Lição 12 – A Sutileza da Espiritualidade Holística

18 de Setembro de 2022
Adultos 3º Trimestre de 2022
TEXTO ÁUREO
“Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim.” (Jo 14.6)
VERDADE PRÁTICA
Qualquer tipo de espiritualidade que não seja centralizada em Cristo deve ser considerada falsa e, portanto, rejeitada.
LEITURA DIÁRIA
Segunda – 1 Ts 1.9; 1 Jo 5.21 Deus deseja que os homens deixem a idolatria
Terça – At 17.16 Em sua religiosidade, os homens buscam falsos deuses
Quarta – Jo 14.3 Ensinos de demônios
Quinta – Cl 2.8; 2 Co 11.3 Uma velha heresia com nova roupagem
Sexta – Jo 14.6; 8.32 Jesus, a única verdade pela qual vale a pena viver
Sábado: – Jo 14.7 Jesus é a revelação especial de Deus
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
4 – Mesmo vós sabeis para onde vou e conheceis o caminho.
5 – Disse-lhe Tomé: Senhor, nós não sabemos para onde vais e como podemos saber 0 caminho?
6 – Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim
Hinos Sugeridos: da Harpa Cristã
PLANO DE AULA
1- INTRODUÇÃO
Apresente lição mostrará que qualquer espiritualidade que não tenha Cristo como o centro é pagã e anticristã. É muito importante estar alerta nos dias atuais. A influência da espiritualidade oriental tem crescido muito por meio de movimentos que buscam nova roupagem para crenças claramente pagãs. Por isso, o primeiro tópico falará a respeito do fenômeno religioso desse movimento, o segundo tópico trabalhará a espiritualidade como necessidade de expressão do homem, o terceiro tópico abordará o fundamento da espiritualidade holística e, finalmente, o quarto tópico trará a exposição da Bíblia contra a espiritualidade holística.
2- APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição:
1- Conceituar o fenômeno religioso da espiritualidade holística;
2- Explicar a espiritualidade humana e sua necessidade de expressão;
3 Expor o fundamento da espiritualidade holística;
4- Mostrar a contrariedade bíblica a respeito da espiritualidade holística.
B) Motivação: As palavras “espiritualidade” e “transcendência” aparecem de modo geral na mídia. É muito comum falarem que cada pessoa tem a sua espiritualidade. Por trás dessa aparente atitude inofensiva, a cada dia aparecem antigas práticas pagãs travestidas de espiritualidade contemporânea. Você já deve ter ouvido falar de ioga, cristais como canais de energia etc. Tudo isso tem uma proposta de nova religião que a presente lição aborda.
C) Sugestão de Método: Você pode fazer uma pesquisa por meio de obras apologéticas que tratam de religiões orientais. Sugerimos o livro “Guia de Seitas e Religiões”, editado pela CPAD. Com base nele, destaque as principais religiões orientais e seus ensinos, tais como o Hinduísmo, Budismo e o Confucionismo. Comente com a classe acerca desses movimentos para contextualizar a presente lição.
3- CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Nós temos o maior fundamento da verdadeira espiritualidade: Jesus Cristo. Ele é o motivo da nossa devoção. Em Cristo, podemos preencher o desejo do sagrado, a sede da verdadeira vida espiritual.
4- SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 91, p.42, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula:
1) O texto “A visão de Deus das religiões orientais” é uma reflexão que expande o segundo tópico a respeito do misticismo oriental e do antigo paganismo;
2) O texto “A Necessidade da Expiação”, aprofunda o quarto tópico, trazendo uma perspectiva da necessidade de um salvador pessoal na fé cristã.
INTRODUÇÃO
Nesta lição veremos que uma nova forma de espiritualidade, o holismo, passou a ganhar espaço na sociedade. Fundamentada em princípios extraídos das religiões orientais, essa nova forma de religiosidade tem conseguido adesão de proeminentes líderes mundiais. E está também flertando com muitos segmentos do cristianismo. Muitos cristãos têm se deixado seduzir pelo seu discurso globalista e pluralista, e, sobretudo, espiritualista. Contudo, esquecem que o centro do Cristianismo, a Cruz de Cristo, é negado. Em lugar desta ergueu-se o altar a “mãe-natureza”, a “mãe-terra” e a todas as “forças fluídicas” que povoam o universo. É, portanto, mais uma sutileza do Diabo que faz parte dos dias finais.
Palavra-Chave: ESPIRITUALIDADE
I – O FENÔMENO RELIGIOSO
     1- A busca do sagrado. Jesus sabia das necessidades mais profundas do ser humano e por isso disse ser Ele o caminho que leva o homem até Deus: “Ninguém vem ao Pai senão por mim” (Jo 14.6). Nosso Senhor via o homem como um ser espiritual que carecia de Deus. A busca do sagrado é, portanto, uma necessidade humana. Da mesma forma, o apóstolo Paulo, quando se encontrava em Atenas, capital da Grécia, e ao observar 0 comportamento religioso dos atenienses, disse: “Senhores atenienses! Percebo que em tudo vocês são bastante religiosos” (At 17.22 – NAA). O fenômeno religioso está presente na raça humana como um todo. Assim como Davi, há um anseio de Deus na alma de cada pessoa: “Como o cervo brama pelas correntes das águas, assim suspira a minha alma por ti, ó Deus!” (SI 42.1).
     2- Deus e os deuses. Que há na humanidade uma necessidade de possuir um objeto de adoração é uma verdade inconteste. É um fenômeno presente em todas as culturas. Contudo, por não conhecer 0 Deus verdadeiro, que se revelou nas páginas da Bíblia e de forma especial na pessoa bendita de Jesus Cristo (2 Co 5.19; Jo 3-16,17), o homem acaba por buscar e adorar os deuses falsos (1 Ts 1.9; 1 Jo 5.21). Por exemplo, o apóstolo percebeu isso em Atenas: “E, enquanto Paulo os esperava em Atenas, o seu espírito se comovia em si mesmo, vendo a cidade tão entregue à idolatria” (At 17.16). É justamente nessa carência espiritual de preencher o anseio mais profundo da alma, que a humanidade é enganada pelo Diabo.
SINOPSE I
O fenômeno religioso está ancorado nas necessidades mais profundas do ser humano na busca pelo sagrado.
II – A ESPIRITUALIDADE HUMANA E SUA NECESSIDADE DE EXPRESSÃO
     1- O antigo paganismo. Como vimos, o ser humano é religioso por natureza e tem a necessidade de expressar sua espiritualidade. Essa espiritualidade, portanto, está presente em diferentes povos e culturas. Sem o conhecimento do Deus verdadeiro, um deus falso é adorado. A Adoração falsa está presente na antiga religião cananéia, que adorava Baal e Aserá como deuses principais (1 Rs 18.19); no antigo Egito, com seus muitos deuses (Êx 12.12); e na Babilônia que adorava Merodaque (Jr 50.2). A lista é extensa. Contudo, convém dizer que muda os nomes, a forma e a maneira como as entidades são adoradas, porém, em essência a espiritualidade pagã continua a mesma – culto e adoração aos deuses falsos.
      2- O misticismo oriental. Nas duas últimas décadas o Ocidente tem sido invadido pela espiritualidade holística. O holismo está na moda e faz parte do culto da elite cultural. Está nas Universidades; nos cinemas, com filmes de sucesso; nos livros de autoajuda, que inclusive foram best-sellers; e até mesmo nos currículos escolares. Na verdade, o holismo, ou espiritualidade holística, ou ainda, visão sistêmica da vida, nada mais é do que antigas crenças e práticas orientais redivivas ou recicladas. É uma mistura de crenças orientais do hinduísmo, budismo e taoísmo. Tudo numa panela só. É a operação do erro querendo enganar os incautos (Rm 16.18). Não há dúvidas que são ensinos de demônios (1 Tm 4.1).
SINOPSE II
O antigo paganismo e o misticismo oriental revela a necessidade da expressão da espiritualidade humana
AUXÍLIO APOLOGÉTICO
A VISÃO DE DEUS DAS RELIGIÕES ORIENTAIS “Todas as religiões que examinamos até este ponto [Islamismo, Judaísmo, Mormonismo], ou, pelo menos; achamos que assim fizemos, envolviam submissão a um deus ou alguma outra forma de divindade. Baseadas na reverência ou na prestação. de contas ao ser divino, essas religiões promovem um código de conduta (o ‘que fazer ou não fazer’ da religião. As religiões [orientais] neste capítulo [Hinduísmo, Budismo, Xintoísmo], porém, fogem desse padrão. Se há um Deus, não é tão importante para essas religiões, assim como elas não impõem regras de comportamento de acordo com qualquer divindade. Mas não chegue à conclusão precipitada de que essas religiões abrem uma brecha para o estilo de vida desenfreado e imoderado. […] Embora um deus desempenhe um papel menor, ou até mesmo nenhum, em todas essas religiões, elas dizem respeito à ética, à moralidade e ao respeito. Essas religiões ensinam responsabilidade pessoal em um contexto que parece muito mais social do que religioso” (BICKEL, Bruce; JANTZ, Stan. Guia de Seitas e Religiões: Uma Visão Panorâmica. 5.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p.231-32).
III – O FUNDAMENTO DA ESPIRITUALIDADE HOLÍSTICA
      1- Não há um Deus pessoal. Grosso modo, a espiritualidade holística diz que tudo é deus. Tudo no universo estaria interligado. Assim o divino, o homem e a natureza são uma coisa só. Portanto, é uma espiritualidade panteísta. Não há um Deus pessoal que se revelou na Bíblia nem tampouco um Salvador pessoal, Jesus Cristo. O “deus” deles não passa uma energia impessoal que está no universo. Ainda para os adeptos dessa crença, Jesus, Alá, Javé, Buda, Xiva ou um Xamã são nomes diferentes para uma mesma entidade – a força cósmica que habita 0 universo. Uma velha heresia com um novo formato e com uma nova roupagem (Cl 2.8; 2 Co 11.3).
       2- Não há uma verdade factual. Se não há um Deus pessoal, não há também uma verdade factual. Não há uma verdade absoluta. Em vez disso, existem “verdades”. Cada um tem a sua. Dessa forma, não há como alguém dizer que está certo ou errado. A Expressão de Jesus Cristo: “Eu sou […] a verdade” (Jo 14.6) e “conhecereis a verdade” (Jo 8.32) não é considerada verdadeira para os adeptos da espiritualidade holística. Da mesma forma, as palavras de Paulo: “Porque nada podemos contra a verdade, senão pela verdade” (2 Co 13.8) não fazem sentido. Assim, para essa nova religião a “verdade” está em todas as religiões, pois todas são igualmente formas válidas de se expressar a espiritualidade.
SINOPSE III
A ausência de um Deus pessoal e a ausência de uma verdade factual são os fundamentos da espiritualidade holística.
IV – A ESPIRITUALIDADE HOLÍSTICA EA BÍBLIA
     1- O problema do pecado. O holismo comete um erro crasso e fatal: esquece o problema central do homem, o pecado. Acredita que o cristianismo é uma religião superada e que, portanto, deve ser substituída por uma nova forma de expressão cultural e espiritual. Seus seguidores têm seus corações endurecidos pelo engano do pecado (Hb 3.13). É por intermédio do engano do pecado e da cegueira espiritual promovida pelo Diabo que cresce a cada dia o fascínio pelas novas espiritualidades. O holismo é, sem dúvida, a espiritualidade mais atraente que está na moda.
     2- Um Salvador Pessoal. Como foi mostrado, não há um Deus nem tampouco um Salvador pessoal na nova espiritualidade holística. O homem é seu próprio Deus. Ao ignorar a existência do pecado, e, consequentemente, a punição eterna, não veem a necessidade de um Salvador (1 Tm 4.10). Cristo é descartado (At 4.12). E ainda, ao entrarem em contato com espíritos enganadores (1 Co 10.20), que pensam ser forças cósmicas, entidades espirituais impessoais, sentem-se confortáveis nessa modalidade religiosa. Um engano que será fatal se não vierem ao arrependimento pela fé (At 2.38).
 
SINOPSE IV
A realidade do pecado e a perspectiva de um salvador pessoal mostram a fraqueza da espiritualidade holística.
AUXÍLIO DOUTRINÁRIO
“A NECESSIDADE DA EXPIAÇÃO. A Palavra ‘expiação’ (heb. Kippurim, derivado de kaphar, que significa ‘cobrir’) comunica a ideia de cobrir o pecado mediante um ‘resgate’, de modo que haja uma reparação ou restituição adequada pelo delito cometido (note o princípio do ‘resgate’ em Êx 30.12; Nm 35.31; SI 497; Is 433). […] O Dia da Expiação está repleto de simbolismo que prenuncia a obra de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. No NT, o autor de Hebreus realça o cumprimento, no novo concerto, da tipologia do Dia da Expiação (ver Hb 9.6 -10.18). […] Visto que os sacrifícios de animais tipificavam o sacrifício perfeito de Cristo pelo pecado e que se cumpriram no sacrifício de Cristo, não há mais necessidade de sacrifícios de animais depois da morte de Cristo na cruz (Hb 9.12-18)” (Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, pp.209-10).
CONCLUSÃO
Vimos que a nova espiritualidade ou espiritualidade holística é uma forma de expressão do panteísmo. Assim, nessa forma de expressão religiosa é possível entrar em contato com as forças da natureza, com as energias cósmicas do universo, conhecê-las e até mesmo domesticá-las. Contudo, Cristo, a revelação máxima de Deus, não faz parte dessa nova espiritualidade. Ao negar Cristo, a espiritualidade holística rejeita a centralidade da fé cristã. Essa espiritualidade pagã promove o falso culto e, portanto, a falsa adoração. Essa nova modalidade religiosa não prega o arrependimento, a fé, nem tampouco a conversão a Deus. Deve, portanto, ser rejeitada. Estejamos atentos para essas falsas espiritualidades que seduzem os incautos e aprisionam as vidas de quem não conhece o Senhor Jesus.
REVISANDO O CONTEÚDO
1- Segundo a lição, o que é uma necessidade humana?
A busca pelo sagrado é uma necessidade humana.
2- Que fenômeno está presente em todas as culturas?
 A necessidade de possuir um objeto de adoração é um fenômeno presente em todas as culturas.
3- Onde é possível encontrar a presença do holismo?
Nas universidades, cinemas, currículos escolares etc.
4- O que a espiritualidade holística diz?
Tudo é deus. Portanto, é uma espiritualidade panteísta.
5- Qual é o erro fatal da espiritualidade holística?
Esquecer o problema central do homem: o pecado.