Lição 5: A conquista de Jericó

1º Trimestre de 2009

 

Data: 01 de Fevereiro de 2009

TEXTO ÁUREO

“Pela fé, caíram os muros de Jericó, sendo rodeados durante sete dias” (Hb 11.30).

VERDADE PRÁTICA

Fé em Deus e obediência aos seus desígnios são virtudes imprescindíveis àqueles que desejam superar todos os obstáculos da vida espiritual.

LEITURA DIÁRIA

Segunda – Js 6.1-5

A estratégia divina para a operação milagrosa

Terça – Js 6.6-14

Josué orienta seus liderados para a batalha

Quarta – Hb 11.30

O milagre da queda dos muros deu-se mediante a fé

Quinta – Js 6.22-25

Raabe é salva com sua família

Sexta – 2 Co 10.4-6

As armas cristãs não são carnais

Sábado – Ef 6.10-18

As armas divinas triunfam sobre os inimigos

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Josué 6.1-5,15,16,20.

1 – Ora, Jericó cerrou-se e estava cerrada por causa dos filhos de Israel: nenhum saía nem entrava.

2 – Então, disse o SENHOR a Josué: Olha, tenho dado na tua mão a Jericó, e ao seu rei, e aos seus valentes e valorosos.

3 – Vós, pois, todos os homens de guerra, rodeareis a cidade, cercando a cidade uma vez; assim fareis por seis dias.

4 – E sete sacerdotes levarão sete buzinas de chifre de carneiro diante da arca, e no sétimo dia rodeareis a cidade sete vezes; e os sacerdotes tocarão as buzinas.

5 – E será que, tocando-se longamente a buzina de chifre de carneiro, ouvindo vós o sonido da buzina, todo o povo gritará com grande grita; e o muro da cidade cairá abaixo, e o povo subirá nele, cada qual em frente de si.

15 – E sucedeu que, ao sétimo dia, madrugaram ao subir da alva e da mesma maneira rodearam a cidade sete vezes; naquele dia somente, rodearam a cidade sete vezes.

16 – E sucedeu que, tocando os sacerdotes a sétima vez as buzinas, disse Josué ao povo: Gritai, porque o SENHOR vos tem dado a cidade!

20 – Gritou, pois, o povo, tocando os sacerdotes as buzinas; e sucedeu que, ouvindo o povo o sonido da buzina, gritou o povo com grande grita; e o muro caiu abaixo, e o povo subiu à cidade, cada qual em frente de si, e tomaram a cidade.

INTERAÇÃO

Nesta lição estudaremos “A Conquista de Jericó”. Todavia, o tema que domina todo o conteúdo é “O Triunfo da Fé” (Hb 11.30). O pastor e teólogo Sidlow Baxter afirma que a queda de Jericó apresenta “os princípios em que a fé opera, luta e aguarda”. Portanto, professor(a), enfatize aos alunos que na história de Js 6, a fé triunfou diante das poderosas muralhas de Jericó (v.1). Se Deus concedeu a vitória aos servos obedientes do passado, também dará aos filhos submissos do presente. Fé e obediência são requisitos indispensáveis para a destruição das fortalezas do Inimigo (1 Co 3.9; 2 Co 10.4). Boa aula!

OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

Viver no cotidiano a fé bíblica.
Descrever os fatos da conquista de Jericó.
Relacionar a submissão à fé.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Professor(a) pergunte aos seus alunos se existem evidências arqueológicas da destruição de Jericó. Informe-os que a cidade datava de aproximadamente 7500 a.C, sendo uma das mais antigas do mundo. De acordo com dois arqueólogos, John Garstang e Bryant Wood, a data da queda de Jericó pode ser fixada em cerca de 1400 a.C. (o fim do período da Idade do Bronze Antigo I). A fixação desta data harmoniza-se perfeitamente com o registro da Bíblia que afirma: a fortificação da cidade (6.1), a destruição pelo fogo (6.24), a conquista no tempo da colheita, na primavera (6.20), e a cidade abandonada depois da conquista (6.26). Com inúmeras evidências B. Wood, provou que as descobertas arqueológicas da cidade de Jericó confirmam o relato e a cronologia bíblica.

COMENTÁRIO

introdução

Palavra Chave

Conquistar: Vencer ou subjugar pela força.

Jericó, uma das mais formidáveis cidades do mundo antigo, tornara-se o maior obstáculo para Israel desde sua saída do Egito. Era uma cidade-fortaleza. Suas altas e fortes muralhas a tornavam, praticamente, indestrutível. Os habitantes daquela cidade tinham uma sensação de segurança que ninguém jamais poderia sentir em outro lugar. Apesar de parecer invencível, Deus a entregou a Josué: “Olha, tenho dado na tua mão a Jericó” (Js 6.2). Não há nada, nem ninguém que consiga resistir ao poder e à soberania de Deus quando Ele decide agir em favor dos seus servos.

I – JOSUÉ PREPARA O POVO PARA A CONQUISTA (Js 6.1-5)

1. Josué submisso ao comando de Deus (Js 5.13,14). Antes de avançar sobre Jericó, Josué viu um homem que se apresentou como príncipe do exército do Senhor, e “tinha na mão uma espada nua”, pronta para ação. O grande líder de Israel logo compreendeu que aquele varão era o seu comandante celestial, isto é, o próprio Jeová estava à frente da batalha para garantir-lhes a vitória.

Assim como Deus manifestara-se a Moisés no Monte Horebe, na forma de uma “sarça ardente”, dando-lhe o plano de libertação de Israel do Egito (Êx 3.1-12), também se revelou a Josué na aparência de um príncipe, revelando-lhe a devida estratégia para a conquista de Jericó.

O autêntico líder cristão permite que o Espírito Santo o lidere. Embora Josué fosse o comandante escolhido por Deus para conduzir Israel à conquista de Canaã, em nenhum momento exaltou-se. Ao contrário, submeteu-se plenamente à liderança divina: “Que diz meu Senhor ao seu servo?” (Js 5.14).

2. O Senhor dá as instruções para a conquista (Js 6.3). Não há no relato bíblico nenhum indício de que Josué tenha sido presunçoso, desejando assumir o comando à parte de Deus. Ele sempre preferiu obedecer e seguir cuidadosamente todas as instruções do Eterno. Pela lógica humana, a estratégia divina para a tomada de Jericó era bastante absurda, pois a vitória viria por rodearem a cidade por sete dias e, no último, depois de sete voltas ao redor da cidade, apenas emitirem um forte grito (Js 6.20,21). Todavia, Josué confiou integralmente no Senhor dos Exércitos.

3. O Senhor também testa a obediência do povo (Js 6.3,4). Josué e o povo obedeceram à ordem divina em todos os detalhes. Todo o Israel deveria marchar ao redor dos muros da cidade apenas uma vez durante seis dias consecutivos. No sétimo, deveriam esforçar-se muito mais, pois a marcha seria repetida sete vezes. Naquele estranho desfile iriam à frente os sacerdotes que conduziam a Arca da Aliança e os que tocavam as buzinas. E o povo seguia-os, expostos à curiosidade e à zombaria dos habitantes de Jericó, fechados dentro da fortaleza. Conforme a ordem divina, todos deveriam marchar em total silêncio. Era uma prova de fé e paciência (Hb 11.30). Todavia, a confiança nas promessas do Senhor e a certeza de que Jeová era um Deus de milagres, faziam com que Israel não desanimasse. A cidade teria de ser tomada por fé e obediência à Palavra de Deus. A vitória que vence o mundo é a nossa fé (1 Jo 5.4,19).

SINOPSE DO TÓPICO (I)

Josué, quando preparava o povo para a conquista, encontrou-se com Jeová, que se manifestara como “príncipe do exército do Senhor”.

II – JOSUÉ COMANDA A CONQUISTA DE JERICÓ

1. Jericó, uma cidade-fortaleza (Js 6.1). Jericó era uma cidade extensa, cercada de muros colossais, considerada invicta. Seus muros tinham cerca de nove metros de altura e seis de espessura. Humanamente falando não havia a menor chance de alguém invadi-la. Os moradores de Jericó acreditavam que eram protegidos pelos deuses cananeus. Quando Israel começou a marchar ao redor dos muros da cidade, nos primeiros dias, talvez muitos tenham zombado daquela atitude muito estranha. Deus estava pronto para agir, pois, a medida do pecado daqueles ímpios estava completada (Gn 15.16). O Senhor estava prestes a derramar seu justo juízo!

Aqueles maciços muros de pedra jamais impediriam a ação do poder de Deus, que abriu o Mar Vermelho e o rio Jordão para seu povo passar a salvo. Todos os fenômenos naturais estão sob o controle do Altíssimo. Ele é quem faz, desfaz, e nada pode contê-lo ou resistir-lhe.

2. Deus entrega Jericó nas mãos de Josué (Js 6.2). O Senhor dissera a Josué: “Olha, tenho dado na tua mão a Jericó”. É a certeza de que Deus realmente estava com ele e que iria operar um grande milagre no meio do povo. Deus continua a fazer a mesma coisa hoje se o pastor, líder, dirigente, chefe, enfim o responsável, colocar-se integralmente submisso nas mãos do Senhor como fez Josué.

A garantia de que mais uma vez o Senhor faria proezas pelo seu povo, dava a Josué ousadia e coragem para fazer tudo quanto Deus lhe havia ordenado.

3. A Arca era o sinal da presença e direção divina (Js 6.4). A Arca da Aliança autenticava aquele empreendimento santo. Enquanto os sacerdotes transportavam a arca sobre os ombros, os levitas tocavam as buzinas; um sinal legítimo da presença de Deus que lembrava a Israel que a vitória vinha do Senhor. A arca à frente dos israelitas, que marchavam de forma cadenciada, indicava a presença do Eterno abrindo caminho para Israel, por meio de Josué, como foi com Moisés.

SINOPSE DO TÓPICO (II)

Jericó era uma cidade-fortaleza, cercada de muros colossais e considerada invicta pelos cananeus.

III – A QUEDA DE JERICÓ

1. A queda do muro e a tomada da cidade (Js 6.20,21). Josué conduziu o povo durante seis dias consecutivos em total silêncio. No sétimo dia, o povo marchou sete vezes ao redor de Jericó, e na última vez ao ouvirem o sonido das trombetas, todos, em uma só voz, gritaram com alarido e Deus cumpriu a sua Palavra.

Israel foi direcionado a fazer a sua parte como Deus determinou. Todos deveriam participar. Haveria um momento para gritar e outro para correr. Desse modo Jericó seria dada àqueles que obedecem a Deus com atenção.

Como o Senhor havia prometido, a ação poderosa de Deus sobre os fundamentos da cidade deslocou as pedras da grande muralha, até que tudo veio abaixo (Js 6.20,21). Isso não aconteceu de forma natural! Foi o cumprimento da promessa divina, conforme Deuteronômio 20.4: “pois o SENHOR, vosso Deus, é o que vai convosco, a pelejar contra os vossos inimigos, para salvar-vos”.

2. O povo toma posse da cidade (Js 6.20). O povo de Deus movido por genuína fé, adentra pela cidade com coragem e ousadia. A ordem do Senhor era que tudo fosse destruído e queimado, porque tudo o que ali havia era anátema perante o Senhor (Js 6.17,18; 7.1). Somente a prata, o ouro e os vasos de metal e ferro deveriam ser reservados para o tesouro da Casa do Senhor.

3. Josué ordena o resgate de Raabe e sua família (Js 6.17,25). “Assim, deu Josué vida à prostituta Raabe, e à família de seu pai, e a tudo quanto tinha”. Esta mulher pagã, mas que creu no Senhor, tornou-se um tipo do crente. Ela deu ouvidos à advertência, acreditou na promessa, evangelizou e tornou-se membro da “grande nuvem de testemunhas” (Hb 12.31). Raabe tornou-se uma pessoa muito especial, porque, depois de ter constituído um piedoso lar com Salmom, e ter gerado a Boaz (Rt 4.21), bisavô de Davi, passou a integrar a genealogia de Davi e de Jesus (Mt 1.5,6).

SINOPSE DO TÓPICO (III)

Josué e o povo obedeceram irrestritamente a Deus, contornando a cidade de Jericó várias vezes até o momento de os muros ruírem e a fortaleza ser conquistada.

CONCLUSÃO

Jericó e sua impiedade representam as forças do mal. A Bíblia afirma que o Senhor tem dado à sua Igreja armas poderosas para destruir as fortalezas (2 Co 10.4). A Igreja de Cristo, a exemplo de Israel, está cercada de inimigos, mas todos eles perderão a batalha se soubermos usar nossas armas espirituais (Ef 6.10-13).

VOCABULÁRIO

Cadenciado: Pausado; em ritmo pausado.

Intransponível: Que não se pode ultrapassar.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

MERRILL, E. H. História de Israel no Antigo Testamento. RJ: CPAD, 2001.

PFEIFFER, C. F (et al). Dicionário bíblico Wycliffe. RJ: CPAD, 2006.

EXERCÍCIOS

1. Qual a identidade do “príncipe do exército do Senhor”?

R. O próprio Jeová.

2. Descreva os muros da cidade de Jericó.

R. Eram colossais.

3. Cite o texto bíblico no qual Deus garante vitória a Josué.

R. Js 6.2.

4. Você crê que a queda dos muros foi um ato milagroso? Justifique.

R. Resposta pessoal.

5. O que você aprendeu nesta lição para a sua vida prática?

R. Resposta pessoal.

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