1° TRIMESTRE 2015
Data: 18/01/2015
TEXTO DO DIA
“Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito” (Jo 14.26).
SÍNTESE
O Espírito Santo de Deus é o Consolador prometido por Jesus para estar conosco, nos orientar e habitar em nós, a fim de que produzamos frutos em prol do Reino de Deus.
AGENDA DE LEITURA
SEGUNDA
Enviado por Deus (Jo 14.16)
TERÇA
Jesus Cristo foi cheio do Espírito Santo (At 10.38)
QUARTA
E dado a quem o pedir (Lc 11.13)
QUINTA
Reparte os dons (1Co 12.11)
SEXTA
Orienta a igreja (At 13.2)
SÁBADO
Enche-nos de alegria (At 13.2)
OBJETIVOS
COMPREENDER que o Espírito Santo é uma pessoa.
RECONHECER a atuação do Espírito Santo na Bíblia.
CONHECER como o Espírito Santo age na vida do crente.
INTERAÇÃO
Professor, você crê que o Espírito Santo é Deus? Se sua resposta foi afirmativa, com certeza você não terá dificuldades em trabalhar o conteúdo desta lição com seus alunos. Infelizmente muitos crentes, até mesmos pentecostais, têm um conceito errado a respeito da Terceira Pessoa da Trindade. Segundo Stanley Horton, o “Espírito Santo tem sido negligenciado no decurso dos séculos”. O Consolador não é apenas uma força ou uma influência, Ele é Deus e tem revelado à humanidade o Deus Pai e o Deus Filho. Nesta lição também estudaremos a respeito do fruto e os dons do Espírito Santo. Conte com Ele no preparo e na execução de sua aula.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, depois de orar para dar início à aula, faça a seguinte indagação: “O Espírito Santo é uma pessoa?”. Incentive a participação de todos. Ouça seus alunos. Em seguida, utilize o quadro abaixo para explicar aos alunos que a Bíblia revela, tanto no Antigo Testamento quanto no Novo, que o Espírito Santo é Deus. Leia as referências com os alunos e enfatize que o Consolador é a Terceira Pessoa da Trindade.
TEXTO BÍBLICO
Atos 1.6-8; 2.1-4; 13.1-4.
Atos 1
6 — Aqueles, pois, que se haviam reunido perguntaram-lhe, dizendo: Senhor, restaurarás tu neste tempo o reino a Israel?
7 — E disse-lhes: Não vos pertence saber os tempos ou as estações que o Pai estabeleceu pelo seu próprio poder.
8 — Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra.
Atos 2
1 — Cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar;
2 — e, de repente, veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados.
3 — E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles.
4 — E todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem.
Atos 13
1 — Na igreja que estava em Antioquia havia alguns profetas e doutores, a saber: Barnabé, e Simeão, chamado Níger, e Lúcio, cireneu, e Manaém, que fora criado com Herodes, o tetrarca, e Saulo.
2 — E, servindo eles ao Senhor e jejuando, disse o Espírito Santo: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado.
3 — Então, jejuando, e orando, e pondo sobre eles as mãos, os despediram.
4 — E assim estes, enviados pelo Espírito Santo, desceram a Selêucia e dali navegaram para Chipre.
COMENTÁRIO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
Nesta lição estudaremos a respeito da Pessoa do Espírito Santo. Veremos que Ele faz parte da Santa Trindade. Ele é o Consolador que nos conduz e faz com que venhamos a dar frutos, também nos batiza, de forma que, por meio desse batismo, sejamos revestidos de poder, conforme disse Jesus, para testemunhar acerca do Evangelho. Que possamos aprender mais sobre a Terceira Pessoa da Trindade, e não sejamos como os discípulos em Éfeso, que responderam a Paulo: “Nós nem ainda ouvimos que haja Espírito Santo” (At 19.2).
I. O ESPÍRITO SANTO É UMA PESSOA (Jo 14.26; Mt 12.32; At 5.3)
1. A Terceira Pessoa da Trindade. Quando se fala da Trindade, deve-se levar em conta que estamos falando de um Deus em três pessoas, cada uma distinta da outra, mas atuando com o mesmo objetivo, em unidade. Elas podem ser identificadas separadamente, mas não podem ser separadas, pois têm a mesma essência. O Espírito Santo é a Terceira Pessoa da Trindade. O Espírito Santo é Deus. Se por um lado se revela como o Deus Criador e Pai, o Filho se revela e age como o Salvador, o Espírito Santo se manifesta como aquEle que conduz o homem a Cristo, o santifica e consola, preparando-o para a segunda vinda de Jesus e para a vida eterna. Como Deus, Ele é eterno (Hb 9.14), onisciente (1Co 2.10,11), onipresente (Sl 139.7-10) e onipotente (Lc 1.35).
2. Provas de sua pessoalidade. A Bíblia nos proporciona diversas referências que mostram a pessoalidade do Espírito Santo. Ele se entristece (Ef 4.30), tem vontade (1Co 12.11) e fala (Ap 2.7), pode ser resistido (At 7.51), ofendido (Mc 3.29). Ele oferece suas virtudes (At 1.8), nos ajuda em nossas fraquezas (Rm 8.26) e não pode ser enganado (At 5.3). Pode consolar pessoas e igrejas (At 9.31). De forma incontestável, a Bíblia se refere ao Santo Espírito como alguém, e não como uma coisa ou energia. O Consolador também é conhecido como Espírito da Verdade (Jo 16.13), Espírito de Amor e de Poder (2Tm 1.7), Espírito de Sabedoria e Revelação (Ef 1.17).
Pense!
O Espírito Santo é uma pessoa, e a Bíblia nos dá mostras de sua personalidade e atuação na história.
Ponto Importante
O Espírito Santo não é uma força ou poder, Ele é uma pessoa divina.
II. O ESPÍRITO SANTO E A BÍBLIA
1. No Antigo Testamento. O Espírito Santo no Antigo Testamento atuou diretamente com Deus-Pai no princípio, movendo-se sobre a face das águas (Gn 1.2) e dando vida à criação.
Na Lei, é dito que Deus ia tirar do Espírito que estava sobre Moisés para colocar sobre os setenta anciãos que ajudariam o legislador na gestão do povo que saíra do Egito (Nm 11.16,17). Deus não tirou o espírito de Moisés, e sim partilhou o seu Espírito Santo para capacitar seus auxiliares. O Espírito Santo também capacitou Gideão a lutar pela libertação de Israel (Jz 6.33,34), quando estavam sendo oprimidos pelos amalequitas e midianitas. O Espírito Santo vinha sobre Sansão (Jz 14.6) e também usava os profetas para falarem em nome do Senhor (2Pe 1.21).
De forma geral, entende-se que o Espírito Santo, no Antigo Testamento, vinha sobre a pessoa, mas não habitava na pessoa. E quando uma pessoa era usada por Deus, era um momento específico, e não de forma constante.
2. No Novo Testamento. Nas páginas do Novo Testamento, o Espírito Santo é apresentado como a pessoa que encheu a João Batista desde o ventre de sua mãe (Lc 1.15), fez Zacarias profetizar (Lc 1.67), esteve com Jesus no seu batismo e o preparou para o momento da tentação (Lc 3.22; 4.1). Ele agiu ao longo do Livro de Atos, e inspirou Paulo, Pedro, Tiago, João e Judas a escreverem as cartas às igrejas do primeiro século.
No Novo Testamento, o Espírito Santo faz morada no coração daqueles que creem em Jesus e os capacita a servirem melhor ao Senhor, seja por meio dos dons espirituais, seja por meio do fruto do Espírito.
3. O Espírito Santo e Jesus. Jesus e o Consolador estão intimamente ligados. Os evangelhos mostram que Jesus, o Filho de Deus, foi gerado no ventre de Maria pela ação do Espírito Santo (Mt 1.18). O Espírito Santo veio sobre Maria quando ela concebeu (Lc 1.35). Mais tarde o mesmo Espírito veio sobre Jesus quando este foi batizado por João Batista no Rio Jordão (Lc 3.21,22). Segundo Stanley Horton, “o revestimento do Espírito Santo preparou Jesus para enfrentar Satanás no deserto e para a inauguração de seu ministério terreno”.
Sem a morte, a ressurreição e a ascensão de Jesus, a promessa do derramamento do Espírito Santo não poderia ser cumprida. Junto ao Pai, no céu, Jesus continua derramando o Espírito Santo sobre a vida dos que creem, dando cumprimento à profecia de Joel 2.28,29.
Pense!
As Escrituras mostram o Espírito Santo atuando com Deus no Antigo Testamento, como guia do povo, e no Novo, no ministério de Jesus Cristo e na própria Igreja.
Ponto Importante
O Espírito Santo está presente em toda a Escritura Sagrada e esteve presente na concepção e ministério do Senhor Jesus.
III. O ESPÍRITO SANTO NA VIDA DO CRENTE (Ef 5.18)
1. O batismo no Espírito Santo. O batismo no Espírito Santo, conforme descrito na Bíblia, é uma capacitação dada por Deus aos seus servos, a fim de que testemunhem de Jesus: “Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra” (At 1.8). Conforme se encontra na Bíblia, esse revestimento de poder é acompanhado da experiência de falar em outras línguas. No dia de Pentecostes, os discípulos, no cenáculo, tiveram a experiência do falar em línguas estranhas quando foram cheios do Espírito Santo (At 2.4). Essa mesma experiência ocorreu em Atos 10.46, quando Pedro se encontrava na casa de Cornélio e ali anunciava o Evangelho, e em Atos 19.6, quando Paulo orou por um grupo de pessoas em Éfeso. Essas três referências indicam que esse revestimento de poder é acompanhado pelo falar em outras línguas, línguas que não foram aprendidas pelos falantes.
2. O fruto do Espírito. O chamado “fruto” do Espírito é a manifestação do Espírito Santo em nossa vida, comportamento e ações. Paulo nomeia o fruto desta forma: “amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança” (Gl 5.22). O fruto não surge de um momento para outro. Ele leva tempo para surgir e se desenvolver. De igual modo, o atuar do Espírito em nossa vida deve ser diário e crescente, de forma que possamos manifestar, em nossas ações, o atuar do Espírito Santo.
3. Os dons do Espírito. Os dons espirituais são presentes de Deus para os crentes, para que a igreja seja edificada, exortada e consolada. Não são dados para que as pessoas que os recebem sejam consideradas mais santas ou especiais. Lembremo-nos de que esses dons são oriundos do Espírito Santo, e que exigem de nós responsabilidade em sua utilização. Não podemos aproveitar desses presentes divinos para nos autopromover.
Aqui vai uma pergunta: “Os dons do Espírito Santo são para os nossos dias?”. A resposta é sim. E por quê? Primeiramente, porque não há um versículo no Novo Testamento que diga que os dons do Espírito possuem uma data de validade, ou seja, que têm uma data para não valer mais. Segundo, não há qualquer registro na Bíblia de que os dons do Espírito deixariam de ser usados com a morte do último apóstolo, conforme alegam alguns estudiosos. E terceiro, Deus não deixou de salvar e encher seu povo com seu Santo Espírito: “E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para perdão dos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo. Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos e a todos os que estão longe: a tantos quantos Deus, nosso Senhor, chamar” (At 2.38,39). Portanto, negar que o batismo no Espírito Santo e a distribuição dos dons para os nossos dias é ir contra as Escrituras.
Pense!
O batismo no Espírito Santo e os dons espirituais são uma promessa bíblica para os servos e servas de Deus, portanto, são válidos para os nossos dias.
Ponto Importante
Os dons espirituais não são capacidades naturais como cantar, tocar um instrumento. Ele não pode ser confundido com talento humano.
CONCLUSÃO
Ser cidadão do Reino de Deus é buscar que a vontade de Deus seja feita neste mundo, da mesma forma que é feita no céu. Como filhos de Deus, podemos fazer a diferença quando falamos de Jesus e nos envolvemos nas questões sociais. Lembre-se de que o Evangelho de Jesus Cristo é mais do que uma ideia, mas sim uma fé prática, que contagia as pessoas e faz com que aqueles que não conhecem a Deus o glorifiquem por meio de nossas obras.
ESTANTE DO PROFESSOR
CABRAL, Elienai. Mordomia Cristã.
CIDACO, J. Armando. Um Grito pela vida da Igreja.
HORA DA REVISÃO
1. O que é o Reino de Deus?
O Reino de Deus é, de forma resumida, um ambiente em que Deus é o soberano, o governador, aquEle que organiza todas as coisas, age com justiça, sustenta e protege seus súditos.
2. O que significa ter uma cidadania?
Ter cidadania significa, para o mundo, ser uma pessoa que tem o direito à liberdade, à saúde, à educação, segurança e trabalho, vivendo de forma digna com uma série de direitos e prerrogativas, inclusive votar em seus representantes e receber votos.
3. Evangelizar é uma opção?
Falar de Cristo e da salvação não é uma opção para o cristão, e sim um mandamento.
4. Como crentes, temos responsabilidades com as questões sociais?
Sim, pois falar de Jesus também é uma obrigação social do cristão.
5. Você tem feito a diferença em sua comunidade?
Resposta pessoal.
SUBSÍDIO
O ESPÍRITO SANTO
“Embora o nome ‘Espírito Santo’ não ocorra no Antigo Testamento, vários títulos equivalentes são usados. O problema teológico da personalidade do Espírito Santo gira em torno da revelação e compreensão progressivas, bem como da maneira de o leitor abordar a natureza da Bíblia. O Espírito Santo, como membro da Trindade, conforme revela o Novo Testamento, não aparece na Bíblia hebraica. Mesmo assim, o fato de a doutrina do Espírito Santo não estar plenamente revelada na Bíblia hebraica não altera a realidade da existência e obra do Espírito Santo nos tempos do Antigo Testamento. A Terra nunca foi o centro físico do Universo. Mas antes de terem as observações da criação divina — feitas por Copérnico, Galileu e outros — comprovando o contrário, tanto os teólogos quanto os cientistas dos tempos passados acreditavam que a Terra era o centro do Universo.
O título mais frequente no Antigo Testamento é ‘o Espírito de Yaweh’, ou, conforme consta nas Bíblias em português, ‘o Espírito do Senhor’. Considerando o ataque que os críticos modernos fazem à presença do Espírito Santo no Antigo Testamento, talvez devamos usar o nome pessoal de Deus, ‘Yahweh’, ao invés do título ‘Senhor’ (que os judeus dos tempos posteriores no Antigo Testamento substituíram pelo nome)” (HORTON, Stanley. Teologia Sistemática: Uma perspectiva pentecostal. 1ª Edição. RJ: CPAD, 1996, pp.386-7).