hoje chamada Tell Defneh, situa-se no delta egípcio, perto do lago
Manzale e 14 km a oeste do canal de Suez. Após a destruição de Jerusalém, em 586
a.C., Nabucodonosor nomeou Gedalias governador do que restou de Judá. Gedalias, no
entanto, foi assassinado, e Joanã, um dos líderes do povo, temendo as represálias de
Nabucodonosor, fugiu para Tafnes com os sobreviventes do massacre, entre eles o
profeta Jeremias (Jr 40:5; 41:1-3; 43:5,7). Pouco depois, veio a palavra do Senhor a
Jeremias em Tafnes, predizendo a queda do Egito (Jr 43:8-11). Alguns críticos negaram
por muito tempo que tanto essa profecia de Jeremias quanto outras similares
pronunciadas pelo profeta Ezequiel (Ez 29:19; Ez 30:10) se tenham cumprido, já que
não se conhecia qualquer registro secular de uma invasão ao Egito por Nabucodonosor.
Essa posição mudou com a descoberta de uma tabuinha cuneiforme fragmentada, hoje
exposta no Museu Britânico. Ela declara que o rei Nabucodonosor realizou uma
campanha militar contra o Egito no trigésimo sétimo ano de seu reinado (568 a.C.).
Ainda que a maior parte da tabuinha esteja perdida — e com ela o desfecho da
campanha —, não há dúvida alguma de que a investida militar de Nabucodonosor foi
coroada de êxito, cumprindo-se assim as predições do profeta. Tafnes, mencionada na
profecia de Jeremias, foi escavada por Flinders Petrie em 1886, no montículo conhecido
pelos árabes da localidade como Palácio da Filha do Judeu. Petrie descobriu um
conjunto de plataformas em frente às ruínas de um castelo similar a uma guarnição, que
identificou como os restos da “casa do faraó”. Perto dali, alguns árabes encontraram três inscrições cuneiformes de Nabucodonosor, mas as pedras que Jeremias escondeu ainda
não foram encontradas.
Ver tb: Jr 2:16, Jr 43:9, Ez 30:18
fonte: BIBLIA THOMPSON