Lição 05 – A autenticidade Contra Uma Fé Morta

Jovens 1° trimestre 2025 

 2 de Feveriro de 2025


TEXTO PRINCIPAL
“Meus filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas por obra e em verdade.” (1 Jo 3.18)
RESUMO DA LIÇÃO
A nossa fé em Jesus Cristo precisa ser revelada mediante as nossas ações.

LEITURA SEMANAL
SEGUNDA-FEIRA – Hb 10.24 Fé, amor e boas obras

TERÇA-FEIRA – 1 Tm 6.17-19 Que os ricos façam o bem

QUARTA-FEIRA – Tg 2.17 Fé morta

QUINTA-FEIRA – Ef 2.8,9 A salvação não vem das obras

SEXTA-FEIRA – Ef 2.10 Fomos criados para as boas obras

SÁBADO – 1 Ts 1.3″A obra da vossa fé”

OBJETIVOS
COMPREENDER os perigos de uma fé improdutiva:
EXPLICAR as evidências da fé por intermédio das ações;
DESTACAR o exemplo de fé de Abraão e Raabe.

INTERAÇÃO
Prezado(a) professor(a), na lição deste domingo você e seus alunos serão desafiados a cultivarem uma fé autêntica e viva, evidenciada por ações. Tiago em sua Carta nos mostra que a fé improdutiva é inútil. A verdadeira fé se manifesta em obras de amor, compaixão e obediência a Deus, tomemos como exemplos Abraão e Raabe que, pela fé, tomaram ações decisivas e corajosas. Procure mostrar, no decorrer da lição, que somos chamados a demonstrar nossa fé em Cristo não apenas em palavras, mas em ações. Só assim viveremos uma fé autêntica que glorifica a Deus e impacta positivamente o mundo ao nosso redor.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor(a), converse com os alunos explicando que “Tiago compara a fé destituída de obras a simples expressões de simpatia de ajuda prática. Estas duas expressões não têm de se excluir necessariamente. Entretanto, da mesma forma que a ‘fe’ sem obras é inútil, sob qualquer condição. Expressões de simpatia sem obras também não funcionam. Tiago não está comparando fé e obras, mas os dois tipos diferentes de fé” (RICHARDS, Lawrence O. Guia do leitor da Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 2010. p. 872).

TEXTO BÍBLICO
Tiago 2.14-26

14 Meus irmãos, que aproveita se alguém disser que tem fé e não tiver as obras? Porventura, a fé pode salvá-lo?
15 E, se o irmão ou a irmã estiverem nus e tiverem falta de mantimento cotidiano.
16 E algum de vós lhes disser. Ide em paz, aquentai-vos e fartai-vos; e lhes não derdes as coisas necessárias para o corpo, que proveito virá daí?
17 Assim também a fé, se não tiver as obras, é morta em si mesma.
18 Mas dirá alguém: Tu tens a fé, e eu tenho as obras, mostra-me a tua fé sem as tuas obras, e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras.
19 Tu crês que há um só Deus? Fazes bem; também os demônios o crêem e estremecem.
20 Mas, ó homem vão, queres tu saber que a fé sem as obras é morta?
21 Porventura Abraão, o nosso pai, não foi justificado pelas obras, quando ofereceu sobre o altar o seu filho Isaque?
22 Bem vês que a fé cooperou com as suas obras e que, pelas obras, a fé foi aperfeiçoada,
23 E cumpriu-se a Escritura, que diz: E creu Abraão em Deus, e foi-lhe isso imputado como justiça, e foi chamado o amigo de Deus
24 Vedes, então, que o homem é justificado pelas obras e não somente pela fé.
25 E de igual modo Raabe, a meretriz, não foi também justificada pelas obras. quando recolheu os emissários e os despediu por outro caminho?
26 Porque, assim como o corpo sem o espírito está morto, assim também a fé sem obras é morta.

INTRODUÇÃO
A Carta de Tiago apresenta uma visão prática da fé cristã, desafiando os crentes a demonstrarem sua fé por meio de ações. Na lição deste domingo, estudaremos o texto de Tiago 2.14-26 que trata a esse respeito. O texto aborda a relação intrínseca entre fé e obras, advertindo-nos contra uma fé inativa ou morta. Abordaremos os perigos de uma fé improdutiva, a evidência da fé por meio de ações e exemplos bíblicos de uma fé viva.

 

I- OS PERIGOS DE UMA FÉ IMPRODUTIVA

1- Inutilidade. Tiago no capítulo 2, nos faz duas perguntas: […] “Que aproveita se alguém disser que tem fé e não tiver as obras?” “Porventura, a fé pode salvá-lo?” Uma fé que não se traduz em ações é inútil e não produz resultados tangíveis na vida do crente ou na igreja. Dúvidas têm surgido, no decorrer dos séculos, a respeito desse texto da Carta de Tiago, como se ele fosse uma contradição ao ensino de Paulo no tocante à salvação pela graça, e, não por meio das obras. Mas não existe nenhuma contradição nas Escrituras Sagradas. Paulo rejeita a ideia de que as boas ações sejam meritórias para a salvação. Ele explica que não podemos confiar no nosso próprio esforço para nos tornarmos justos diante de Deus: “Sendo, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus por nosso Senhor Jesus Cristo (Rm 5.1). Paulo também ensina que, depois de receber a justificação pela graça, a fé deve se manifestar em ações. Todos serão recompensados diante de Deus pelas suas ações, (Rm 2.6). Quando Tiago fala sobre as obras, ele se refere às boas ações que frutificam naturalmente a partir de um coração que ama a Deus e ao seu próximo, um coração que foi alcançado pela graça divina. É importante ressaltar que há diferença entre crença e fé. Crença é o assentimento ao testemunho, ao passo que a fé é o mesmo assentimento ao testemunho acompanhado de confiança. O escritor aos Hebreus, buscando responder sobre a natureza da fé, apresenta-nos que a “fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não veem” (11.1). Esse texto é uma elucidação do que vem a ser a fé, sendo a única definição direta sobre o que é a fé na Bíblia. Embora essa seja uma definição teórica, o escritor bíblico não se aprofunda em “teorias”, mas se volta ao texto bíblico e fundamenta a sua afirmação nos exemplos que o Antigo Testamento fornece sobre homens e mulheres de fé, que veremos mais adiante.

2- Engano espiritual. 

Acreditar que a fé não precisa ser produtiva é enganar-se a si próprio. Tiago alerta que essa auto satisfação é perigosa, pois não leva à verdadeira transformação. Uma pessoa que tem apenas essa fé pode acreditar que está espiritualmente saudável e salva, mas está se enganando porque sua fé não tem impacto real em sua vida ou na dos outros. Desta forma, o auto engano espiritual ocorre quando há discrepância entre o que a pessoa diz acreditar e o que ela realmente faz. Por exemplo, uma pessoa pode professar amor ao próximo, mas não agir para ajudar aqueles em necessidade. Essa incoerência revela uma fé superficial, que não transforma o caráter nem motiva a prática do bem e não glorifica a Deus. Ao separar a ideia de uma fé apenas de palavras da fé que gera ação/ transformação. Tiago aponta que essa é uma crença errônea e perigosa. Pregações que não fazem um chamado à fé são apenas discursos que podem até produzir satisfação momentânea, mas não produzem a alegria da salvação.

3- Testemunho ineficaz. 

A fé improdutiva prejudica o testemunho cristão. Quando os crentes não vivem de acordo com sua fé professada, isso pode levar outros a questionar a autenticidade do Cristianismo. Uma fé sem obras falha em mostrar o poder transformador do Evangelho. A nossa fé não pode estar alicerçada em rituais, tradições ou expressões externas de religiosidade, sem um comprometimento genuíno com os princípios morais e éticos ensinados por Cristo. A pessoa pode enganar a si mesma achando que cumprir determinados rituais ou ir à igreja é suficiente, enquanto negligencia a justiça, a misericórdia e a verdade. Nesse caso, o testemunho se torna ineficaz já que esse comportamento indica uma fé que não se transforma, sendo, portanto, uma fé ilusória. Fé é uma história nova a cada dia! Não é, pois, nem estado nem qualidade. Não deve, portanto, ser confundida com “religiosidade”. Crer não é credere quod (“crer que”), mas, conforme a formula- ção inequívoca do Credo Apostólico, credere in (“crer em”); a saber, em Deus mesmo, no Deus do evangelho, que é Pai, Filho e Espírito Santo.

PENSE!

Fé e obras devem caminhar sempre juntas?
PONTO IMPORTANTE! 

Sim, pois a fé se não for acompanhada pelas obras é morta

SUBSÍDIO 1
“Uma parábola (Tg 2.15-17) – Os versículos 15.16 têm sido descritos como uma ‘pequena parábola’ com a aplicação no versículo 17. João usa um argumento similar. ‘Ora, aquele que possuir recursos deste mundo, e vir a seu irmão padecer necessidade, e fechar-lhe o seu coração, como pode permanecer nele o amor de Deus?’ (1 Jo 3.17). A intolerância de Tiago com a fé sem prática aparece de forma aguda na seguinte paráfrase: ‘Se você tivesse um amigo que está necessitado de alimento e vestuário, e lhe disserem: ‘Bem, adeus, e que Deus o abençoe; aqueça-se e coma bem’, e depois não te derem roupas ou alimentos que bem faz isso? Ao falar isso para eles, sem lhes dar nada, o proveito deles será igual à sua fé professada. Sem essas obras, que são os frutos genuínos da verdadeira fé, qual será o seu proveito no dia em que Deus virá sentar-se e julgar a sua alma? Essa fé é morta (v. 17), interiormente morta, bem exteriormente inoperante. Ela não é apenas infrutífera, mas não tem uma validade própria capaz de produzir frutos de justiça. Essa fé é morta em si mesma, ou seja, não há obras que a acompanham. A menção específica de irmã (v. 15) é entendida como uma evidência contra a teoria defendida por alguns, de que temos em Tiago um documento pré- -cristão de origem judaica. Ele escreve: ‘Irmãs devem receber um tratamento igualitário em relação aos irmãos da Igreja dEle, onde não há homem nem mulher’ (Gl 3.8). Nus (gmnoi) deve ser entendido como malvestido (cf. Mt 25.36) (Comentário Bíblico Beacon. Vol. 10. Rio de Janeiro, CPAD, 2014, p. 170)

 

II- A EVIDÊNCIA DA FÉ POR INTERMÉDIO DAS AÇÕES

1- Fé e ação. Tiago 2.17 afirma que ‘a fé, se não tiver as obras, é morta em si mesma. A verdadeira fé sempre se manifesta em ações, embora não sejam elas um substituto para a fé, mas uma expressão natural dela. A fé é ineficaz se não vier acompanhada de ação. Tiago está afirmando o seguinte: “Prove para mim que você tem fé sem obras, e eu provarei para você que tenho fé por meio das minhas obras.”

2- Amor em ação.

 O texto dos versículos 15 e 16 tem sido compreendido como uma parábola, com aplicação no versículo 17, que exemplifica a fé viva com o cuidado pelos necessitados. A fé autêntica é demonstrada através de atos de amor e compaixão. O texto de 1 João 3.17 expressa a mesma ideia: “Ora, se alguém possuir recursos deste mundo e vê seu irmão passar necessidade, mas fecha o coração para essa pessoa, como pode permanecer nele o amor de Deus” (NAA).

3- Obediência em ação.

 Fé e obediência a Deus são intrínsecas. Sabemos que a fé genuína resulta em cumprir os mandamentos do Senhor e viver de acordo com a sua vontade. Tiago 2.19 faz uma referência direta ao texto de Deuteronômio 6.4: “Ouve, Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único SENHOR. Essa é uma confissão central do monoteísmo (tanto judaico quanto cristão). Até mesmo os demônios sabem que existe um só Deus mas, evidentemente, não se submetem a Ele em obediência. Vale salientar que o monoteísmo em si não produz salvação.

PENSE! 

Fé e obras devem caminhar sempre juntas?
PONTO IMPORTANTE! 

Sim, pois se a fé não for acompanhada pelas obras é morta.

SUBSÍDIO 2
Professor(a), converse com seus alunos explicando que, apenas fé – no sentido de reconhecer Deus sem obedecer a Ele em ação obediente è uma religião que mesmo os demônios professam (cf. Mt 8.29: Mc 1.24). Mas essa fé não é uma fé salvadora; eles apenas estremecem. A fé que eles têm é mostrada pelo seu terror, uma emoção de interesse próprio, mas isso não salva. João Wesley comenta acerca daqueles que têm uma fé tão limitada: isso prova somente que vocês têm a mesma fé dos demônios […] eles tremem com a expectativa terrível de tormento eterno. Essa fé certamente não pode justificá-los nem salvá-los” (Comentário Bíblico Beacon. Vol. 10. Rio de Janeiro: CPAD 2014. p. 171)

 

III – ABRAÃO E RAABE, EXEMPLOS DE UMA FÉ VIVA

1- Abraão. No capítulo 2, Tiago cita Abraão como exemplo de fé, destacando sua disposição em sacrificar seu filho Isaque em obediência a Deus. Foi a fé que levou Abraão a oferecer Isaque sobre o altar. Tiago nos ensina que Abraão foi “justificado” pelo que fez, porque creu em Deus (Tg 2.21-24: Rm 4.1-5). O que ocorreu em Gênesis 22 foi a “obra” que demonstrou a fé que ele já possuía. É preciso ressaltar que a verdadeira fé sempre resultará em boas obras, mas as obras não nos justificam. De acordo com a Bíblia de Aplicação Pessoal, “a verdadeira fé sempre resulta em boas obras, mas as obras não nos justificam. A fé nos traz salvação e a obediência ativa, por sua vez, demonstra que a nossa fé é genuína.”

2- Raabe.

 Tiago amplia a questão ao citar Raabe no versículo 25, juntando-se assim ao escritor aos Hebreus que a reconhece como exemplo de fé. Raabe vivia em Jericó, uma cidade conquistada pelos hebreus quando eles entraram na Terra Prometida. Ela escondeu os espias hebreus e ajudou- -os a escapar, demonstrando sua fé em Deus por meio de ações corajosas. Sua fé foi evidenciada por suas obras, o que resultou em sua inclusão no plano redentor de Deus. Certamente essa não era uma fé comum. Tiago mostra que o exemplo de Raabe é universal, tendo servido para Abraão e para uma mulher gentil, fora da linhagem abraâmica. Tiago conclui o capítulo 2 mostrando que assim como um médico que tem conhecimento para saber se uma pessoa está viva ou não, o crente é identificado se possuiu uma fé viva pela ação.

PENSE! 

De quais maneiras você pode demonstrar sua fé?
PONTO IMPORTANTE!

 A fé autêntica se manifesta em ações de amor, compaixão e obediência a Deus, refletindo a transformação e o poder do Evangelho em nossas vidas.

SUBSÍDIO 3
“Paulo refere-se à fé do patriarca Abraão no tempo em que Deus prometeu dar-lhe um filho (Gn 15.1-6). A sua fé era uma fé que aceitava a promessa de Deus sem ter provas concretas. Tiago, por outro lado, referiu-se à fé do patriarca quando ofereceu sobre o altar o seu filho (Gn 22.1-19). Tiago não está falando da imputação original de justiça a Abraão em virtude da sua fé, mas da prova infalível […] de que a fé que resultou nessa imputação era uma fé real. Ela se expressava em uma obediência tão completa a Deus que 30 anos mais tarde Abraão estava pronto, em submissão à vontade divina, para oferecer o seu filho Isaque. O termo justificado, nesse versículo, significa na verdade ‘revelado para ser justificado! A interação inseparável entre a fé cristã e a ação é deixada clara em uma tradução mais recente do versículo 22: “Você pode ver que tanto a fé como as obras estavam atuando juntas, e a fé foi aperfeiçoada pelas obras (NVI). Se aceitarmos a evidência de Tiago devemos aceitar sua conclusão: ‘Vocês vêem, portanto, que um homem é salvo pelo que ele faz, tanto como pelo que ele crê (v. 24. A Bíblia Viva). A expressão Abraão, o nosso pai (v. 21) é, às vezes, usada para apoiar os argumentos de que os receptores dessa epístola eram judeus ou pelo menos de origem judaica. Mas o conceito de Abraão como o pai dos fiéis – gentios e judeus era um conceito cristão do primeiro século (cf. Rm 4.16; Gl 3.7-9). Em apoio à realidade da justiça de Abraão, Tiago ressalta que ele foi chamado de amigo de Deus (v. 23). Em 2 Crônicas 20.7. Abraão é chamado de ‘amigo de Deus, para sempre’; e em Isaías 41.8. Deus chama Israel de ‘semente de Abraão, meu amigo. Essa expressão ‘amigo de Deus’ parece significar que Deus não escondeu de Abraão o que faria. Abraão foi privilegiado em ver alguma coisa do grande plano que Deus estava realizando na história. Ele exultou em ver o dia do Messias (veja Jo 8.56).”
(Comentário Bíblico Beacon. Vol. 10. Rio de Janeiro CPAD. 2014. p. 172.)

CONCLUSÃO
Nesta lição fomos desafiados a cultivar uma fé autêntica e viva, evidenciada por ações. A fé improdutiva é inútil. A verdadeira fé se manifesta em obras de amor, compaixão e obediência a Deus Exemplos como Abraão e Raabe ilustram como a fé viva opera através de ações decisivas e corajosas. Portanto somos chamados a demonstrar nossa fé em Cristo não apenas em palavras, mas em ações. Só assim viveremos uma fé autêntica que glorifica a Deus e impacta, positivamente, o mundo ao nosso redor

HORA DA REVISÃO
1- Segundo a lição, quais são os perigos de uma fé improdutiva?
Inutilidade, engano espiritual e testemunho ineficaz

 

2- As boas ações são meritórias para a salvação?
Não! As Escrituras Sagradas rejeitam a ideia de que as boas ações sejam meritórias para a salvação
 

3- Como se manifesta a verdadeira fé?
A verdadeira fé sempre se manifesta em ações, embora as ações não sejam um substituto para a fé, mas uma expressão natural dela.
 

4- Quais os personagens bíblicos que Tiago cita como exemplo de uma fé viva?
Abraão e Raabe
 

5- Como Tiago conclui o capítulo 2?
Tiago conclui o capítulo 2 mostrando que assim como um médico que tem conhecimento para saber se uma pessoa está viva ou não o crente é identificado se possui uma fé viva pela ação

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