LIÇÃO 12- A bondade de Deus e os falsos profetas

MEDITAÇÃO 

Misericordioso e piedoso é o Senhor; longânimo e grande em benignidade. (Sl 103.8
 
REFLEXÃO BÍBLICA DIÁRIA 
 SEGUNDA – Salmos 103.1-22 
 TERÇA – Êxodo 34.5-7 
 QUARTA – Jeremias 33.3 
 QUINTA – Mateus 24.11,24 

 SÁBADO –1 João 2.3-6

TEXTO BÍBLICO BASE

7 – Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á. 
8 – Porque aquele que pede recebe; e o que busca encontra; e, ao que bate, se abre. 
9 – E qual dentre vós é o homem que, pedindo-lhe pão o seu filho, lhe dará uma pedra? 
10 – E, pedindo-lhe peixe, lhe dará uma serpente? 
11 – Se, vós, pois, sendo maus, sabeis  dar boas coisas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará bens aos que lhe pedirem? 
12 – Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós, porque esta é a lei e os profetas. 
13 – Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta, e espaçoso, o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela; 
14 – E porque estreita é a porta, e apertado, o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem. 
15 – Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores.
16 – Por seus frutos os conhecereis. Porventura, colhem-se uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos? 17 – Assim, toda árvore boa produz bons frutos, e toda árvore má produz frutos maus. 
18 – Não pode a árvore boa dar maus frutos, nem a árvore má dar frutos bons. 
19 – Toda árvore que não dá bom fruto corta-se e lança-se no fogo. 

20 – Portanto, pelos seus frutos os conhecereis.

INTERAGINDO.COM O ALUNO

 Enfatize aos seus alunos a seriedade do Evangelho. Cristo não pregou uma mensagem que abria espaço para um meio-termo. Muito pelo contrário, a Boa Notícia do Evangelho é apresentada como sendo a única alternativa para o ser humano. A mensagem do Evangelho é uma mensagem de amor, graça e misericórdia da parte de Deus em favor dos seres humanos, mas também é uma conclamação para que o ser humano se arrependa dos seus pecados e volte-se totalmente para Deus, que está sempre pronto para recebê-lo enquanto ainda há vida e a porta da graça não se fecha.
Explique-lhes também o perigo das seitas, dos falsos mestres, daqueles que se apresentam com uma aparência de piedade, mas na verdade são lobos devoradores. Mostre-lhes como identificar um falso profeta e incentive -os a não temerem o espírito relativista deste mundo, mas proclamarem a mensagem do Evangelho, com toda a sua clareza e impacto natural sobre a vida das pessoas. Lembre-os que assim como o Evangelho um dia os alcançou, Deus quer alcançar outras vidas também pela instrumentalidade deles. 
 
OBJETIVOS 
Na lição de hoje, sua aula deve alcançar os seguintes alvos: 
1 Conscientizar seus alunos de que vale a pena perseverar em oração porque nosso Pai celestial é bom, nos ouve e quer o nosso bem;
2 Enfatizar que o Evangelho fala claramente de dois caminhos, logo não há meio termo quando o assunto é a salvação; 

3 Esclarecer aos seus alunos como eles podem identificar um falso profeta e o perigo que é ser enganado por esse tipo de gente.

PROPOSTA PEDAGÓGICA 

Uma sugestão interessante para esta aula, na sua parte final, quando o tema são os falsos profetas, é elencar no quadro uma série de características dos falsos profetas, e de seus seguidores, encontradas na Bíblia e explicar cada uma dessas características. 0 Auxílio Teológico 3 da lição de hoje traz uma lista, feita pelo teólogo Donald Stamps, trazendo algumas dessas características que poderiam ser apresentadas e explicadas em sala de aula. Com certeza, essa sugestão deve enriquecer mais a sua aula e torná-la ainda mais interessante aos seus alunos, uma vez que se espera que eles estejam, devido à seriedade e à importância do assunto, interessados em identificar bem qualquer falso profeta e evitar caírem no engano como muitos já caíram na história e estão caindo ainda hoje.

 INTRODUÇÃO 
Na lição de hoje, começaremos a ver a parte final do Sermão da Montanha. Aqui, Jesus se aproxima do final de sua exposição. Ele fala sobre a bondade de Deus e, em seguida, introduz o desfecho do sermão, conclamando seus ouvintes a tomarem uma decisão. Depois de tudo o que falou, fica claro que só há dois caminhos, duas portas, duas alternativas: uma leva,à perdição e a outra, à salvação. Não há meio-termo: ou você está em um caminho ou você está no outro. Para reforçar o seu alerta sobre o falso caminho, Jesus fala dos falsos profetas e como identificá-los para não sermos enveredados pelo caminho da perdição. Atentemos, pois, aos alertas de Jesus. 
 
1. DEUS É BOM 
    1.1. “Pedi e dar-se-vos-á”. Em primeiro lugar, Jesus inicia essa parte falando sobre a bondade divina. A bondade de Deus é manifestada em nossa vida, não apenas na bênção da salvação e no seu cuidado diário por nós, mas também em sua disposição em nos abençoar. Sim, Ele é galardoador dos que o buscam (Hb 11.6). Mas nem sempre o buscamos como deveríamos; ou, então, às vezes, pedimos coisas que pensamos que serão para o nosso bem, quando, na verdade, não serão. Ou seja, pedimos mal (Tg 4.3). A Bíblia diz que Deus só atenderá àquilo que estiver dentro de sua vontade (1 Jo 5.14), que é boa, perfeita e agradável (Rm 12.2). Confiemos! Ele sabe o que é melhor para as nossas vidas. 
     1.2. “Pedir”, “buscar” e “bater”. Jesus usa esses três verbos em sequência para descrever a atitude dos seus discípulos em relação à oração. Eles deveriam colocar os pedidos nesta ordem dramática crescente: primeiro, pede; depois, busca; por fim, bate. 
   Buscar é uma atitude mais fervorosa ainda que pedir; e bater já é um ato de maior dramaticidade, quase de desespero. Em outras palavras, Jesus está dizendo aqui: “Não pare de clamar! Peça”.
Ora, por que Deus, às vezes, adia a chegada das respostas que pedimos? Muitas vezes porque ainda não é a hora de recebermos e também porque durante o processo em que continuamos a pedir a Ele pela bênção, o Altíssimo aperfeiçoará a nossa vida, para que finalmente quando a bênção chegar, estejamos em condições de recebê-la. Dessa forma, a oração não é apenas um meio para recebermos algo de Deus, mas também um dos meios pelos quais Deus nos prepara para recebermos o que precisamos. 
    1.3. A certeza da bondade de Deus estimula nossa perseverança. Deus é bom e, por isso, podemos nos aproximar dEle com confiança, pelos méritos de Cristo, como seus filhos, e pedirmos a Ele com humildade o que precisarmos. É isso que Jesus afirma. Ele estimula os seus discípulos a perseverarem em oração, pedindo a Deus o que precisam, justamente porque eles podem ter certeza de que Deus deseja abençoá-los (Mt 7.7-11). O Pai Celestial nos ouvirá justamente porque Ele nos ama. Se até mesmo um pai, aqui na terra, por mais imperfeito que seja, não daria pedra ao seu filho que pede um peixe, muito mais o Pai Celestial, que é bom e perfeito, dará a seus filhos, a quem ama, o que realmente precisam e pedem a Ele (Mt 7.11). 
    1.4. A “Regra de Ouro”. Jesus encerra seu ensino sobre a bondade divina manifestada através da sua busca em oração pelo crente com o que tradicionalmente ficou conhecido como “A Regra de Ouro”: “Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós” (Mt 7.12). E Ele ainda acrescenta que esse princípio sintetiza toda “a lei e os profetas” – ou seja, resume todos os preceitos morais do Antigo Testamento. Esse princípio, claro, ainda é válido para nós hoje. A prática cristã não é nada menos do que isso. 
 
 AUXÍLIO TEOLÓGICO 1
 “ Havia falsos profetas nos tempos do Antigo Testamento. Jesus prediz a vinda de ‘falsos cristos e falsos profetas’ (Mt 24.24) que desviarão a muitos. No tempo determinado, eles surgirão como se fossem anjos de luz, assim como Satanás faz. Entre eles haveria judaizantes (2Co 11.13-15) e protognósticos (1 Tm 4.1; 1 Jo 4.1). No momento em que Jesus falava, já existiam os falsos profetas (At 13.6; 2Pe 2.1). Por fora, parecem ‘ovelhas’, mas por dentro são ‘lobos devoradores’, ávidos pelo poder, ganho e orgulho. É uma tragédia que tais homens e mulheres tenham reaparecido ao longo dos séculos e sempre encontrem vítimas. Lobos são mais perigosos do que cães e porcos” (ROBERTSON, A. T. Comentário Mateus & Marcos à Luz do Novo Testamento Grego. Rio de Janeiro: CPAD, 2011, p.93). 
 
2. ELE NOS OFERECE A ESCOLHA DE DOIS CAMINHOS 
   2.1. Os dois caminhos e as duas portas. Já iniciando o final do seu sermão, Jesus conclama seus discípulos e ouvintes de forma geral a tomarem a decisão certa. E para descrever a importância dessa decisão e os perigos de confundi-la, Jesus usa a imagem dos dois caminhos, que já fora usada antes no Antigo Testamento (SI 1; Jr 21.8), sendo que agora Ele acrescenta também as duas portas: o caminho para perdição é espaçoso e sua porta é larga, e o caminho para salvação é apertado e sua porta é estreita (Mt 7.13,14). 
    2.2. Renúncia. Esses dois caminhos e essas duas portas significam que o caminho para salvação exige renúncia, enquanto o caminho da perdição, não. Como bem define o teólogo Myer Pearlman, “o caminho espaçoso é um caminho onde não há necessidade de grande esforço para andar nele. Basta abandonar-se à turba e ser levado por ela. O homem, como criatura [espiritualmente] caída, tende para o mal. E, satisfeito consigo mesmo, consentindo nos costumes egoístas da sociedade e no hábito do mal refinado, deixando-os correr livremente, será levado por maligna correnteza à morte eterna. O caminho é largo, porque ali se acham aqueles entregues aos prazeres, sensuais, céticos, ateus e criminosos. A destruição é o seu fim, este determinado pela natureza do caminho. O resultado lógico e inevitável será a destruição da fé, do amor, da esperança e do caráter. O fim do caminho é a dor da condenação final da parte de Deus e o eterno banimento de sua presença” (Mateus: O Evangelho do Grande Rei, CPAD, p.41). 
    A expressão “porta” dá a ideia de início, entrada. Logo, isso quer dizer que não só o caminho para a perdição é espaçoso, como a entrada a esse caminho é larga, cheia de facilidades. Já a porta da salvação é estreita e o caminho, apertado, pois exigem renúncia. O resultado natural disso, como afirma o próprio Jesus, é que poucos são os que tomam o caminho certo, e muitos são os que se perdem pelo caminho destrutivo das facilidades. 
 
 AUXÍLIO DIDÁTICO 2 
“Falsos profetas ‘podem enganar algumas pessoas o tempo todo, e todas as pessoas por algum tempo, mas não todas as pessoas o tempo todo’. Nosso Senhor ensina-nos a como reconhecê-los (Mt 7.15-18). O fruto corresponde à árvore. A verdadeira obra é produto do ser. De modo que, mais cedo ou mais tarde, a natureza do falso profeta há de se revelar. Pode parecer verdadeiro no começo, mas os efeitos (frutos) do seu ministério – a vida ou a doutrina manchada – o trairão (At 8.13,18,23)” (PEARLMAN, Myer. Mateus: O Evangelho do Grande Rei. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, p.43), 
 
3. A MENTIRA DOS FALSOS PROFETAS 
    3.1. Os falsos profetas. Após alertar sobre os dois caminhos, Jesus alerta sobre os falsos profetas, que são guias para o falso caminho; são enganadores, falsos mestres, lobos em pele de ovelha. E lobos devoradores (Mt 7.15b) – ou seja, seu estrago é grande no meio do rebanho que o acolhe, que lhe dá ouvidos. Mas, como identificá-los? Como ter certeza de que estamos na frente de um falso profeta e não de um homem de Deus? Jesus usou um critério bastante simples para isso: o das duas árvores. 
    3.2. “Por seus frutos os conhecereis”: os dois tipos de árvores. Segundo Jesus, uma das melhores formas de identificar o falso profeta é analisar os seus frutos. Uma árvore boa não produzirá frutos maus, e uma árvore má não produzirá frutos bons. Árvore má? Frutos maus. Árvore boa? Frutos bons. Os frutos, aqui, representam a conduta, as obras, as ações, as atitudes das pessoas. Isto é, os falsos profetas serão facilmente identificados quando olharmos não para suas palavras lisonjeiras, mas para suas atitudes, suas ações, sua forma de ser. “Pelos seus frutos os conhecereis” (Mt 7.19). 
      3.3. “Corta-se e lança-se no fogo”. O final do falso profeta e de seus seguidores é a condenação eterna. As palavras de Jesus aqui são claras: “toda a árvore que não dá bom fruto” terá inevitavelmente esse fim (Mt 7.19). A não ser que haja arrependimento e volta genuína para Deus, todos que tomam esse caminho serão condenados para sempre. Eis a seriedade e o cuidado que devemos ter com falsos ensinos e falsos mestres, que muitas vezes aparecem com uma áurea de piedade absolutamente falsa, enganando a muitos. Devemos conhecer bem a Palavra de Deus, buscar de Deus o discernimento espiritual e estarmos atentos para os frutos da pessoa para nos certificar de que não estamos sendo enganados. 
 
 AUXÍLIO TEOLÓGICO 3
 “Os falsos mestres exteriormente parecem justos, mas ‘interiormente são lobos devoradores’ (Mt 7.15). Eles devem ser identificados pelos seus ‘frutos’. Os ‘frutos’ dos falsos mestres consistem, principalmente, no caráter dos seus seguidores (1 Jo 4.5,6). O falso mestre produzirá discípulos que manifestarão as seguintes características: (1) Serão cristãos professos, cuja lealdade é dedicada mais a indivíduos do que à Palavra de Deus (Mt 7.21); honram e servem a criatura mais do quê ao seu Criador (Rm 1.25); (2) serão seguidores que se ocupam mais com seus próprios desejos do que com a glória e a honra de Deus. Sua doutrina será mais antropocêntrica do que teocêntrica (Mt 7.21-23; 2 Tm 4.3); (3) serão seguidores que aceitam doutrinas e tradições dos homens, mesmo que isso contradiga a Palavra de Deus (Mt 7.24-27; 1 Jo 4.6); (4) serão seguidores que buscam mais as experiências religiosas e as manifestações sobrenaturais do que a Palavra de Deus e seus padrões de justiça; a sua experiência religiosa ou manifestações espirituais são a sua autoridade final quanto à autenticidade da verdade (Mt 7.22,23), e não todo o conselho da Palavra de Deus; (5) serão seguidores que não suportarão a são doutrina, mas procurarão mestres que lhes ofereçam a salvação, em conjunto com o caminho largo da injustiça (Mt 7.13,14,23; 2 Tm 4.3)” (STAMPS, Donald (Ed.). Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p.1399). 
 
CONCLUSÃO 

No mundo de hoje, reina o relativismo. As pessoas não gostam muito de definições claras, de certo e errado, bom e mal. Tudo é muito turvo, impreciso. Porém, o Evangelho é diferente: há bem e mal, certo e errado, céu e inferno, acerto e erro, luz e trevas. Há dois caminhos, duas portas, duas alternativas. Cabe a nós tomarmos o caminho certo, entrarmos pela porta certa e permanecermos nesse caminho. Mas, não só isso. Não tenhamos receio de pregar a mensagem objetiva do Evangelho a este mundo de incertezas, de indefinições, de flexibilidade moral, de valores invertidos. A luz do Evangelho tem o poder de dissipar as trevas e trazer para a luz todos aqueles que estavam profundamente imersos nelas.

VERIFIQUE O SEU APRENDIZADO 

1 . 0 que Jesus invocou como base para nossa perseverança em oração? 

 A bondade do Pai celestial.

C.. Qual é a chamada “Regra de Ouro”, ensinada por Jesus?

 O resumo do espírito da lei e dos profetas proferido por Jesus: “Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós” (Mt 7.12). 
 
3 . O que significam os caminhos apertado e espaçoso, e as portas estreita e larga, citadas por Jesus? 
 Significam que o caminho para salvação exige renúncia, enquanto o caminho da perdição, não. A expressão “porta” dá a ideia de início, entrada. Logo, ela quer dizer que não só o caminho para a perdição é espaçoso, como a entrada para esse caminho é larga, cheia de facilidades. Já a porta da salvação é estreita e o caminho, apertado, pois exigem renúncia.
 
 4 . Como identificar um falso profeta? 
 Pelos seus frutos: obras, ações, atitudes. 
 
5. Qual será o destino do falso profeta e de seus seguidores? 
 A condenação eterna (Mt 7.19).

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