Lição 04 – Desafiando a Deus no deserto

 

24 de Abril de 2022
 
Jovens 2º Trimestre de 2022
TEXTO PRINCIPAL
” Neste deserto cairá o vosso cadáver, como também todos os que voz foram contados segundo toda a vossa conta, de vinte anos para cima, os que dentre vós contra mim murmuraste ” (Nm 14.27)
 
RESUMO DA LIÇÃO
A tentação da murmuração contra Deus fez os israelitas perderem uma geração inteira no deserto.
 
LEITURA SEMANAL
SEGUNDA – 1 Co 10.5 Deus não se agrada de murmuradores
TERÇA – Êx 15.23 Murmuração em Mara
QUARTA – Êx 17.1-2 Murmuração em Refidim
QUINTA – Êx 17.7 Deus está conosco ou não?
SEXTA – Nm 13.32 A terra que consome
SÁBADO – Nm 14.37 Consequência de tentar a Deus
 
OBJETIVOS
1- MOSTRAR que os hebreus desprezam a presença de Deus durante a caminhada à Terra Prometida
2- EXPLICAR as consequências de os espias terem informado a terra que Deus disse que era boa
3- EXPOR a causa do atraso de 40 anos na entrada da Terra Prometida
 
 
INTERAÇÃO
Professor(a), na lição deste domingo estudaremos a respeito da Tentação de murmurar, reclamar contra o Senhor. Sabemos que Deus libertou Israel da escravidão e que o povo pagou um preço bem alto por ter reclamado do Senhor, toda Uma Geração morreu no deserto. No Novo Testamento o apóstolo Paulo adverte os crentes a não seguir o exemplo de alguns israelitas no deserto, pois estes pereceram pelo destruidor (1 Co 10.10)
 
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor(a), utilize o esquema abaixo para mostrar aos seus alunos que diante das dificuldades o povo de Deus sempre caía na tentação da murmuração
 
RECLAMAÇÃO PECADO CONSEQUÊNCIA
Falta de comida (Nm 11.4) Cobiçaram o que não tinham. Deus mandou codornizes, mas quando as pessoas começaram a comer, Ele atingiu com uma praga.
Desejaram o retornar ao Egito (Nm 14.1-4). Rebelaram-se contra os líderes determinados por Deus e demonstraram a falta de confiança no Altíssimo. Todos os requeridos não poderiam entrar na terra prometida
A autoridade a liderança de Moisés e Arão (Nm 16.3) Ganância por poder e autoridade. As famílias, os amigos e as posses de Corá, Datã e Abirão  Foram engolidos pela terra
Falta de água (Nm 20.2-3) Recusaram-se a crer que Deus provêria tudo como havia prometido Moisés pecou com o povo e foi impedido de entrar na terra prometida
Aplicação Extraído da Bíblia de Estudo Pessoal, Rio de Janeiro: CPAD,p.11
 
TEXTO BÍBLICO
Números 13.25-33
25- Depois voltaram de espiar a Terra ao fim de 40 dias
26- E caminharam e vieram a Moisés, e Arão, e toda a congregação dos filhos de Israel no deserto de Parã, a Cades, e, tomando, deram-lhe contas a eles e a toda a congregação, e mostraram o fruto da terra
27- E contaram-lhe e disseram: Fomos à Terra a que nos enviaste, e, verdadeiramente, mana leite e mel, e este é o fruto
28-O povo porém que habita nessa terra é poderoso e as cidades fortes e mui grandes e também ali vimos os filhos de Anaque.
29- Os amalequitas habitam na terra do Sul, e os heteus e os jebuseus e os amorreus habitam na montanha, e os cananeus habitam ao pé do mar e pela ribeira do Jordão.
30- Então, Calebe fez calar o povo perante Moisés e disse: Subamos animosamente e possuamo-la em herança, porque certamente, prevaleceremos contra ela.
31- Porém os homens que com ele subiram disseram: Não poderemos subir contra aquele povo, porque é mais forte do que nós.
32- E infamaram a terra, que tinham espiado perante os filhos de Israel dizendo: A terra, pelo meio da qual passamos a espiar é terra que consome os seus moradores e todo o povo que vimos no meio dela são homens de grande estatura
33 Também vimos ali gigantes filhos de Anaque, descendentes dos gigantes e éramos aos nossos olhos como gafanhotos e assim também éramos aos seus olhos.
 
INTRODUÇÃO
Fazer um passeio turístico por um deserto, quando estiver com roupas apropriadas, um veículo adequado e suplementos podem ser uma aventura radical. No entanto, não dá pelo deserto por 40 anos, sabendo que jamais sairá dele vivo, e consciente de que não ver a promessa de deus se cumprindo na sua vida, é desanimador. Veremos, na lição deste domingo que esse foi o preço pago pelos israelitas que haviam recebido a promessa de deus, de saírem da escravidão e entrar em uma terra onde seria donos da sua própria liberdade e ainda teria a proteção e a benção de Deus, se fossem obediente aos seus mandamentos. Contudo, por terem tentado a deus, deixaram de receber a promessa do Senhor, e pagaram com suas próprias vidas por sua incredulidade e rebeldia.
 
I- DESPREZANDO A PRESENÇA DE DEUS NA CAMINHADA.
    1- As águas amargas em Mara. Moisés registra que após saírem do Mar Vermelho, os hebreus andaram na direção do deserto de Sur por três dias, sem encontrar água (Êx 15.22). Ao chegar a uma localidade chamada Mara, encontraram água, mas logo descobriram que elas eram amargas (Êx 15.23). Não se consegue matar a sede em um deserto bebendo uma água com sabor desagradável. Na prática, provavelmente se tratava de águas com sabor diferenciado pela presença de minerais, o que pode ter causado estranheza aos israelitas sedentos. É curioso que os mesmos israelitas que bebiam das águas nada saudáveis do rio Nilo, reclamassem das águas amargas de Mara. Na escravidão, não reclamavam do que eram obrigados a beber, mas bastou ficarem livres que passaram a reclamar de tudo. De qualquer forma, a postura deles não foi buscar a ajuda de Deus em oração, mas sim murmuraram contra Moisés (Êx 15.24). Então, o servo de Deus clama ao Senhor, e Este o orienta a lançar um pedaço de madeira na água e a água ficou boa para beber (Êx 15.25). Ali, naquela situação, Deus os provou (Êx 15.25). Além de tornar a água agradável para o consumo, Deus garantiu aos hebreus que se eles obedecessem, não teria nenhuma das enfermidades que foram vistas nos egípcios (Êx 15.26).
     2- O envio do Maná. Passado mais alguns dias, os hebreus novamente murmuraram contra Moisés e apresentaram a Arão suas queixas (Êx 16.2). Por qual motivo? Por não terem o que comer. Eles não pediram alimentos a Deus. Era mais fácil colocar a culpa em Moisés, do que se lembrarem de que haviam sido escravos de Faraó. As suas memórias não estavam nos milagres que haviam presenciado, mas nas panelas com carne e nos pães que comiam ‘até fartar’ (Êx 16.3). É importante observar que o esquecimento é muito próximo da ingratidão. Os hebreus não agradeceram a deus pela liberdade nem pela provisão recebida. Eles preferiram permanecer como escravos bem alimentados e murmuraram contra deus (Êx 16.7). Em sua bondade o Senhor proveu a carne e o pão, enviando codornizes de tarde e maná pela manhã (Êx 16.13). Mesmo com a orientação de Deus, nos dias da semana, pegarem somente um maná necessário, ouve israelitas que se apropriaram de mais do que precisavam, tentando estocar alimentos. A desobediência lhes rendeu bichos e mau cheiro nos alimentos. As lições necessárias para que confiasse no senhor seria apreendida com bastante dificuldade.
      3- Águas de Refidim. Como se fosse em poucas essas duas ocorrências anteriores, Moisés registra uma nova murmuração dos israelitas contra Deus. Ao chegarem em Refidim, e percebendo que não havia ali a água vir logo se puseram a reclamar contra Moisés (Êx 17.2). Esses relatos nos evidenciam duas verdades: era comum o povo reclamar contra Moisés, e essas murmurações eram vistas por Deus como um pecado contra Ele. Os hebreus chegaram a dizer: “Está o SENHOR no meio de nós, ou não” (Êx 17.7). Duvidar da presença de Deus junto a nós pelo fato de faltar em um ou mais elementos essenciais à vida é falta de confiança na provisão divina! Não podemos ser imaturos na fé ao ponto de acreditar que se passamos por dificuldades é porque Deus não está conosco. Na verdade, tanto a fartura quanto a escassez devem nos levar a Deus.
 
SUBSÍDIO 1
Professor(a), para dar início ao primeiro tópico da lição, faça a seguinte pergunta: O que significa murmurar? Ouçam os alunos com atenção e expliquem que murmurar significa falar mal de alguém ou algo, lamentar-se, queixar-se. Em seguida, diga que “a liderança é cara, por que a culpa pela diversidade recai nos líderes. Essas pessoas sabiam que Moisés era homem de Deus; por isso, o pecado também era contra deus. Grandes experiências com Deus não curam necessariamente o coração mau e queixoso. A murmuração cessa apenas quando crucificamos o eu e entronizamos a cristo (Ef 4.31-32). A única coisa que Moisés poderia fazer era reclamar ao Senhor. Não há dúvidas de que ele teria fornecido água potável em resposta à fé paciente de Israel, se tivesse permanecido firmes. O senhor às vezes satisfaz nossos caprichos em detrimento da fé. Aqui, as águas se tornaram doces quando Moisés lançou um lenho nelas mas a fé de Israel continuou fraca.
Desconhecemos o método natural que explica este milagre. Deus usou essa ocasião para enviar uma lição a Israel, dando-lhe estatutos e uma ordenação. Se as pessoas ouvissem a Deus e obedecessem inteiramente a sua palavra, elas seriam curadas de todas as enfermidades que Deus tinha força sobre o Egito. Assim como Deus curou as águas amargas de Mara, assim ele curaria em Israel satisfazendo as necessidades físicas e, mais importantes que tudo, curando o povo de sua natureza corrompida. Deus queria tirar o espírito de murmuração do meio do povo ele dar uma fé forte”
(comentário bíblico Beacon. Vol 1. Rio de Janeiro, CPAD.2005,p.175). EBD | 2° Trimestre De 2022 | CPAD – Revista Jovens – Tema: O PERIGO DAS TENTAÇÕES – As Orientações da Palavra de Deus de como Resistir e ter uma Vida Vitoriosa | Escola Biblica Dominical | Lição 04: Desafiando a Deus no deserto
 
II- INFAMANDO A TERRA QUE DEUS DISSE QUE ERA BOA
     1- Uma honra transformada em uma vergonha. Para que os hebreus pudessem entrar na terra que Deus lhe havia prometido, era preciso saber quem estava residindo nela. Um trabalho de inteligência precisava ser moldado para que eles pudessem ser bem-sucedidos na conquista daqueles territórios. O fato de Deus estar com eles não os isentava de serem precavidos e, acima de tudo, observadores. Então, Moisés escolheu representantes das tribos, homens tidos por cabeças (Nm 13.3). Isto significa que eram influentes, e tinha poderes de convencimento diante de seus irmãos.
A missão deles era saber “que a Terra é, o povo que nela habita: se é forte ou fraco, se é pouco ou muito” (Nm 13.18). Certamente Deus poderia revelar todos esses detalhes a Moisés, sem que fosse necessário escolher homens para uma missão tão arriscada. Mas, aqueles homens teriam a honra de cooperar com o plano de Deus. Eles, até hoje são lembrados por terem cumprido a sua missão e influenciando negativamente a opinião do povo diante daquilo que Deus havia falado. Em nossos dias, essa cena parece se repetir, pessoas que deveriam ser úteis na obra de Deus, cooperando com o Senhor, acaba influenciando outras pessoas para direções opostas tornando-se, assim, inúteis.
      2- Quando príncipe se veem como insetos. “Éramos aos nossos olhos como gafanhotos e assim também éramos aos seus olhos” (Nm 13.33). Quem fez essa declaração? Os mesmos homens que a Bíblia diz que eram os cabeças dos filhos de Israel (Nm 13.3). A orientação Divina era que os homens capacitados na liderança fossem enviados para espionar a terra. Eles a espiaram mas, ao retornarem da missão, falaram coisas ruins da terra que Deus havia dito que era boa. Eles chegaram a dizer que se pareciam com gafanhotos diante dos moradores de Canaã, apresentando igualmente uma opinião do povo da terra sobre eles. Como é triste obedecer a Deus no início da caminhada, e perder a visão do que ele quer fazer no percurso.
      3- Desqualificando o que Deus disse que era bom. “E infamaram a terra, que tinham espiado, perante os filhos de Israel, dizendo: a terra, pelo meio de qual passamos a espiar, é terra que consome os seus moradores; e todo o povo que vimos no meio dela são homens de grande estatura” (Nm 13.32). Da mesma forma que Satanás no Éden, enganou de forma proposital o primeiro casal, desqualificando o que Deus disse, os espias, exceto Josué e Calebe, desqualificaram a terra que por séculos Deus estava preparando para os filhos de Abraão. Toda tentação, em algum nível, buscar tornar inútil, ou de pouco valor, aquilo que Deus disse que era bom, e tenta tornar valioso que Deus disse que não deveria ser valorizado.
 
III- UM ATRASO DE 40 ANOS
     1- Quando a promessa de Deus é mudada. Os israelitas descobriram ao longo dos 40 anos seguintes, que desprezar a Deus e a sua palavra tinha consequências terríveis. O deserto não havia sido escolhido para que eles perdessem suas vidas (Êx 13.17). Deus sabia que os hebreus não tinham experiência de combate, e por isso os conduziu por outro caminho. Porque muitas vezes acreditamos ser uma provação de Deus pode ser, na verdade, uma forma de livramento que ele nos está dando, para que a sua promessa se cumpra em nossas vidas. Mas, por causa da rebeldia do seu povo, e das constantes murmurações com as quais tentaram ao Senhor, Deus reverteu sua promessa para aquela geração. O Todo-Poderoso não falhou em seus desígnios. Uma geração de hebreus libertos entrou na terra prometida, mas foi somente aquela que pressiona o deserto e valorizou a terra que Deus concedeu. Às vezes, Ele nos permite passar por dificuldades para que possamos entender o valor da bênção que Ele reservou para nós.
     2- Tentar a Deus é pecado. O que devemos entender diante das narrativas que tratam dos primeiros dias do povo no deserto, é que tentar o Senhor é pecado: “Não tentarás o Senhor teu Deus” (MT 4.7). Por não verem a Deus, os hebreus queixavam-se dos homens que Ele havia escolhido para libertá-los e conduzi-los rumo à Terra Prometida. A geração que saiu do Egito teve todas as oportunidades de vivenciar duas experiências marcantes: a liberdade da escravidão e a chegada no lugar que Deus lhe reservara. Contudo, por causa da tentação, os homens que infamaram a terra “morreram de Praga perante o SENHOR” (Nm 14.37), e os demais hebreus, que se deixaram levar, perderam suas vidas no deserto.
       3- Vale a pena desagradar a Deus? Hebreus precisavam confiar no que Deus havia prometido. Eles já tinham visto o poder do Senhor contra os egípcios, mas, mesmo assim, preferiram atentar para as circunstâncias e tentaram a Deus com sua incredulidade. Já fomos alcançados pela salvação mas precisamos aprender a agradar a Deus com nossas ações. Agradamos ao Senhor dando crédito ao que ele nos diz.
 
PENSE!
Vale a pena desagradar ao Senhor?
 
PONTO IMPORTANTE!
Desagradar ao Senhor só traz consequências maléficas
 
SUBSÍDIO 3
“O julgamento de Deus veio de forma que as pessoas mais temiam. O povo tinha medo de morrer no deserto Deus o puniu fazendo peregrinar lá até a morte daquela geração”
(Bíblia de Estudo aplicação pessoal. Rio de Janeiro, CPAD, p. 11).
 
CONCLUSÃO
Da mesma forma que Deus não tenta ninguém, não podemos tentar com os nossos palavras, pensamentos ou ações, pois essas são formas de ingratidão contra aquEle que nos salvou e nos tirou da escravidão do pecado que jamais sejamos ingratos ou esquecido das bençãos que temos recebidos dEle.
 
HORA DA REVISÃO
1- Por qual motivo Deus levou os hebreus para a terra prometida pelo deserto? 
Para que o povo não desanimasse vendo a guerra
 
2- Porque o povo não pode beber as águas de mara? 
Porque ela era amargas e impróprias para o consumo
 
3- Quem Moisés escolheu para espionar a terra? 
Os líderes das tribos de Israel
 
4- Segundo a lição, o que a desobediência dos hebreus lhes rendeu? 
Rendeu-lhes bichos e mau cheiro
 
5- Como podemos agradar ao Senhor? 
Agradamos ao Senhor dando crédito ao que ele nos diz

1 comentário


  1. murmuração nunca deve ser uma virtude do ser-humano,ainda mais o
    ser-humano cristão

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