TEXTO DO DIA | SÍNTESE |
“E, chamando os seus doze discípulos, deu-lhes poder sobre os espíritos imundos, para os expulsarem e para curarem toda enfermidade e todo mal.”
(Mt 10.1) |
O Evangelho deve ser proclamado, independente
da aceitação ou não das pessoas. |
AGENDA DE LEITURA |
SEGUNDA – Mt 10.1
O chamado dos 12 primeiros discípulos TERÇA – Mt 9.36 Jesus teve compaixão das multidões QUARTA – 2 Tm 2.3 Como bom soldado de Jesus Cristo QUINTA – Mt 10.14 Muitos não aceitam a mensagem do Evangelho SEXTA – Mt 10.15 As consequências da rejeição do Evangelho SÁBADO – Mt 4.17 A mensagem de arrependimento |
Objetivos |
APRESENTAR os doze discípulos de Jesus e mostrar como se deu o chamado deles;
EXPLICAR os sinais e milagres que acompanham os comissionados; CONSCIENTIZAR de que nem todos aceitam a mensagem do Reino. |
Interação |
A cada dia fica mais difícil para os professores(as) manter o interesse e a atenção dos alunos durante toda a aula. Tal fato se deve, em grande parte, ao uso exacerbado das redes sociais. Mas, não é só o uso exagerado das redes sociais. Infelizmente a falta de uma metodologia adequada e o relacionamento com os jovens também contribuem para que os alunos fiquem desatentos durante as aulas. Por isso, dar aulas para os jovens, na atualidade, é um desafio. Alguns jovens têm abandonado a Escola Dominical por achar as aulas monótonas e cansativas. Por isso, é importante que você elabore aulas participativas, ame seus alunos e seja amigo(a) deles. |
Orientação Pedagógica |
Professor(a) para a aula de hoje será necessário um pequeno investimento. De acordo com o número de alunos, compre uma ou mais caixas de “BIS” ou outro chocolate de sua preferência. Após a saudação inicial, calmamente, pegue uma das caixas e, na frente dos alunos, abra um dos BIS e comece a comê-lo lentamente. Não vai demorar e alguém falará alguma coisa (vai pedir um ou vai reclamar, entre outras atitudes). Continue comendo devagar até acabar. Depois de comer o BIS pergunte se alguém ficou com vontade de comer o chocolate. Provavelmente, a maioria vai dizer que sim. Então, aproveite para mostrar que existem também muitos jovens que estão desejosos de conhecer Jesus, mas não tem ninguém que os evangelize. Estes também estão só olhando sem poder experimentar do Pão da Vida, Jesus. Mas, a salvação é para todos. Em seguida, distribua o BIS para aos alunos. |
Texto bíblico |
Mateus 10.1-15
1 E, chamando os seus doze discípulos, deu-lhes poder sobre os espíritos imundos, para os expulsarem e para curarem toda enfermidade e todo mal. 2 Ora, os nomes dos doze apóstolos são estes: O primeiro, Simão, chamado Pedro, e André, seu irmão; Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão; 3 Filipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o publicano; Tiago, filho de Alfeu, e Lebeu, apelidado Tadeu; 4 Simão, o Zelote, e Judas Iscariotes, aquele que o traiu. 5 Jesus enviou estes doze e lhes ordenou, dizendo: Não ireis pelo caminho das gentes, nem entrareis em cidade de samaritanos; 6 mas ide, antes, às ovelhas perdidas da casa de Israel; 7 e, indo, pregai, dizendo: É chegado o Reino dos céus. 8 Curai os enfermos, limpai os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demônios; de graça recebestes, de graça dai. 9 Não possuais ouro, nem prata, nem cobre, em vossos cintos; 10 nem alforjes para o caminho, nem duas túnicas, nem sandálias, nem bordão, porque digno é o operário do seu alimento. 11 E, em qualquer cidade ou aldeia em que entrardes, procurai saber quem nela seja digno e hospedai-vos aí até que vos retireis. 12 E, quando entrardes nalguma casa, saudai-a; 13 e, se a casa for digna, desça sobre ela a vossa paz; mas, se não for digna, torne para vós a vossa paz. 14 E, se ninguém vos receber, nem escutar as vossas palavras, saindo daquela casa ou cidade, sacudi o pó dos vossos pés. 15 Em verdade vos digo que, no Dia do Juízo, haverá menos rigor para o país de Sodoma e Gomorra do que para aquela cidade. |
COMENTÁRIO | ||||||||||
INTRODUÇÃO
Jesus escolheu e preparou doze homens para serem seus primeiros discípulos. Depois de comissionar e orientar quanto à missão deles, o Mestre os revestiu de poder para realizarem sinais que comprovariam as Boas-Novas do Evangelho e a chegada do Reino dos Céus. A missão destes primeiros discípulos era levar a paz a todas as pessoas, expulsar os espíritos imundos e curar as enfermidades e todo mal (Mt 10.1). O Mestre orienta os discípulos, mostrando como deveriam proceder ao chegar e ao sair das casas ou cidades. Jesus também ensina a respeito das consequências que sofreriam aqueles que não recebessem os discípulos e nem escutassem as suas palavras (Mt 10.14). I – OS DOZE DISCÍPULOS E A PROCLAMAÇÃO DO REINO DOS CÉUS 1. A preparação. Mateus dedica um bom espaço do texto Sagrado para trazer um dos principais discursos de Jesus, conhecido como o Sermão do Monte (Mt 5-7). Nele há auxílios para quem se dispõe a ter uma vida solidificada na rocha e ser uma testemunha do Reino. Depois do Sermão do Monte, começa então a segunda parte do Evangelho de Mateus e no capítulo dez temos o discurso de Jesus chamado de “Sermão Missionário” (Mt 10). Antes do comissionamento dos doze discípulos, Mateus narra uma série de sinais miraculosos realizados por Jesus (Mt 8,9). Ele descreve um total de dez curas e atos de poder realizados por Jesus e a constatação de que o campo de trabalho, a seara, é grande, mas que poucos são os ceifeiros. Tendemos a acreditar que os sinais feitos por Jesus ninguém mais poderia fazê-los, mas na verdade Ele estava capacitando e treinando seus discípulos para milagres ainda maiores. Jesus chamou os doze, os treinou para depois comissioná-los. 2. O comissionamento dos doze. Diferente do judaísmo institucionalizado, Jesus escolhe dentre o povo doze homens comuns, simples e das mais diversas origens. Entre eles estavam pescadores, como também membros de grupos opostos (grupo dos zelotes – coletor de impostos). Manter um grupo de pessoas com conhecimentos e perspectivas tão diferentes em um grupo coeso e eficiente exige esforço, paciência e muito treinamento. Os Evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas registram a eleição dos doze, mas cada um dá uma ênfase diferente (Mt 10.1-4; Mc 3.13-19; Lc 6.12-16). O que coincide na lista sinótica e que todas começam com Pedro, o líder, e termina com Judas, o traidor. Diferente dos demais evangelistas, Mateus coloca a relação dos doze discípulos no início de uma seção a respeito de missão. Depois de um bom tempo juntos e auxiliando Jesus a ensinar, curar e expulsar demônios, agora os discípulos recebem a incumbência de cumprir a missão que lhes foi confiada sem a supervisão direta do Mestre. 3. Compaixão para proclamar o Reino dos Céus às ovelhas perdidas da casa de Israel (Mt 10.5-7, 9,10). Um dos principais exemplos que Jesus deixou para seus discípulos é a compaixão pelo povo sofrido da Galileia e sul da Síria (Mt 9.35-38). O termo bíblico judaico para compaixão era rahamin que tem o significado de amor materno. Jesus demonstra que é com esse amor que os discípulos deveriam amar aqueles a quem iriam anunciar o Evangelho. Neste momento específico, a prioridade na evangelização eram as ovelhas perdidas da casa de Israel (Mt 10.6). Esta era uma estratégia específica e temporária. Outra recomendação importante é que os discípulos não deveriam se preocupar em levar bens materiais ou riquezas (Mt 10.9,10). Quem está trabalhando na Seara do Mestre deve agir como um soldado (2 Tm 2.3,4), pois quando o combatente é convocado e vai para uma guerra ele só pode carregar suas armas e o essencial para sua sobrevivência.
Jesus deu poder aos discípulos para expulsar os espíritos imundos e curar toda espécie de enfermidades. II – SINAIS E MILAGRES ACOMPANHAM OS COMISSIONADOS ( MT 10.1,8) 1. Os discípulos recebem poder. Jesus não tinha ciúmes ou medo de que seus discípulos se sobressaíssem, pois sua visão era de crescimento do Reino dos Céus. Seu objetivo era a libertação dos oprimidos e enfermos. Aprendemos com o Mestre que quando o líder investe em seus subordinados e estes cumprem sua missão com êxito, o líder que os instruiu também é honrado. Este é o segredo da boa liderança, investir e treinar bem os liderados. Mateus afirma que Jesus deu poder aos discípulos para expulsar os espíritos imundos e curar toda espécie de enfermidades. A autoridade para realizar os sinais foi transferida de Jesus para os discípulos. Eles receberam o poder diretamente do Filho de Deus, como parte integrante do plano divino de anunciar a salvação. Os doze receberam uma grande responsabilidade acompanhada de uma grande honra. 2. A mensagem dos discípulos deveria ser a mesma de Jesus. A pregação dos discípulos deveria ser a mesma de Jesus (Mt 4.17), mas além da mensagem do Reino, eles necessitariam atender quatros imperativos: “curai os enfermos, limpai os leprosos, ressuscitai os mortos e expulsai os demônios” (Mt 10.7,8). Como representantes de Cristo, os discípulos estariam desafiando o poder imperial romano e religioso, por isso, estariam também correndo perigo, como o Mestre deles. Acompanhar Jesus de perto e ser um discípulo era um privilégio e uma honra, mas também exigia disciplina e responsabilidade. Por isso, o Mestre relaciona uma série de recomendações a seus discípulos, dispostos a proclamar o Evangelho (Mt 10.7-17). 3. Os discípulos não poderiam utilizar o poder recebido em benefício próprio. Os discípulos haviam recebido poder para realizar sinais em nome de Jesus, mas também receberam uma advertência séria, pois não poderiam usar o poder recebido em benefício próprio, ou ter pagamento algum em troca. Eles receberam o poder de graça e de graça deveriam anunciar o Reino dos Céus.
III – NEM TODOS ACEITAM A MENSAGEM DO REINO (MT 10.11-15)
1. A paz de Deus. Os discípulos são recomendados a oferecer a paz de Cristo a “todas as ovelhas perdidas da casa de Israel” (v.6). No contexto, a casa considerada digna é aquela em que o proprietário recebe voluntariamente a oferta da paz por meio do Evangelho. Nesse caso, se convidado, o discípulo deveria entrar e se hospedar o tempo necessário para anunciar as Boas-Novas. Na cultura atual é difícil entender essa prática de se hospedar pessoas desconhecidas, mas na época de Jesus era algo bem comum. O fato de depender da boa vontade das pessoas para se hospedar de forma gratuita na casa de um desconhecido também exigia humildade dos discípulos, pois nem todas as pessoas têm essa propensão e se propõe a fazer isso. Por isso, a necessidade da ação do Espírito Santo na vida daqueles que realmente estão comprometidos com o Reino dos Céus. 2. Lidando com a rejeição. Jesus orientou os discípulos mostrando que algumas pessoas iriam rejeitar o Evangelho e ignorá-los. O próprio Jesus era um exemplo de rejeição e submissão a situações de humilhação. Todavia, também era um exemplo a ser seguido, pois não desanimava diante dessas dificuldades e mantinha seu propósito de fazer a vontade de Deus. No versículo (v. 14) aparece uma expressão que não é costumeira para a cultura contemporânea: “sacudi o pó dos vossos pés”. Tal declaração é uma forma de demonstrar que o proprietário da casa visitada, que rejeitou o Evangelho, é responsável pela sua atitude. Jesus estava preparando os discípulos para que eles aprendessem a lidar com as rejeições sem se magoarem e perderem o propósito, pois cada um é responsável pelas suas escolhas. 3. Não desanime diante da recusa das pessoas. O crente não deve desanimar quando as pessoas rejeitarem a pregação do Evangelho. Quem rejeita hoje poderá aceitar amanhã, pois as pessoas mudam, as condições e as experiências também. Quem convence o homem do pecado, da justiça divina e do juízo é o Espírito Santo, a nós cabe somente anunciar o plano da salvação, orar pelos enfermos e os oprimidos do Diabo. Infelizmente, haverá pessoas que nunca aceitarão a mensagem da salvação. O discípulo que passa por uma experiência dessas, não deve achar que ele é o responsável pela recusa da pessoa. Não devemos nos preocupar, de forma demasiada, pelas decisões erradas das pessoas, pois o crente não pode mudar ninguém e nem impor às pessoas a salvação, mas oferecê-la gratuitamente e com amor.
CONCLUSÃO Nesta lição aprendemos que Jesus antes de comissionar seus discípulos para a missão evangelizadora, os capacitou. O Mestre outorgou poder aos discípulos para que estes fizessem os mesmos sinais que Ele fazia. No entanto, Jesus recomendou aos discípulos que não usassem esse poder em benefício próprio, mas sempre em favor do Reino. Aprendemos também que Jesus orientou os discípulos a alcançarem primeiramente as ovelhas perdidas da casa de Israel, mas Ele os advertiu de que nem todos aceitariam a mensagem do Reino, pois a responsabilidade da escolha é pessoal. |
HORA DA REVISÃO |
1. Segundo a lição, quem eram os doze comissionados por Jesus? Eram doze homens comuns, simples e das mais diversas origens.2. A narrativa da escolha e missão dos doze discípulos é igual em todos os evangelhos sinóticos? Explique. Não. Os Evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas registram a eleição dos doze, mas cada um dá uma ênfase diferente. O que coincide na lista sinótica é que todas começam com Pedro, o líder, e termina com Judas, o traidor.3. De acordo com a lição, o que significa “sacudir o pó dos vossos pés”? Tal declaração é uma forma de demonstrar que o proprietário da casa visitada, que rejeitou o Evangelho, é responsável pela sua atitude.4. Segundo a lição, qual foi um dos principais exemplos que Jesus deixou para seus discípulos? Um dos principais exemplos que Jesus deixou para seus discípulos é a compaixão pelo povo sofrido. 5. Segundo a lição, qual a recomendação às pessoas que se deparam com aqueles que rejeitam de forma definitiva o Evangelho? |