26/05/2019
TEXTO DO DIA
“Seja bendito o teu manancial, e alegra-te com a mulher da tua mocidade.” (Pv 5.18)
SÍNTESE
O relacionamento sexual é para o casamento monogâmico, hetero e indissolúvel.
AGENDA DE LEITURA
SEGUNDA – Pv 5.15 A esposa é comparada a uma fonte de água abundante
TERÇA – Pv 5.18 O relacionamento sexual é para o casamento
QUARTA – Pv 5.19 O amor conjugal une o casal
QUINTA – 1 Co 7.1,2 Cada um tenha sua própria mulher e cada mulher o seu próprio marido
SEXTA – 1 Co 7.3,4 O relacionamento sexual no casamento
SÁBADO – 1 Co 7.10,11 O casamento é indissolúvel
OBJETIVOS
• COMPREENDER que o relacionamento seuxual é para o casamento;
• Conscientizar os jovens da perspectiva cristã a respeito do relacionamento sexual no casamento.
INTERAÇÃO
Professor(a), para a aula de hoje sugerimos que você, juntamente com seus alunos, reflitam a respeito do texto do pastor Jamiel de Oliveira Lopes. Observe: “Algumas consequências do envolvimento sexual antes do casamento: a) Sentimento de culpa, que poderá tornar-se uma tortura constante, além da perda da comunhão com Deus, que só poderá ser restaurada mediante o perdão de Deus quando a pessoa mostra-se arrependida e deixa suas práticas pecaminosas (1 Jo 1.7,9; Pv 28,13); b) Muitos jovens sucumbem por causa de doenças sexualmente transmissíveis; c) Gravidez indesejada, que pode ocasionar aborto ou o nascimento de uma criança num lar desestruturado. Há aqueles que pregam o uso de preservativos, mas, no momento, o instinto fala mais alto que a razão, e são raros aqueles que pensam nisso. O melhor é que os jovens fiquem com a Palavra de Deus e esperem o momento certo para desfrutar dessa bênção do Senhor, evitando perturbação posterior. […] os defensores do ‘sexo livre’ se esquecem de que o adolescente e o jovem não estão preparados para encarar as consequências advindas dessa prática, tampouco os problemas sociais e espirituais que surgirão. O apóstolo Paulo, em 1 Coríntios 6.12, afirma: ‘Tudo me é permitido, mas nem tudo convém. Tudo me é permitido, mas eu não me deixarei que nada me domine’” (NVI) (LOPES, Jamiel de Oliveira. Psicologia Pastoral: A ciência do Conhecimento Humano como Aliada Ministerial. 1.ed. Rio de Janeiro: 2017, p. 432-434).
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor(a), separe um tempo para uma reflexão a respeito das características/virtudes que devem influenciar na escolha de um cônjuge cristão. Para auxiliar na reflexão, reproduza a tabela da página 56 no quadro e preencha juntamente com os alunos.
TEXTO BÍBLICO
Provérbios 5.15-19
15 Bebe a água da tua cisterna e das correntes do teu poço.
16 Derramar-se-iam por fora as tuas fontes, e pelas ruas, os ribeiros de águas?
17 Sejam para ti só e não para os estranhos contigo.
18 Seja bendito o teu manancial, e alegra-te com a mulher da tua mocidade,
19 como cerva amorosa e gazela graciosa; saciem-te os seus seios em todo o tempo; e pelo seu amor sê atraído perpetuamente.
1 Coríntios 7.1-5
1 Ora, quanto às coisas que me escrevestes, bom seria que o homem não tocasse em mulher;
2 mas, por causa da prostituição, cada um tenha a sua própria mulher, e cada uma tenha o seu próprio marido.
3 O marido pague à mulher a devida benevolência, e da mesma sorte a mulher, ao marido.
4 A mulher não tem poder sobre o seu próprio corpo, mas tem-no o marido; e também, da mesma maneira, o marido não tem poder sobre o seu próprio corpo, mas tem-no a mulher.
5 Não vos defraudeis um ao outro, senão por consentimento mútuo, por algum tempo, para vos aplicardes à oração; e, depois, ajuntai-vos outra vez, para que Satanás vos não tente pela vossa incontinência.
INTRODUÇÃO
Alguns livros bíblicos quase não foram inclusos no cânon sagrado devido à temática sexual. Felizmente eles foram incluídos e hoje servem como orientação para casados e solteiros que desejam viver de modo que agrade a Deus. Na lição de hoje estudaremos a respeito de um destes textos. Veremos também a resposta do apóstolo aos questionamentos da igreja de Corinto sobre o casamento e a castidade.
I – O RELACIONAMENTO SEXUAL NO CASAMENTO
1. A dificuldade na canonização de textos bíblicos que tratam de relacionamento sexual. Na época da canonização dos livros do Antigo Testamento, alguns textos e livros foram questionados e por pouco não ficaram fora do cânon bíblico por tratarem do relacionamento sexual entre o homem e a mulher, no casamento. O mais famoso é o caso da literatura do Cântico dos Cânticos, permeada por referências de amor, bastante difundido nos meios intelectuais cristãos e que teria inspirado a arte e a literatura medieval.
O texto bíblico escolhido para a lição de hoje é mal-interpretado por alguns estudiosos bíblicos que preferem espiritualizar o texto a considerar o que ele realmente se propõe, o relacionamento amoroso entre um homem e uma mulher no casamento. Muitos ícones da teologia cristã espiritualizaram os textos que tratavam do relacionamento sexual no casamento afirmando se tratar do relacionamento com o divino.
2. A escolha do cônjuge é uma das decisões mais importantes da vida. O esposo e a esposa têm diferentes deveres e obrigações, mas a preservação da fidelidade e união dentro do lar é responsabilidade de ambos. A vida a dois deve ser construída em parceria, de forma que a felicidade seja mútua. Existe uma tendência de se pensar a respeito do casamento somente quando chega a hora de se casar, mas isso é um equívoco. O jovem já deve começar a pensar o que deseja do seu esposo e esposa. É na juventude que temos a responsabilidade de conhecer a pessoa com quem vamos viver a maior parte de nossas vidas. Portanto, essa decisão merece ser bem acertada. Muitos casais vivem frustrados e infelizes, mesmo dentro das igrejas, porque não fizeram a decisão certa, segundo a orientação divina. Então, ore, busque conhecer a vontade de Deus para sua vida; uma decisão errada ou precipitada pode causar danos para a vida toda. A escolha do cônjuge, depois da escolha de aceitar, pela fé, a Cristo como Salvador, é uma das decisões mais importantes da vida de uma pessoa.
3. O relacionamento sexual é para ser desfrutado com a pessoa certa, no casamento (Pv 5.15). O texto de Provérbios 5.15-19 é um texto poético que trata do relacionamento sexual no casamento. Quando o poeta recomenda que se beba da água da própria cisterna (v. 15),ele se utiliza de uma metáfora para falar da esposa, a mulher escolhida para ser companheira (v. 18). Ou seja, a mulher pela qual ele se enamorou, conheceu, amou e, por fim, com quem se casou. A fonte, o manancial do homem, deve ser somente a sua própria esposa (cf. Êx 20.17). O texto bíblico mostra que o prazer sexual no casamento é legítimo, pois foi idealizado e instituído por Deus (Gn 2.20-25).
O relacionamento sexual antes do casamento não é prova e nem fonte de amor, mas sim de egoísmo e carnalidade. Os desejos sexuais são para unir os cônjuges, aproximá-los e também para a procriação. No casamento, o marido e a esposa precisam ser como uma fonte onde um deve saciar o outro, considerando o outro como uma dádiva de Deus. Marido e mulher precisam se amar com pureza e ações de graças, pois esse é o propósito divino.
4. O relacionamento sexual e a fidelidade conjugal (Pv 5.16-19). Quando o casal procura seguir os preceitos bíblicos em seu relacionamento conjugal, a alegria e a fidelidade são apenas uma consequência. No relacionamento marido e mulher não pode haver egoísmo e nem orgulho, pois esses sentimentos trazem consequências ruins, como por exemplo, a infidelidade. Deus abomina todo e qualquer relacionamento fora do casamento (Êx 20.14). Segundo a Bíblia de Estudo Pentecostal o “sétimo mandamento proíbe o adultério e abrange a imoralidade e todos os demais pecados sexuais” (Lv 20.10; Dt 22.22).
No casamento, mesmo entre duas pessoas crentes, a convivência no dia a dia não é nada fácil, pois são duas pessoas diferentes. Mas, com a ajuda do Senhor, com a oração e o diálogo, as dificuldades são vencidas. Por isso, no período de namoro e no casamento, o casal deve orar junto e não permitir que nada venha impedir o diálogo, que é imprescindível para manter a saúde do relacionamento.
Pense!
Jovem, você já pensou na responsabilidade da decisão de escolha do seu futuro cônjuge? Quais critérios você tem utilizado?
Ponto Importante
O relacionamento sexual é somente no casamento.
II – A PERSPECTIVA CRISTÃ A RESPEITO DO RELACIONAMENTO SEXUAL NO CASAMENTO
1. Paulo responde a um questionamento dos coríntios (1 Co 7.1). A igreja em Corinto havia se tornado uma das maiores daquela região e os padrões morais dos novos convertidos eram bem diferentes do estilo de vida das outras pessoas que moravam na cidade. Por isso, surgem algumas dúvidas acerca do casamento que precisavam ser esclarecidas pelo apóstolo. Paulo utilizava as epístolas para orientar os crentes com relação a um novo modo de vida, pois havia naquele tempo muitos gnósticos que consideravam que o corpo era mau e o espírito bom. Tal pensamento provocava dois tipos de comportamento: o primeiro levava as pessoas a fazerem o que bem entendessem com o seu corpo, uma vez que a crença era de que o espírito não seria afetado; o segundo comportamento era o inverso, baseado na mesma crença de que o corpo era matéria má, então seria melhor não fazer nada com ele para mortificá-lo. Portanto, os dois extremos eram ruins. Paulo estava respondendo a um questionamento da igreja em relação ao segundo comportamento.
2. A propagação da prática da abstinência sexual e do celibato. Membros da igreja, incluindo os casados, começaram a utilizar a abstinência sexual como forma de controle dos desejos carnais do corpo. Isso se tornou um grande problema, pois não se imagina um casamento em que cada um dos cônjuges vê o relacionamento sexual como algo desprezível, enquanto o outro o vê como algo essencial e necessário. Surge também, motivada por esse pensamento, a ideia do celibato. A pessoa casada tinha como propósito não ter mais um relacionamento sexual, ou seja, uma abstenção total e permanente. Paulo responde aos questionamentos afirmando que tanto o casamento como o celibato eram opções legítimas para o cristão. O celibato deve ser visto como o dom divino; se você não o tem, case-se; é melhor casar do que viver abrasado. É o conselho do apóstolo. A decisão deveria ser consciente e ter por base a paz e a obediência a Deus. Ele adverte contra os sacrifícios tolos, que não agregam nada à vida espiritual, se baseados em crenças humanas e contrárias ao Evangelho.
3. Paulo recomenda o casamento (1 Co 7.2-5). A promiscuidade em Corinto era tão intensa que só o fato de uma moça se identificar como moradora da cidade já seria motivo para considerá-la prostituta. O apóstolo cita a prostituição na cidade como um perigo para aqueles que queriam ficar solteiros e para os casais que estavam se abstendo do relacionamento sexual. Ele reconhecia que poucas pessoas teriam disposição necessária para manter inativa sua capacidade sexual. Então Paulo recomenda o casamento e o relacionamento sexual dos cônjuges visando a procriação e o prazer de ambos.
Paulo também ressalta a dignidade da mulher e coloca a esposa como possuidora dos mesmos direitos e responsabilidades, com voz para decidir, juntamente com o esposo, a respeito do comportamento a ser adotado no relacionamento sexual. Paulo afirma que cada cônjuge tem o poder sobre o corpo do outro. Essa recomendação paulina não dá liberdade para abusos de nenhuma das partes. Por isso, é importante o bom relacionamento do casal para um relacionamento feliz e sem constrangimento e, acima de tudo, com respeito à dignidade um do outro. Em todas as coisas, precisamos agir como filhos de Deus.
Pense!
Jovem, você tem buscado conhecer a vontade de Deus antes de começar um namoro?
Ponto Importante
A Palavra de Deus tem prescrições importantes para um namoro e um casamento saudável e feliz.
SUBSÍDIO
“Que ninguém se queixe de que Deus lidou de maneira cruel consigo, proibindo-lhe os prazeres pelos quais há um desejo natural, pois Ele bondosamente providenciou a satisfação regular de tais desejos. Não podes comer de toas árvores do jardim, mas escolhe a tua, a que quiseres, desta poderás comer livremente; a natureza ficará satisfeita com isto, mas a luxúria não terá nada. Deus, ao limitar o homem a uma só, estava tão longe de lhe impor quaisquer dificuldades, que na realidade buscava o seu melhor interesse; pois, como observa o Sr. Herbert: ‘Se Deus tivesse permitido tudo, certamente o homem teria sido o limitador.’ – este é um provérbio conhecido pela igreja. Aqui Salomão explica isto, não somente prescrevendo como um antídoto, mas apresentando como um argumento contra a prostituição, o fato de que os prazeres permitidos no casamento (ainda que a sagacidade dos ímpios, que colabora com o espírito da impureza possa tentar ridicularizá-los), transcende, e muito os falsos prazeres proibidos da prostituição” (HENRY, Matthew. Comentário Bíblico Antigo Testamento: Jó a Cantares de Salomão. 2.ed. Rio de Janeiro: 2015, p. 743).
ESTANTE DO PROFESSOR
LOPES, Jamiel de Oliveira. Psicologia Pastoral: A Ciência do Conhecimento Humano como Aliada Ministerial. 1.ed. Rio de Janeiro: 2017.
CONCLUSÃO
O texto de Provérbios 5.15-19 trata a respeito do relacionamento sexual entre os cônjuges. Um relacionamento feliz e harmonioso é uma prevenção contra a infidelidade. A escolha do futuro cônjuge é uma das mais importantes decisões que o jovem precisa tomar. Por isso ore, busque a direção do Senhor.
HORA DA REVISÃO
1. De acordo com a lição, por que alguns textos e livros do Antigo Testamento foram questionados? Na época da canonização dos livros do Antigo Testamento, alguns textos e livros foram questionados e por pouco não ficaram fora do cânon bíblico por tratarem do relacionamento sexual entre o homem e a mulher.
2. Cite uma das escolhas mais importantes da vida de um jovem.
A escolha do cônjuge.
3. O relacionamento sexual é para os solteiros?
Não. Segundo a Palavra de Deus o relacionamento sexual é para ser desfrutado no casamento.
4. Segundo a lição, o que não pode haver no relacionamento marido e mulher?
Não pode haver egoísmo e nem orgulho, pois esses sentimentos trazem consequências ruins, como por exemplo, a infidelidade.
5. O que os gnósticos pensavam a respeito do corpo e do espírito?
Eles consideravam que o corpo era mau e o espírito bom. Tal pensamento provocava dois tipos de comportamento: O primeiro levava as pessoas a fazerem o que bem entendessem com o seu corpo, uma vez que a crença era de que o espírito não seria afetado. CONCLUSÃO O texto de Provérbios 5.15-19 trata a respeito do relacionamento sexual entre os cônjuges. Um relacionamento feliz e harmonioso é uma prevenção contra a infidelidade. A escolha do futuro cônjuge é uma das mais importantes decisões que o jovem precisa tomar. Por isso ore, busque a direção do Senhor. JOVENS 61 L