Adultos 4° trimestre 2024
29 de Dezembro de 2024
TEXTO ÁUREO
“Deus não é homem, para que minta; nem filho de homem, para que se arrependa; porventura, diria ele e não o faria? Ou falaria e não o confirmaria?” (Nm 23.19)
VERDADE PRÁTICA
As promessas de Deus são infalíveis porque Deus e sua Palavra sempre cumprem um propósito.
LEITURA DIÁRIA
Hinos Sugeridos: da Harpa Cristã
107 FIRME NAS PROMESSAS
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Salmos 102.25-27; 2 Pedro 3.8-13
Salmo 102
25 – Desde a antiguidade fundaste a terra; e os céus são obra das tuas mãos.
26 – Eles perecerão, mas tu permanecerás; todos eles, como uma veste, envelhecerão; como roupa os mudarás, e ficarão mudados.
27 – Mas tu és o mesmo, e os teus anos nunca terão fim.
2 Pedro 3
8 – Mas, amados, não ignoreis uma coisa: que um dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos, como um dia.
9 – O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; mas é longânimo para convosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se.
10 – Mas o Dia do Senhor virá como o ladrão de noite, no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra e as obras que nela há se queimarão.
11 – Havendo, pois, de perecer todas estas coisas, que pessoas vos convém ser em santo trato e piedade,
12 – aguardando e apressando-vos para a vinda do Dia de Deus, em que os céus, em fogo, se desfarão, e os elementos, ardendo, se fundirão?
13 – Mas nós, segundo a sua promessa, aguardamos novos céus e nova terra, em que habita a justiça.
PLANO DE AULA
1- INTRODUÇÃO
Ao longo deste trimestre, estudamos sobre as Promessas de Deus. O nosso estudo mostrou que Deus é Onipotente, Onisciente, Onipresente. É nesta natureza, em que seus atributos são manifestados, que suas promessas estão fundamentadas. Por isso, nesta última lição, estudaremos a respeito da infalibilidade das promessas de Deus. A infalibilidade divina da promessa está fundamentada na infalibilidade de Deus. Assim, Deus não pode violar a própria natureza e, como consequência, a Bíblia o revela como um ser zeloso, verdadeiro e fiel. O nosso Deus não falha!
2- APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição:
I) Apresentar a doutrina bíblica da infalibilidade de Deus;
II) Explicar o aparente paradoxo a respeito de “Deus não mente nem se arrepende”;
III) Afirmar que as promessas de Deus são infalíveis.
B) Motivação: A Bíblia revela o nosso Deus como um ser absoluto, infalível e imutável. Por isso, tudo o que Ele diz não pode falhar. Todo o seu projeto é glorioso, pois Ele habita a eternidade, sua dimensão de tempo é completamente distinta da nossa. Com base nessa realidade bíblica é que a promessa de Deus está fundamentada. Por isso, ela não falha.
C) Sugestão de Método: Inicie a aula desta semana fazendo uma revisão de tudo o que vimos ao longo deste 4o trimestre de estudos bíblicos. Relembre as principais promessas estudadas, os assuntos que você percebeu que foi bem valorizado na classe. Peça aos alunos para falarem a respeito do que eles mais gostaram ao longo do trimestre. Em seguida, faça a introdução desta lição, esclarecendo que tudo o que vimos ao longo do trimestre como preciosas promessas de Deus está fundamentado na natureza infalível do eterno e gracioso Deus Pai.
3- CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Quem tem a sua esperança ancorada nas promessas de Deus faz uma caminhada segura, sabendo que nada neste mundo é capaz de roubar de nós o que Deus prometeu. Nas promessas de Deus erguemos a nossa motivação na vida e caminhamos rumo à Cidade Celestial.
4- SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 99, p.42, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula:
1) O texto “DEUS É FIEL” traz uma palavra de refrigério e confiança na infalibilidade das promessas de Deus, mesmo em meio às adversidades;
2) O texto “A BASE DA ESPERANÇA DO CRENTE”, por meio das Escrituras, demonstra a confiabilidade que podemos ter em Deus devido à sua natureza e caráter essencialmente fiéis e infalíveis.
INTRODUÇÃO
A Bíblia revela atributos exclusivos de Deus: sua onipotência, onipresença, onisciência, e, o que enfatizaremos nesta lição, sua imutabilidade. Por isso, Ele não falha em suas santas promessas, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento. A infalibilidade de Deus em suas promessas é um tema de grande valor que fortalece a nossa vida espiritual e aprofunda o nosso relacionamento com Ele.
PALAVRA-CHAVE: Infalibilidade
I – DEUS É INFALÍVEL
1- A infalibilidade de Deus. O Salmo 102 revela a autoridade de Deus, exemplificada pelo seu governo sobre a Criação (v.25). Contudo, o salmista faz o contraste entre Deus e sua Criação; o que há na Criação um dia passará, envelhecerá e mudará, mas o Criador não muda, Ele permanece para sempre (v.26). A imutabilidade de Deus revela que Ele é infalível (v.27). Por isso que, na Bíblia, não há uma só referência que mostre que Deus falhou em seus planos, palavras e promessas. Ele é absoluto, infalível e imutável.
2- Uma promessa infalível. Em 2 Pedro 3, vemos que o apóstolo Pedro tem o propósito de responder à igreja a respeito da suposta demora do retorno do Senhor Jesus. Ele explica que o tempo de Deus é diferente do nosso, pois Ele é o Criador e nós somos as criaturas (v.8). O motivo de o Senhor ainda não retornar para nos buscar nada tem a ver com alguma falha em sua promessa, mas por sua longanimidade e bondade, pois não deseja que o ser humano se perca (v.9). Ele é paciente. Mas haverá um momento em que o Senhor voltará, surpreenderá a muitos e transformará todas as coisas (vv.10-13). A promessa de sua vinda é infalível.
3- A Palavra infalível de Deus. Ao longo da Bíblia, vemos que Deus cumpre suas promessas, conforme lemos em Reis: “Bendito seja o Senhor, que deu repouso ao seu povo de Israel, segundo tudo o que disse; nem uma só palavra caiu de todas as suas boas palavras que falou pelo ministério de Moisés, seu servo” (1 Rs 8.56). Esse texto confirma a infalibilidade de Deus em cumprir suas preciosas promessas. Ele não esquece nenhuma delas, porque é zeloso para cumprir o que prometeu (Jr 1.12). Portanto, a Bíblia, a Palavra de Deus, é a fonte de promessas infalíveis para as nossas vidas.
SINÓPSE I
As promessas de Deus são infalíveis porque o nosso Deus não falha.
AUXÍLIO DEVOCIONAL
DEUS É FIEL!
“Talvez você esteja enfrentando águas profundas e duras provações em sua vida. Se este for o caso, caro amigo leitor, busque a Deus e confie em suas promessas. Uma tranquilidade e paz sobrenaturais estão ao seu alcance em qualquer situação. Elas são suas, é só apropriar-se delas. Entregue-se a Deus e às suas promessas — e confie verdadeiramente nEle — e essa paz será sua. Ele lhe dará forças. Deus é fiel!
Nunca se esqueça de que nosso Deus cumpre suas promessas. Números 23.19 afirma: ‘Deus não é homem, para que minta; nem filho de homem, para que se arrependa; porventura, diria ele e não o faria? Ou falaria e não o confirmaria?’ Antes de morrer, Josué, já em idade avançada, declarou: ‘E eis aqui eu vou, hoje, pelo caminho de toda a terra; e vós bem sabeis, com todo o vosso coração e com toda a vossa alma que nem uma só palavra caiu de todas as boas palavras que falou de vós o Senhor, vosso Deus; todas vos sobrevieram, nem delas caiu uma só palavra’ (Js 23.14; veja também 21.45). Tempos depois, Salomão proclamou: ‘Bendito seja o Senhor, que deu repouso ao seu povo de Israel, segundo tudo o que disse; nem uma só palavra caiu de todas as suas boas palavras que falou pelo ministério de Moisés, seu servo’ (1 Rs 8.56). Verdadeiramente, Deus é fiel”. (RHODES, Ron. O Livro Completo das Promessas Bíblicas. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p.13)
II – DEUS NÃO MENTE NEM SE ARREPENDE
1- Deus não mente nem se arrepende. Em Números lemos que Deus “não mente” nem “se arrepende” (Nm 23.19). Ao longo do capítulo 23, há um contexto que reforça a verdade de que o Altíssimo não mente nem se arrepende. Por ocasião da tentativa de Balaque em fazer com que Balaão amaldiçoasse o povo de Israel, lemos que, ao introduzir a mensagem da Palavra de Deus que não agradaria a Balaque, o profeta Balaão enfatizou que Ele não mente nem se arrepende para, em seguida, arrematar: “Eis que recebi mandado de abençoar; pois ele tem abençoado, e eu não o posso revogar” (Nm 23.20). Assim, Balaão não podia fazer o que Deus não havia decretado.
2- Deus se arrependeu? Em Gênesis 6 lemos que Noé construiu uma arca para a salvação dele, de sua família e dos animais por causa da destruição que viria devido a grande corrupção e violência da sociedade de sua época (Gn 6.3,14; 1 Pe 3.20). Entretanto, esse mesmo texto diz que Deus havia “se arrependido” de ter feito o ser humano, pois “pesou-lhe o coração” ao contemplar o caminho de corrupção e violência que a humanidade decidiu trilhar. Assim, poderíamos nos perguntar: Afinal de contas, Deus se arrepende?
3- Uma aparente contradição. Em Números lemos que Deus não “se arrepende” (Nm 23.19), em Gênesis, que Ele “se arrependeu” (Gn 6.6). Contudo, em Gênesis 6, o “arrependimento” nada tem a ver com algo que Ele tenha feito de errado, ou alterado um plano original, mas sim com o que a humanidade fez com o plano e o propósito que o Senhor havia delineado para ela desde sempre. Juntamente com a expressão “arrependimento”, a expressão “pesou-lhe em seu coração” traz a conotação humana aplicada a Deus para reforçar a ideia do quanto Ele se entristeceu com a escolha que o ser humano fez. Na Teologia, damos o nome a esse fenômeno presente nas Escrituras de “antropopatismo”, ou seja, a forma que o autor sagrado usa para atribuir características humanas a Deus, no sentido de que a mensagem fosse mais bem compreendida pelo leitor do texto sagrado. Em Gênesis 6, a falha não estava em Deus, mas no ser humano; o “arrependimento” de Deus não era em relação ao seu plano criador, mas ao ato rebelde do ser humano.
SINÓPSE II
O nosso Deus não mente nem se arrepende, pois nEle não há sombra de variação.
AUXÍLIO TEOLÓGICO
A BASE DA ESPERANÇA DO CRENTE
“Deus nunca falha; nunca hesita; nunca muda. Por sua própria natureza, Ele é fiel e leal às suas promessas e alianças. Mesmo assim, esse atributo de fidelidade de Deus não exclui a possibilidade de Ele alterar seus planos ou intenções sob determinadas circunstâncias. Por exemplo, Deus realmente muda, às vezes, seus planos no tocante ao juízo, em resposta às orações intercessória do seu povo fiel (ver Êx 32.11,14) ou como resultado do arrependimento de um povo iníquo (Jn 3.1-10;4.2)”. O alicerce da esperança do crente procede da natureza de Deus, de Jesus Cristo e da Palavra de Deus. As Escrituras revelam como Deus sempre foi fiel, no passado, ao seu povo. O Salmo 22, por exemplo, revela a luta de Davi numa situação pessoal crítica, que ameaça a sua vida. Todavia, ao meditar nos feitos de Deus no passado ele confia que Deus o livrará: ‘Em Ti confiaram nossos pais; cofiaram e tu os livrastes’ (v.4). O poder maravilhoso que o Deus Criador já manifestou em favor do seu povo está exemplificado no êxodo, na conquista de Canaã, nos milagres de Jesus e dos apóstolos, e em casos semelhantes, os quais edificam a nossa confiança no Senhor como nosso Ajudador” (Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, pp.269, 841).
III – AS INFALÍVEIS PROMESSAS DE DEUS
1- Um plano glorioso. A queda do ser humano não pegou Deus de surpresa. Pelo contrário, havia um plano delineado por Ele desde o início, conforme lemos em Apocalipse: “E adoraram-na todos os que habitam sobre a terra, esses cujos nomes não estão escritos no livro da vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo” (Ap 13.8). Um plano glorioso que, segundo o conselho da sua vontade (Ef 1.11,12), já havia sido planejado por meio de Jesus, o nosso Salvador (Jo 1.1-4). Assim, o mistério da salvação foi revelado como promessa infalível de Deus (Gn 3.15; Jo 3.16).
2- A eternidade. Juntamente com o seu plano de salvação, Deus promete a vida eterna (1 Jo 2.24,25). Isso mostra que não fomos criados para a queda, para a rebelião contra Deus e, consequente, a finitude. Fomos criados para, eternamente, andar e viver na presença de Deus. Dessa forma, o Senhor Jesus é o garantidor da eternidade que um dia experimentaremos por ocasião de sua vinda e transformação do nosso corpo corruptível em um incorruptível, celestial (1 Co 15.54).
3- Esperança forjada na promessa infalível de Deus. Ao longo dos séculos, o ser humano busca uma maior expectativa de vida. Ele a tem buscado no suporte dos avanços da Medicina, dos novos recursos científicos e tecnológicos à disposição da humanidade. Mas o envelhecimento e a morte são realidades vivenciadas pelo homem, inexoravelmente. Contudo, os que têm a sua esperança forjada na promessa infalível de Deus sabem que nada nesse mundo pode enfraquecer a alegria da salvação que desfrutamos em Cristo Jesus. Compreendemos que a vida é um dom de Deus (Rm 6.23) e que, por isso, de maneira grata e alegre, tomamos a caminhada com Deus até chegar o dia em que o conheceremos como Ele nos conhece (1 Co 13.12).
SINÓPSE III
A nossa esperança está forjada na infalibilidade da promessa de Deus.
CONCLUSÃO
Concluímos mais um trimestre estudando a respeito das promessas infalíveis de Deus. Aqui, temos a oportunidade de renovar a nossa esperança no Senhor, sabendo que podemos fazer a nossa caminhada com Cristo de maneira confiante e segura, pois o nosso Deus é fiel para cumprir as suas infalíveis promessas. Confiemos em Deus e na força do seu poder!
REVISANDO O CONTEÚDO
1- O que o Salmo 102 revela?
O Salmo 102 revela a autoridade de Deus, exemplificada pelo seu governo sobre a Criação (v.25).
Em Números lemos que Deus “não mente” nem “se arrepende” (Nm 23.19).
Em Gênesis 6, o “arrependimento” nada tem a ver com algo que Deus tenha feito de errado, ou alterado um plano original, mas sim com o que a humanidade fez com o plano e o propósito que o Senhor havia delineado para ela desde sempre.
O mistério da salvação foi revelado como promessa infalível de Deus (Gn 3.15; Jo 3.16).
Os que têm a sua esperança forjada na promessa infalível de Deus sabem que nada nesse mundo pode enfraquecer a alegria da salvação que desfrutamos em Cristo Jesus.