Logo pela manhã, entraram em conselho os principais sacerdotes com os anciãos, os escribas e todo o Sinédrio; e, amarrando a Jesus, levaram-No e O entregaram a Pilatos. Marcos 15:1
Era a hora terceira (nove horas da manhã) quando O crucificaram. Marcos 15:25
Chegada a hora sexta (meio-dia), houve trevas sobre toda a terra até a hora nona (três horas da tarde). À hora nona (três horas da tarde), clamou Jesus em alta voz: Eloí, Eloí, lamá sabactâni? Que quer dizer: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? Marcos 15:33, 34.
Mas Jesus, dando um grande brado, expirou. Marcos 15:37.
Ao cair da tarde, por ser o dia da preparação, isto é, a véspera do sábado, vindo José de Arimatéia, ilustre membro do Sinédrio, que também esperava o reino de Deus, dirigiu-se resolutamente a Pilatos e pediu o corpo de Jesus. Marcos 15:42, 43.
Passado o sábado, Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago, e Salomé, compraram aromas para irem embalsamá-Lo. E, muito cedo, no primeiro dia da semana, ao despontar do sol, foram ao túmulo. Marcos 16:1, 2.
Lendo-se todo o capítulo 15 de Marcos e os primeiros versos do capítulo 16, podemos observar que Marcos narra uma sequência de fatos que ocorreram durante um dia inteiro e dá continuidade até o dia seguinte. Observe as expressões:
“Logo pela manhã”; “Era a hora terceira”; “Chegada a hora sexta, houve trevas sobre toda a terra até a hora nona”; “Ao cair da tarde, por ser o dia da preparação, isto é, a véspera do sábado”; “Passado o sábado”; “E, muito cedo, no primeiro dia da semana, ao despontar do sol”.
Não resta dúvida de que se trata de uma manhã de sexta-feira (preparação) em que Cristo fôra crucificado à hora terceira (nove horas da manhã) e morto à hora nona (três horas da tarde). Note que, ao passar o sábado, a ação das mulheres (compraram) na parte escura do primeiro dia da semana tem continuidade com a ação do verbo (foram) na parte clara do primeiro dia da semana. Essa conexão de ideia é estabelecida pela conjunção aditiva “e” (do Gr. Kai) que dá força de continuidade à frase anterior. Veja:
“Passado o sábado, Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago, e Salomé, compraram aromas para irem embalsamá-lo. E, muito cedo, no primeiro dia da semana, ao despontar do sol, foram ao túmulo. Marcos 16:1, 2.”
Mesmo diante da clareza dessa sequencia: “Preparação (sexta-feira), sábado e primeiro dia da semana”, relatada por Marcos, um grupo religioso teima em insistir que os termos “preparação” e “sábado” que aparecem nas Escrituras durante a paixão de Cristo, não se referem à sexta-feira e ao sábado semanal, respectivamente, mas que o dia da preparação se refere a uma quarta-feira, e o sábado, a um sábado cerimonial, que caiu numa quinta-feira.
Essa heresia surgiu de uma compreensão errônea de Mateus 12:40, cujo texto é usado como base ao seu desatino. Ei-lo:
“Porque assim como esteve Jonas três dias e três noites no ventre do grande peixe, assim o Filho do Homem estará três dias e três noites no coração da terra. Mateus 12:40.”
Argumentam que as palavras de Cristo deveriam cumprir-se literalmente para que fosse provado ser Ele o Messias prometido, ou seja, de acordo com sua compreensão, Cristo deveria passar 72 horas na sepultura, nem um segundo a mais nem um segundo a menos, isto é, cada um dos três dias deveriam ter 24 horas completas. Caso não fosse assim, Cristo não teria provado ser o Messias. E, por entenderem que cada dia é composto por exatas 24 horas, afirmam, então, que Cristo não poderia ter ressuscitado no primeiro dia da semana mas numa tardinha de sábado, antes do pôr do sol. Assim, arbitrariamente, sem comprovação de um cálculo matemático-científico, sem respaldo histórico e, o que é mais importante, sem comprovação bíblica, ensina que Cristo morreu numa tarde de quarta-feira (preparação) que antecede o sábado cerimonial (páscoa) que caiu numa quinta-feira, culminando, assim, com a ressurreição de Cristo numa tarde de sábado (semanal), perfazendo nesse período, de uma tarde de quarta-feira (morte de Cristo) a uma tarde de sábado (ressurreição de Cristo), uma contagem exata de 72 horas.
Querem fazer com que a expressão “três dias e três noites” signifique dias de 24 horas cada. Não citam sequer uma passagem bíblica que comprove tal significado. Tudo foi feito com base num raciocínio lógico: Um dia é composto de uma parte escura e de uma parte clara. Conclusão: Três dias e três noites referem-se a três dias de 24 horas cada! Esse foi o erro: Usar a lógica para interpretar a Bíblia! Tal raciocínio está em flagrante contradição com as Escrituras. É óbvio que um dia de 24 horas é composto de uma parte escura e de uma parte clara, tanto no calendário romano como no do judaico, sendo que o dia, em ambos os calendários, iniciam em momentos diferentes, ou seja, o do romano, de meia noie a meia noite; e o do judaico, de um pôr do sol a pôr do sol. Observe:
“Sábado de descanso solene vos será; então, afligireis a vossa alma; aos nove do mês, de uma tarde a outra tarde, celebrareis o vosso sábado.” Levítico 23:32.
Está claro! De uma tarde a outra tarde; esse é o período de 24 horas exatas! É isso que a Bíblia ensina. Jesus estava Se referindo aos acontecimentos e não a um período exato de tempo!
Jonas não ficou 72 horas no ventre do grande peixe. “Três dias e três noites” é uma expressão equivalente a “três dias”, mas não três dias de 24 horas exatas cada um. Os judeus tinham duas maneiras de contar os dias: de pôr do sol a pôr do sol (dias do calendário) e a contagem inclusiva.
O que é a contagem inclusiva?
A contagem inclusiva era marcada por um acontecimento no decorrer de um dia, seja na parte clara ou escura, e mesmo que dele só restassem algumas horas. O dia imediato era o segundo. Portanto, as primeiras ou as últimas horas de um dia já era contado como sendo de um dia. Na contagem de dois ou mais de dois dias, o primeiro e o último dia geralmente eram dias incompletos. Esse modo antigo de computar o tempo não difere muito do nosso modo atual, mesmo tendo um tempo mais preciso na divisão das horas. Pois, para facilidade de cálculo, cotidianamente costumamos ignorar a exatidão do tempo. Vejamos um exemplo:
Numa segunda-feira à tarde, um amigo diz pra você: “Daqui a três dias passarei em sua casa”. De acordo com seu cálculo, que dia da semana você irá recebê-lo em sua casa? Você, com certeza, contou: Terça, quarta, quinta-feira. Sim, você o receberá na quinta-feira. E você o recebe na manhã de quinta-feira. Você utilizou o sistema de contagem exclusiva, pois excluiu a segunda-feira em que ele falou com você. Se você observar, de terça a quinta não há um dia de 24 horas cada, pois ele chegou em sua casa na quinta de manhã. Mas a quinta-feira foi contada como terceiro dia, pois o que importa não é a exatidão do tempo mas o acontecimento, o fato dele ter ido em sua casa.
Na antiguidade, o sistema de contagem do tempo era inclusivo. Vamos reproduzir a mesma situação nos tempos de Cristo:
Se numa segunda-feira à tarde um judeu diz para o outro: “Daqui a três dias passarei em sua casa”. De acordo com o modo de contar o tempo da época, ele receberia o amigo na quarta-feira, pois ele calcularia assim: Segunda, terça, quarta-feira. Mesmo que restasse uma hora ou fração de hora para o pôr do sol de segunda-feira. Ele utilizou o sistema de contagem inclusiva.
Vejamos alguns exemplos de contagem inclusiva nas Escrituras:
“Disse também o SENHOR a Moisés: Vai ao povo e purifica-o hoje e amanhã. Lavem eles as suas vestes e estejam prontos para o terceiro dia; porque no terceiro dia o SENHOR, à vista de todo o povo, descerá sobre o monte Sinai. Moisés, tendo descido do monte ao povo, consagrou o povo; e lavaram as suas vestes”. Êxodo 19:10, 11, 14.
Observe: Hoje (primeiro dia); amanhã (segundo dia) e, óbvio que, o depois de amanhã (é o terceiro dia, o dia em que Deus desceu sobre o monte Sinai.). Quando Deus falou com Moisés (hoje), esse dia já foi contado como o primeiro dia. Portanto, três dias mas não de 24 horas cada um, pois o primeiro era imcompleto.
Leia este texto: João 11:1-39.
Resumindo: Lázaro estava doente. Um mensageiro foi enviado a Jesus para informar que Lázaro estava enfermo. Jesus Se demorou dois dias, depois partiu em direção a Betânia. Quando chegou ficou sabendo que Lázaro já havia morrido há quatro dias.
Quando o mensageiro partiu, Lázaro estava vivo. O mensageiro gastou um dia para chegar até Jesus; Jesus demorou-Se mais dois dias; Ao iniciar viagem gastou um dia para chegar até às irmãs de Lázaro. Lázaro já havia morrido há quatro dias. Portanto, não são dias de 24 horas cada, pois Lázaro havia falecido em horário diferente da partida do mensageiro.
“Porque assim como esteve Jonas três dias e três noites no ventre do grande peixe, assim o Filho do Homem estará três dias e três noites no coração da terra.” Mateus 12:40.
Jesus referiu-Se aos fatos que iriam ocorrer com Ele durante três dias: Morte, descanso e ressurreição. E não a um período de 24 horas para cada dia!
Os discípulos de Cristo tanto entenderam o que Ele quis dizer que, referindo-se ao mesmo acontecimento, não repetiram a expressão “três dias e três noites” (citada uma única vez em Mateus 12:40) mas apenas “três dias”, como relatado nos evangelhos:
“Este disse: Posso destruir o santuário de Deus e reedificá-lo em três dias”. Mateus 26:61.
“Jesus respondeu, e disse-lhes: Derribai este templo, e em três dias o levantarei.” João 2:19.
“Nós o ouvimos declarar: Eu destruirei este santuário edificado por mãos humanas e, em três dias, construirei outro, não por mãos humanas.” Marcos 14:58.
“Disseram-lhe: Senhor, lembramo-nos de que aquele embusteiro, enquanto vivia, disse: Depois de três dias ressuscitarei.” Mateus 27:63.
“Ó tu que destróis o santuário e em três dias o reedificas! Salva-te a ti mesmo, se és Filho de Deus, e desce da cruz!” Mateus 27:40.
“Os que iam passando, blasfemavam dele, meneando a cabeça e dizendo: Ah! Tu que destróis o santuário e, em três dias, o reedificas!” Marcos 15:29.
“Então, começou ele a ensinar-lhes que era necessário que o Filho do Homem sofresse muitas coisas, fosse rejeitado pelos anciãos, pelos principais sacerdotes e pelos escribas, fosse morto e que, depois de três dias, ressuscitasse.” Marcos 8:31.
Muitos textos poderiam ser citados mas estes bastam! Deixaremos que os próprios evangelistas se encarreguem de desmantelar esse castelo de cartas criado por esse grupo religioso que tem buscado impressionar e iludir pessoas sinceras com argumentos sem fundamento e jactanciando-se como sábios e verdadeiros. Examinemos a fundo o testemunho dos evangelistas e você verá esse ensino herético desmascarado!
O Testemunho dos Evangelistas
Mateus
Estavam ali muitas mulheres, observando de longe; eram as que vinham seguindo a Jesus desde a Galiléia, para o servirem; entre elas estavam Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago e de José, e a mulher de Zebedeu. Caindo a tarde, veio um homem rico de Arimatéia, chamado José, que era também discípulo de Jesus. Este foi ter com Pilatos e lhe pediu o corpo de Jesus. Então, Pilatos mandou que lho fosse entregue. E José, tomando o corpo, envolveu-o num pano limpo de linho e o depositou no seu túmulo novo, que fizera abrir na rocha; e, rolando uma grande pedra para a entrada do sepulcro, se retirou. Achavam-se ali, sentadas em frente da sepultura, Maria Madalena e a outra Maria. Mateus 27:55-61.
No findar do sábado, ao entrar o primeiro dia da semana, Maria Madalena e a outra Maria foram ver o sepulcro. Mateus 28:1.
Marcos
Estavam também ali algumas mulheres, observando de longe; entre elas, Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago, o menor, e de José, e Salomé; as quais, quando Jesus estava na Galiléia, O acompanhavam e serviam; e, além destas, muitas outras que haviam subido com Ele para Jerusalém. Ao cair da tarde, por ser o dia da preparação, isto é, a véspera do sábado, vindo José de Arimatéia, ilustre membro do Sinédrio, que também esperava o reino de Deus, dirigiu-se resolutamente a Pilatos e pediu o corpo de Jesus. Mas Pilatos admirou-se de que Ele já tivesse morrido. E, tendo chamado o centurião, perguntou-lhe se havia muito que morrera. Após certificar-se, pela informação do comandante, cedeu o corpo a José. Este, baixando o corpo da cruz, envolveu-o em um lençol que comprara e o depositou em um túmulo que tinha sido aberto numa rocha; e rolou uma pedra para a entrada do túmulo. Ora, Maria Madalena e Maria, mãe de José, observaram onde ele foi posto. Marcos 15:40-47.
Passado o sábado, Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago, e Salomé, compraram aromas para irem embalsamá-lo. E, muito cedo, no primeiro dia da semana, ao despontar do sol, foram ao túmulo. Marcos 16:1, 2.
Lucas
Entretanto, todos os conhecidos de Jesus e as mulheres que O tinham seguido desde a Galiléia permaneceram a contemplar de longe estas coisas. E eis que certo homem, chamado José, membro do Sinédrio, homem bom e justo (que não tinha concordado com o desígnio e ação dos outros), natural de Arimatéia, cidade dos judeus, e que esperava o reino de Deus, tendo procurado a Pilatos, pediu-lhe o corpo de Jesus, e, tirando-o do madeiro, envolveu-o num lençol de linho, e o depositou num túmulo aberto em rocha, onde ainda ninguém havia sido sepultado. Era o dia da preparação, e começava o sábado. As mulheres que tinham vindo da Galiléia com Jesus, seguindo, viram o túmulo e como o corpo fora ali depositado. Então, se retiraram para preparar aromas e bálsamos. E, no sábado, descansaram, segundo o mandamento. Lucas 23:49-56.
Mas, no primeiro dia da semana, alta madrugada, foram elas ao túmulo, levando os aromas que haviam preparado. Lucas 24:1.
Enumeramos os fatos, de acordo com o relato de Mateus, Marcos e Lucas:
1°) Ao cair da tarde, no dia da preparação, que é a véspera do sábado, José de Arimateia pediu a Pilatos o corpo de Cristo, para depositá-Lo em sua sepultura cavada na rocha;
2°) Segundo Mateus e Marcos, Maria Madalena e Maria, mãe de José, viram onde o corpo de Jesus foi colocado; por alguma razão, elas não compraram os aromas antes do pôr do sol de sábado.
3°) Lucas também relata que as mulheres que tinham vindo da Galileia também viram onde o corpo de Jesus foi colocado e, naquela mesma tarde do dia da preparação, antes do sol se pôr, foram preparar aromas e bálsamos com o objetivo de embalsamar o corpo de Jesus e, quando chegou o sábado, descansaram, de acordo com o mandamento;
4°) De acordo com Marcos, quando o sol se pôs no sábado, quer dizer, na parte escura do primeiro dia da semana, Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago, e Salomé, compraram aromas com o mesmo objetivo das outras mulheres, ou seja, embalsamar o corpo de Jesus.
5°) E, no primeiro dia da semana, todas essas mulheres foram ao sepulcro onde Jesus estava.
Era costume dos judeus perfumar o morto antes de sepultá-lo. No caso de Jesus, não houve tempo para esses preparativos, pois se aproximava o sábado e, por isso, foi logo sepultado, sendo tudo feito às pressas. Esse foi o motivo pelo qual as mulheres queriam saber onde Jesus seria sepultado, pois planejavam embalsamar Seu corpo com perfumes.
A ação dessas mulheres denota pressa e urgência. Observe:
“Era o dia da preparação, e começava o sábado. As mulheres que tinham vindo da Galiléia com Jesus, seguindo, viram o túmulo e como o corpo fora ali depositado. Então, se retiraram para preparar aromas e bálsamos. E, no sábado, descansaram, segundo o mandamento.”
“Passado o sábado, Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago, e Salomé, compraram aromas para irem embalsamá-lo.”
As mulheres que vieram da Galileia, logo após o sepultamento de Cristo, correram a preparar aromas e bálsamos naquela mesma tarde, antes do pôr do sol. Depois guardaram o sábado, de acordo com o mandamento. Já Maria Madalena e as outras mulheres que estavam com ela, não tiveram tempo de preparar os aromas e bálsamos naquela mesma tarde em que Cristo fôra sepultado. Por isso, esperaram passar o sábado e logo após o pôr do sol, na parte escura do primeiro dia, compraram aromas para embalsamar Jesus. Assim, no primeiro dia da semana, os dois grupos de mulheres foram ao túmulo:
“Mas, no primeiro dia da semana, alta madrugada, foram elas ao túmulo, levando os aromas que haviam preparado”.
“E, muito cedo, no primeiro dia da semana, ao despontar do sol, foram ao túmulo”.
Essa pressa e urgência se deve ao seguinte fato: Quanto mais tempo se passasse, mais putrefeito estaria o corpo de Cristo, ou seja, mais mau cheiroso. E essa era a preocupação daquelas mulheres.
De acordo com o ensinamento desse grupo religioso, a preparação caiu numa quarta-feira, dia em que Cristo morreu e foi sepultado à tarde. Se isso fosse verdade, por que as mulheres não compraram os aromas na sexta-feira de manhã? Sendo assim, tal pressa e urgência não se justificaria aqui, pois elas poderiam ter preparado os aromas na sexta-feira de manhã, com toda tranquilidade, já que a intenção delas era levá-los no primeiro dia da semana e, óbvio, iriam se deparar com o corpo de Cristo já putrefeito (como acontece com um cadáver de três dias) e o corpo de Jesus já teria cinco dias. O cheiro seria insuportável! Salta à vista que tudo isso seria um absurdo, não teria sentido o procedimento dessas mulheres. Portanto, há aqui uma forte evidência de que Cristo morreu e foi sepultado numa sexta-feira e não numa quarta-feira!
O evangelista João deixa isso claro, em seu relato a respeito do sábado:
“Os judeus, pois, para que no sábado não ficassem os corpos na cruz, visto como era a preparação (pois era grande o dia de sábado), rogaram a Pilatos que se lhes quebrassem as pernas, e fossem tirados. João 19:31.
Observe como ele se refere: Era grande o dia de sábado! Essa declaração se deve ao fato de que o sábado cerimonial (páscoa) coincidiu cair no sábado semanal. Portanto, dois sábados num mesmo dia, por isso ele era grande!
O relato de Marcos no capítulo 15 e a urgência e pressa das mulheres como demonstrado acima são fortíssimas provas de que Cristo morrera numa sexta-feira. Mas isso é pouco para os orgulhosos e teimosos, para aqueles de má vontade e para aqueles de má fé. Mas as provas vão se tornando cada vez mais fortes à medida que o testemunho dos evangelistas contradiz aberta e cristalinamente esse ensino herético, como veremos a seguir.
Mateus
No dia seguinte, que é o dia depois da preparação, reuniram-se os principais sacerdotes e os fariseus e, dirigindo-se a Pilatos, disseram-lhe: Senhor, lembramo-nos de que aquele embusteiro, enquanto vivia, disse: Depois de três dias ressuscitarei. Ordena, pois, que o sepulcro seja guardado com segurança até ao terceiro dia, para não suceder que, vindo os discípulos, o roubem e depois digam ao povo: Ressuscitou dos mortos; e será o último embuste pior que o primeiro. Disse-lhes Pilatos: Aí tendes uma escolta; ide e guardai o sepulcro como bem vos parecer. Indo eles, montaram guarda ao sepulcro, selando a pedra e deixando ali a escolta. Mateus 27:62-66.
Mateus foi enfático ao declarar: No dia seguinte, que é o dia depois da preparação.
Segundo o entendimento desse grupo religioso, o dia seguinte seria a quinta-feira (sábado cerimonial da páscoa). Conforme o relato de Mateus, os principais sacerdotes e os fariseus solicitaram a pilatos uma escolta para guardar o sepulcro até ao teceiro dia. A escolta deveria guardar o sepulcro até ao terceiro dia que, de acordo com esse grupo religioso, seria um sábado à tarde. Portanto, ao pôr do sol de sábado, a guarda deveria ser dispensada, pois cumprira a ordem de Pilatos e havia terminado o terceiro dia. Note que a suposta tarde de sábado em que Cristo deveria ser ressuscitado ainda era dia claro:
“Era o dia da preparação, e começava o sábado. As mulheres que tinham vindo da Galiléia com Jesus, seguindo, viram o túmulo e como o corpo fora ali depositado. Então, se retiraram para preparar aromas e bálsamos. E, no sábado, descansaram, segundo o mandamento.”
Após verificarem onde o corpo de Cristo foi depositado, se retiraram para preparar aromas e bálsamos (isso aconteceu, segundo o grupo religioso, numa quatra-feira à tarde). Portanto, o dia ainda estava claro e elas puderam ir para casa preparar os aromas e bálsamos. Não há, nas Escrituras, nenhum relato de um terremoto naquela tarde de sábado e nem que a pedra do túmulo fôra removida e nem mesmo que os guardas estivessem tremendo de medo. Caso Jesus houvesse ressuscitado mesmo na tarde de sábado, os guardas não teriam se encontrado com as mulheres na madrugada do primeiro dia da semana, como veremos a seguir.
Mateus
No findar do sábado, ao entrar o primeiro dia da semana, Maria Madalena e a outra Maria foram ver o sepulcro. E eis que houve um grande terremoto; porque um anjo do Senhor desceu do céu, chegou-se, removeu a pedra e assentou-se sobre ela. O seu aspecto era como um relâmpago, e a sua veste, alva como a neve. E os guardas tremeram espavoridos e ficaram como se estivessem mortos. Mas o anjo, dirigindo-se às mulheres, disse: Não temais; porque sei que buscais Jesus, que foi crucificado. Ele não está aqui; ressuscitou, como tinha dito. Vinde ver onde Ele jazia. Ide, pois, depressa e dizei aos seus discípulos que Ele ressuscitou dos mortos e vai adiante de vós para a Galiléia; ali O vereis. É como vos digo! E, retirando-se elas apressadamente do sepulcro, tomadas de medo e grande alegria, correram a anunciá-Lo aos discípulos. Mateus 28:1-8.
Então, Jesus lhes disse: Não temais! Ide avisar a meus irmãos que se dirijam à Galiléia e lá me verão. E, indo elas, eis que alguns da guarda foram à cidade e contaram aos principais sacerdotes tudo o que sucedera. Reunindo-se eles em conselho com os anciãos, deram grande soma de dinheiro aos soldados, recomendando-lhes que dissessem: Vieram de noite os discípulos Dele e O roubaram enquanto dormíamos. Caso isto chegue ao conhecimento do governador, nós o persuadiremos e vos poremos em segurança. Eles, recebendo o dinheiro, fizeram como estavam instruídos. Esta versão divulgou-se entre os judeus até ao dia de hoje. Mateus 28:10-15.
Aí está a prova irrefutável de que Cristo ressuscitou no primeiro dia da semana e não no sábado à tarde, como ensina essa corrente religiosa. Note a sequência relatada por Mateus: Os principais sacerdotes e fariseus pediram uma escolta romana a Pilatos no sábado (o dia seguinte depois da preparação). A escolta foi concedida, selou a pedra do sepulcro e montou guarda. E Mateus continua: E, no findar do sábado, ao entrar o primeiro dia da semana. Observe que é o mesmo sábado em que os principais sacerdotes e fariseus pediram a Pilatos a escolta romana. E agora, a prova irrefutável: Se Jesus houvesse ressuscitado na tarde de sábado, antes do pôr do sol, o que a guarda romana estaria fazendo ali na madrugada do primeiro dia da semana? Daqui não tem para onde fugir, não tem como negar que Cristo ressuscitou no primeiro dia da semana. Os guardas estavam ali, tremendo de medo, justo no momento em que as mulheres chegaram. Observe:
No findar do sábado, ao entrar o primeiro dia da semana, Maria Madalena e a outra Maria foram ver o sepulcro. E eis que houve um grande terremoto; porque um anjo do Senhor desceu do céu, chegou-se, removeu a pedra e assentou-se sobre ela. O seu aspecto era como um relâmpago, e a sua veste, alva como a neve. E os guardas tremeram espavoridos e ficaram como se estivessem mortos.
E, indo elas, eis que alguns da guarda foram à cidade e contaram aos principais sacerdotes tudo o que sucedera.
As mulheres saíram dali para dar a boa notícia aos discípulos que Cristo havia ressuscitado, enquanto alguns soldados da guarda foram dar a “má notícia” para os principais sacerdotes, contando a eles tudo o que sucedera. Se Jesus houvesse ressuscitado na tarde de sábado, como ensina o grupo religioso, os soldados da guarda não teriam se encontrado com as mulheres e nem teriam dado a notícia aos principais sacerdotes a partir da madrugada do primeiro dia da semana e, claro, nem estariam ali naquela madrugada do primeiro dia da semana (pois eles foram contradados para ficarem até ao terceiro dia que, segundo o grupo religioso, era o sábado à tarde). Para acrescentar, observe a recomendação dos principais sacerdotes aos guardas romanos:
“Reunindo-se eles em conselho com os anciãos, deram grande soma de dinheiro aos soldados, recomendando-lhes que dissessem: Vieram de noite os discípulos dele e o roubaram enquanto dormíamos.”
Note: Vieram de noite, ou seja, a noite do primeiro dia da semana, depois que o sol se pôs na tarde de sábado! Pois relataram que Jesus ressuscitara na madrugada do primeiro dia da semana.
Aí está, então, a prova irrefutável de que Cristo morreu numa sexta-feira à tarde e ressuscitou na madrugada do primeiro dia da semana. Veja isso:
“E, indo elas, eis que alguns da guarda foram à cidade e contaram aos principais sacerdotes tudo o que sucedera. Reunindo-se eles em conselho com os anciãos, deram grande soma de dinheiro aos soldados, recomendando-lhes que dissessem: Vieram de noite os discípulos Dele e O roubaram enquanto dormíamos. Caso isto chegue ao conhecimento do governador, nós o persuadiremos e vos poremos em segurança. Eles, recebendo o dinheiro, fizeram como estavam instruídos. Esta versão divulgou-se entre os judeus até ao dia de hoje.”
Os principais sacerdotes pagaram aos soldados da guarda para estes darem falso testemunho a respeito da ressurreição de Cristo. Veja também isso – A testemunha fiel dando testemunho da ressurreição de Cristo no primeiro dia da semana:
Marcos
Havendo ele ressuscitado de manhã cedo no primeiro dia da semana, apareceu primeiro a Maria Madalena, da qual expelira sete demônios. Marcos 16:9.
Pagaram também para que falsas testemunhas negassem que Cristo ressuscitou no primeiro dia da semana. Veja:
“Havendo ele ressuscitado, de manhã cedo no primeiro dia da semana apareceu primeiro a Maria Madalena, da qual expelira sete demônios”. Marcos 16:9.
Deslocaram a vírgula para depois da palavra “ressuscitado”, para dar a entender que Cristo havia ressuscitado mas não no primeiro dia da semana.
Vimos, até aqui, uma enxurrada de provas e evidências de que Cristo morreu numa sexta-feira à tarde e ressuscitou na madrugada do primeiro dia da semana. Mas, como dissemos, o orgulho, a má vontade e desonestidade de certas pessoas, impedem que elas enxerguem a verdade sob sua verdadeira luz. Não admitem que tenham estado erradas, que o que acreditam ser verdade seja uma flagrante contradição com a verdade bíblica. Com essa atitude, passam a acreditar na mentira como se fosse verdade. “Está escrito, pensam, mas não é bem assim”. E dessa forma, o que acreditam ser verdade passa a ter mais relevância do que aquilo que a Bíblia diz ser a verdade. Assim, serão deixadas a crer na mentira. II Tessalonicenses 2:9-11.
Para finalizar, analisaremos agora o testemumho de Lucas que endossará tudo o que já expusemos antes sobre a verdade cristalina das Escrituras de que Cristo morreu numa sexta-feira à tarde e ressuscitou na madrugada do primeiro dia da semana.
Lucas
Naquele mesmo dia, dois deles estavam de caminho para uma aldeia chamada Emaús, distante de Jerusalém sessenta estádios. Lucas 24:13.
Ora, nós esperávamos que fosse Ele quem havia de redimir a Israel; mas, depois de tudo isto, é já este o terceiro dia desde que tais coisas sucederam. Lucas 24:21.
Mais clareza que esta, impossível! Os discípulos de Cristo identificaram o primeiro dia da semana como o terceiro dia, no qual Cristo deveria ressuscitar! Somente um pobre de espírito rejeitaria o que está claramente escrito nas Escrituras. É uma questão de crer ou não crer no que está escrito na Palavra de Deus.
De acordo com o grupo religioso, o primeiro dia da semana deveria ser o quarto dia. Mas a Escritura não fala de um quarto dia mas de um terceiro dia, como sendo o primiro dia da semana em que Cristo ressuscitou. Portando, a contagem correta é essa:
1° dia) Sexta-feira à tarde (morte de Cristo);
2° dia) Sábado (Jesus descansou na sepultura de Sua obra da redenção assim como havia descansado de Sua obra da criação, dando, assim, o exemplo para que todos os cristãos santifiquem o dia de sábado do sétimo dia);
3° dia) Primeiro dia da semana (ressurreição de Cristo).
Considerações finais:
Com tantas provas e evidências que analisamos nos evangelhos, não resta dúvida de que Cristo morreu numa sexta-feira à tarde e ressuscitou na madrugada do primeiro dia da semana. É o que está escrito. Rejeitar estas verdades é descrer nas Escrituras Sagradas, é ser desonesto consigo mesmo e com Deus. Uma das maiores virtudes de um ser humano é admitir e reconhecer seu erro, ainda que seja necessário que o faça publicamente. Errar é humano e perdoar é divino. Imagino que seja difícil para um líder religioso voltar atrás, reconhecer em público que esteve errado. Mas quantas pessoas sinceras estão sendo desencaminhadas da verdade de Deus por ainda persistir no erro, por puro orgulho, amor próprio ou capricho! Pense nisso!
Para que Jesus fosse realmente o Messias prometido, Ele teria que ser ressuscitado, de fato, no primeiro dia da semana, para que se cumprisse um símbolo-profético. Veja:
“Fala aos filhos de Israel e dize-lhes: Quando houverdes entrado na terra, que vos hei de dar, e segardes a sua sega, então, trareis um molho das primícias da vossa sega ao sacerdote; e ele moverá o molho perante o SENHOR, para que sejais aceitos; ao seguinte dia do sábado, o moverá o sacerdote”. Levítico 23:10-11.
E o símbolo-profético cumpriu-se, assim, com a ressurreição de Cristo no primeiro dia da semana, o dia seguinte depois do sábado. Desta maneira, Cristo tornou-Se a primícia dos que dormem:
“Mas, de fato, Cristo ressuscitou dentre os mortos, sendo Ele as primícias dos que dormem”. I Coríntios 15:20.
Medite nisto:
A Bíblia esta cheia…
A Bíblia está CHEIA de erros:
· primeiro erro foi quando Eva duvidou da Palavra de Deus;
· segundo erro aconteceu quando seu esposo fez o mesmo;
· e assim erros e mais erros ainda estão sendo cometidos…
porque as pessoas insistem em duvidar da Palavra de Deus.
A Bíblia está CHEIA de contradições:
· Ela contradiz o orgulho e o preconceito;
· Ela contradiz a lascívia e a desobediência;
· Ela contradiz o meu pecado e o seu.
A Bíblia está CHEIA de falhas:
· porque Ela é o relato de pessoas que falharam muitas vezes;
· assim foi com a falha de Adão;
· com a falha de Caim;· e a de Moisés;
· bem como a falha de Davi e a de muitos outros que também falharam.
· Mas Ela é também o relato do amor infalível de Deus.
Deus NÃO ESCREVEU a Bíblia:
· para pessoas que querem jogar com as palavras;
· para aqueles que gostam de examinar o que é bom mas sem fazê-lo;
· para o homem que não acredita porque não quer.
O homem moderno DESCARTOU os ensinamentos da Bíblia:
· pelas mesmas razões que outros homens tem descartado através da história, por grande ignorância a sua verdadeira mensagem e conteúdo;
· intransigente apatia em recusar considerar suas declarações;
· bem conhecidos pseudo-cientistas posando de críticos honestos;
· convicção secreta de que este Livro está certo e de que os homens estão errados.
Somente uma pessoa PRECONCEITUOSA acreditaria que:
· os ensinamentos Bíblicos são passados e irracionais, sendo princípios arcaicos e sem propósito;
· a Bíblia está cheia de discrepâncias e afirmações inaceitáveis;
· Ela só poderia ser trabalho irrelevante e não inspirado de meros homens.
A Bíblia é , afinal, somente mais um LIVRO RELIGIOSO:
· para milhares que não se arriscam serem honestos consigo mesmos e com Deus;
· para aqueles que tem medo de aceitar o desafio do próprio Deus a um exame honesto;
· para aqueles que não querem examiná-la a fundo porque Ela diz verdadeiramente como os homens são.
E você não pode ENTENDER ou CONFIAR no que a Bíblia diz:
· a menos que você esteja disposto a considerar as evidências e encarar face a face o AUTOR.
Fonte: tinguiteen
Estudo bíblico preparado por:
Roberto Alves da Costa