As gigantescas ruínas de Baalbek situam-se no meio da planície
fértil de Beqaa, entre as cordilheiras do Líbano e do Antilíbano. Foi chamada Heliópolis
— “Cidade do Sol” — pelos gregos e romanos.
Sua origem recua até perder-se nas lendas antigas de Baal, que era considerado “o
controlador do destino humano”. Nos primeiros séculos da era cristã, Baalbek era muito
próspera e famosa. Seus edifícios, como os conhecemos agora, tiveram a construção
iniciada pelo imperador romano Antonino Pio (138-161 d.C.) e continuada por Septímio
Severo e outros imperadores até Caracala (211-217 d.C.). Os romanos construíram
Baalbek em honra de Júpiter, Baal e Baco e para impressionar as nações do Oriente com
o poder e a grandeza de Roma. Na condição de centro de adoração ao Sol, tornou-se
conhecida como a morada de um oráculo (centro de adivinhações). Foi visitada pelos
principais governantes e por pessoas importantes que vinham de todas as partes. Sob o
governo do imperador romano Constantino, os templos de Baalbek transformaram-se
em igrejas cristãs, mas quando os árabes capturaram a cidade, em 634 d.C., toda a área
do templo foi convertida pelos invasores em uma grande fortaleza, e esta veio a
desempenhar importante papel nas guerras dos cruzados, na Idade Média. Sofreu
saques, roubos e quase total destruição em várias ocasiões, mas sempre se renovava. Em
1664 e em 1750, violentos terremotos sacudiram-na, e ela jamais se recuperou. Baalbek
tornou-se conhecida na Europa pelo trabalho dos arquitetos ingleses Wood e Dawkings,
que visitaram suas ruínas em 1751. O cáiser (imperador da Alemanha) Guilherme II e
sua esposa visitaram-na após a viagem que fizeram a Jerusalém e a Damasco, em 1898.
Chegaram à tarde, instalaram suas tendas em uma área aberta em meio às ruínas e
partiram cedo no dia seguinte. Essa breve parada, todavia, foi suficiente para convencer
o cáiser a fazer tudo o que estivesse ao seu alcance para preservar as imponentes ruínas.
Após regressar a Berlim, tomou as providências necessárias à sua preservação. Em
poucas semanas, especialistas alemães chegaram a Baalbek. No ano de 1900, sob a
supervisão de Otto Puchstein, arqueólogo, e Bruno Schulz, arquiteto, especialistas e
operários começaram a remover os escombros. Um mês mais tarde, foi iniciado o
trabalho de escavação. Em 1904, a principal tarefa estava essencialmente terminada.
Toneladas de escombros haviam sido removidas, e já se vislumbrava certa ordem em
meio ao caos. A atual aparência da cidade é resultado do trabalho que vem sendo
realizado desde essa época. Baalbek tem sido visitada, admirada e comentada por
inúmeros turistas. É considerada hoje uma das ruínas mais famosas no mundo
mediterrâneo. Suas edificações só podem ser comparadas com o templo de Amom em
Carnaque, as ruínas de Palmira e o Pártenon em Atenas. Baalbek tem sobrevivido em
parte graças ao que foi construído solidamente e em escala colossal. As ruínas medem
somente cerca de 280 por 198 m. Todavia, existe nessa combinação de trabalho romano
e oriental, segundo comentou um observador, uma “mistura de imensidade e
delicadeza” que dá às pessoas “a sensação de profunda serenidade”. As ruínas são
compostas de restos de várias edificações. As mais claramente definidas são: a
Antecorte, a Grande Corte, o templo do Sol (a Júpiter-Baal) e o templo de Baco.

 

fonte: BIBLIA THOMPSON

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