CALÁ

, atualmente chamada Nimrud, situa-se uns 32 km ao sul de Nínive, na
margem ocidental do rio Tigre. Segundo Gênesis 10:11, primeiro foi edificada por
Ninrode: “Dessa terra ele partiu para a Assíria, onde fundou Nínive, Reobote-Ir ,
Calá…”.Sir Henry Layard começou a explorar o pequeno monte sobre a cidade em 1845
e constatou que as ruínas dos muros antigos da cidade mediam 2134 x 1677 m. Dentro
dessas paredes, encontrou restos dos palácios de três reis — Assurnasirpal (885-860
a.C.), Salmaneser III (860-825 a.C.) e Esar-Hadom (680-669 a.C.) — e muitas
esculturas de parede. As esculturas mais interessantes eram uma série que registrava as
vitórias de Tiglate-Pileser III (o Pul mencionado em 2Rs 15:19). As figuras mostram de
forma nítida a evacuação de uma cidade, as operações militares relacionadas com um
assédio e o duro tratamento imposto aos prisioneiros. Tudo indica que o rei Esar-Hadom
tenha retirado essas esculturas de um palácio mais antigo e transportado para seu
palácio em Calá.A estatueta de Nebo, deus da sabedoria e da escrita, foi escavada em
Nimrud. Data da época de Hadade-Nirári III (810-782 a.C.). Nela, acha-se a seguinte
inscrição: “Confiai em Nebo. Não confieis em nenhum outro deus”.Um relevo do
palácio de Tiglate-Pileser III mostra quatro estátuas de deuses carregadas nos ombros de
soldados assírios para o exterior de uma cidade conquistada. Porém, a descoberta mais
importante de Calá foi o obelisco Negro, erguido por Salmaneser III no edifício central.
É um grande e imponente monumento de mármore negro, medindo 2 m de altura, e de
forma cônica na parte superior. Contém vinte gravuras pequenas em baixo-relevo, cinco
de cada lado, mostrando funcionários de cinco diferentes países trazendo tributos ao rei.
Na parte de cima, abaixo e entre os relevos, há 210 linhas de inscrição cuneiforme que
relatam as façanhas do monarca, na guerra e em épocas de paz, nos primeiros 31 anos
de seu reinado. Entre outros homens, o obelisco menciona Asael, de Damasco, e Jeú, de
Israel. Diz Salmaneser no obelisco: “No décimo oitavo ano de meu reinado, cruzei o
Eufrates pela décima sexta vez. Asael de Damasco pôs sua confiança no seu grande
exército e reuniu suas tropas em grande número, chegando ao monte Senir (sa-ni-ru), na direção do Líbano, como sua fortaleza. Lutei contra ele e derrotei-o, matando a espada 16 mil de seus experimentados soldados. Apoderei-me de 1121 de seus carros de guerra
e de 470 de seus cavalos, assim como de seu acampamento. Ele fugiu para salvar sua
vida, mas eu o segui até Damasco, sua residência real. Ali destruí seus jardins fora da
cidade e me afastei. Marchei até o monte Hauran, destruindo, derrubando e queimando
muitos povoados e levando seus despojos, que eram muito grandes. Em seguida
marchei até as montanhas de Bálirási, perto da costa, e ergui ali uma estela que
tinhaminha imagem como rei. Nessa época, eu recebia tributo dos habitantes de Tiro e
Sidom e de Jeú, filho de Onri”.Mais adiante, na mesma inscrição, há uma seção de
maior interesse para o estudante da Bíblia, que diz: “O tributo de Jeú, filho de Onri: eu
recebi dele prata, ouro, uma taça de ouro, uma jarra de ouro com a parte inferior em
ponta, copos de ouro, quadros de ouro, barras de chumbo, cetros para a mão do rei e
dardos”. Jeú é visto de joelhos diante de Salmaneser, apresentando-lhe o tributo. O
monarca assírio mostra-se orgulhoso, acompanhado de seus servidores (um deles
sustenta um guarda-sol sobre a cabeça do rei). Os símbolos de Assur e Istar aparecem na
parte superior. O rei Jeú, de Israel, tem barba curta e arredondada e usa um gorro leve
de couro e uma jaqueta sem mangas, que o distingue como prisioneiro. Atrás dele,
caminham vários israelitas trajando vestiduras largas, conduzindo metais preciosos e
outros tributos. Esse relevo é sumamente importante, já que é o único monumento esculpido a mostrar um rei israelita. Ver tb: Gn 10:11

 

fonte: BIBLIA THOMPSON

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