é uma das fortificações naturais mais surpreendentes do mundo. É
uma magnífica meseta de 9,3 ha localizada 16 km ao sul de En-Gedi e a 4 km da costa
ocidental do mar Morto. Sua forma é similar à de um grande barco de 610 m de
comprimento por 305 m de largura no meio, afinando-se gradualmente até formar dois
estreitos promontórios nos extremos setentrional e meridional. As partes laterais estão
formadas quase sem exceção por escarpados rochosos, a uma elevação de 305 m sobre o
estéril deserto da Judéia e de 396 m sobre as águas do mar Morto. Como era quase
inacessível e bem retirada das habituais rotas de viagem, foi fortificada originariamente
por “Jonatam, o sumo-sacerdote”, como refúgio real no século II a.C., quando então
passou a ser conhecida como Massada. Em 40 a.C., Herodes fugiu de Jerusalém e
refugiou-se em Massada com a família para escapar de Matatias Antígono, que havia
sido coroado rei pelos partos. Herodes deixou ali a família, seu irmão José e oitocentos
homens para defendê-la de possíveis assédios e viajou a Roma em busca de ajuda. A
fortaleza de rocha demonstrou seu valor nessa ocasião. Assim que regressou de Roma,
Herodes escolheu Massada como seu lugar de retiro e refúgio no caso de um possível
ataque por Cleópatra do Egito e no caso de o povo judeu tentar destroná-lo e restaurar
ao poder a dinastia anterior. Entre 36 e 30 a.C., Herodes rodeou o cume da meseta com
um grande muro de casamata branco, de 1399 m de comprimento, 6 de altura e 4 de
largura, com três portas e trinta torres de defesa. O muro e as torres foram revestidos
com gesso branco. Para a morada real, erigiu o Palácio Ocidental, que era um enorme e
maravilhoso edifício, com uma sala para o trono, salões de recepção e uma casa
suntuosa, com luxuosos banheiros, pisos de mosaicos coloridos e magníficos quartos.
Ao redor do palácio e em outros lugares em torno da meseta, havia pórticos de
colunatas, galerias, corredores, cisternas, arvoredos, jardins e armazéns com armas e
provisões suficientes para alimentar 10 mil homens durante muitos anos. “E assim foi
fortificada a cidadela, pela natureza e pela mão do homem.” Mais tarde, para tornar seu
refúgio duplamente seguro e mais aprazível, Herodes transferiu as atividades
arquitetônicas para o despenhadeiro norte de Massada, onde erigiu seu palácio suspenso
de três níveis, que se constitui em uma das maravilhas arquitetônicas do mundo antigo.
Herodes, no entanto, haveria de utilizar Massada apenas como retiro ocasional de
inverno ou talvez para algumas viagens de descanso. Após sua morte, em 4 a.C., uma
guarnição romana estabeleceu-se em Massada, ocupação prolongada até 66 d.C.,
quando eclodiu em toda a região uma rebelião judaica em grande escala. Os judeus atacaram Massada repentinamente e expulsaram os romanos. Enquanto a luta
continuava por toda a Palestina, muitos judeus entusiastas dirigiram-se a Massada e
fortaleceram a nova guarnição. Depois da queda de Jerusalém, causada por Tito em 70
d.C., os poucos judeus sobreviventes que conseguiram evitar a captura abriram caminho
através do deserto da Judéia até Massada e uniram-se aos compatriotas determinados em
continuar a luta pela liberdade. No outono de 72 d.C., Flávio Silva, general romano e
comandante da 10.a Legião, suas tropas auxiliares e mil prisioneiros de guerra judeus
sitiaram Massada, na ocasião defendida por Eliézer, líder dos zelotes. Os judeus
defenderam-se durante longos meses, mas depois que os romanos completaram a
construção de uma enorme rampa de terra até o cume, colocaram aríetes contra os
muros e atearam fogo à fortaleza, os sitiados concluíram que não poderiam resistir por
mais tempo. Eliézer pronunciou um discurso no qual expôs o destino que os aguardava
como prisioneiros dos romanos e suplicou que concordassem em suicidar-se para não
cair nas mãos do inimigo. O grupo concordou e, abraçando seus entes queridos, com
adaga e com espada prepararam o golpe mortal. Amontoaram todos os tesouros e os
queimaram. Em seguida, mediante sorteio, selecionaram dez homens como executores
da matança. Quando os dez realizaram a tarefa que lhes havia sido proposta, tiraram
sorte entre si para saber quem mataria os nove restantes, antes de se suicidar. Após
matar os nove companheiros, o último sobrevivente suicidou-se em silêncio, assim
como em silêncio haviam sido mortos os demais judeus, para que o inimigo não
suspeitasse de nada. Desse modo, concretizou-se uma das tragédias mais comoventes da
história da humanidade. No dia seguinte, 15 de abril de 73 d.C., quando os romanos
finalmente entraram na fortaleza que haviam sitiado durante tanto tempo, encontraram
vivos apenas duas mulheres e cinco meninos, que se haviam escondido, e uma multidão
de 960 cadáveres. Um horrível silêncio substituía o clamor que eles esperavam ouvir.
Quando a 10.a Legião levantou acampamento e marchou de volta a Jerusalém, uma
reduzida guarda permaneceu na fortaleza vários anos, após os quais a desolada Massada
caiu gradativamente em ruínas ao longo dos dezenove séculos seguintes. O lugar foi
identificado pela primeira vez nos tempos modernos por Edward Robinson, em 1838, e
mais tarde visitado e descrito por outros exploradores. Todavia, Massada tornou-se foco
de grande interesse em 1853, quando S. Guttman esboçou as sinuosas curvas da “senda
serpenteante”, no lado leste, localizou o sistema de água de Herodes, estabeleceu os
contornos gerais dos edifícios e liderou grupos de pesquisa em árduas marchas por
atalhos até Massada. Guttman insistiu em que se realizassem múltiplas escavações nesse
importante lugar. Nos anos 1955 e 1956, uma expedição israelense composta pelos
arqueólogos M. Avi-Yonah, N. Avigad, I. Dunnayevsky e outros voluntários efetuou
em Massada um cuidadoso estudo arqueológico, seguido de três temporadas de
escavações em grande escala, de 1963 a 1965, lideradas pelo professor Yigael Yadin e
patrocinadas pela Universidade Hebraica, pela Sociedade de Exploração Israelense e
pelo Departamento Israelense de Museus e Antiguidades. Com a ajuda de fundos
privados da Grã-Bretanha, de um pequeno anúncio no jornal Jerusalem Post e de uma
série de brilhantes artigos escritos por Patric O’Donovan no jornal London Observer,foi
possível levantar fundos suficientes para os trabalhos, e centenas de jovens voluntários,
judeus e não-judeus de Israel e de outros 28 países, apresentaram-se para trabalhar Ao chegarem a Massada, selecionaram um lugar para o acampamento na parte
ocidental, ao pé da rampa perto da base do antigo acampamento romano. Com a
experiente ajuda do corpo de engenheiros do Exército, o piso foi nivelado e preparado
para o acampamento-base. Construíram edifícios para o escritório e para as reuniões e
levantaram tendas para os membros permanentes da equipe e para os voluntários.
Quando tudo ficou pronto, começou a escavação de um dos sítios arqueológicos mais
importantes do mundo. O aqueduto. Um grupo de voluntários subiu ao longo da ladeira
setentrional mais baixa da grande rocha para inspecionar duas fileiras (uma localizada
em cima da outra) do que pareciam ser covas escuras. Descobriram que se tratava de
doze enormes cisternas quadradas, escavadas em duas filas paralelas. Depois de limpálas, calculou-se que cada cisterna tinha capacidade para 3967 m3. Juntas, as doze
cisternas podiam conter um total de 39674 m3 de água. Em dois vales, Herodes havia
mandado construir represas que desviavam a água da chuva através de canais abertos
até as cisternas. A água das cisternas era transportada por serventes e asnos até outro
grupo de cisternas no cume da meseta. O muro. Os escavadores constataram que o cume
de Massada era cercado, exceto no extremo setentrional, por um muro de casamata
(duplo, com espaço interior dividido em câmaras). A circunferência era de 1400 m, e
isso concorda exatamente com os sete estádios da descrição de Josefo. O muro tinha
setenta câmaras, trinta torres e quatro portas ornamentadas. O palácio suspenso de três
níveis de Herodes. No extremo setentrional de Massada, no ponto mais alto, e suspensa
na própria borda do precipício, os escavadores encontraram a vila real de três terraços
do rei Herodes. O luxuoso palácio desfrutava um clima muito fresco, das vantagens da
superior defesa natural e da vista mais imponente da região circundante. No terraço
superior,que servia de habitação a Herodes, havia quatro espaçosos aposentos, muito
adornados, vários corredores e uma varanda semicircular que se estendia até a borda do
próprio abismo. Todos os pisos eram ladrilhados de mosaicos negros e brancos,
formando desenhos geométricos. O terraço intermediário,18 m mais abaixo, era um
pavilhão telhado com colunatas, de forma circular, desenhado para proporcionar
repouso e sossego. O panorama que se avistava desse terraço era imponente. O terraço
inferior,15 m abaixo do intermediário, constava de um elaborado apartamento, com
quartos e banheiro privativo, construído em um quadrado de 16 m e rodeado por duas
séries de colunas que formavam uma colunata dupla. As paredes haviam sido
construídas imitando o mármore com incrustações de pedras preciosas. Os esplêndidos
afrescos que adornavam a parede meridional eram tão bem pintados que ainda
conservam sua frescura depois de 2 mil anos. Aqui Herodes podia desfrutar momentos
de ociosidade com seus acompanhantes, refrescar-se na casa de banhos, desfrutar em
seguida de um banquete e, recostado nos pilares e nas paredes adornadas, observar a
impressionante paisagem natural ao longe. Algumas escadarias interiores, “ocultas e
invisíveis”, ligavam os três terraços. Um sólido muro de apoio de 24,4 m de altura fora
construído no barranco, debaixo do terraço inferior da vila suspensa. O palácio
ocidental. Além do palácio de três terraços, Herodes edificou um palácio para
cerimônias oficiais, o Palácio do Rei, na parte ocidental de Massada. Era a maior
edificação do cume. Constituía-se de quatro alas e cobria uma superfície de cerca de
3346 m2. Nela, encontraram aposentos reais edificados em torno de um grande pátio central e um salão de recepção magnificamente decorado, que conduzia à sala do trono.
Havia instalações administrativas, suntuosos apartamentos, habitações de hóspedes,
luxuosos quartos de banho com banheiras, uma piscina de água fria e quartos de serviço
com uma cozinha provida de enormes fogões grandes o bastante para comportar dez ou
doze panelas ao mesmo tempo. A ala da despensa do palácio media 64 m de
comprimento. Três pequenos palácios ricamente decorados, localizados nas imediações,
alojavam possivelmente membros da família real. Ao norte deles, havia dois edifícios
retangulares, aparentemente um centro administrativo e a residência de altos
funcionários. A casa de banhos. Ao sul da vila do palácio, havia uma grande casa de
banhos com um amplo pátio, para a qual as pessoas podiam se dirigir em passeio, para
filosofar ou simplesmente para passar o tempo. A ante-sala belamente decorada era
destinada à diversão. A maior das salas era um quarto quente (caldarium), ou sauna, sob
o qual havia outro andar. Entre os dois andares, existiam mais de duzentas pequenas
colunas que sustentavam o piso superior e formavam a zona de vapor, onde o calor era
produzido. Próximo estava o quarto tépido (tepidarium), e junto a este, o quarto frio
(frigidarium). Esses salões de banho estavam entre os melhores que se podiam encontrar
em todo o Império Romano. As adegas. O complexo da adega geral, localizado a
sudeste da casa de banhos, consistia de dois grandes edifícios retangulares construídos
com lajes de pedra. O edifício oriental possuía quatro cômodos, e o edifício maior, ao
sul, onze depósitos estreitos, mas surpreendentemente compridos. O milho, o vinho, o
azeite, a farinha e grande variedade de legumes e frutas frescas eram conservados em
uma sala separada, em talhas especiais de armazenamento. Estavam cuidadosamente
preservadas e em bom estado quando os romanos assumiram o comando. Havia ânforas
de vinho com inscrições que mostravam terem sido enviadas a Herodes, rei da Judéia,
no ano 19 a.C. Outras talhas de armazenamento traziam inscrições em hebraico e
aramaico. Muitas vasilhas herodianas foram utilizadas pelos defensores judeus de
Massada. O grande edifício de apartamentos estava localizado ao lado sul das adegas e
apresentava confortáveis moradias idênticas, em grande número, edificadas em torno de
um grande pátio central. Cada moradia consistia de um pátio particular e dois quartos
pequenos. Provavelmente, alojava os principais administradores. Outras edificações
menores, como a sinagoga e o mikve (banheiro cerimonial), ficavam a sudeste, junto ao
muro de casamata. Os restos deixados pelos zelotes. Ainda que Eliézer ben Yair e quase
mil zelotes judeus tenham vivido sete anos em Massada, fizeram muito pouco uso dos
grandes palácios, do complexo de apartamentos, dos quartos de armazenamento, dos
banheiros, das cozinhas, da sinagoga e de outros edifícios secundários. Muitos deles,
todavia, viveram nos 110 espaçosos quartos que estavam dentro dos muros e das torres
de casamata, e em modestas estruturas que eles mesmos erigiram em terreno aberto. Ao
retirar os escombros da área dos banheiros particulares, no terraço inferior do palácio de
lazer de Herodes, os escavadores encontraram restos de três esqueletos que jaziam sobre
os degraus perto da piscina de água fria. Um dos esqueletos era de um homem de cerca
de vinte anos de idade, provavelmente um dos chefes de Massada. Perto dali, havia
centenas de escamas de armadura prateadas, incontável número de pontas de flecha de ferro, restos de um xale de oração (talith) e um fragmento de cerâmica com letras em hebraico. “Também sobre os degraus jazia o esqueleto de uma mulher jovem, com o couro cabeludo intacto devido à
extrema sequidão da atmosfera. Sua cabeleira escura belamente trançada parecia ter sido
penteada naquele momento. Junto a ela, o gesso estava manchado com algo que parecia
ser sangue. Ao lado da jovem havia delicadas sandálias de mulher, feitas de pele, no
estilo tradicional da época. O terceiro esqueleto era de um menino.” Yadin declarou que
“não podia haver dúvida de que o que nossos olhos viam era parte dos restos dos
defensores de Massada […] Mesmo os veteranos e os mais céticos entre nós
permaneceram imóveis, emudecidos de assombro”.No terraço intermediário da vila do
palácio, foram encontradas centenas de flechas acumuladas em montões. Haviam sido
amontoadas e incendiadas deliberadamente. Também foram encontradas flechas no
palácio ocidental e por toda parte de Massada. Também encontraram grande quantidade
de moedas nos edifícios públicos, tais como nas adegas, na casa de banho, nos
banheiros cerimoniais e nas padarias. A maioria das moedas trazia o desenho de uma
folha de parreira de um lado e a figura de um cálice do outro. A inscrição em hebraico
dizia: “Pela liberdade de Sião”. Em um pequeno saco, sob o piso de uma habitação, os
escavadores encontraram 38 siclos e meio de prata, cunhados no quarto ano da rebelião.
Os restos de um saco de tela haviam aderido às moedas. Perto dali, sob uma grossa
camada de cinzas, descobriram uma caixa de bronze na qual havia seis siclos e seis
meios siclos. Nos dois grandes complexos de armazéns, havia centenas de vasilhas de
barro para armazenamento quebradas. Continham ainda resíduos de comida. Muitas das
vasilhas tinham etiquetas que descreviam seu conteúdo em aramaico ou em hebraico.
Algumas apresentavam inscrições em hebraico, indicando os nomes de seus
proprietários. Várias delas apresentavam a letra tau, que representa a palavra truma
(“deusa sacerdotal”). Isso indica que os defensores de Massada apegavam-se
rigorosamente a mandamentos como a cobrança e o pagamento de dízimos. Muitos dos
pratos nos quais os defensores comiam estavam cheios de pedras semelhantes à das
vasilhas encontradas nas escavações do período recente de Jericó. Em uma das
despensas, havia provisões de estanho e outros metais. Algumas dessas despensas
estavam completamente vazias, sem sinal de vasilhas ou de fogo, o que parece dar
crédito à declaração de Josefo de que algumas provisões foram deixadas
deliberadamente intactas para mostrar aos romanos que os defensores de Massada
haviam morrido por vontade própria, não por inanição. As despensas que aparecem em
perfeito estado na atualidade são possivelmente aquelas em que os zelotes deixaram
alimentos, mais tarde consumidos pelos romanos. Nos 110 quartos ao longo do muro e
em outros lugares habitados pelos zelotes, os escavadores encontraram montes de cinzas
contendo restos de roupa, de sandálias, de lâmpadas, de pentes e de utensílios “que
contavam a história de como, talvez apenas alguns minutos antes do fim, cada família
reuniu seus humildes pertences e os queimou […] Esses pequenos montes de cinzas
foram talvez as cenas que mais nos comoveram durante as escavações”. O achado mais
emocionante foram os pedaços de catorze rolos de pergaminho, que continham parte
dos livros de Gênesis, Levítico, Deuteronômio, Salmos e Ezequiel e eram idênticos em
texto e ortografia à Bíblia hebraica tradicional. Também encontraram um fragmento da
versão original hebraica do Livro dos jubileus, perdida havia muito tempo, uma cópia
da versão original hebraica do Eclesiástico (a sabedoria de Ben-Siraque), que também estava perdida, e uma porção de um rolo idêntico a um dos manuscritos do mar Morto.
Este parece indicar que pelo menos alguns dos essênios de Qumran tomaram parte na
rebelião com os zelotes. Dos setecentos óstracos (fragmentos de cerâmica com
inscrições) encontrados, os mais interessantes são onze pequenos fragmentos, cada um
com um nome diferente, mas todos escritos pela mesma mão. Um deles apresenta o
nome “Ben Yair”, provavelmente o valoroso chefe dos zelotes. Na realidade, esses
óstracos podem ser os utilizados pelos últimos dez homens que ficaram com vida para
determinar qual deles haveria de matar os outros antes de suicidar-se. A maior parte de
Massada transformou-se em lugar atrativamente acessível aos turistas modernos,
mediante a instalação de um teleférico que transporta os visitantes desde a margem do
mar Morto até o cume da meseta em questões de minutos. Pode-se desfrutar uma vista
imponente na direção norte ou oeste, ou na direção sul a desolada paisagem do deserto
da Judéia. A leste, acham-se as profundas águas azuis do mar Morto, com a singular
península de el-Lisa, de cor branca acinzentada, e as montanhas de Moabe, ao longe. Os
visitantes podem contemplar as diversas obras e os acampamentos do assédio romano e
também passear pelos palácios do rei Herodes e admirar os banheiros privativos e os
corredores de colunas, os belos pisos de mármore ou de mosaicos e as paredes
multicoloridas. Quem quiser pode sentar-se na sinagoga judaica onde foram
encontrados os fragmentos de rolos bíblicos pertencentes ao século I d.C. ou examinar
os sólidos muros, as portas e outras estruturas da fortaleza. Os visitantes podem reviver
na imaginação a tensa e difícil hora na qual os zelosos defensores judeus, encerrados em
sua montanha-fortaleza, olhavam para baixo e viam os soldados romanos, com os
escravos judeus capturados em Jerusalém no ano 70 d.C., construindo a rampa de barro
que selaria a sentença dos defensores de Massada. Não é difícil sentir-se fascinado por
Massada ou compreender por que ela se tornou uma das principais atrações para os
viajantes e em altar nacional para Israel e porque tem atraído, aos milhares, a juventude
judaica de nossa geração, levando-a, em solene peregrinação, a escalar a fortaleza até o
cume. Nas alturas de Massada, os recrutas das unidades blindadas das Forças Armadas
do Israel moderno fazem seu juramento de lealdade com estas comovedoras palavras:
“Massada não cairá de novo!”.
fonte: BIBLIA THOMPSON