mal (Gn 3.5-10,17-19). Por isso, devemos submetê-la ao crivo das Sagradas Escrituras.
2. A cultura como beleza da criação. O Pai Eterno impregnou-nos com a sua imagem e semelhança (Gn 1.26), tornando-nos capazes de pensar, criar e comunicar-nos uns com os outros e com Ele próprio. Tudo o que fazemos tem um caráter social, seja cuidando da terra, seja zelando pelos animais ou administrando nossa família (Gn 1.28,29). Enfim, sempre que nos pomos a servir ao próximo, obedecemos aos mandamentos de Deus através de nosso fazer cultural (comissão cultural). Assim, glorificamos ao Senhor (Lc 6.9).
3. A Queda manchou a cultura humana. A Bíblia afirma que o pecado subjugou a humanidade, comprometendo toda a criação de Deus. Por isso, a criatura geme e espera por sua redenção (Rm 8.19-23). Logo, nenhuma produção cultural é perfeita, porque somos imperfeitos por natureza. E uma das coisas mais danosas que podemos fazer da cultura é adorar a criatura em lugar do Criador (Rm 1.18-25).
SINOPSE DO TÓPICO (I)
A capacidade de criar e desenvolver cultura é um dom divino.
II. EXEMPLOS BÍBLICOS DE RELACIONAMENTO CULTURAL
1. Daniel discerne a cultura babilônica. O Império de Babilônia era singular em belezas artísticas, arquitetônicas, literárias e científicas. Indaga retoricamente o rei Nabucodonosor: “Não é esta a grande Babilônia que eu edifiquei para a casa real?” (Dn 4.30). Nesse contexto cultural, achava-se Daniel. Dotado de uma fé consistente e de um profundo conhecimento da lei divina, o jovem hebreu soube como discernir os prós e os contras da cultura babilônica. Ele examinava tudo e retinha o bem, conforme aconselha-nos Paulo (Dn 1.4; cf. 2.48,49; 1 Ts 5.21).
Quando os valores de sua fé eram desafiados, Daniel não transigia nem negociava com os seus princípios espirituais, morais e éticos (Dn 1.8; 6.6-10). Através de uma postura tão firme e corajosa, fez sobressair sua fé no Deus Único e Verdadeiro. É assim que devemos agir e reagir, como o povo de Deus, em relação ao contexto cultural no qual estamos inseridos.
2. Paulo, Barnabé e a transformação cultural em Listra. Na província romana da Galácia, havia uma cidade chamada Listra. O templo de Júpiter e de Mercúrio ocupava o centro da cidade, cujos habitantes, de ascendência cultural grega, acreditavam na humanização desses deuses. Segundo o poeta romano, Ovídio, Júpiter e Mercúrio desceram, certa vez, à Terra, disfarçados de viajantes. Recebidos por Filemon e sua esposa, Baucis, deram ao casal, como premiação pela acolhida, a incumbência de lhes guardar o templo em Listra.
Tal crença ajuda-nos a entender melhor o capítulo 14 de Atos. A passagem narra a chegada de Paulo a Listra, onde curou um paralítico de nascença. Diante do milagre, os habitantes de Listra foram induzidos a pensar que os deuses achavam-se novamente entre eles. Por isso, chamaram a Barnabé de Júpiter e a Paulo de Mercúrio. Tal fato denota a idolatria que dominava a cultura greco-romana. Todavia, Paulo e Barnabé trataram de corrigir o engano. Assim, contrapuseram o Evangelho de Cristo à cultura pagã de Listra. E ali mesmo, estabeleceram uma igreja (At 14.21,22). Com Paulo e Barnabé, aprendemos o quanto devemos levar a sério a transformação cultural da sociedade por meio da prática da Palavra de Deus (cf. At 17.15-34).
SINOPSE DO TÓPICO (II)
Aprendemos com Daniel, Paulo e Barnabé que devemos levar a sério a transformação cultural da sociedade.
III. EVANGELHO, IGREJA E CULTURA
1. Evangelho e cultura. Nascido judeu, Jesus foi educado na lei de Moisés, participou das festas anuais em Jerusalém, frequentou as sinagogas e, como ensinador, mostrou ao povo a singularidade da mensagem evangélica. Ele participou ativamente da história e da cultura judaica (Jo 1.14; Gl 4.4). E foi entre homens comuns que o meigo nazareno anunciou a mensagem de amor e de salvação (Mt 11.19). Tudo, dentro de um contexto cultural.
2. Igreja e cultura. A Igreja Primitiva deparou-se com várias questões de caráter cultural. Haja vista o concílio de Jerusalém (At 15). A relação entre os cristãos judeus e gentios era delicada e demandava muita diplomacia e tato por parte dos apóstolos, para que não houvesse conflitos entre ambos os grupos (Rm 2.12-16; 14.5-9). A cultura jamais deve ser motivo de divisões no seio da igreja. E uma vez que estamos inseridos num ambiente cultural, não podemos isolar-nos deste, mas utilizá-lo para comunicar a mensagem do Evangelho.
3. O despertamento cultural da Igreja. Assim como Daniel, Paulo e Jesus de Nazaré, a Igreja tem o dever de propor uma contracultura para esta sociedade. A mídia impõe sobre nós uma carga cultural completamente oposta aos valores do Evangelho. E o que a Igreja tem feito? Não há dúvida de que o Senhor deseja usar cada crente para levar a Palavra de Deus a um mundo que jaz no maligno. Esta é a nossa missão.
SINOPSE DO TÓPICO (III)
Assim como Daniel, Paulo e Jesus de Nazaré, a Igreja deve propor uma contracultura para esta sociedade.
CONCLUSÃO
Se trabalhada de acordo com a Palavra de Deus, a cultura faz-se bela, verdadeira e útil. Ciente dessa verdade, a Igreja de Cristo não pode ficar impassível. Transformemos, pois, nossa cultura com a mensagem do Evangelho, pois, como prometeu o próprio Cristo, “as portas do inferno não prevalecerão contra [a Igreja]” (Mt 16.18).
VOCABULÁRIO
Contracultura: Valores opostos à cultura predominante.
Diplomacia: Arte de negociar, delicadeza, finura.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
COLSON; C.; PEARCEY, N. E Agora Como Viveremos? 2.ed., RJ: CPAD, 2000.
PALMER, M. D. (Org). Panorama do Pensamento Cristão. 1.ed., RJ: CPAD, 2001.
PEARCEY, N. Verdade Absoluta: Libertando o Cristianismo de seu cativeiro cultural. 1.ed., RJ: CPAD, 2006.
EXERCÍCIOS
1. O que é cultura?
R. Produções sociais e os costumes das sociedades.
2. Por que nenhuma cultura é perfeita?
R. Porque somos imperfeitos por natureza.
3. O que podemos aprender com o fato ocorrido com Paulo e Barnabé em Listra?
R. Devemos levar a sério a transformação cultural da sociedade por meio da prática da Palavra de Deus.
4. Cite uma questão cultural que a Igreja Primitiva enfrentou.
R. O concílio de Jerusalém (At 15).
5. A exemplo de Daniel, Paulo e Jesus, o que a Igreja deve propor à sociedade?
R. A Igreja tem o dever de propor uma contracultura à sociedade.