VALE DE BACA – SALMO 84

“Baca” é uma palavra hebraica que significa “choro”, “lágrima”. As balsameiras são plantas que destilam, gotejam ou “choram” o bálsamo, uma resina de odor tão agradável que a palavra “bálsamo” veio a significar, figurativamente, “alívio”, “conforto”, “lenitivo”.

As peregrinações de Israel são um tipo ou símbolo da peregrinação dos cristãos neste mundo. Enquanto estamos aqui, temos passado por alguns trechos do “caminho” que têm sido muito difíceis. Não temos podido evitar o “Vale de Baca” ou “Vale de Lágrimas”.

Se você está passando pelo “Vale de Baca”, quero lembrar-lhe que o nome do vale que era árido, difícil, sofrido, faz menção às plantas que cresciam ali e “choravam” bálsamo.

Muitas são as adversidades que nos afligem e nos fazem chorar no transcurso desta nossa peregrinação terrena: desapontamentos, desastres, calamidades, perdas, escassez, enfermidades, morte, e a lista continua… De um modo ou de outro, cedo ou tarde, mais ou menos vezes, todos passamos pelo vale.

O que fazer no vale de baca? O texto diz: “…os peregrinos passando pelo vale árido, faz dele um manancial…”. Como? Cavando poços! Os peregrinos orientais, quando passam por regiões áridas, sem água, cavam poços e, deste modo, conseguem água para si e para os seus animais. Isto nos ensina três coisas:

Primeiro, diante das lutas há sempre uma saída. Nossa tendência, quando passamos por uma provação, é desesperar ou desistir. Nos desertos e vales áridos da vida há sempre algum poço cheio de conforto e salvação. Quando não, cabe-nos cavar um.

Segundo, encontrar uma saída pode custar algum esforço. Se o poço não está cavado, temos que cavá-lo nós mesmos. E isto requer esforço, muito esforço. Mas vale a pena. É melhor do que sentar para chorar e esperar o fim. Muito da miséria e de nossas  derrotas deve-se à nossa inércia. Se quisermos matar a sede de solução para os problemas e encontrar saída no Vale de Baca, temos que olhar à volta e encontrar os poços que outros já cavaram, ou então cavar nós mesmos os nossos poços.

Terceiro, a nossa experiencia neste vale pode ajudar a outros. Os poços abertos pelos peregrinos de hoje servirão aos peregrinos de amanhã.

Uma coisa não podemos deixar de pensar e acreditar: Deus esta conosco no Vale de Baca, por isso é visto como um lugar de bálsamo! Há poços cheios ali. Ele nos mostrará. Quando não, nos ajudará a cavar nossos próprios poços, e prontamente os encherá de bênçãos.

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