tEXtO dO dia | SÍNtESE |
“Jesus respondeu e disse-lhe: Se tu conheceras o dom de Deus e quem é o que te diz: Dá-me de beber, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva.”
(Jo 4.10) |
Adorar a Deus é o mais nobre privilégio que o Pai concede-nos. Por isso, faça-o com todo o zelo, fervor e empenho de sua alma; sabendo que adorar a Deus é conhecê-lo. |
Agenda de leitura | ||
SEGUNDA – Jo 4.9
O trauma sociocultural |
QUINTA – At 17.23
Os atenienses e o deus desconhecido |
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TERÇA – Jo 4.10
A ignorância da mulher |
SEXTA – Jo 4.23
A revelação da essência da adoração |
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QUARTA – Rm 10.14
A impossibilidade de uma fé genuína em virtude da ignorância |
SÁBADO – Jo 4.42
As consequências da verdadeira adoração |
Objetivos |
o IDENTIFICAR as características de quem não adora a Deus.
o ANALISAR o perfil do verdadeiro adorador. o APONTAR as consequências da adoração para a vida daquele que tem esta experiência. |
Interação |
Caro(a) educador(a) cuidado para não deixar sua aula cair no erro da repetitividade. Nosso tema geral é “louvor e adoração”, todavia, esta temática possui vários desdobramentos, pode ser analisada sob várias outras perspectivas além daquelas que aqui abordamos. Lembre-se, o espaço para desenvolvimento e escrita de cada lição é limitado, mas sua criatividade e amor pela educação espiritual de seus jovens não. Faça as devidas adaptações a sua realidade, dê ênfase ou insira outras questões, conforme a necessidade de seus educandos.
Este conjunto de lições não é uma “camisa-de-força” para tolher seu ministério, antes, é um material didático, ou seja, é algo para apoiar você; é um caminho previamente traçado, uma clareira aberta na “selva de discussões” da sociedade atual, existente exclusivamente para auxiliar e abençoar sua tão nobre tarefa de educar jovens para o futuro e bem-estar da Igreja. |
Orientação Pedagógica |
Você vai precisar de vendas para os olhos. O objetivo é submeter os educandos a uma situação de estranheza, assim como a vivida pela mulher samaritana no contexto a ser estudado na lição de hoje. Selecione de dois a cinco educandos, vende-os e peça para que eles sigam as instruções que serão dadas. A intenção das instruções que você dará é gerar estranheza ou resistência nos alunos, para tanto use a criatividade: peça que os vendados abracem alguém que está a sua frente; oriente-os a dar seus calçados para alguém, sabendo que eles poderão ser escondidos; solicite que eles escolham alguém para trocarem de lugar com eles; peça que eles façam um bonito desenho, etc. Ao final, reflita com seus alunos a respeito de como é difícil fazer algo quando não se tem certeza do que deve ser feito ou quando é algo relacionado a alguém que não se conhece previamente. |
Texto bíblico |
João 4.19-24
19. Disse-lhe a mulher: Senhor, vejo que és profeta. 20. Nossos pais adoraram neste monte, e vós dizeis que é em Jerusalém o lugar onde se deve adorar. 21. Disse-lhe Jesus: Mulher, crê-me que a hora vem em que nem neste monte nem em Jerusalém adorareis o Pai. 22. Vós adorais o que não sabeis; nós adoramos o que sabemos porque a salvação vem dos judeus. 23. Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade, porque o Pai procura a tais que assim o adorem. 24. Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade. |
COMENTÁRIO | ||||
INTRODUÇÃO
O episódio da mulher de Samaria pode ser tomado como uma imagem da condição espiritual de muitas pessoas na época de Jesus e ainda hoje há pessoas que elegem lugares, outras pessoas e até elas mesmas como elementos dignos de adoração. A ignorância é um perigoso estado para aquele que busca a Deus. I – O ESTADO DAQUELES QUE DESENVOLVEM UMA INADEQUADA ADORAÇÃO 1. A ignorância cega a razão e o coração. Sicar, cuja localização exata é desconhecida, ficava numa região árida. Ao meio-dia, horário do encontro da mulher com Jesus, o clima é extenuante. O Mestre aguarda seus amigos que foram à procura de alimentação; o pedido por água – ainda que estranho em nossos dias de violência e individualismo -, era uma prática corriqueira naquela época. A mulher, fundamentada em seu preconceito, nega o pedido. Como alguém, que inclusive afirmará que adora a Deus (v.20), poderia ser tão insensível à necessidade do próximo? Está é a desprezível consequência que a ignorância espiritual causa: dureza de coração (Is 46.12; Ez 2.4). Note-se assim que a falta de um conhecimento verdadeiro de Deus pode, rapidamente, transformar indiferença em conivência com o sofrimento alheio. Quem conhece a Deus não negará um copo de água fria a nenhum dos filhos dEle (Mt 10.42). 2. O pragmatismo torna-se o objetivo do culto. A ausência de um conhecimento verdadeiro sobre quem é Deus e sua obra, conduz os indivíduos a perderem a percepção de uma existência além do imediatismo da vida, ou seja, de um pragmatismo existencial (Is 22.13; 1 Co 15.32). Para estas pessoas, aqui representadas pela mulher de Samaria, a solução de seus problemas mais urgentes é a razão de ser de qualquer culto, louvor ou relacionamento com Deus. Na verdade, para esse tipo de pessoa, Deus só “serve” para resolver os problemas do momento. Para a mulher, alguém que a auxiliasse a ter água com facilidade (Jo 4.15), de modo que ela não necessitasse mais expor-se como fazia todo meio-dia, seria alguém digno de ser, no mínimo, seguido, quem sabe até adorado. 3. A normalização do pecado. Todos somos pecadores, todavia lutamos diariamente para que o pecado não nos domine (Gn 4.7; Rm 3.23; 6.14). Aqueles que não mantêm um relacionamento pleno e consciente com Deus, “domesticam” o pecado e fazem dele algo próprio de suas vidas. Aquela mulher já havia mantido cinco outros relacionamentos, e agora estava numa sexta aventura amorosa ilicitamente (v.18). Mesmo assim, ela se considerava uma adoradora de Jeová. II – A VERDADEIRA ADORAÇÃO 1. A adoração é algo consciente. Um dos primeiros fatos que denunciam a fragilidade da fé da mulher que conversa com Jesus é sua incerteza sobre onde adorar (v.20). A pergunta sobre “onde adorar?”, traz consigo implícitas outras questões: “Como adorar?” e “Quem adorar?” Pode-se assim concluir que a espiritualidade daquela mulher era algo que refletia muito mais a reprodução de comportamento cultural do que uma ação consciente. Somente é possível prestar o verdadeiro louvor a Deus se, pelo menos, soubermos quem Ele é. Logo, a adoração não pode resumir-se a um simples êxtase ou um impulso irracional em busca do desconhecido. A oração de Jesus em João 17 é um maravilhoso exemplo de que um dos fundamentos da adoração é uma relação consciente com o Pai, um processo gradual e espiritual, de conhecimento em amor (Jo 17.24,25). 2. Adorar em espírito e em verdade. A vivência da adoração não é algo limitado a um aspecto físico – um determinado local, por exemplo -, muito menos pode ser fundamentada sobre opiniões ou tradições míticas. A verdadeira adoração é “em espírito”, ou seja, é uma experiência que tem seu nascedouro no interior do homem, que mobiliza partes do ser homem que foram criadas por Deus para serem canal de comunicação entre o Criador e seus filhos (Pv 20.27). Além disso o louvor a Deus deve ser “em verdade”, isto é, por meio de uma “revelação” – que é o significado imediato da palavra grega ??????? (aletheía) (2 Co 13.8). A verdade na vida de um adorador implica uma vida entregue realmente aos cuidados de Deus, onde Ele tem total comando, e onde é adorado não apenas nos momentos de comunhão do culto, mas também nos momentos da vida comum, como trabalho, estudos, família e demais relacionamentos onde Deus também deve se manifestar. 3. Adoração como uma urgência. Jesus não mediu palavras e disse à mulher que o tempo para a vivência de uma verdadeira adoração já havia chegado (v.21). O erro daquela mulher, que é o mesmo de muitas pessoas ainda hoje, foi imaginar que o louvor ao Pai era algo apenas para um momento específico ou para um tempo futuro. Não há mais tempo a perder, o desenvolvimento de uma vida de adoração é algo urgente, uma viva necessidade da Igreja para o tempo que se chama hoje! Infelizmente em muitas igrejas o tempo da adoração tem sido consumido por infindáveis, e muitas vezes dispensáveis, avisos; já em outras comunidades é a má gerência do tempo de acontecimento do culto (atraso para começar, demorar para execução dos louvores, hiatos de continuidade) que atrapalham a adoração. Cada instante de nossas vidas, especialmente aqueles que dedicamos a Deus na igreja, precisam ser bem aproveitados. III – OS EFEITOS DA VERDADEIRA ADORAÇÃO 1. Compreensão da adoração como comunhão com Deus. Antes de assimilar o verdadeiro conceito de adoração, a mulher estava preocupada com o protocolo certo a seguir: deveria adorar no Templo em Jerusalém ou em Siquém, no monte Gerizim (v.20)? Após a percepção de que Jesus não era um profeta qualquer (v.19), mas o próprio ungido de Deus enviado a terra (v.26), a mulher quebra todos os protocolos culturais e sociais, chama os habitantes da cidade a virem conhecer aquEle que os judeus, mas também os samaritanos esperam, o Cristo (v.29). 2. O desejo de partilhar o conhecimento de Deus. A aproximação entre a mulher de Sicar e Jesus foi inicialmente turbulenta e cheia de rancores culturais (ela era samaritana, Jesus judeu; ela uma mulher de vida complicada, Jesus um santo homem). Contudo, após o esclarecimento sobre a pessoa e natureza da missão de Jesus, a mulher não conseguiu conter-se, e pessoalmente foi compartilhar a maravilhosa revelação a que teve acesso com seus conterrâneos. 3. Tornar-se inspiração para a vida de outros. Num mundo tão repleto de exemplos negativos, devemos nos empenhar em ter uma vida de adoração ao Pai, e por meio desta, tornarmo-nos exemplo para nossa geração. A mulher pôde ouvir, dos habitantes de sua vila, que a fé em Jesus que ela inicialmente testemunhara, tornara-se uma viva consciência espiritual em cada pessoa daquele vilarejo. A adoração não nos torna escandalosos, de modo a afastar pessoas de Cristo; ao contrário, a fé no Salvador é algo tão poderoso e transformador do caráter de uma pessoa que esta passa a ser exemplo e inspiração a todos aqueles que o cercam (At 9.19-21). Num mundo tão repleto de exemplos negativos, devemos nos empenhar em ter uma vida de adoração ao Pai, e por meio desta, tornarmo-nos exemplo .
CONCLUSÃO Assim como a mulher em Samaria teve sua história revolucionada, que nosso encontro com Jesus transforme tudo em nós: que nosso testemunho seja para edificação daqueles que estão à nossa volta, que sejamos libertos de todos os nossos pecados, até daqueles que estão no mais profundo de nossas almas. Mas, acima de tudo, que sejamos partícipes da comunidade dos verdadeiros adorares do Pai. |
HOra da rEViSãO |
1. Apresente as principais características daqueles que ainda não adoram, verdadeiramente, ao Pai. Possuem o coração e a mente cegos; o culto tem como objetivo a obtenção de resultados; veem o pecado como algo normal. 2. O que significa dizer que nossa adoração a Deus precisa ser consciente? 3. Quais as principais consequências de uma vida de adoração? 4. É possível adorar a Deus sem reconhecer quem Ele é? Justifique sua resposta. 5. Um verdadeiro adorador pode ser tão egoísta a ponto de não desejar partilhar o Evangelho? Justifique sua resposta. |
https://www.youtube.com/watch?v=vVjDCchK73U