Lição 08- Relacionando-se com a Família

MEDITAÇÃO 

Mas, se alguém não tem cuidado dos seus e principalmente dos da sua família, negou a fé eé pior do que o infiel. (1 Tm 5.8
 
REFLEXÃO BÍBLICA DIÁRIA 
 SEGUNDA-Gênesis 2.24 
 TERÇA-Josué 24.15 
 QUARTA – Salmos 103.17,18 
 QUINTA-Efésios 4.32 

 SÁBADO – Colossensses 3.21

TEXTO BÍBLICO BASE 

22 – Vós, mulheres, sujeitai-vos a vosso marido, como ao Senhor; 
23 – porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja, sendo ele próprio o salvador do corpo. 
24 – De sorte que, assim como a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo sujeitas a seu marido. 
25 – Vós, maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela, 
26 – para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra, 
27 – para a apresentara si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível. 
28 – Assim devem os maridos amar a sua própria mulher como a seu próprio corpo. Quem ama a sua mulher ama-se a si mesmo. 
29 – Porque nunca ninguém aborreceu a sua própria carne; antes, a alimenta e sustenta, como também o Senhor à igreja; 30 – porque somos membros do seu corpo. 
31 – Por isso, deixará o homem seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher; e serão dois numa carne. 
32 – Grande é este mistério; digo-o, porém, a respeito de Cristo e da igreja.
33 – Assim também vós, cada um em particular ame a sua própria mulher como a si mesmo, e a mulher reverencie o marido. 
1 – Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo. 
2 – Honra a teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa, 
3 – para que te vá bem, e vivas muito tempo sobre a terra. 

4 – E vós, pais, não provoqueis a ira a vossos filhos, mas criai-os na doutrina e admoestação do Senhor.

INTERAGINDO COM O ALUNO 

Um dos maiores desafios de nossos dias é apresentar uma perspectiva bíblica sobre a relação familiar. Na atualidade, essa relação foi deturpada não apenas por causa do pecado, mas também pelas diversas ideologias que foram desenvolvidas com o objetivo de desconstruir o projeto de Deus nessa esfera. É provável que seus alunos tragam consigo parâmetros opostos aos da Bíblia, o que exigirá de você sabedoria para apresentar essa aula. Lembre-se de que em sua turma pode haver pessoas procedentes de famílias desestruturadas ou separadas, e que talvez tragam para a sala de aula suas próprias experiências. Você tem a seu favor o fato de que geralmente as pessoas valorizam a família tradicional, e que desejam que seus casamentos e a criação de seus filhos sejam bem sucedidos. Aproveite para mostrar que Deus também é a favor da família, que tem interesse em nossos relacionamentos familiares e que deseja fazer da família um exemplo de pessoas amorosas, cuidadosas e que se respeitam mutuamente, com obrigações físicas, morais e espirituais. 
 
OBJETIVOS 
Sua aula deverá alcançar os seguintes objetivos: 
1 Entender a importância da família sob a ótica de Deus;
2 Explicar o papel do homem e da mulher diante de Deus tanto no lar quanto na igreja; 
3 Explorar a importância da perspectiva bíblica de uma relação adequada dos pais com os filhos. 
 
PROPOSTA PEDAGÓGICA 
Nesta aula o assunto principal é família. Provavelmente, nem todos os seus alunos conhecem a perspectiva bíblica de família, e talvez até questionem pontos que a Bíblia aborda de forma cristalina, como o papel do homem e da mulher tanto na convivência conjugal quanto na criação dos filhos. Por isso, comece sua aula mostrando a eles que a família é uma criação divina, que Deus tem um compromisso com ela e que podemos encontrar na Bíblia Sagrada os conselhos divinos para o relacionamento entre homem e mulher e o relacionamento entre pais e filhos. Lembre-se de mostrar a eles também que muitos problemas dentro da família ocorrem por falta de observação dos preceitos bíblicos, e que esses males podem ser tratados se o grupo familiar atender às palavras divinas.

INTRODUÇÃO 
A primeira instituição criada por Deus e deixada por Ele no mundo foi a família. Pelos planos de Deus, por meio da família um homem e uma mulher se unem pelo matrimônio, têm filhos, criam-nos de forma que agrade a Deus. Essa história se repete com o passar dos anos, de geração para geração, se passa não apenas as tradições, mas acima de tudo, o conhecimento de Deus e como o ser humano deve adorá-lo e servi-lo. Sabemos que por causa do pecado, as famílias foram duramente afetadas, a começar do fato de que na primeira família, um irmão, Caim, matou seu irmão, Abel. De que forma podemos restaurar o projeto de Deus para a família? O que a Bíblia traz de mandamentos para as famílias de hoje? Veremos isso nesta lição. 
 
1. O QUE É FAMÍLIA 
    1.1. Definindo o termo família. A família é o agrupamento de pessoas. Pode ser constituída, de acordo com o Dicionário Aurélio, por um conjunto de parentes de uma pessoa e das pessoas que moram com ela, de duas pessoas ligadas pelo casamento e seus descendentes, ou ainda de pessoas que possuem um ancestral comum. Por essa definição, uma família é composta não apenas de um casal com filhos, mas igualmente de outros parentes que vivam naquela residência, ou por um homem e uma mulher que se casam e que geram filhos. 
    1.2. Objetivos de Deus em criar a família. Esses objetivos encontram-se nas Escrituras, em Gênesis, o livro dos começos. A Bíblia diz que Deus criou o homem e deu-lhe a autoridade para dominar sobre a natureza, e formou a mulher, a ajudadora do homem (Gn 2.18-24), abençoando o primeiro casal. A seguir, Deus presenteou o casal com dois filhos (Gn 4.1,2). Entendemos, com base nesses textos, que Deus teve como objetivos abençoar a relação entre o homem e a mulher, e por meio do amor do casal, gerar descendentes. Esses foram os objetivos divinos iniciais em relação à família. Como a própria Bíblia narra, esses dois princípios foram deteriorados pelo pecado do homem. Então, criou-se a poligamia, os atos sexuais fora do casamento, criação de filhos sem seus pais e tantos outros males de cunho sexual e de convivência entre os seres humanos. 
    1.3. A restauração da família. Apesar desses desarranjos originários do pecado, Deus ainda tem a palavra final na restauração da família. Ele enviou seu Filho, Jesus Cristo, para salvar o homem, trazê-lo de volta a Deus e orientar novamente a família por meio de sua Palavra. Por intermédio da Bíblia, vemos diversas diretrizes que devem ser seguidas a fim de que vejamos nossas famílias restauradas. 
 
 AUXÍLIO TEOLÓGICO 1
 “A submissão da esposa (Ef 5.22-24). Toda relação pessoal tem algum elemento de submissão. Na ordem natural das coisas, o marido ocupa a posição de prioridade. Paulo reconhece esta ordem natural conclamando as mulheres a se sujeitarem (22; cf 1a Co 11.2-16; Cl 3.18). Fora da relação matrimonial, macho e fêmea são iguais. Mas no ambiente familiar, o marido tem de assumir certas prerrogativas divinamente ordenadas e a esposa tem de aceitar essa relação com alegria. Bruce escreve que não é que ‘as esposas sejam inferiores aos maridos, quer sob o aspecto natural, quer espiritual. Mas Paulo reconhece uma hierarquia divinamente ordenada na ordem da criação; e nesta ordem, a esposa tem lugar imediatamente depois do marido. A esposa tem de estar pronta a se render ao marido para que o marido exerça a autoridade que é sua responsabilidade. Para colocar seu apelo no quadro de referência desta carta, Paulo apresenta a analogia da supremacia de Cristo como reforço da afirmação de que a esposa se sujeite ao marido (23; cf 1.22) […] O marido não é apenas a cabeça da esposa; é também analogicamente o salvador do corpo (23). De acordo com a inter­pretação mais rígida, a última frase aplica-se fundamentalmente a Cristo, que é ‘o Libertador e defensor da igreja, que é o seu corpo”’ (Comentário Bíblico Beacon. Vol.9. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, pp.182,83). 
 
2. O RELACIONAMENTO CONJUGAL 
   2.1.0 que é o relacionamento conjugal. O relacionamento conjugal é a interação entre marido e mulher, dentro da união matrimonial. É composto por deveres e direitos mútuos, e servem para que o casal possa conviver em harmonia em todos os aspectos.
Esse relacionamento é tão importante que Deus compara sua relação com Israel como a união entre um homem e uma mulher, e da mesma forma, como uma cerimônia de casamento (Ef 5.26-32). No Apocalipse é revelado ao apóstolo João a união entre Cristo e sua Igreja, com uma “festa” que durará mil anos, as bodas do Cordeiro (Ap 19.7-9).
A Bíblia descreve que os deveres conjugais entre o esposo e a esposa não podem ser esquecidos na esfera sexual. Deus abençoa a união sexual entre um homem e uma mulher dentro do casamento. Qualquer outra relação fora desse padrão é condenada por Deus, isto é, um homem que tem uma relação sexual com uma mulher que não é sua esposa, ofende o plano divino: “Ou não sabeis que o que se ajunta com a meretriz faz-se um corpo com ela? Porque serão, disse, dois numa só carne” (1 Co 6.16). E a falta de fidelidade dentro do casamento atrai o julgamento de Deus: “Venerado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula; porém aos que se dão à prostituição e aos adúlteros Deus os julgará” (Hb 13.4). 
     2.2. Os deveres da mulher. A esposa, tradicionalmente, é responsável, junto com o esposo, pela educação dos filhos. Dentro do perfil da família judaica, ensinava os deveres domésticos às filhas e cuidava da casa.
A esposa cuidava também da casa, zelando por toda a infraestrutura da residência. Quando lemos Provérbios 31, a partir do verso 10, veremos a figura da mulher virtuosa: ela busca sempre o melhor para sua família, não come o pão da preguiça, mantém a casa iluminada, deixa sua casa aquecida no inverno, abre sua boca com sabedoria e tem um espírito misericordioso para cornos necessitados.
Em nossos dias, muitas coisas mudaram, e a mulher, não raro, participa da tarefa de sustentar a casa trabalhando fora. Isso traz um peso a mais em toda a tarefa que a mulher já possui, que em muitos casos, tem um expediente remunerado no trabalho e outro não remunerado, em casa. As mulheres vêm ocupando um espaço cada vez maior no mercado de trabalho. Muitas estão estudando, se formando e se tornando cada vez mais excelentes profissionais, e isso é uma bênção, pois o testemunho de Deus pode ser visto em diversas classes e de diversas formas.
Em relação ao seu esposo, o apóstolo Pedro (1 Pe 3.1-4) diz que a mulher casada deve ter uma vida de convivência em sujeição. Isso não significa que a mulher não deve ser ouvida por seu marido, ou ter desprezada a sua participação na tomada de decisões. A sujeição feminina é, antes de tudo, um mandamento bíblico que mostra a honra da esposa diante de Deus: “Vós, mulheres, estai sujeitas a vosso próprio marido, como convém no Senhor (Cl 3.18). A esposa deve ainda ter uma vida casta, e buscar, mais que uma linda aparência física, uma postura interior que agrade a Deus. 
    2.3. Os deveres do homem. O pai tradicionalmente era o responsável por ensinar uma profissão aos filhos homens, além de ser o provedor da casa. Diante de Deus e de sua esposa, o homem tem diversas obrigações, e essas obrigações possuem alcances espirituais. Vejamos o que o apóstolo Pedro diz sobre as obrigações do homem no casamento: “Igualmente vós, maridos, coabitai com ela com entendimento, dando honra à mulher como vaso mais fraco; como sendo vós os seus coerdeiros da graça da vida; para que não sejam impedidas as vossas orações” (1 Pe 3.7). Em primeiro lugar, usado por Deus, Pedro diz que o esposo deve habitar com sua esposa com entendimento, usando sabedoria no trato diário com ela. Em segundo lugar, deve honrar sua esposa, como a parte mais frágil no casamento. Em terceiro lugar, deve se lembrar de que a esposa é herdeira da vida tanto quanto ele, ou seja, que o céu a aguarda tanto quanto o aguarda. E porque Pedro disse isso? Para o benefício do esposo e da esposa, para que suas orações não sejam impedidas de chegar a Deus. O princípio divino aqui é claro: Deus espera que sejamos sensatos e generosos no tratamento uns com os outros, e isso começa no casamento. Se o homem assim faz, verá a mão de Deus em seu favor, pois devemos demonstrar nosso amor a Deus começando pelo amor aos que nos cercam. E o apóstolo Paulo recomenda aos colossenses: “Vós, maridos, amai a vossa mulher e não vos irriteis contra ela (Cl 3.19).
Devido aos tempos trabalhosos em que vivemos, não raro, como já foi dito, as esposas possuem um duplo expediente de trabalho, dentro e fora de casa. Nada impede que o esposo se prontifique a ajudar sua esposa em algumas tarefas domésticas, e isso em nada diminui a sua masculinidade. Ajudar a esposa em algumas tarefas domésticas é uma forma de demonstrar compreensão por seu trabalho e amor por ela, além de tornar mais agradável o seu dia a dia. 
 
 AUXÍLIO TEOLÓGICO 2 
“O amor do marido. Que a esposa não pense que o marido está completamente livre de obrigações nesta relação. Paulo também tem algo a dizer ao marido. Crisóstomo comentou: ‘Viste a medida da obediência? Ouvi também a medida do amor. Não deveria tua esposa te obedecer como a igreja obedece a Cristo? Cuida dela, como Cristo cuida da igreja’. ‘Amai vossas mulheres’ (25) escreve Paulo aos maridos. Por trás desta exortação e dando-lhe significado infinito está a analogia majestosa da igreja como noiva de Cristo, já apresentada acima, mas desenvolvida aqui ao seu ponto mais alto (cf.27). A expressão amai é um imperativo presente (agapate) significa ‘continuai amando’. O amor que reuniu marido e mulher no casamento deve ser alimentado e expresso à medida que os anos de casamento passam. Ao longo dos anos matrimoniais o marido deve amar a esposa como eles se amaram no dia em que se casaram. O marido deve amar a esposa como Cristo amou a igreja (25). Nessa analogia, Paulo caracteriza o amor que o marido deve ter por sua esposa” (Comentário Bíblico Beacon. Vol.9. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, pp.182,83).
 
 3. RELACIONAMENTO ENTRE PAIS E FILHOS 
     3.1. Filhos são herança do Senhor. Em uma época em que diversas pessoas acreditam que podem dispor de seus corpos como bem entendem, e se tiverem filhos, podem descartá-los antes mesmo que nasçam, a Bíblia diz que os filhos são herança do Senhor, um presente divino aos pais: “Eis que os filhos são herança do SENHOR, e o fruto do ventre, o seu galardão” (Sl 127.3). A Palavra de Deus valoriza a maternidade e a paternidade, e nos tempos bíblicos, famílias que tinham muitos filhos eram consideradas abençoadas por Deus. Em nossos dias, há casais que não têm filhos, e outros casais decidem adiar a paternidade até que tenham conseguido uma melhor situação financeira ou uma posição mais solidificada em suas carreiras profissionais. De qualquer forma, não se pode esquecer que os filhos são um presente de Deus.
A Bíblia recomenda aos pais que cuidem bem de seus filhos, orientando-os não apenas em questões relacionadas à educação, relacionamentos e boas maneiras, mas acima de tudo, apresentando-lhes a fé cristã. O Evangelho deve ser apresentado aos nossos filhos ainda pequenos, para que tenham a oportunidade de crescer de acordo com os princípios bíblicos e já cedo aceitarem a Jesus como seu Salvador e desenvolver um relacionamento correto com Deus. 
     3.2. Sabedoria no trato com os filhos. Naturalmente, é preciso sabedoria em todos os nossos relacionamentos interpessoais, inclusive no trato com os filhos. Paulo, nessa esfera, escreveu aos Colossenses: “Vós, pais, não irriteis a vossos filhos, para que não percam o ânimo” (Cl 3.21). Essa orientação paulina se baseia no fato de que os pais podem ter dois tipos de relacionamentos com os filhos, ou com base no diálogo e demonstração de amor ou com base na aspereza e na irritação. E aos pais efésios fala o mesmo apóstolo: “E vós, pais, não provoqueis a ira a vossos filhos, mas criai-os na doutrina e admoestação do Senhor” (Ef 6.4). Portanto, com base nas Escrituras, entendemos que Deus privilegia o diálogo entre os pais e os filhos, com sabedoria e temor.
No trato pais e filhos, o exemplo também é essencial. De nada adianta ensinarmos nossos filhos a tomarem determinadas atitudes e decisões se nós mesmos não nos tornamos o exemplo para eles. 
    3.3. Obediência dos filhos aos pais. A Palavra de Deus recomenda aos filhos que sejam obedientes aos seus pais. Paulo escreve aos efésios: “Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo” (Ef 6.1). Curiosamente, Paulo atribui a obediência dos filhos aos pais como um ato de justiça. O apóstolo completa essa recomendação deixando claro a recompensa de Deus ao mandamento de honrar e obedecer aos pais: “Honra a teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa, para que te vá bem, e vivas muito tempo sobre a terra” (Ef 6.2,3). Se obedecer é um mandamento dos filhos aos pais, honrar os pais é um mandamento que se completa com a obediência. E
como Deus não fica devendo nada a ninguém, Ele presenteia os filhos com uma vida longa e abençoada: “[…] para que te vá bem e vivas muito tempo na terra”. Escrevendo aos Colossenses, Paulo fala novamente sobre a obediência devida aos pais: “Vós, filhos, obedecei em tudo a vossos pais, porque isto é agradável ao Senhor” (Cl 3.20).
 
AUXÍLIO TEOLÓGICO 3

 “Uma segunda dimensão da estrutura doméstica recebe a atenção, qual seja, a relação entre pais e filhos, quando há amor genuíno em casa, permanece a base adequada da vida saudável para todos os membros da família. Não obstante, os deveres recaem sobre cada membro. Ao incluir esses poucos versículos, Paulo dignifica o lugar da criança no lar e na comunidade cristã. Tal preocupação não era a atitude do mundo antigo. O sistema romano dava ao pai poder absoluto sobre os filhos. Ele tinha o direito de castigá -los conforme sua ira depravadamente ditas se, vendê-los à escravidão se achasse que eles estavam dando muitas despesas ou lhe fossem inúteis, ou, sob certas condições, matá-los. Este poder do pai sobre os filhos predominava por toda a vida. A vida infantil não tinha valor, conforme uma carta datada do ano 1 a.C., escrita por Hilário, um soldado romano de Alexandria, Egito, para sua esposa, Alis. Ele ordena à esposa grávida que deixe a criança viver se for menino, mas que lance ao desterro se for menina. Deixar que as crianças se arranjassem como pudessem era prática comum naqueles dias. Quando Jesus chamou as criancinhas para si, ele estava falando contra essa desvalorização da vida humana jovem (Mt 19.14). Paulo se coloca ao lado de Jesus quando vê o valor infinito de cada criança, fato apoiado pela descrição cuidadosa das responsabilidades mútuas entre pais e filhos” (Comentário Bíblico Beacon. Vol.9. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p. 186). 

CONCLUSÃO 

Como vimos, o projeto de Deus para a família encontra-se na Bíblia Sagrada, com todas as orientações para que tenhamos em nossos lares e igrejas famílias abençoadas por Deus. Os maridos devem amar suas esposas, e estas devem ser submissas aos esposos. Os pais devem tratar seus filhos com sabedoria, e os filhos devem honrar seus pais, pois é um mandamento de Deus.

VERIFIQUE O SEU APRENDIZADO 
1 . Qual foi a primeira instituição criada por Deus e deixada no mundo? 
 A família. 
 
2 . O que é o relacionamento conjugal? 
 É a interação entre marido e mulher, dentro da união matrimonial. É composto por deveres e direitos mútuos, e servem para que o casal possa conviver em harmonia em todos os aspectos. 
 
3 . O que a Bíblia fala sobre os filhos? 
Que os filhos são herança do Senhor, um presente divino aos pais (S1127.3). 
 
4. Como os pais devem tratar os filhos? 
 Com diálogo, sabedoria, amor e exemplo.
 
 5 . Como o marido deve tratar sua esposa? 
Amando as suas esposas.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *