Lição 13 – Conselhos Para Uma Vida Autêntica

Jovens 1o Trimestre de 2025.

30 de Março de 2025.

TEXTO PRINCIPAL
“Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda a injustiça.” (1 Jo 1.9).

RESUMO DA LIÇÃO
Na Carta de Tiago encontramos importantes conselhos para que tenhamos uma vida cristã frutífera.

LEITURA SEMANAL
SEGUNDA– SL 50.15 Deus nos ouve no dia da angústia


QUINTA– – Lc 17.19 A fé que salva

SEXTA– Jo 14.13,14 Pedir em nome de Jesus

SÁBADO– 1 Pe 2.24 Viver para a justiça

OBJETIVOS
CONSCIENTIZAR da importância da oração;
COMPREENDER o poder da confissão;
MOSTRAR a responsabilidade da restauração.

INTERAÇÃO
Prezado(a) professor(a), com a graça de Deus, chegamos ao final da série de lições a respeito da Carta de Tiago. Ele inicia trazendo aos crentes uma palavra de encorajamento, pois ao que tudo indica, eles estavam sendo duramente provados (1.2.3). Sabemos que as provações não são para nos abater, mas para nos lapidar, fortalecer e amadurecer. Tiago finda sua Carta também com uma consolação a respeito da paciência em meio às aflições e cita Jó como exemplo de vida e paciência (5.11). Este servo de Deus, depois de experimentar terríveis sofrimentos, recebe do Todo-Poderoso a sua vitória. Tiago lembra aos irmãos que Jesus em breve voltará e que toda tribulação terá o seu fim, pois desfrutaremos da misericórdia e bondade de Deus para todo o sempre.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor(a), para o encerramento do estudo da Carta de Tiago, sugerimos que você reproduza o esquema abaixo no quadro. Utilize-o para fazer um resumo geral dos últimos conselhos de Tiago.

CONCLUSÃO DA CARTA DE TIAGO
1- O mau uso dos bens materiais (5.1-6);
2- Paciência e constância nas provações até a volta de Jesus (5.7-11);
3- Não ao juramento (5.12);
4- A oração e unção em favor dos enfermos (5.13-18);
5- A restauração dos irmãos que se desviaram (5.19.20).


TEXTO BÍBLICO
Tiago 5.13-20

13 Está alguém entre vós aflito? Ore. Está alguém contente? Cante louvores.
14 Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e orem sobre ele, ungindo-o com azeite em nome do Senhor.
15 E a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados.
16 Confessai as vossas culpas uns aos outros e orai uns pelos outros, para que sareis; a oração feita por um justo pode muito em seus efeitos.
17 Elias era um homem sujeito às mesmas paixões que nós e, orando, pediu que não chovesse, e, por três anos e seis meses, não choveu sobre a terra.
18 E orou outra vez, e o céu deu chuva, e a terra produziu o seu fruto.
19 Irmãos, se algum de entre vós se tem desviado da verdade, e alguém o converte.
20 Saiba que aquele que fizer converter do erro do seu caminho um pecador salvará da morte uma alma e cobrirá uma multidão de pecados.

INTRODUÇÃO
Chegamos à última lição do trimestre. Foram lições em que estudamos a Carta de Tiago, conhecida por seu caráter prático, com orientações para uma vida cristã autêntica. Nos versículos finais (5.13- 20). Tiago oferece conselhos valiosos a respeito de importantes temas, como por exemplo: oração, confissão e restauração. Vamos concluir nosso estudo abordando três pontos relevantes para a vida cristã frutífera: a importância da oração, o poder da confissão e a restauração em Deus.

I- A IMPORTÂNCIA DA ORAÇÃO

1- A oração. Tiago deixa claro que a oração é uma resposta adequada para todas as situações da vida, sejam de aflição, sejam alegria ou doença. Sabemos que a oração, como expressão de fé e dependência de Deus, deve ser a nossa primeira ação em qualquer circunstância, demonstrando nossa confiança em sua soberania e cuidado. A oração nos ajuda a manter uma conexão com Deus, permitindo que Ele intervenha e nos guie em todas as áreas da nossa vida. Quando oramos, abrimos espaço para que Deus opere em nós e por nosso intermédio. A prática regular da oração reflete uma vida centrada em Deus. Ao que tudo indica. Tiago foi um homem que orava, pois foi um dos primeiros líderes da igreja em Jerusalém (Mt 13.55: Mc 6.3: At 12.17). A palavra “doente” no versículo 14 tem o sentido de fraco ou frágil No Novo Testamento, esta palavra é utilizada muitas vezes para se referir às doenças físicas, tais como Lucas 4.40, mas também é usada para se referir a “enfermo na fé” (Rm 14.1).

2- Oração da fé.

O versículo 15 destaca o poder da oração da fé: “E a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará: e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados.” Toda oração deve ser feita com fé, crendo no poder de Deus, seja para curar, seja para libertar, perdoar etc. A oração da fé torna-se eficaz porque se baseia na confiança nas promessas de Deus e na sua capacidade de operar milagres. Além disso, a oração da fé nos desafia a olhar além das circunstâncias imediatas e a confiar no poder de Deus para realizar o impossível. Essa confiança não é baseada em nossos méritos, mas na fidelidade de Deus. Quando oramos com fé e alinhamos nosso coração com a vontade de Deus, Ele nos responde e, por sua misericórdia, nos concede aquilo que necessitamos.

3- Oração pelo próximo.

 Tiago enfatiza a importância de orarmos uns pelos outros (v. 16), pois a oração feita por um justo pode muito em seus efeitos. A oração em favor do próximo promove a comunhão, revela amor e nos leva a experimentarmos a presença de Deus de maneira mais poderosa. O propósito de orar uns pelos outros também é de ajudar a carregar os fardos uns dos outros, fortalecendo os laços fraternos. O momento de oração em um culto é uma expressão de unidade e cooperação, refletindo a interdependência do Corpo de Cristo.

SUBSÍDIO 1
“5.13-ESTÁ ALGUÉM ENTRE VÓS AFLITO? […] CONTENTE?

Independentemente de nossas circunstâncias, devemos buscar a Deus e considerar como podemos honrá-lo por meio da oração e da adoração. Quando você está enfrentando problemas, necessidades e aflições, a Palavra de Deus convida você a buscá-lo para obter forças, por meio da oração. Jesus serve como seu mediador, representando a sua situação ao Pai no céu (Hb 7.25). Ele cuidará que você receba a ajuda de que precisa (Hb 4.16). Responda ao misericordioso convite de Deus ‘lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós’ (1Pe 5.7). Se estivermos felizes, devemos aproveitar todas as oportunidades de expressar gratidão e louvor a Deus pela sua bondade (cf. Sl 33.2-3; 81.1-2; 92.1-3: 98.4-6; 144.9: 149.1-5: 150).
5.15 A ORAÇÃO DA FÉ SALVARÁ O DOENTE.
Tiago está falando principalmente de doenças físicas, no entanto, é apropriado, em qualquer ocorrência de aflição ou enfermidade física, mental ou emocional, pedir as orações dos líderes da igreja.
(1) Os pastores e líderes devem orar pelos doentes e ungi-los com azeite. Observe que é responsabilidade dos líderes orar a oração da fé. O Novo Testamento atribui a maior responsabilidade do ministério de cura à igreja e aos seus líderes.
(2) O azeite que é derramado ou espalhado sobre a pessoa provavelmente representa a presença e o poder de cura do Espírito Santo. O azeite pode ser usado como um ponto de contato ministerial, e como um auxílio para a fé (cf. Mc 6.13).
(3) É a oração que Tiago enfatiza como sendo mais importante. A oração eficaz deve ser oferecida com fé – com a completa confiança em Deus para que Ele faça o que somente Ele pode fazer para que os doentes sejam curados. O Senhor dará a fé segundo os seus propósitos (veja Mt 17.20).
(4) Poderá acontecer que as pessoas nem sempre sejam curadas instantaneamente; mas ainda assim, a igreja deve continuar a demonstrar a sua fé por meio de oração persistente e confiança no poder de cura do Espírito Santo. Independentemente do que aconteça, o povo de Deus deve confiar tudo a Deus e considerar que a situação está nas mãos de Deus.”
( Bíblia de Estudos Pentecostal Para Jovens. Rio de Janeiro: CPAD, pp. 1780. 1781)

II- O PODER DA CONFISSÃO

1- Confissão de pecados. A confissão de pecados é um passo decisivo para a cura e a restauração (v. 16). Reconhecer e confessar nossos pecados traz o perdão divino e restauração física, emocional e espiritual. A confissão nos liberta do peso da culpa e do pecado, permitindo-nos experimentar a graça e o perdão de Deus. A confissão, seja ela pública ou privada, cria um ambiente de responsabilidade e apoio dentro da comunidade cristã. Quando confessamos nossos pecados, primeiramente a Deus e depois a um crente maduro em quem confiamos, ou a um líder, abrimos espaço para a restauração espiritual. A confissão é um ato de coragem e humildade que nos leva a uma maior intimidade com Deus e com os outros (1 Jo 1.9).

2- Cura espiritual e física.

 A confissão não apenas alivia a carga espiritual, mas também pode trazer a cura física (v. 16). Quando confessamos nossos pecados e oramos uns pelos outros, ativamos o poder de cura de Deus em nossas vidas, tanto no plano espiritual quanto no físico. A cura resultante da confissão e da oração reflete a interconexão entre nosso bem-estar espiritual e físico. O pecado e a culpa podem causar doenças espirituais, emocionais e físicas, mas a contrição, a confissão e o arrependimento trazem alívio e restauração para o espírito, alma e corpo. A prática regular da confissão e da oração na igreja nos ajuda a manter uma vida saudável e equilibrada, livre do peso do pecado e aberta à intervenção curativa de Deus. É necessário ressaltar que, diferentemente da Igreja Romana, onde a confissão ao sacerdote constitui uma parte essencial do sacramento, não acreditamos que outro ser humano possua autoridade para absolver de pecados confessados. Somente Deus (e ninguém mais), por meio do sacrifício de Jesus na cruz, mediante a fé, pode perdoar pecados: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (1 Jo 1.9).

3- O exemplo de Elias. 

Tiago usa o exemplo de Elias para ilustrar o poder da oração sincera e eficaz (vv. 17,18). Elias, um homem comum, alcançou resultados extraordinários por meio da oração fervorosa, encorajando-nos a fazer o mesmo. O exemplo de Elias nos mostra que a eficácia da oração não depende de nossa perfeição, mas da nossa fé e persistência. Mesmo sendo um ser humano sujeito a falhas e fraquezas, Elias confiou no poder de Deus e viu grandes milagres acontecerem. Sua vida nos desafia a orar com fervor e a confiar que Deus pode operar maravilhas por intermédio de nossas orações, independentemente de nossas limitações humanas. Podemos ver, pelo exemplo da vida de Elias, que a fidelidade é um atributo de quem tem fé, e que sem fé é impossível agradar a Deus (Hb 11.6). Fidelidade torna-se, então, a qualidade de quem é cheio de fé. A proposta de Deus para nossa vida é vivê-la cheia de fé, que, por sua vez, nos levará a uma vida de fidelidade aos princípios do Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo. Viver os princípios do Evangelho não nos garante imunidade de problemas na vida, mas garante-nos a companhia ajudadora de Jesus todos os dias de nossas vidas (Mt 28.20).

SUBSÍDIO 2
“5.15 SE HOUVER COMETIDO PECADOS.

Tiago reconhece que a doença pode, às vezes, ser uma consequência do pecado (v. 16), ou que a pessoa que precisa da cura ainda está vivendo em pecado e não está desfrutando de um relacionamento pessoal com Deus. Por esta razão, sempre que houver alguma doença, a pessoa deve examinar a si mesma, em oração, para determinar se existe algum pecado que possa estar afetando a situação, e que possa estar impedindo a sua fé completa em Deus. A palavra “se” deixa claro que a doença nem sempre é o resultado de um pecado pessoal.” ( Bíblia de Estudos Pentecostal Para Jovens: Rio de Janeiro: CPAD, p. 1781.)

III- A RESPONSABILIDADE DA RESTAURAÇÃO

1- A busca dos que se afastaram. No versículo 19. Tiago exorta os crentes a buscarem aqueles que se desviaram da verdade. Primar pelas verdades doutrinárias e cuidar daqueles que se desviaram dos caminhos do Senhor é uma das responsabilidades da Igreja de Cristo. A busca por estes demonstra amor e compromisso com o Evangelho de Cristo, refletindo o coração do Bom Pastor que deseja trazer de volta às ovelhas perdidas. A busca por aqueles que se desviaram exige compaixão e oração para ajudá-los a retornarem à fé. A responsabilidade com a restauração dos desviados revela a importância de viver em unidade e estar ligado ao Corpo de Cristo.

2- A restauração dos que se desviaram.

 Buscar e ajudar alguém que, por algum motivo, se afastou da comunhão é uma ação que tem implicações eternas (v. 20). A responsabilidade de buscar e restaurar os desviados é de todos os membros da igreja e não somente dos pastores e líderes. O ato de ajudar na restauração da vida espiritual de pessoas têm um impacto profundo no presente e na eternidade. Cada pessoa restaurada fortalece a unidade do Corpo de Cristo, promovendo o crescimento espiritual de todos. Quando nos empenhamos em ajudar os irmãos na fé, demonstramos o amor redentor de Cristo, estamos contribuindo para o avanço do Reino de Deus. A responsabilidade da restauração é uma expressão do nosso compromisso com a Grande Comissão e com a missão de reconciliar os homens com Deus.

3- A responsabilidade da igreja. 

Cada membro do Corpo de Cristo tem o dever de apoiar e encorajar os outros, promovendo um ambiente de amor e cuidado mútuo. Fazer parte da Igreja, do Corpo de Cristo, nos permite crescer juntos na fé, compartilhar nossas lutas e vitórias, e apoiar uns aos outros em nossa jornada espiritual. Além disso, viver em unidade na Igreja de Cristo nos ajuda a desenvolver um senso de pertencimento. Quando nos envolvemos ativamente na igreja local, contribuímos para a saúde e o bem-estar espiritual de todos os seus membros. A Igreja é o Corpo de Cristo, onde cada membro tem um papel vital a desempenhar e, juntos, podemos cumprir a missão de Deus de maneira mais eficaz.

PENSE!

 Como posso ajudar aqueles que se desviaram da fé e da igreja?
PONTO IMPORTANTE! 
Podemos ajudar orando por aqueles que se desviaram e apoiando no que for preciso até que retorne a comunhão com Cristo e com a igreja.

CONCLUSÃO
Os conselhos finais da Carta de Tiago oferecem uma visão clara e prática de como viver uma vida cristã autêntica. A oração, em todas as circunstâncias, a confissão sincera e a responsabilidade de restaurar os desviados são pilares essenciais para uma fé viva e genuína. Tiago nos chama a cultivar uma vida de oração fervorosa, promover a cura através da confissão e exercer um cuidado ativo uns pelos outros. Ao seguirmos esses conselhos, refletimos a verdadeira autenticidade cristã, vivendo de acordo com os ensinamentos de Cristo e impactando positivamente a nossa igreja. Que possamos, com a graça de Deus, incorporar esses princípios em nossas vidas, testemunhando o poder transformador da fé autêntica.

HORA DA REVISÃO
1- Qual a resposta adequada para todas as ocasiões da vida?
Tiago deixa claro que a oração é uma resposta adequada para todas as situações da vida, sejam de aflição, alegria ou doença.

2- Segundo a lição, quais os benefícios da oração?
A oração nos ajuda a manter uma conexão com Deus, permitindo que Ele intervenha e nos guie em todas as áreas da nossa vida.

3- Qual o sentido da palavra doente no versículo 14?
A palavra “doente” no versículo 14 tem o sentido de fraco ou frágil.

4- Qual o passo decisivo para a cura e a restauração?
A confissão de pecados é um passo decisivo para a cura e a restauração (v. 16).

5- O que o pecado e a culpa podem trazer?
O pecado e a culpa podem causar doenças espirituais, emocionais e físicas, mas a contrição, a confissão e o arrependimento trazem alívio e restauração para o espírito, alma e corpo.

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