Contar testemunhos ou experiências em vez de pregar a Palavra. Há
pregadores que pensam que pregar a Palavra é ficar contando testemunhos.
Isso não é pregação! A exposição tem de ser bíblico-cristocêntrica. Um ou
outro testemunho pode até ser empregado para reforçar uma verdade das
Escrituras; apenas isso. Nesse sentido, qual foi o conselho de Paulo a
Timóteo? “Conjuro-te pois diante de Deus e do Senhor Jesus Cristo, que há
de julgar os vivos e os mortos, na sua vinda e no seu reino, que pregues a
palavra (…) Porque virá tempo em que não sofrerão a sã doutrina…” (2 Tm
4.1-3). O apóstolo incentivou o jovem pregador a contar experiências? Não!
Mandou-o pregar a Palavra!
Confundir a pregação com palestras motivacionais. Infelizmente,
muitos expoentes ignoram o que é pregação (1 Co 1.23; 2.1-5). Não pregam
sobre o sangue de Jesus, a ressurreição, a Segunda Vinda de Cristo e a
santificação do crente. Seus temas favoritos são: “Seja um vencedor usando
o pensamento positivo”, “Você é aquilo que pensa”, “Suas palavras têm
muito poder”, etc. Não faça isso! Fale de Jesus Cristo, pois é no nome dEle
que há poder (Mc 16.15-18).
Citar episódios, expressões ou pessoas da Bíblia desconhecidos dos
ouvintes. Um pregador foi convidado para pregar na China para pessoas nãocrentes.
Ao saudar a todos com rápidas palavras, ouviu quase meia hora de
interpretação! Ele dissera aos chineses, que nada conheciam da Bíblia: “Eu
venho a vós em nome do Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó”, obrigando o
intérprete a explicar quem era cada uma das personagens citadas!
Contar piadas ou dizer gracejos ao auditório. Já vimos que isso não é
bom. É claro que uma e outra ilustração divertida não prejudicam a
exposição da Palavra. O problema está no uso abusivo desse recurso. Aliás,
os fatos engraçados só deveriam ser empregados quando houvesse uma
aplicação séria por trás deles. Caso contrário, o pregador torna-se um
humorista, um mero animador de auditórios.
Animar o auditório. Há pregadores que, sinceramente, abriram mão do
seu ministério de expor as verdades de Deus, para agradar o povo. Mesmo
antes de ler a Bíblia — alguns nem isso fazem mais — pedem para as
pessoas se cumprimentarem, se abraçarem, profetizarem isso ou aquilo…
Ora, precisamos dar um basta nisso! Pregação é exposição da Palavra (Sl
119.130; Tt 2.1), e não interação com o público! Entendo até que, em uma
palestra, isso seja viável, porém estamos falando de pregação expositiva.
Pregar com as mãos no bolso ou ajustar e suspender a calça enquanto
fala. Às vezes, fazemos algumas coisas por mania ou cacoete. Não me tenha
mal; a minha intenção ao escrever sobre isso é orientar. No entanto, pregar
com as mãos no bolso ou ficar suspendendo a calça não fica bem para um
obreiro.
fonte: Mais Erros que os Pregadores Devem Evitar – Ciro Sanches Zibordi