3º Trimestre de 2014
Data: 28 de Setembro de 2014
TEXTO ÁUREO
“Confessai as vossas culpas uns aos outros e orai uns pelos outros, para que sareis; a oração feita por um justo pode muito em seus efeitos” (Tg 5.16).
VERDADE PRÁTICA
Se vivermos os princípios da Epístola de Tiago teremos uma vida cristã que agradará ao nosso Deus.
HINOS SUGERIDOS
231, 299, 378.
LEITURA DIÁRIA
Segunda – Tg 5.7,8
Pacientes até a vinda do Senhor
Terça – Tg 5.9
Não nos acusemos mutuamente
Quarta – Tg 5.10,11
O exemplo da paciência de Jó
Quinta – Tg 5.12
Ninguém seja falso
Sexta – Tg 5.13-16
A oração da fé
Sábado – Tg 5.17,18
O exemplo da oração de Elias
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Tiago 5.7-20.
7 – Sede, pois, irmãos, pacientes até a vinda do Senhor. Eis que o lavrador espera o precioso fruto da terra, aguardando-o com paciência, até que receba a chuva temporã e serôdia.
8 – Sede vós também pacientes, fortalecei o vosso coração, porque já a vinda do Senhor está próxima.
9 – Irmãos, não vos queixeis uns contra os outros, para que não sejais condenados. Eis que o juiz está à porta.
10 – Meus irmãos, tomai por exemplo de aflição e paciência os profetas que falaram em nome do Senhor.
11 – Eis que temos por bem-aventurados os que sofreram. Ouvistes qual foi a paciência de Jó e vistes o fim que o Senhor lhe deu; porque o Senhor é muito misericordioso e piedoso.
12 – Mas, sobretudo, meus irmãos, não jureis nem pelo céu nem pela terra, nem façais qualquer outro juramento; mas que a vossa palavra seja sim, sim e não, não, para que não caiais em condenação.
13 – Está alguém entre vós aflito? Ore. Está alguém contente? Cante louvores.
14 – Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e orem sobre ele, ungindo-o com azeite em nome do Senhor;
15 – e a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados.
16 – Confessai as vossas culpas uns aos outros e orai uns pelos outros, para que sareis; a oração feita por um justo pode muito em seus efeitos.
17 – Elias era homem sujeito às mesmas paixões que nós e, orando, pediu que não chovesse, e, por três anos e seis meses, não choveu sobre a terra.
18 – E orou outra vez, e o céu deu chuva, e a terra produziu o seu fruto.
19 – Irmãos, se algum de entre vós se tem desviado da verdade, e alguém o converter,
20 – saiba que aquele que fizer converter do erro do seu caminho um pecador salvará da morte uma alma e cobrirá uma multidão de pecados.
INTERAÇÃO
Professor, chegamos ao final da série de lições a respeito da Epistola de Tiago. O meio-irmão do Senhor Jesus dá inicio a sua carta trazendo aos crentes uma palavra de encorajamento, pois ao que tudo indica, eles estavam sendo duramente provados (1.2,3). Sabemos que as provações não são para nos abater, mas para nos lapidar, fortalecer e amadurecer. Tiago finda sua carta, também com uma consolação. Ele fala a respeito da paciência em meio às aflições e cita Jó como exemplo de vida e paciência (5.11). Este servo de Deus, depois de experimentar terríveis sofrimentos, recebe do Todo-Poderoso a sua vitória. Tiago lembra aos irmãos que Jesus em breve voltará e que toda tribulação terá o seu fim, pois desfrutaremos da misericórdia e bondade de Deus para todo o sempre.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Compreender o valor da paciência e da proibição de juramento.
Saber a respeito do real significado da unção dos enfermos.
Conscientizar-se da importância da conversão de um irmão.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, chegamos ao final do estudo da Epístola de Tiago. Para esta última aula, sugerimos que você reproduza o esquema abaixo no quadro. Utilize-o para fazer um resumo geral dos últimos conselhos de Tiago.
CAPÍTULO 5
• O mau uso dos bens materiais (5.1-6);
• Paciência e constância nas provações até a volta de Jesus (5.7-11);
• Não ao juramento (5.12);
• A oração e unção em favor dos enfermos (5.13-18);
• A restauração dos irmãos que se desviaram (5.19,20).
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Palavra Chave
Conselho: Ensino ou aviso ao que cabe fazer.
Depois de estudarmos os principais assuntos da Epístola de Tiago, nessa última lição do trimestre, chegamos às seções finais da carta (vv.7-20). Nessa ocasião, analisaremos os ensinos práticos e atuais que o meio-irmão do Senhor escreveu para os seus leitores. São conselhos bíblicos práticos, perenes e necessários ao nosso relacionamento com Deus e a uma boa convivência na igreja local bem como em sociedade.
I. O VALOR DA PACIÊNCIA E A PROIBIÇÃO DO JURAMENTO (Tg 5.7-12)
1. O valor da paciência e da perseverança (vv.7,8). No versículo sete Tiago evoca uma imagem agrícola para exemplificar o valor da paciência e da perseverança. Tal imagem é comum aos destinatários de sua época. O líder da Igreja em Jerusalém nos ensina que tanto a paciência quanto a perseverança são valores que devem ser cultivados, não em alguns momentos, mas durante a vida toda. A fim de vencermos as dificuldades, privações, inquietações e sofrimentos da existência terrena, precisaremos da paciência e da perseverança. Essas características também estão relacionadas à nossa esperança na vinda do Senhor. Sejamos pacientes e perseverantes em aguardá-la, pois ela, conforme nos diz as Escrituras, está próxima (Fp 4.5; Hb 10.25,37; 1Jo 2.18; Ap 22.10,12,20).
2. O valor da tolerância de uns para com os outros (v.9). Mais uma vez a Palavra do Senhor reitera o cuidado com a língua, pois se não soubermos usá-la acabaremos por cometer falsos julgamentos contra as pessoas. No versículo nove, Tiago adverte-nos acerca do dia do juízo divino. O Juiz está às portas! Ele sim julgará com retidão e, justamente por isso, não podemos nos ocupar emitindo opiniões e comentários falsos contra quaisquer pessoas, quer sejam estas parte da igreja, quer não.
3. Aflição, sofrimento e juramento (vv.10-12). O ensino desses três versículos, primeiramente, alude à aflição e a paciência dos profetas que falaram em nome do Senhor. De igual modo, posteriormente, trata da paciência de Jó e o fim que o Senhor lhe concedeu após tamanha aflição e sofrimento (Ez 14.14,20; Hb 11.23-38). Os crentes a quem Tiago escreveu sentiam-se orgulhosos por ser comparados aos personagens do Antigo Testamento. Ao experimentar as aflições, eles sabiam que assim como Deus concedera graça a Jó (Jó 42.10-17), da mesma forma daria a eles. No versículo doze, após o exemplo do poder de Deus em relação aos seus servos, os profetas e Jó, Tiago admoesta-nos a que não caiamos no erro de jurar pelo céu ou pela terra. Nossas palavras não são poderosas para garantir o juramento. Não! Tudo depende de Deus e da sua vontade. Tiago nos ensina que não devemos fazer tais juramentos, pois a palavra do discípulo de Jesus deve se resumir ao sim ou ao não (Mt 5.33-37). Isto deve ser suficiente!
SINOPSE DO TÓPICO (I)
Como cristãos devemos cultivar a paciência e a perseverança até a volta de Jesus.
II. A UNÇÃO DE ENFERMOS E COMO DEUS OUVIU A ELIAS (Tg 5.13-18)
1. Oração e cânticos (Tg 5.13). Diante das adversidades, ou nos períodos de bonança, a Bíblia nos recomenda a adorar a Deus. Se estivermos tristes e angustiados, devemos buscar o Senhor em oração; se estivermos alegres, devemos cantar louvores a Deus. Em ambas as situações, Deus deve ser adorado! Como é bom sermos acolhidos pelo Senhor. Se tivermos de chorar, choremos na presença dEle; se tivermos de cantar, entoemos louvores diante dEle. Dessa maneira, seremos maravilhosamente consolados pelo Criador.
2. A oração da fé (vv. 14,15). A orientação de se chamar os presbíteros, ou anciãos da comunidade cristã, para orar por um enfermo e ungi-lo com azeite, denota a ideia de respeito que os crentes tinham com esses ministros. Os presbíteros serviam ao povo de Deus com alegria. Isso também indica que a atitude de ungir o enfermo com o óleo não deve ser banalizada em nosso meio. Hoje, as pessoas ungem bens materiais, bairros e até cidades. Isso é esoterismo! A base bíblica em o Novo Testamento fala do acolhimento ao enfermo para que ele seja curado. É a “oração da fé” que, além de curar o doente, faz com que ele sinta igualmente o perdão dos seus pecados.
3. Oração e confissão (v.16-18). Esse é um texto maravilhoso, mas infelizmente, desprezado por muitos. Ele rechaça a “confissão entre os irmãos”. É um incentivo a koinonia, ou seja, à união e ao amor fraternal entre os salvos. Como todos somos pecadores, em vez de acusarmo-nos uns aos outros, devemos realizar confissões públicas para ajudarmo-nos mutuamente. Uma vez confessada a nossa culpa e tendo orado uns pelos outros, seremos sarados. Tiago lança ainda mão do conhecido profeta Elias, para mostrar que até mesmo um homem como ele, que foi usado poderosamente por Deus, era igual a nós e sujeito às mesmas paixões. Todavia, o profeta orou e Deus ouviu o seu clamor. De fato, a oração de um justo pode muito em seus efeitos.
SINOPSE DO TÓPICO (II)
Precisamos acolher os enfermos com nossas interseções e orações.
III. A IMPORTÂNCIA DA CONVERSÃO DE UM IRMÃO (Tg 5.19,20)
1. O cuidado de uns para com os outros (v.19). Nos versículos finais da epístola, a conversão é ilustrada como literalmente retornar à verdade original da qual alguém um dia se afastou. A mensagem é bem clara: só podemos alcançar quem se desviou da verdade se formos em busca de tal pessoa. Para ir precisamos exercer um cuidado especial e amoroso de uns para com os outros (Fp 2.4).
2. A proximidade do ensino de Tiago com o de Jesus. É importante ressaltarmos que o ensino da Epístola de Tiago encontra-se em plena harmonia com o Evangelho de Jesus (Mc 12.30,31). Com muita clareza percebemos que o fio condutor que perpassa toda a epístola é justamente o da Lei do Amor: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o coração” e o “o teu próximo como a ti mesmo”.
SINOPSE DO TÓPICO (III)
Precisamos buscar aqueles que se desviaram e cuidar destes para que se reconciliem com o Senhor e sejam restaurados.
CONCLUSÃO
Chegamos ao fim do estudo panorâmico e conciso da Epístola de Tiago. Que cada professor e, igualmente cada aluno, não importando a idade, cresça mais e mais em Cristo, para a glória e o louvor de Deus Pai. O nosso desejo é que a Igreja do Senhor cresça diariamente no temor de Deus, em sua santidade, demonstrando a fé em Cristo Jesus através das boas obras, pois esta é a vontade do nosso Pai (Tg 1.22,23,25).
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2007.
ARRINGTON, French L.; STRONSTD (Eds.). Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Volume 2. 4ª Edição. RJ, CPAD, 2009.
EXERCÍCIOS
1. No versículo nove, Tiago adverte-nos acerca do quê?
R. No versículo nove, Tiago adverte-nos acerca do dia do juízo divino. O Juiz está às portas!
2. Como se sentiam os crentes a quem Tiago escreveu?
R. Os crentes a quem Tiago escreveu sentiam-se orgulhosos por ser comparados aos personagens do Antigo Testamento.
3. Diante das adversidades, ou nos períodos de bonança, o que a Bíblia nos recomenda?
R. A Bíblia nos recomenda adorar a Deus.
4. O que denota a orientação de se chamar os presbíteros, ou anciãos da comunidade cristã, para orar por um enfermo e ungi-lo com azeite?
R. A orientação de se chamar os presbíteros, ou anciãos da comunidade cristã, para orar por um enfermo e ungi-lo com azeite, denota a ideia de respeito que os crentes tinham com esses ministros.
5. Como a conversão é ilustrada nos versículos finais da Epístola de Tiago?
R. Nos versículos finais da epístola, a conversão é ilustrada como literalmente retornar à verdade original da qual alguém um dia se afastou.