Lição: 11- Maria, mãe de Jesus – Uma Serva Humilde

 

 

TEXTO ÁUREO VERDADE PRÁTICA
“Disse, então, Maria: Eis aqui a serva do Senhor; cumpra-se em mim segundo a tua palavra. E o anjo ausentou-se dela.”

(Lc 1.38)

Maria, mãe de Jesus, nos deixou um exemplo elevado de humildade e submissão à vontade de Deus.
LEITURA DIÁRIA
Segunda – Jo 1.46

Nazaré, cidade sem importância

QuintaSl 147.6

Deus “eleva os humildes”

Terça1 Co 1.27-29

Deus usa as coisas sem importância

SextaLc 1.45

Maria, a serva bem-aventurada

QuartaTg 4.6

Deus “dá graça aos humildes”

SábadoLc 1.28

Maria, a serva agraciada

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Lucas 1.46-49

46 – Disse, então, Maria: A minha alma engrandece ao Senhor,

47 – e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador,

48 – porque atentou na humildade de sua serva; pois eis que, desde agora, todas as gerações me chamarão bem-aventurada.

49 – Porque me fez grandes coisas o Poderoso; e Santo é o seu nome.

OBJETIVO GERAL
Apresentar Maria, mãe de Jesus, como exemplo de humildade e submissão à vontade de Deus.

HINOS SUGERIDOS: 87, 122, 551 da Harpa Cristã

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.

I.      Analisar o perfil de Maria, mãe de Jesus;

II.     Explicar a elevada missão de Maria;

III.    Apontar o papel de Maria no plano da salvação.

INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Prezado professor, na lição de hoje estudaremos a respeito do caráter humilde e submisso de Maria, mãe de Jesus. Maria foi a escolhida, dentre tantas mulheres que aguardavam a promessa divina, para gerar, pelo Espírito Santo, o Filho de Deus. Maria ainda era uma menina quando foi chamada para tão nobre missão, porém ela se colocou submissa à vontade divina, mostrando o quanto confiava e amava ao Senhor. Ela não pensou o que poderia acontecer com sua reputação, mas se entregou totalmente aos planos do Pai. Maria não somente deu à luz o Salvador, como mãe esteve presente em todas as fases da vida do Filho. 
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO

Maria foi escolhida por Deus para protagonizar o papel mais importante que uma mulher poderia receber. Foi uma missão singular e única na história das mulheres em todos os tempos. Ela recebeu a missão de ser mãe de Jesus Cristo, o Verbo, que “[…] se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade” (Jo 1.14). Em seu ventre, ela acolheu, sob a graça do Espírito Santo, aquEle que veio ao mundo para salvar a humanidade perdida.

PONTO CENTRAL

Maria, a mãe de Jesus, é um exemplo de caráter humilde e submisso.

I – MARIA, A MÃE DE JESUS

1. Quem era Maria. O nome de Maria era muito comum em seu tempo. Deriva do nome hebraico Miriã. Na septuaginta, versão grega do Antigo Testamento, o nome original é Mariam. Ela era da linhagem real, descendente do rei Davi. Mateus registra a genealogia de Jesus, dizendo: “Livro da geração de Jesus Cristo, Filho de Davi, Filho de Abraão” (Mt 1.1). O texto prossegue até o versículo quinze que diz: “e Eliúde gerou a Eleazar, e Eleazar gerou a Matã, e Matã gerou a Jacó,e Jacó gerou a José, marido de Maria, da qual nasceu JESUS, que se chama o Cristo” (Mt 1.15,16).

2. Suas qualidades e seu caráter. Maria foi escolhida para ser mãe do Salvador, antes de tudo, por decisão divina. Mas também por suas qualidades espirituais e morais.

a) Ela era virgem. O anjo Gabriel foi o enviado especial da parte de Deus à cidade de Nazaré , “a uma virgem”, cujo nome era “Maria” (Lc 1.26,27). Naqueles tempos, a virgindade física de uma jovem era um valor de grande significado espiritual e moral (Is 62.5). José não teve relações com ela até que Jesus nascesse. A concepção de Jesus, portanto, foi divina, virginal e santa (Mt 1.25). Sua virgindade era indispensável para o cumprimento da profecia de Isaías (7.14), 760 anos antes de Cristo (Mt 1.22,23).

b) Ela era agraciada. Diz Lucas: “E, entrando o anjo onde ela estava, disse: Salve, agraciada […]” (Lc 1.28a). O termo quer dizer que ela foi honrada por Deus, ou “muito favorecida”, e recebeu a graça divina em sua vida, não apenas naquele momento, mas por toda a sua vida.

c) Tinha a presença do Senhor. Em sua mensagem, diretamente da parte de Deus, o anjo disse: “o Senhor é contigo” (Lc 1.28). Ao dizer que o Senhor era com ela, o anjo declarou o que talvez ela não tivesse consciência de forma tão clara: Deus estava com ela.

d) Ela era bendita entre as mulheres. O anjo declarou ante o olhar de espanto de Maria: “[…] bendita és tu entre as mulheres” (Lc 1.28). Com essa expressão o anjo quis enfatizar que, para Deus, ela era abençoada, ditosa, feliz. Não era para menos. No meio de tantos milhares de mulheres, em Israel, ser alcançada por tão grande deferência da parte de Deus era algo acima de qualquer pensamento humano.

Maria, dentre tantas mulheres em Israel, foi a escolhida para gerar o Filho de Deus. 

SÍNTESE DO TÓPICO I

Maria, dentre tantas mulheres em Israel, foi a escolhida para gerar o Filho de Deus.

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
Maria

“A maternidade é um privilégio doloroso. A jovem Maria, de Nazaré, teve o privilégio único de ser mãe do Filho de Deus. Maria foi o único ser humano presente no nascimento de Jesus que também testemunhou sua morte. Ela o viu chegar, como seu bebê, e o viu morrer, como seu Salvador.

Maria achou que a visita inesperada de Gabriel foi desconcertante e assustadora, a princípio, mas o que ela ouviu a seguir foi a notícia mais espantosa: seu filho seria o Messias, o Salvador prometido de Deus. Maria não duvidou da mensagem, mas perguntou como seria possível a gravidez. Gabriel lhe disse que o bebê seria Filho de Deus. A resposta de Maria foi perfeita: ‘Eis aqui a serva do Senhor; cumpra-se em mim segundo a tua palavra’ (Lc 1.38). Mais adiante, seu cântico de alegria nos mostra como ela conhecia bem a Deus, pois seus pensamentos se encheram de palavras do Antigo Testamento.

Quando Maria levou o menino Jesus, aos oito dias de idade ao Templo, para ser consagrado a Deus, encontrou duas pessoas devotas, Simeão e Ana, que reconheceram a criança como o Messias, e louvaram a Deus. Simeão dirigiu a Maria algumas palavras que ela deve ter recordado muitas vezes, nos anos que se seguiram: ‘uma espada transpassará também a tua própria alma’ (Lc 2.35). Uma grande parte de seu doloroso privilégio da maternidade seria ver seu filho rejeitado e crucificado pelo povo que Ele tinha vindo para salvar. Podemos imaginar que, mesmo que ela tivesse sabido tudo o que iria sofrer, como mãe de Jesus, Maria ainda teria oferecido a mesma resposta. Como Maria, você também está disponível para ser usado por Deus?” (Bíblica Cronológica Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2015, p. 1283)

 Maria foi escolhida para ser mãe do Salvador, antes de tudo, por decisão divina. Mas também por suas qualidades espirituais e morais.

II – A ELEVADA MISSÃO DE MARIA

1. Deus a escolheu para ser a mãe do Salvador. Ao ouvir tal saudação do anjo, Maria ficou perplexa: “Disse-lhe, então, o anjo: Maria, não temas, porque achaste graça diante de Deus, e eis que em teu ventre conceberás, e darás à luz um filho, e pôr-lhe-ás o nome de Jesus […] (Lc 1.30,31).

2. O anúncio de que seria a mãe do Salvador. Admiração e espanto perturbaram sua mente ao receber a notícia de que seria a mãe do Salvador (Lc 1.34). Então, o anjo explicou que o menino nasceria pela virtude do Espírito Santo (Lc 1.35). Assim, Maria demonstrou outra qualidade que lhe era peculiar, e que muito agradara a Deus – a sua submissão à vontade do Senhor: “Disse, então, Maria: Eis aqui a serva do Senhor; cumpra-se em mim segundo a tua palavra. E o anjo ausentou-se dela” (Lc 1.38).

3. Maria, mulher e mãe. Maria soube comportar-se como verdadeira mãe.  Teve de se deslocar de Nazaré a Belém, para alistar-se com o esposo num censo decretado pelo governo (Lc 2.1-5). Um tremendo contraste! Um Rei, nascendo numa manjedoura. Com esmero, ela cuidou da infância de Jesus. Aos oito dias de nascido, levou-o para ser circuncidado (Lc 2.21); depois, levou-o para ser apresentado no Templo (Lc 2.22,23; Lv 12.4). Periodicamente o levavam para a festa da Páscoa (Lc 2.40,41).

 Maria soube comportar-se como verdadeira mãe.

SÍNTESE DO TÓPICO II

Embora ainda fosse uma menina, Maria recebeu da parte de Deus uma elevada missão.

CONHEÇA MAIS
*O estado civil de Maria (Lc 1.27)

“Em grego, o estado específico de Maria era de parthenos, uma virgem. Ela estava comprometida em se casar com José quando atingisse a maioridade, por meio de um contrato matrimonial. Conquanto a relação sexual não fosse permitida nesse tipo de relacionamento, era como se Maria estivesse ‘casada’ com José.” Para conhecer mais leia, Guia do Leitor da Bíblia, CPAD, p. 652.

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
“Maria tem dificuldade em entender o que o anjo lhe contou. Sendo virgem, ela não tem ideia de como ela pode ter um filho. Seu casamento não fora consumado fisicamente. Gabriel diz que o nascimento de Jesus será provocado pela vinda do Espírito Santo sobre ela e pela sombra do poder de Deus. Lucas tipicamente vincula o Espírito Santo com o poder de Deus. O verbo ‘descer’ (eperchomai, em Lucas 1.35) também é usado para se referir à promessa do Espírito que vem sobre os discípulos no Dia de Pentecostes (At 1.8). A sombra (episkiazo) diz respeito à presença de Deus (cf. Êx 40.35) e nos faz lembrar da nuvem que deu sombra como sinal da presença divina na transfiguração (Lc 9.34). A presença poderosa de Deus repousará sobre Maria, de modo que a criança que ela gerar será o Filho de Deus. Concebido pelo Espírito Santo, Ele será santo como alguém especialmente ungido pelo Espírito (Lc 4.1). A linguagem de Lucas é claramente trinitária: o Altíssimo, o Filho de Deus e o Espírito Santo.

Lucas não dá indicação exata de quando Maria concebeu Jesus; esse nascimento milagroso não tem paralelo. Pessoas como Abraão e Sara e Zacarias e Isabel, que estavam em idade avançada para gerarem filhos, receberam filhos por Deus. O poder extraordinário de Deus superou a esterilidade e idade avançada desses casais. Mas o nascimento de Jesus não se ajusta a esse padrão. No seu caso, Deus não venceu a incapacidade dos pais terem filhos, mas a engravidou na ausência completa de um pai humano. O nascimento de Cristo é um acontecimento dos últimos dias e introduz uma nova era que culminará no julgamento final e na salvação dos redimidos. A glória da vinda de Deus em carne exigia um milagre como o nascimento virginal para indicar a coisa poderosa que Deus estava fazendo por nossa salvação” (Comentário Bíblico Pentecostal:Novo Testamento. Vol. I, 4.ed, Rio de Janeiro: CPAD, 2009, p. 322)

III – O SEU PAPEL NO PLANO DA SALVAÇÃO

1. Maria deu à luz “a semente da mulher.” Após a tragédia do pecado, por amor e misericórdia, Deus declarou, na repreensão a Satanás: “E porei inimizade entre ti e a mulher e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar” (Gn 3.15). Essa declaração divina é considerada o “protoevangelho” de Deus. Diz Paulo: “mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para remir os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos” (Gl 4.4,5).

2. Maria não é redentora. Nos ensinos do Novo Testamento não existe nenhuma base para considerar Maria como redentora, ou mediadora entre Jesus e os homens. Este  posicionamento é perigoso, pois a Bíblia diz que não devemos ir além do que está escrito (1 Co 4.6). O ensino de que Maria é redentora e mediadora provém do dogma, estabelecido no Concílio de Éfeso, realizado em 431 d.C. Naquele Concílio, chegaram à conclusão de que Maria era Mãe de Deus, pois Jesus era Deus. Tal conclusão fere a revelação bíblica por várias razões. Deus é eterno, o Criador. Uma criatura não pode ser sua mãe. Isso é pecado da mariolatria, o que não condiz com o caráter humilde, submisso e santo da mãe de Jesus (Lc 1.38). Na verdade, Maria era mãe do Filho de Deus encarnado, Verdadeiro Deus e Verdadeiro Homem.

3. Maria não é mediadora. Não se pode negar a honra e os privilégios que Deus concedeu a Maria de Nazaré, para ser a mãe do Filho de Deus, encarnado em seu ventre. Mas a ela, não se deve render culto ou adoração. Jesus disse: “Ao Senhor, teu Deus, adorarás e só a ele servirás” (Mt 4.10). Abaixo algumas heresias a respeito do culto a Maria.

a) Assunção de Maria. O Papa Pio XII, em sua bula Munificentíssimo Deus (de 1º de novembro de 1950) diz que Maria “… foi levada de corpo e alma para a glória do céu”. Na verdade, Maria foi sepultada e, agora, aguarda a ressurreição, no arrebatamento da igreja.

b) Intercessão de Maria. Que absurdo! A Bíblia diz claramente: “Porque há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, homem” (1 Tm 2.5). “… o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós” (Rm 8.34). Só Jesus pode interceder por nós diante de Deus, porquanto por nós Ele morreu na cruz.

c) Suprema autoridade de Maria!  Um ensino como esse jamais honra Maria, a Mãe de Jesus como Homem. Só pode ser de origem maligna para confundir as mentes incautas, levando-as à mariolatria. Jesus disse que todo o poder lhe foi dado no céu e na terra (Mt 28.18).

SÍNTESE DO TÓPICO III

O papel de Maria no plano da salvação era de extrema grandeza.

SUBSÍDIO DIDÁTICO
“Em Gênesis 3.15, Deus disse à serpente: A Semente da mulher te ferirá a cabeça. Compare a referência de Paulo a isto em Romanos 16.20. A serpente só poderia ferir o calcanhar da Semente da mulher. De fato, ferir não é forte o bastante para traduzir o termo hebraico, que pode significar moer, esmagar, destruir. Uma cabeça esmagada que leva à morte é contrastada com um calcanhar esmagado que pode ser curado. O versículo de Gênesis 3.15 é chamado de ‘proto-evangelho’, pois contém uma promessa de esperança para o casal pecador. O mal não tem o destino de ser vitorioso para sempre; Deus tinha em mente um Vencedor para a raça humana. Há um forte caráter neste versículo.

Em 3.14,15, vemos ‘Calcanhar Ferido’. 1) O Salvador prometido era a Semente da mulher –  o Deus-Homem; 2) Esta Semente Santa feriria a cabeça da serpente –  conquistar o pecado; 3) A serpente feriria o calcanhar do Salvador – na cruz, ele morreu” (Comentário Bíblico Beacon:Gênesis a Deuteronômio. 1ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p. 41).

CONCLUSÃO
Maria merece todo o respeito, a honra e o reconhecimento de seu papel, no plano de Deus em relação à humanidade. Na presciência de Deus, Jesus já era “a semente da mulher” (Gn 3.15), que haveria de ferir a cabeça da serpente, que é o Diabo. Ela foi a única mulher que concebeu pelo Espírito Santo. Mas não há qualquer base bíblica para que lhe rendamos culto, adoração, ou a considerarmos mediadora entre Deus e os homens, pois esse papel é exclusivo de Jesus

Cristo, Nosso Senhor.

PARA REFLETIR
A respeito de Maria, mãe de Jesus, uma serva humilde, responda: 

·         Qual o valor da virgindade de Maria
Era indispensável para o cumprimento da profecia de Isaías (7.14).

·         Que contraste se vê no nascimento de Jesus?
Um Rei, nascendo numa manjedoura.

·         Por que Maria não pode ser “Mãe de Deus”?
Porque uma criatura não pode ser mãe do Criador.

·         Por que Maria não pode ser Intercessora?
Por que só Jesus é mediador entre Deus e os homens.

·         Por que Maria não tem autoridade suprema no céu?
Porque só Jesus tem todo o poder no céu e na terra..

CONSULTE

Revista Ensinador Cristão – CPAD, nº 70, p41.

Um comentário

  1. Gosto muito desse belo trabalho que favorece o povo de Deus no Brasil na Educação Religiosa

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