Lição 13: A morte e Eliseu

1º Trimestre de 2013

Data: 31 de Março de 2013

TEXTO ÁUREO

“E sucedeu que, enterrando eles um homem, eis que viram um bando e lançaram o homem na sepultura de Eliseu; e, caindo nela o homem e tocando os ossos de Eliseu, reviveu e se levantou sobre os seus pés” (2 Rs 13.21).

VERDADE PRÁTICA

O último milagre relacionado à vida de Eliseu demonstra o poder e o exemplo de um homem que ama e teme a Deus.

HINOS SUGERIDOS

398, 442, 535.

LEITURA DIÁRIA

Segunda – 2 Rs 13.20

A transitoriedade da vida

Terça – 2 Rs 13.14

O sofrimento humano

Quarta – 2 Rs 13.17

O lado divino na profecia

Quinta – 2 Rs 13.18

O lado humano na profecia

Sexta – 2 Rs 13.21

O justo abençoa em todo tempo

Sábado – 2 Rs 13.23,25

A fidelidade de Deus

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

2 Reis 13.14-21.

14 – E Eliseu estava doente da sua doença de que morreu; e Jeoás, rei de Israel, desceu a ele, e chorou sobre o seu rosto, e disse: Meu pai, meu pai, carros de Israel e seus cavaleiros!

15 – E Eliseu lhe disse: Toma um arco e flechas. E tomou um arco e flechas.

16 – Então, disse ao rei de Israel: Põe a tua mão sobre o arco. E pôs sobre ele a sua mão; e Eliseu pôs as suas mãos sobre as mãos do rei.

17 – E disse: Abre a janela para o oriente. E abriu-a. Então, disse Eliseu: Atira. E atirou; e disse: A flecha do livramento do SENHOR é a flecha do livramento contra os siros; porque ferirás os siros em Afeca, até os consumir.

18 – E disse mais: Toma as flechas. E tomou-as. Então, disse ao rei de Israel: Fere a terra. E feriu-a três vezes e cessou.

19 – Então, o homem de Deus se indignou muito contra ele e disse: Cinco ou seis vezes a deverias ter ferido; então, feririas os siros até os consumir; porém agora só três vezes ferirás os siros.

20 – Depois, morreu Eliseu, e o sepultaram. Ora, as tropas dos moabitas invadiam a terra, à entrada do ano.

21 – E sucedeu que, enterrando eles um homem, eis que viram um bando e lançaram o homem na sepultura de Eliseu; e, caindo nela o homem e tocando os ossos de Eliseu, reviveu e se levantou sobre os seus pés.

INTERAÇÃO

Nesta última lição do trimestre estudaremos os derradeiros dias do profeta Eliseu. Ele foi um homem fiel ao Senhor até o fim dos seus dias. Todavia, como homem ele era mortal. Não temos como escapar, um dia enfrentaremos a morte. Porém, ela não nos assusta. Eliseu começou bem seu ministério profético e o encerrou também com excelência. Ele viveu todos os seus dias como servo do Senhor e com certeza pode declarar como o apóstolo Paulo: “Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele Dia […]” (2 Tm 4.7). Que quando chegar o nosso dia, possamos também declarar estas mesmas palavras.

OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

Conscientizar-se sobre a brevidade da vida e a eternidade de Deus.
Compreender a natureza da profecia final de Eliseu.
Explicar o propósito do último milagre de Eliseu.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Professor para a aula de hoje sugerimos que você reproduza o quadro abaixo conforme as suas possibilidades. Utilize-o para concluir a lição, fazendo um resumo geral da vida de um dos maiores profetas do Antigo Testamento, Eliseu. Conclua enfatizando que o último milagre relacionado à vida de Eliseu demonstra o poder e o exemplo de um homem que ama e teme a Deus.

ELISEU

Pontos fortes e êxitos

• Foi sucessor de Elias como profeta de Deus.

• Teve um ministério que durou mais de 50 anos.

• Teve um grande impacto sobre quatro nações: Israel, Judá, Moabe e Síria.

• Foi um homem íntegro que não tentou enriquecer-se à custa dos outros.

• Fez muitos milagres para ajudar aqueles que estavam sofrendo necessidades.

Lições de vida

• Aos olhos de Deus uma medida de grandeza é a disposição para servir aos pobres como também aos poderosos.

• Um substituto eficaz não só aprende com o seu mestre; também constrói sobre as realizações de seu mestre.

COMENTÁRIO

introdução

Palavra Chave

Morte: Término das atividades vitais do ser humano sobre a terra.

Nesta lição, acompanharemos os últimos passos do profeta Eliseu. Constataremos que Eliseu foi, de fato, um gigante espiritual. Mas, como todos os homens, estava sujeito às limitações comuns a todos os mortais — nasceu, cresceu, envelheceu e morreu. Fica, portanto, em destaque o fato de que os homens fazem história, mas Deus é o Senhor da história.

I. A DOENÇA TERMINAL DE ELISEU

1. A velhice de Eliseu. Um bom tempo já se havia passado desde a última aparição do profeta de Abel-meolá no registro bíblico (2 Rs 9.1). De fato, entre os capítulos 9 e 13 de 2 Reis, há um intervalo de aproximadamente quarenta anos. Os estudiosos acreditam que, por essa época, Eliseu deveria estar com a idade aproximada de oitenta anos.

Eliseu fora chamado ainda jovem para o ministério profético, mas agora estava velho e doente. Às vezes, idealizamos de tal forma os homens de Deus, que acabamos nos esquecendo de que eles também são humanos. Envelhecem, adoecem e também morrem. O texto bíblico deixa bem patente o lado humano do profeta. Fora um grande homem de Deus e ainda o era, mas ainda assim era um homem.

2. O sofrimento de Eliseu. O mesmo texto que trata da doença e velhice de Eliseu fala também do seu sofrimento (2 Rs 13.14,20). Eliseu estava doente, e isso sem dúvida causava-lhe algum sofrimento. Eliseu envelheceu e padeceu.

Mas o foco aqui não é o sofrimento em si, mas como Deus trata o profeta nesse momento de sua vida e como ele responde a isso. Mesmo alquebrado pela idade, Eliseu continuava com o mesmo vigor espiritual de antes. Possuía ainda a mesma visão da obra de Deus. Em nada a doença, ou quaisquer outras coisas, impediu-o de continuar sendo a voz profética do Deus de Israel.

SINOPSE DO TÓPICO (I)

A doença não conseguiu impedir o profeta Eliseu de continuar sendo a voz profética do Deus de Israel.

II. A PROFECIA FINAL DE ELISEU

1. A ação de Deus na profecia. Hoje está na moda o jargão: “Eu profetizo sobre a tua vida”. Embora muito bonito e vestido de roupagens espirituais, tal jargão não passa de orgulho e afetação humana. Isso por uma razão bem simples: nenhuma profecia, que se ajuste ao modelo bíblico, tem seu ponto de partida no querer humano, mas na vontade soberana de Deus (2 Pe 1.20,21).

Eliseu, por exemplo, refletindo os desígnios divinos, dizia ao profetizar: “Assim diz o Senhor” (2 Rs 2.21; 3.16). A expressão “flecha do livramento do SENHOR” (2 Rs 13.17) possui sentido semelhante. A profecia tem sua origem em Deus e não no homem. Eliseu não profetizou para depois se inspirar, mas foi primeiramente inspirado para depois profetizar (2 Rs 3.15).

2. A participação humana na profecia. Vimos que uma profecia genuinamente bíblica tem sua origem em Deus. Todavia, a Escritura mostra também que existe a participação do homem nesse processo. É o que vemos em 2 Reis 13.14-19. A indignação de Eliseu quanto à relutância do rei Jeoás de Israel em continuar a atirar as suas flechas, símbolo do livramento do Senhor contra os sírios, é bastante significativa. Deixa clara a decepção do profeta com a falta de discernimento e perseverança do rei. Faltou fé a Jeoás! Ele pensava certamente tratar-se de uma mera cerimônia na qual ele teria apenas uma participação técnica. A sua vitória seria do tamanho da resposta que ele desse ao profeta. Deveria ter ferido a terra cinco ou seis vezes, mas fez apenas três.

Uma fé tímida obtém uma vitória igualmente tímida. Em o Novo Testamento, o Senhor Jesus irá por em destaque essa verdade (Mt 9.29).

SINOPSE DO TÓPICO (II)

Aprendemos mediante a última profecia de Eliseu que uma fé tímida obtém uma vitória igualmente tímida.

III. O ÚLTIMO MILAGRE DE ELISEU

1. A eternidade e fidelidade de Deus. É interessante observarmos que o último milagre de Eliseu deu-se postumamente. Eliseu já estava morto quando ocorre algo que desafia a razão humana (2 Rs 13.20,21). Essa passagem revela pelo menos dois aspectos dos atributos de Deus — Deus é eterno. Ele não morre quando morre um homem de Deus, nem tampouco deixa de cumprir a sua Palavra quando as circunstâncias parecem dizer o contrário.

Ao permitir que o toque nos restos mortais de Eliseu desse vida a um morto, Deus mostrava ao rei Jeoás que a morte de Eliseu não iria impedir aquilo que há algum tempo ele havia prometido a ele. Deus é fiel e zela pela sua Palavra para a cumprir.

2. A honra de Eliseu. Além da fidelidade e da eternidade de Deus, que ficam bem patentes nesse último milagre de Eliseu, há ainda mais uma lição que o texto deixa em relevo. Aqui é possível perceber que, mesmo morto, o nome de Eliseu continuaria a ser lembrado como um autêntico homem de Deus.

Elias subiu ao céu vivo, Eliseu deu vida mesmo estando morto. Os intérpretes destacam que esse milagre, envolvendo os restos mortais de Eliseu, mostra que o Senhor possui planos diferenciados para cada um de seus filhos. Portanto, não devemos fazer comparações nem questionar os atos divinos (Jo 21.19-23). A Bíblia fala de homens, cujas ações continuam falando mesmo depois de haverem morrido (Hb 11.4).

SINOPSE DO TÓPICO (III)

Mesmo depois de morto, Eliseu foi lembrado como um autêntico homem de Deus.

IV. O LEGADO DE ELISEU

1. Legado socio-cultural. Já estudamos que Eliseu supervisionava as escolas de profetas (2 Rs 6.1). Esse sem dúvida foi um dos seus maiores legados. Todavia, Eliseu fez muito mais; teve uma participação ativa na vida espiritual, moral e social da nação. Enquanto Elias era um profeta do deserto, Eliseu teve uma atuação mais urbana. Eliseu tinha acesso aos reis e comandantes militares, e possuía influência suficiente para deles pedir algum favor (2 Rs 4.13). Como povo de Deus, não podemos viver isolados, mas aproveitar as oportunidades para abençoar os menos favorecidos.

2. Legado espiritual. Há uma extensa lista de obras e milagres operados através do profeta Eliseu. Sem dúvida, eles demonstram seu grande legado. Podemos enumerar alguns: abertura do Jordão (2 Rs 2.13,14); a purificação da nascente de água (2 Rs 2.19-22); o azeite da viúva (2 Rs 4.1-7); o filho da sunamita (2 Rs 4.8-37); a panela envenenada (2 Rs 4.38-41); a multiplicação dos pães (2 Rs 4.42-44); a cura de Naamã (2 Rs 5.1-19) e o machado que flutuou (2 RS 6.1-7).

SINOPSE DO TÓPICO (IV)

Como povo de Deus, não podemos viver isolados, mas aproveitar as oportunidades para abençoar os menos favorecidos.

CONCLUSÃO

Assim termina a vida do profeta Eliseu. Um grande homem de Deus que nunca deixou de ser servo. Começou pondo água nas mãos de Elias (2 Rs 3.11), um gesto claro de sua presteza em servir, e foi exaltado por Deus. Mesmo sem ter escrito uma linha, levanta-se como um dos maiores profetas bíblicos de todos os tempos. Devemos imitá-lo em sua vida de serviço e amor a Deus.

VOCABULÁRIO

Afetação: Fingimento; simulação.
Alquebrado: Fraco, abatido, prostrado.
Postumamente: Posterior a morte de alguém.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

SOARES, E. O Ministério Profético na Bíblia: A voz de Deus na terra. 1 ed., RJ: CPAD, 2010.

EXERCÍCIOS

1. Faça um breve comentário sobre a velhice de Eliseu.

R. Resposta pessoal.

2. Por que Eliseu se indignou contra o rei?

R. Por que o rei não agiu com discernimento e fé.

3. De acordo com a lição, qual o propósito do milagre operado postumamente por Eliseu?

R. Demonstrar a fidelidade de Deus e o valor do profeta Eliseu.

4. Cite dois dos legados do profeta Eliseu.

R. Cultural e espiritual.

5. Cite pelo menos três obras do legado de Eliseu.

R. Abertura do Jordão (2 Rs 2.13,14); a purificação da nascente de água (2 Rs 2.19-22); o azeite da viúva (2 Rs 4.1-7).

2 comentários em “Lição 13: A morte e Eliseu”

  1. Isso,já qui no início do seu ministério,ele tendo a oportunidade e essa foi a sua petição: a porção dobrada do espírito d Elias, resumindo todos milagres indica a confirmação da porção que ele pediu.

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