Lição 13 – A Amizade de Jesus com uma Família de Betânia

Lição 13 do 2° Trimestre de 2023, Adultos 

dia: 25 de Junho de 2023

TEXTO ÁUREO
“Ora, Jesus amava a Marta, e a sua irmã, e a Lázaro.” (Jo 11.5)
 
VERDADE PRÁTICA
Dentro da família, a amizade com Cristo evoca comunhão, conselho, simpatia e reciprocidade nos relacionamentos.

LEITURA DIÁRIA

Segunda – Êx 33.11 Deus falava com Moisés como a um amigo
Terça – 2 Cr 20.7; Tg 2.23 Abraão, o amigo de Deus
Quarta – Lc 7.34 Jesus se fez amigo de publicanos e pecadores para alcançá-los
Quinta – Jo 15.15 Jesus trata seus discípulos como amigos
Sexta – Jo 11.11 Jesus trata a Lázaro como amigo
Sábado – Jo 11.3-5 O amor de Jesus por Marta, Maria e Lázaro
 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Lucas 10.38-42; João 11.5,11
38 – E aconteceu que, indo eles de caminho, entrou numa aldeia; e certa mulher, por nome Marta, o recebeu em sua casa.
39 – E tinha esta uma irmã, chamada Maria, a qual, assentando-se também aos pés de Jesus, ouvia a sua palavra.
40 – Marta, porém, andava distraída em muitos serviços e, aproximando-se, disse: Senhor, não te importas que minha irmã me deixe servir só? Dize-lhe, pois, que me ajude.
41 – E, respondendo Jesus disse-lhe: Marta, Marta, estás ansiosa e afadigada com muitas coisas,
42 – mas uma só é necessária; e Maria escolheu a boa parte, a qual não lhe será tirada.

João 11

5 – Ora, Jesus amava a Marta, e a sua irmã, e a Lázaro.
11 – Assim falou e, depois, disse-lhes: Lázaro, o nosso amigo, dorme, mas vou despertá-lo do sono.
 
Hinos Sugeridos:  da Harpa Cristã
 
Objetivos da Lição:
1 Explicar a vida social de Jesus;
2 Elencar os frutos da amizade com Jesus;
3 Ensinar lições que podemos aprender a respeito da amizade de Jesus com a família de Betânia.

INTRODUÇÃO

A amizade é um dos bens mais preciosos da vida. Nesta lição, estudaremos a relação de amizade de Jesus com a família de Marta, Maria e Lázaro. Veremos que essa família hospedou nosso Senhor em sua casa e, por isso, desfrutou de influências abençoadoras na vida cotidiana. De fato, é uma história especial que nos ensina preciosas lições de como desfrutar de um relacionamento de santa amizade com o Senhor Jesus. 
 
PALAVRA-CHAVE: Amizade

I – A VIDA SOCIAL DE JESUS

1. Jesus foi um ser social.
Criado na casa de seus pais, na cidade Nazaré, Jesus desenvolveu relações pessoais como qualquer pessoa. Como filho mais velho e obediente aos pais, Ele acompanhou José e aprendeu a profissão de carpintaria. No relacionamento social, Jesus convivia com pessoas, tanto as de dentro da família quanto as de fora, e estabelecia amizades. Depois de deixar a casa de sua mãe, Ele se dispôs a seguir o projeto do Pai Celestial.
Nesse tempo, peregrinou por toda a terra da Palestina, pregando o Evangelho, realizando prodígios e sinais como confirmação do seu ministério, e estabelecendo grandes amizades. Não por acaso, nosso Senhor admitiu aos seus discípulos: “Já não vos chamarei servos, […] mas tenho-vos chamado amigos” (Jo 15.15).

2. Uma casa hospedeira.

Havia uma família em Betânia que desfrutava de uma bonita amizade com o Senhor Jesus: a família de Marta, Maria e Lázaro (Jo 12.1,2). Toda vez que ia à Jerusalém, Jesus procurava visitar essa família que se tornou especial em suas relações interpessoais. Era uma amizade sincera em que a família hospedava nosso Senhor de maneira acolhedora.

3. Jesus foi recebido por essa família.

Se entre os próprios irmãos havia os que não compreendiam a sua missão, Jesus encontrou em Marta, Maria e Lázaro acolhimento especial para a seu chamado. O episódio que marca essa amizade, após a missão dos setenta, é quando o nosso Senhor foi, com seus discípulos, para aldeia de Betânia. Nesse caso, Marta foi quem o recebeu e sua irmã, Maria, assentou-se aos pés dEle para ouvi-lo (Lc 10.38,39). Certamente, Jesus aproveitava essas caminhadas em missão para visitar os amigos.
 
SINÓPSE I
A família em Betânia recebeu Jesus em sua casa.
 

II – FRUTOS DA AMIZADE COM JESUS

1. Presença real do Filho de Deus.
Quando Marta, Maria e Lázaro descobriram em Jesus a resposta para todas as suas indagações, entenderam que essa relação com o Salvador era mais que mera relação social. Era a presença real do Filho de Deus dentro de sua casa (Mt 10.40). Isso significa submeter-se voluntariamente aos seus ensinos e mandamentos, desfrutar um relacionamento especial em família com o Rei dos reis e Senhor dos senhores (Ap 19.16).

2. Desenvolvimento espiritual.

A amizade de uma família com Jesus converge em adoração, contrição e quebrantamento espiritual. Por três vezes, os autores dos Evangelhos citam atitudes distintas de Maria, irmã de Marta, em relação ao Senhor Jesus. Primeiro, em sua própria casa, quando Jesus visitou a família, Maria assentou-se aos pés de Jesus para ouvi-lo (Lc 10.39). Segundo, na ocasião de tristeza pela morte de seu irmão, Lázaro, ela lançou-se aos pés dEle e chorou suas tristezas (Jo 11.32). E, por último, em casa, Maria adorou Jesus derramando sobre Ele um recipiente de unguento de nardo puro, ungindo seus pés e enxugando-os com os seus cabelos (Jo 12.3). Aqui, a lição é clara: a família que recebe Jesus em sua casa desenvolve um relacionamento profundamente espiritual com Ele.

3. Serviço concreto.

Se com Maria aprendemos uma espiritualidade profunda, com Marta aprendemos a importância do serviço em família. As preocupações de Marta com os trabalhos do lar indicam a intenção de agradar a Cristo, oferecendo-Lhe uma hospitalidade especial. Era um modo de Marta agradá-Lo por meio de obras (Jo 12.2).
Há os que condenam a atitude mais ativa de Marta com relação a Jesus. É bem verdade que ela foi admoestada pelo Senhor quanto ao serviço desproporcional e a não esquecer do necessário (Lc 10.40). Entretanto, também é verdade que ela adequou esse serviço na perspectiva ensinada pelo Senhor Jesus (Jo 12.2). Quando a família estabelece uma relação de amizade a partir de Jesus, deve-se levar em conta o serviço mútuo para a manutenção do lar. Em Jesus, cada membro da família deve ser ativo nas tarefas domésticas sem, contudo, esquecer-se do necessário: a prioridade espiritual (Lc 10.40-42).
 
SINÓPSE II
A família que cultiva a amizade com Jesus pode colher muitos frutos.

Auxílio Vida cristã

SERVIÇO E DEVOÇÃO A DEUS
“Você está tão ocupado fazendo algo para Jesus, que deixa de passar momentos de comunhão com Ele? Não deixe que seu serviço se transforme em algo que vise a seu próprio interesse. Jesus não culpou Marta por estar preocupada com as tarefas domésticas. Ele só pediu que ela estabelecesse corretamente as prioridades. É possível um serviço perder a essência, tornando-se um mero trabalho cheio de tarefas, totalmente desprovido da devoção a Deus” (Bíblia de Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, pp. 1374-75).
 

III – LIÇÕES QUE APRENDEMOS COM A AMIZADE DE JESUS

1. Uma história de amor.
A história da amizade de Jesus com essa família nos leva a conhecer uma história de amor. Marta, Maria e Lázaro eram fiéis discípulos de Jesus. Ambos os irmãos criam em tudo o que o Mestre ensinava e, por isso, o reverenciavam de maneira honrosa e hospitaleira. Eles amavam Jesus e eram amados por Ele (Jo 11.5). Aqui, aprendemos que o amor é o sentimento que deve nortear a relação da família cristã. Num lar em que se estabeleceu a amizade com Jesus não deve faltar o amor de Deus (1 Jo 3.18). 

2. Compreender o outro.

Vimos que Marta e Maria tinham perfis distintos. Uma agia mais com o “coração” e outra mais com as “mãos”. Uma tinha uma emoção mais intensa, falava de maneira mais direta e franca; a outra, mais sossegada, tranquila, contemplativa e silenciosa. Entretanto, ambas recebiam Jesus com alegria e honra. Em nossa família também é assim, na mesma casa habitam pessoas com personalidades diferentes uma das outras. É preciso ter a disposição para conhecer, compreender e administrar de maneira sábia e respeitosa a personalidade de cada membro da família. Talvez esse seja o maior desafio do amor em casa (cf. 1 Co 13.4-7).

3. Ponderar quanto aos cuidados da vida.

Desejando agradar a Cristo, Marta trabalhava para dar o melhor da sua casa para Jesus. Por isso, acabou se distraindo com muitos serviços, esquecendo-se de priorizar também a parte espiritual de sua vida. Foi isso que nosso Senhor mostrou à Marta quando disse que ela andava distraída com muitos serviços (Lc 10.40). Naturalmente, aqui, Jesus não ensina a ficarmos descansados com as nossas responsabilidades.
Na verdade, sua Palavra é para quem está sobrecarregado com muitas atividades externas, como era o caso de Marta. Nosso Senhor ensina que a vida não é só trabalho, pois “nem só de pão viverá o homem” (Mt 4.4). A vida também tem a ver com o equilíbrio da alma e do espírito, pois o ser humano viverá de “toda a palavra que sai da boca de Deus” (Mt 4.4). Portanto, ter uma vida social agitada sem uma vida espiritual de raízes profundas é viver no vazio. Assim, em pouco tempo não teremos mais o fervor espiritual. A nossa família deve ser o ambiente em que a nossa vida com Deus seja potencializada a fim de que nossa vida social seja produtiva e abençoada. 
 
SINÓPSE III
A amizade de Jesus com a família de Betânia é uma história de amor e cuidado.
 

AUXÍLIO DEVOCIONAL

UMA HISTÓRIA DE AMOR
“Jesus tinha um relacionamento longo e próximo com Maria, Marta e seu irmão Lázaro. Os versículos 1 e 2 desse capítulo […] foram escritos por João para nos lembrar de quão próximo Jesus era da pequena família de Betânia. E para nos ajudar a perceber que, quando Maria recorreu a Jesus, ela o fez com absoluta confiança de que Jesus responderia imediatamente. Afinal, Lázaro era ‘aquele que tu amas’, um amigo próximo e precioso. Os versículos 1 e 2 também são dirigidos a nós, para aqueles momentos em que oramos por alguma necessidade desesperada e importante. Uma mãe ou pai cujo filho sofra de uma doença fatal. O desemprego que de repente nos ameaça com a perda de nosso lar. Em tais ocasiões, lembramo-nos do amor de Jesus e dirigimos ao céu orações desesperadas e confiantes. Certamente o Senhor nos aliviará. Como poderia ser diferente a sua vontade amorosa?” (RICHARDS, Lawrence O. Comentário Devocional da Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 2013, p.688).
 

CONCLUSÃO

A nossa amizade com Jesus implica ter comunhão com Ele em todo o tempo de nossas vidas. Ele é o Amigo sem igual que nos conforta quando precisamos; consola quando choramos. A família que cultiva a amizade com Jesus vive na dimensão do amor, procura compreender os outros membros da família e pondera os cuidados dessa vida. A família cristã com Jesus tem o privilégio de desfrutar de sua presença real no cotidiano. Portanto, não podemos viver sem a amizade do Senhor Jesus.

REVISANDO O CONTEÚDO

1. Como era formada a família em Betânia, amiga de Jesus?
Por Marta, Maria e Lázaro (Jo 12.1,2).
 
2. Segundo a lição, o que Marta, Maria e Lázaro descobriram e entenderam em Jesus?
Entenderam que essa relação com o Salvador era mais que mera relação social. Era a presença real do Filho de Deus dentro de sua casa (Mt 10.40).
 
3. Em que converge a amizade de uma família com Jesus?
A amizade de uma família com Jesus converge em adoração, contrição e quebrantamento espiritual.
 
4. À luz da história de amizade e amor com a família de Betânia, o que aprendemos sobre o amor em nossa família?
Aprendemos que o amor é o sentimento que deve nortear a relação da família cristã.
 
5. Que tipo de ambiente deve ser o da nossa família?
A nossa família deve ser o ambiente em que a nossa vida com Deus seja potencializada a fim de que nossa vida social seja produtiva e abençoada.

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