Lição 13: Tema a Deus em todo tempo

4º Trimestre de 2013

Data: 29 de Dezembro de 2013

TEXTO ÁUREO

“De tudo o que se tem ouvido, o fim é: Teme a Deus e guarda os seus mandamentos; porque este é o dever de todo homem” (Ec 12.13).

VERDADE PRÁTICA

Obedecer aos mandamentos do Senhor é a prova de que vivemos uma vida justa diante dos homens e de Deus.

HINOS SUGERIDOS

258, 396, 423.

LEITURA DIÁRIA

Segunda – Gn 2.7

Conhecendo a criatura

Terça – Ec 12.1

Conhecendo o Criador

Quarta – Ec 11.9,10; Jo 21.18a

Conhecendo a mocidade

Quinta – Ec 12.1-7; Jo 21.18b

Conhecendo a velhice

Sexta – Ec 12.7; 1Ts 5.23

Conhecendo o ser humano

Sábado – Ec 12.13,14

Um dia prestaremos contas

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Eclesiastes 12.1-8.

1 – Lembra-te do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias, e cheguem os anos dos quais venhas a dizer: Não tenho neles contentamento;

2 – antes que se escureçam o sol, e a luz, e a lua, e as estrelas, e tornem a vir as nuvens depois da chuva;

3 – no dia em que tremerem os guardas da casa, e se curvarem os homens fortes, e cessarem os moedores, por já serem poucos, e se escurecerem os que olham pelas janelas;

4 – e as duas portas da rua se fecharem por causa do baixo ruído da moedura, e se levantar à voz das aves, e todas as vozes do canto se baixarem;

5 – como também quando temerem o que está no alto, e houver espantos no caminho, e florescer a amendoeira, e o gafanhoto for um peso, e perecer o apetite; porque o homem se vai à sua eterna casa, e os pranteadores andarão rodeando pela praça;

6 – antes que se quebre a cadeia de prata, e se despedace o copo de ouro, e se despedace o cântaro junto à fonte, e se despedace a roda junto ao poço,

7 – e o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu.

8 – Vaidade de vaidade, diz o Pregador, tudo é vaidade.

INTERAÇÃO

Prezado professor, estamos encerrando mais um trimestre. De todos os assuntos que estudamos nesta lição, os que nos trazem mais perplexidades são as perspectivas apresentadas acerca da imprevisibilidade da vida, o movimento dinâmico que ela apresenta e as contingências da nossa existência. O homem que não confia em Deus pensa que foi lançado a esmo no mundo. Aqui, é que o crente em Jesus se distingue daqueles que não creem em Deus. Quando amamos e tememos ao Senhor de todo o nosso coração, compreendemos a vida como algo finito no mundo, mas na esperança de brevemente encontrarmo-nos em plenitude com um Deus “que tem, ele só, a imortalidade e habita na luz inacessível” (1Tm 6.16).

OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

Saber que somos criatura; Deus, o Criador.
Explicar os dois grandes momentos da vida (juventude e velhice) e as duas dimensões da existência humana (corporal e espiritual).
Analisar a oblação e a generosidade dos filipenses.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Prezado professor, sugerimos como atividade pedagógica que faça o resumo dos principais pontos que foram abordados na lição ao longo desse trimestre. Essa atividade visa introduzir a aula dessa semana. Aproveitamos a oportunidade para sugerir alguns pontos a serem relembrados: (1) O adultério; (2) O cuidado com o uso da língua; (3) A imprevisibilidade e as contingências da vida. O professor poderá ampliar esses pontos de acordo com a necessidade da sua classe.

COMENTÁRIO

introdução

Palavra Chave

Temor: Sentimento profundo de respeito e obediência.

Salomão chega ao final de suas reflexões acerca da vida “debaixo do sol”. O pregador conclui o seu ensino no capítulo 12 de Eclesiastes, contrastando vividamente os distintos momentos da vida humana: juventude e velhice, alegria e tristeza, vida e morte, presente e futuro, temporal e eterno. O estilo adotado por Salomão deixa-nos a sensação de que ele processa a sua reflexão de trás para frente.

O autor fala da juventude a partir de uma análise realista da velhice. Fala da vida com os olhos fitos na morte. Fala do temporal com os olhos voltados ao eterno. Fala da criatura a partir do Criador. E fala do prazer da vida sem perder de vista o julgamento final.

Nessa última lição, veremos como o ensinamento do pregador nos ajuda a construir uma fé sadia e fundamentada no temor do Altíssimo.

I. UMA VERDADE QUE NÃO PODE SER ESQUECIDA

1. Somos criatura. O último capítulo de Eclesiastes inicia-se com uma exortação a que nos lembremos do nosso Criador. Uma das doutrinas mais bem definidas da Bíblia é a da criação. Pela fé cremos no Deus criador do universo (Hb 11.3). Mas aqui, não temos o interesse apologético de provar a existência de Deus, pois Salomão parte do princípio de que Deus é, e que os seus leitores têm isso muito bem resolvido.

Com a expressão “lembra-te do teu Criador”, o sábio ensina aos homens que eles não passam de criaturas. O termo hebraico para lembrar, zakar, reforça essa ideia. Ele significa recordar, trazer a mente, fazer um memorial. É como se o pregador dissesse: “Coloque isso em sua mente e, se possível, faça um memorial. Não esqueça que você é criatura e que há um Criador”.

2. Há um Criador. Se em Eclesiastes 12.1 o pregador revela Deus como o Criador, no versículo 13, o livro mostra o Pai Celeste como o Supremo Juiz. Foi Deus quem criou e modelou a criatura a quem Ele chamou de homem! Este fato nos obriga a enxergar o ser humano como criatura e Deus como o Criador. O homem como ser temporal e Deus como o Eterno. Portanto, a partir dessa compreensão, podemos encarar a vida com mais humildade e prudência.

SINOPSE DO TÓPICO (I)

Uma verdade que não pode ser esquecida: somos criatura; há um Criador.

II. OS DOIS GRANDES MOMENTOS DA VIDA

1. A juventude. Salomão passa a falar sobre a juventude, ou seja, o estágio da vida que representa o período de maior vigor. Ele se vale de várias figuras para demonstrar a nossa finitude e o quão frágeis somos. Em Eclesiastes 11.9, Salomão havia falado da juventude, destacando-a como uma fase de recreação e de satisfação.

Tais metáforas criam a imagem da exuberância, elemento característico da mocidade. Elas denotam que, nessa fase da vida, as pessoas não se preocupam com lembranças, memoriais ou história. É como se não houvesse um referencial. Mas em o Novo Testamento, o autor sagrado mostra esse referencial (Hb 12.2) — Jesus Cristo — e exorta-nos a viver a vida com os olhos fitos no Mestre.

2. A velhice. No Eclesiastes, a juventude é vista como um estágio inicial e intenso da vida, enquanto a velhice aparece como o último estágio da existência, onde nada mais parece fazer sentido. O corpo físico, outrora forte, robusto e cheio de vigor, agora se mostra enfraquecido pelos anos da vida.

De forma metafórica, o sábio prova que a velhice é bem diferente da juventude. O prazer não é como antes (12.1), o sol não brilha com o mesmo esplendor (12.2), e o metabolismo do corpo não funciona como no passado (Ec 12.3-5). Enfim, a velhice mostra-nos como somos frágeis, sujeitos a quebrar a qualquer instante (12.6).

SINOPSE DO TÓPICO (II)

Os dois grandes momentos da vida que o sábio apresenta no Eclesiastes são a juventude e a velhice.

III. AS DIFERENTES DIMENSÕES DA EXISTÊNCIA HUMANA

1. Corporal. Os sentimentos e fatos experimentados na vida — alegrias ou tristezas, acertos ou erros, o presente ou o passado — apenas são possíveis por causa da dimensão corporal de nossa existência. O rei Salomão chama-nos a atenção para esse fato ao dizer que “o pó volte à terra, como o era” (Ec 12.7a). O texto bíblico denota que possuímos um corpo sujeito às limitações de espaço e tempo. Por isso, não devemos esquecer que somos absolutamente finitos. Isso não significa que não temos valor. Ao contrário, a Escritura demonstra que a dimensão temporal é tão importante quanto a espiritual. Em 1 Coríntios 6.19,20, não há dualismo entre corpo e espírito, como se este fosse bom e aquele mau. Portanto, devemos cuidar do nosso corpo e usá-lo sempre para a glória de Deus.

2. Espiritual. Eclesiastes 12.7b revela que possuímos uma dimensão espiritual da vida, pois o nosso espírito voltará “a Deus, que o deu”. O contexto do capítulo 12 de Eclesiastes faz um contraste entre o temporal e o eterno, não deixando dúvidas que o termo hebraico ruach, traduzido por fôlego, hálito e espírito, significa precisamente “espírito” como a parte imaterial do homem (1Ts 5.23; 2Co 5.8; Fp 1.23).

Assim como cuidamos da nossa dimensão material, devemos cuidar da espiritual (2Co 7.1; 1Tm 4.8). E apesar de o homem ser constituído por duas dimensões existenciais — a humana e a espiritual —, elas não são independentes entre si, pois o homem é um ser integral (1Ts 5.23).

SINOPSE DO TÓPICO (III)

As duas distintas dimensões da existência humana encontradas no livro de Eclesiastes são a corporal e a espiritual.

IV. PRESTANDO CONTA DE TUDO

1. Guardando o mandamento. Após falar da brevidade da vida e da necessidade de se buscar em Deus um sentido para ela, o sábio conclui que o dever de todo homem é temer a Deus e guardar os seus mandamentos (Ec 12.13). Aqui, há duas coisas que precisam ser ditas. Primeira, a vida é dinâmica, mas precisa de regras e normas. Segunda, é nosso dever ouvir e guardar a Palavra do Senhor no coração.

O mandamento divino é constituído de princípios eternos e, para o nosso próprio bem, temos de observá-los e acatá-los integralmente fazendo tudo quanto o Criador requer de nós, pois esta é a vontade de Deus (1Jo 5.3).

2. Aguardando o julgamento. Nas últimas palavras do Eclesiastes, há uma séria advertência sobre o julgamento a que todo ser humano estará sujeito. O pregador diz que “Deus há de trazer a juízo toda obra e até tudo o que está encoberto, quer seja bom, quer seja mau” (Ec 12.14). As nossas obras e ações serão avaliadas por Deus, pois para Ele os valores estão bem definidos: o certo e o errado nunca mudam.

O termo hebraico mishpat, usado nas últimas palavras de Salomão, possui o sentido jurídico de tomada de decisão. Chegará, pois o dia da prestação de contas de todos os homens. O Justo Juiz decidirá o nosso destino (Rm 14.10,12). Tais palavras não são intimidatórias, mas um convite a vivermos com responsabilidade diante de Deus e da sociedade.

SINOPSE DO TÓPICO (IV)

Todo homem não deve esquecer isto: Um dia prestaremos contas de tudo a Deus.

CONCLUSÃO

A vida é um contraste entre a alegria e a tristeza, entre a juventude e a velhice, entre a vida e a morte, entre o passado e o presente. Não há como fugir a essa realidade. Sabendo que a nossa vida “debaixo do sol” é tão fugaz, cabe-nos procurar vivê-la da melhor maneira possível, pois esse é um dom do Criador.

Salomão, em sua singular sabedoria, nos ensina: tema a Deus em todo o tempo. Só assim seremos felizes.

VOCABULÁRIO

Esmo: Cálculo apenas aproximado; estimativa, conjetura.
Intimidatória: Ato ou efeito de intimidar. Provocar apreensão, receio ou temor.
Fugaz: Rápido, ligeiro, veloz. O que desaparece rapidamente.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

HENRY, M. Comentário Bíblico Antigo Testamento — Jó a Cantares de Salomão. 1 ed., RJ: CPAD, 2010.
MELO, J. L. de. Eclesiastes versículo por versículo. RJ: CPAD, 1999.
PALMER, M. D. (Ed.) Panorama do Pensamento Cristão. 1 ed. RJ: CPAD, 2001.

EXERCÍCIOS

1. Como o pregador conclui o seu ensino em Eclesiastes capítulo 12?

R. Contrastando vividamente osdistintos momentos da vida humana: juventude e velhice, alegria e tristeza, vida e morte, presente e futuro, temporal e eterno.

2. Com a expressão “lembra-te do teu Criador”, o que o sábio quer ensinar ao homem?

R. O sábio ensina aos homens que eles não passam de criaturas.

3. Em o Novo Testamento, qual é o referencial que o autor sagrado usa para exortar-nos a viver a vida com os olhos fitos no Mestre?

R. Jesus Cristo.

4. Segundo a lição, o que 1 Coríntios 6.19,20 ensina-nos acerca do corpo e espírito?

R. Que não há dualismo entre corpo e espírito, como se este fosse bom e aquele mau.

5. Qual o dever de todo o homem?

R. Temer a Deus e guardar os seus mandamentos.

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