16 de Março de 2025
TEXTO PRINCIPAL
“Mas os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína.” (1 Tm 6.9)
RESUMO DA LIÇÃO
Deus abomina a ganância e o uso egoísta dos bens materiais.
LEITURA SEMANAL
SEGUNDA-FEIRA – Pv 11.4 As riquezas não livram da ira divina
TERÇA-FEIRA – Pv 13.11 O trabalho é recompensado
QUARTA-FEIRA – Ec 5.10 Quem ama o dinheiro nunca está satisfeito
QUINTA-FEIRA – Lc 12.15 Guarde-se da avareza
SEXTA-FEIRA – Lc 16.13 É impossível servir a Deus e a Mamom
SÁBADO – Mt 6.21 Onde está o seu tesouro
OBJETIVOS
CONSCIENTIZAR do perigo da ganância:
EXPLICAR a responsabilidade social dos ricos;
COMPREENDER a necessidade de misericórdia e bondade.
INTERAÇÃO
Prezado(a) professor(a), na lição deste domingo veremos a exortação de Tiago em relação à ganância e ao uso egoísta dos bens materiais. Ele faz uma séria advertência aos ricos, contudo não pela posse de bens materiais, mas porque estes não eram bons mordomos dos seus bens. Segundo Thiago, estes ricos exploravam os pobres e Deus abomina tal atitude (Tg 2.5.6). O Senhor deseja que utilizemos nossos recursos para ajudar os necessitados, e não somente para o nosso deleite e prazer. Que você utilize seus bens para promover o Evangelho, pois já vimos que “a fé sem obras é morta”. Tiago mostra que os ricos estavam tão absortos em seus deleites que nem se deram conta do juízo divino e da desgraça que se abateu sobre eles: “As vossas riquezas estão apodrecidas, e as vossas vestes estão comidas da traça” (5.2).
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor(a), reproduza o quadro abaixo. Utilize-o para mostrar como a Palavra de Deus identifica a riqueza. Enfatize que ela não é e jamais será um sinal de fé ou do favor divino. Explique que Jesus fez duras críticas àqueles que amam os bens materiais. O Mestre declarou: “Quão dificilmente entrarão no reino de Deus os que têm riquezas” (Lc 18.24).
AS RIQUEZAS MATERIAIS
A sua busca insaciável e avarenta é idolatria | Cl 3.5 |
Segundo Jesus é um obstáculo à salvação. | Mt 19.24 13.22 |
Transmitem um falso senso de segurança, enganam. | Lc 12.15-21 |
Exigem total fidelidade do coração. | Mt 6.21 |
Leva as pessoas a caírem em tentação. | 1Tm 6.9 |
O amor a ela é a raiz de muitos males. | 1Tm 6.10 |
Adaptado da Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, CPAD. p. 838.
Tiago 5.1-6
1 Eia, pois, agora vós, ricos, chorai e pranteiai por vossas misérias, que sobre vós hão de vir.
2 As vossas riquezas estão apodrecidas, e as vossas vestes estão comidas da traça.
3 O vosso ouro e a vossa prata se enferrujaram; e a sua ferrugem dará testemunho contra vós e comerá como fogo a vossa carne. Entesourastes para os últimos dias.
4 Eis que o salário dos trabalhadores que ceifaram as vossas terras e que por vós foi diminuído clama; e os clamores dos que ceifaram entraram nos ouvidos do Senhor dos Exércitos.
5 Deliciosamente, vivestes sobre a terra, e vos deleitastes, e cevastes o vosso coração, como num dia de matança.
6 Condenastes e matastes o justo; ele não vos resistiu.
INTRODUÇÃO
No texto bíblico da lição deste domingo, encontramos uma advertência a respeito dos perigos da ganância e do mau uso dos recursos materiais. Veremos o perigo da avareza, a responsabilidade social dos ricos e a necessidade de misericórdia e bondade para com os pobres.
I- O PERIGO DA GANÂNCIA
1- Advertência aos ricos. No texto bíblico desta lição, vemos que Tiago faz uma exortação aos ricos. Ele exorta a respeito da insignificância das riquezas. Nascemos sem bem algum e vamos deixar esse mundo também sem eles. Por isso não devemos gastar toda a nossa energia e tempo somente acumulando tesouros nessa terra e não investindo no Reino de Deus. O dinheiro e as riquezas são bênçãos de Deus bem como testifica Salomão: “A bênção do SENHOR é que enriquece, e ele não acrescenta dores” (Pv 10.22). O problema é o amor ao dinheiro e quando ele toma o lugar de Deus em nossos corações. Aí sim surgem os problemas como, por exemplo, a injustiça social, a opressão, o suborno, o abuso de poder etc. O amor a Deus e ao próximo jamais pode ser substituído pelo amor ao dinheiro (1 Tm 6.10). Quando isso ocorre, o homem passa a adorar e servir aos bens materiais e não a Deus.
2- Corrosão dos bens.
3- Testemunho contra si mesmo.
SUBSÍDIO 1
“Por que contra o rico? (5.1-6). Em Jerusalém, eram poucas as pessoas da classe alta que se mostravam sensíveis ao Evangelho. Enquanto crescia a perseguição contra a Igreja Primitiva, muitos crentes perderam sua fonte de subsistência e passaram a ser explorados pelos poderosos. As investidas de Tiago contra os ricos são:
1) eles anseiam aumentar a riqueza com o sofrimento dos outros;
2) defraudam seus empregados;
3) vivem de maneira extravagante, e amam a boa vida; e,
4) matam os justos.
Temos condições de ser pacientes até mesmo quando provocados pela avidez dos exploradores da riqueza. Pois, sabemos que Cristo, o Juiz, está às portas (Tg 5.7-9).”
(RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Génesis a Apocalipse. 9. ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2010, p. 875.)
II- A RESPONSABILIDADE SOCIAL DOS RICOS
1- Com os pobres. Tiago expõe as ações injustas de um grupo de ricos contra as pessoas indefesas, provavelmente lavradores pobres (v. 4). No tempo em que a Carta foi escrita, as pessoas pobres que não podiam pagar suas dívidas eram lançadas na prisão ou forçadas a vender suas posses. Às vezes eram também obrigadas a entregar os filhos, ou parentes, como escravos para o pagamento de dívidas. Sem recursos para realizar o pagamento de dívidas, os pobres chegavam a morrer de fome. Era uma situação muito cruel. Assim, o texto deixa claro que os atos de injustiça não serão esquecidos. Da mesma forma que o clamor do povo hebreu no Egito chegou aos ouvidos do Senhor, o clamor dos pobres continua a chegar aos ouvidos do Justo Juiz.
2- A responsabilidade com a simplicidade.
3- A responsabilidade com os indefesos.
SUBSÍDIO 2
“A Bíblia Sagrada traz muitas advertências para que não depositemos a nossa confiança nas riquezas materiais” (Sl 49.6.7). Também não podemos colocar o nosso coração nas riquezas, Tiago deixou registradas fortes palavras de advertência aos ricos (Tg 5.1), que também servem, sem dúvida, para os ricos de todas as épocas. Estes, a quem Tiago se referiu, não foram julgados por serem ricos, mas porque haviam feito um mau uso de suas riquezas. Os cristãos também podem fazer um mau uso da riqueza que possuem, seja ela pequena ou grande. Eles também podem, sem dúvida, como vários crentes nos dias de Tiago, invejar aqueles que possuem riquezas. A inveja é um pecado tão grande quanto o mau uso da riqueza. É também muito importante que os meios utilizados para se alcançar a riqueza sejam adequados. Evidentemente, aqueles a quem Tiago se dirige em 5.1 haviam enriquecido às custas da exploração dos trabalhadores.” (Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro. CPAD, 2009, p. 1680.)
III- A NECESSIDADE DE MISERICÓRDIA E BONDADE
1- Uso sábio dos recursos. Tiago ensina que os recursos devem ser usados com sabedoria para o bem comum e para a glória de Deus. Ele adverte contra o acúmulo de riquezas sem propósito e incentiva o bem-estar dos membros da igreja. Precisamos aprender a usar os nossos recursos positivamente, servindo a Igreja do Senhor e dando um bom testemunho aos que estão de fora. Jesus ensinou que onde está nosso tesouro, ali estará também nosso coração (Mt 6.21). Este princípio sugere que nossas prioridades e paixões são refletidas na maneira como usamos nossos bens. Investir em ações que promovam a justiça e a misericórdia não só beneficia os necessitados, mas também alinha nossos corações com os valores do Reino de Deus. A sabedoria na gestão dos recursos implica discernimento para identificar
oportunidades onde nossas contribuições podem causar maior impacto, promovendo equidade e sustentando aqueles em necessidade.
2- Ajudando os necessitados.
3- Promovendo a justiça social.
CONCLUSÃO
O texto bíblico estudado nos oferece uma visão clara e contundente sobre o uso responsável das riquezas. Deus não condena a posse de bens materiais, mas adverte severamente contra o uso egoísta desses recursos. Somos chamados a viver com autenticidade, usando nossas riquezas com sabedoria, ajudando os necessitados. A verdadeira riqueza, aos olhos de Deus, é medida não pela quantidade de bens acumulados, mas pelo impacto positivo que fazemos na vida dos outros por meio da misericórdia e da bondade. Que possamos ser fiéis administradores dos recursos que Deus nos confia, refletindo seu amor e justiça em todas as nossas ações.
HORA DA REVISÃO
1- O que Salomão diz a respeito do dinheiro e das riquezas?
“A bênção do SENHOR é que enriquece, e ele não acrescenta dores” (Pv 10.22).
Tiago enfatiza que a ferrugem dos bens acumulados será um testemunho contra os ricos egoístas “e consumirá a sua carne como fogo.”
No tempo em que a Carta foi escrita, as pessoas pobres que não podiam pagar suas dívidas eram lançadas na prisão ou forçadas a venda de suas posses. Às vezes eram também obrigadas a entregar os filhos, ou parentes, como escravos para o pagamento de dívidas.
Segundo a Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, “acumular dinheiro às escondidas, explorar empregados e viver regaladamente são atitudes que não escaparão do olhar de Deus.”
Tiago ensina que os recursos devem ser usados com sabedoria para o bem comum e para a glória de Deus.