13 de outubro 2019
TEXTO DO DIA
“E todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem.”
(At 2.4)
SÍNTESE
Conforme havia prometido Jesus, no dia de Pentecostes, o Espírito Santo veio, todos foram cheios e falaram em novas línguas.
AGENDA DE LEITURA
SEGUNDA – At 2.1 A união de propósitos
TERÇA – Mc 16.17 A promessa de falar novas línguas
QUARTA – At 2.4 Falando em outras línguas
QUINTA – Lc 24.49 O Espírito Santo como revestimento de poder
SEXTA – Rm 15.19 Pregando no poder do Espírito Santo
SÁBADO – Gl 5.16 Andando no Espírito
DOMINGO – 1 Jo 3.24 O Espírito Santo como um presente divino
OBJETIVOS
I – MOSTRAR a expectativa da promessa no Pentecostes;
II – DESTACAR os sinais que ocorreram no Pentecostes e que evidenciaram que todos foram cheios do Espírito Santo;
III – MOSTRAR o propósito do Espírito Santo na vida do crente. Interação
INTERAÇÃO
No dia de Pentecostes, marcado pela descida do Espírito Santo, um novo tempo foi estabelecido para os cristãos. Naquele dia algo sobrenatural aconteceu e transformou todos aqueles que estavam orando no cenáculo. Muitos na atualidade, infelizmente, não acreditam que o que aconteceu no Pentecostes é para os nossos dias. No entanto, o Senhor Jesus continua curando, salvando e batizando com o Espírito Santo. Na aula desse domingo, estudaremos a respeito da descida do Espírito Santo no dia de Pentecostes.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Inicie a aula fazendo as seguintes perguntas: “O que o Espírito Santo realiza na vida do crente?” Como era sua vida antes do batismo com o Espírito Santo e como ficou depois?” Deixe-os falar e pergunte se lembram de textos bíblicos que apóiem suas respostas. Estimule-os a refletirem a respeito das características que uma pessoa cheia do Espírito Santo deve ter. Peça que destaquem pessoas que eles consideram serem cheias do Espírito Santo.
TEXTO BÍBLICO
Atos 2.1-13
1 Cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar;
2 e, de repente, veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados.
3 E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles.
4 E todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem.
5 E em Jerusalém estavam habitando judeus, varões religiosos, de todas as nações que estão debaixo do céu.
6 E, correndo aquela voz, ajuntou-se uma multidão e estava confusa, porque cada um os ouvia falar na sua própria língua.
7 E todos pasmavam e se maravilhavam, dizendo uns aos outros: Pois quê! Não são galileus todos esses homens que estão falando?
8 Como pois os ouvimos, cada um, na nossa própria língua em que somos nascidos?
9 Partos e medos, elamitas e os que habitam na Mesopotâmia, e Judeia, e Capadócia, e Ponto, e Ásia,
10 e Frígia, e Panfília, Egito e partes da Líbia, junto a Cirene, e forasteiros romanos (tanto judeus como prosélitos),
11 e cretenses, e árabes, todos os temos ouvido em nossas próprias línguas falar das grandezas de Deus.
12 E todos se maravilhavam e estavam suspensos, dizendo uns para os outros: Que quer isto dizer?
13 E outros, zombando, diziam: Estão cheios de mosto.
INTRODUÇÃO
Conforme Jesus havia prometido, no dia de Pentecostes, o Espírito Santo foi derramado sobre aqueles que aguardavam a promessa. Esse evento foi a confirmação de que os discípulos seriam cheios de poder para poderem testemunhar com ousadia e impactar seus ouvintes acerca do que conheciam. Alguns sinais foram experimentados apenas naquele dia, como o som semelhante a um vento impetuoso e as línguas partidas como que de fogo sobre a cabeça deles, mas a promessa da vinda do Espírito Santo como revestimento de poder, com o falar em línguas estranhas, continua real em nossos dias. A descida do Espírito Santo marcou o início de um novo tempo em que aqueles primeiros cristãos seriam capacitados e impelidos a levaram o Evangelho. A divulgação das Boas Novas não ficaria restrita a Jerusalém ou somente a Israel, mas para toda a terra (At 1.8). A vinda do Espírito tem essa finalidade na vida do crente, de fazê-lo testemunhar do amor de Cristo a todos, sem distinção.
I – A EXPECTATIVA PARA A PROMESSA
1. Unidos no mesmo propósito. A partir do momento que Jesus ordenou que os apóstolos não se ausentassem de Jerusalém, eles permaneceram unidos ali. Voltaram para a cidade juntos, foram ao cenáculo juntos, decidiram o substituto de Judas juntos (At 1.24,25) e continuaram juntos no dia de Pentecostes quando desceu o Espírito Santo.
Há poder na unidade. O salmista declara que “quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união!” (Sl 133.1). Deus se agrada quando seus filhos estão unidos, e Ele se manifesta quando estão imbuídos no mesmo propósito. Certa vez, Jesus afirmou: “Também vos digo que, se dois de vós concordarem na terra acerca de qualquer coisa que pedirem, isso lhes será feito por meu Pai, que está nos céus” (Mt 18.19). No cenáculo, todos estavam no mesmo propósito, em concordância aguardando a promessa do Espírito Santo.
2. Oração, indispensável para o cumprimento da promessa. Alguém já sugeriu que a oração é a forma que temos de tocar os céus. Sim, a oração do crente é ouvida por Deus, mesmo naqueles momentos que nos sentimos fracos espiritualmente, o Senhor está com seus ouvidos atentos à nossa voz. O profeta Isaías nos lembra: “Eis que a mão do SENHOR não está encolhida, para que não possa salvar; nem o seu ouvido, agravado, para não poder ouvir” (Is 59.1).
A Bíblia relata que aqueles homens e mulheres “perseveraram unanimemente em oração e súplicas” depois de ter recebido do próprio Jesus a certeza da vinda do Espírito Santo. Nunca devemos pensar que somente pelo fato de termos recebido uma promessa divina não precisamos mais orar. Ao contrário, a oração deve ser a “mola propulsora” do crente que deseja que Deus realize todos os seus planos em sua vida. Mesmo aquela oração breve, mas com fervor, é válida. Como disse o pregador e escritor John Bunyan: “Na oração, é melhor ter um coração sem palavras do que palavras sem um coração”.
3. A imprevisibilidade da sua chegada. O texto nos mostra que aqueles homens e mulheres estavam numa grande expectativa pelo cumprimento da promessa. Todos juntos no mesmo lugar, em oração, e restava apenas a vinda daquEle que é o Consolador e que os encheria de poder. E, de repente, sem aviso prévio, veio um som do céu “como de um vento impetuoso” (At 2.2). Embora aquelas pessoas aguardassem a promessa, elas não tinham ideia de quando ia acontecer de fato. Deus age assim em nossas vidas; de repente, Ele cumpre e envia sua bênção sobre nós. E muitas vezes isso acontece quando apenas descansamos nos seus braços e aguardamos o seu tempo.
Pense
Qual deve ser nossa atitude enquanto aguardamos uma promessa de Deus em nossas vidas?
Ponto Importante
A busca contínua por Deus deve caracterizar nosso viver enquanto aguardamos algo da parte do Senhor. Uma vida piedosa de oração nos dará mais paz no período de espera.
II – CHEIOS DO ESPÍRITO SANTO
1. Sinais da presença do Espírito Santo. Quando da descida do Espírito Santo no dia de Pentecostes, alguns sinais sobrenaturais aconteceram. Primeiro um “som” do céu como de um vento. Depois do som, diz o texto diz que foram vistas “língua repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles” (At 2.3). João Batista já havia falado do batismo “com o Espírito Santo e com fogo” (Mt 3.11). Na Bíblia, o fogo simboliza “purificação” e é um sinal da atuação divina.
2. Falando em outras línguas. A Bíblia relata que “todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem”. Esse sinal, as línguas estranhas, demonstrou claramente que era algo divino acontecendo naquele local, pois aqueles homens, de repente, começaram a emitir palavras de uma língua desconhecida. Falavam aquilo que o Espírito Santo concedia que proferissem. O termo usado no grego refere-se a um falar inflamado ou entusiasmado. Eles não estão pregando, mas exaltando a Deus no poder do Espírito naquele momento especial. Não foi a jubilosa oração em línguas do grupo de discípulos que levou aquelas pessoas ao arrependimento, mas a pregação poderosa de Pedro. Porém as línguas foram sim um sinal de que aquele acontecimento era divino. Por isso, afirmamos que o batismo no Espírito Santo tem, como evidência inicial, o falar em novas línguas.
3. Alcançando outras nações. Interessante perceber que havia naquele dia pessoas de muitas nações, em torno de 15 regiões do vasto Império Romano. E eles entenderam o que fora dito em suas línguas maternas. Aquele episódio marcou o começo da Igreja cristã e o início de uma obra multilíngue de âmbito internacional que continua até os nossos dias. Mais tarde Pedro, cheio do Espírito Santo, profere um sermão poderoso que atinge o coração daqueles homens e ao final quase 3 mil pessoa creem e foram batizadas (At 2.41)
Pense
Por que ocorreram aqueles sinais no dia de Pentecostes?
Ponto Importante
Os sinais, no dia de Pentecostes, demonstraram que aquele evento se tratava de algo divino. Quando buscamos ser continuamente cheios do Espírito Santo as pessoas veem Deus em nossas vidas.
III – O PROPÓSITO DO ESPÍRITO SANTO
1. Toda pessoa nascida de novo tem o Espírito Santo. Toda pessoa que aceita a Jesus Cristo como seu único e suficiente Salvador passa a ser templo, morada do Espírito Santo (1 Co 6.19). É o Espírito Santo que nos dá a certeza de que somos filhos de Deus pelo amor que nos foi derramado (Rm 5.5). Não existe a possibilidade de ser um crente sem ser a morada do Espírito Santo. Segundo Tiago, o Espírito Santo tem ciúmes daqueles em quem habita (Tg 4.5).
2. O batismo com o Espírito Santo como revestimento de poder. No Evangelho de Lucas, Jesus afirma aos seus discípulos que eles receberiam a promessa do Pai e seriam revestidos de poder (Lc 24.49). Esse poder os ajudaria a cumprir a missão de pregar a Palavra de Deus a todas as nações sem a presença visível de Cristo, mas com a presença invisível do Espírito Santo (Mt 28.18-20). Myer Pearlman declara que “a característica principal dessa promessa é o poder para o serviço, e não a regeneração para a vida eterna”. Cremos no batismo com o Espírito Santo como uma experiência distinta da salvação e que tem o objetivo de capacitar o crente com poder para que ele testemunhe de Cristo e sirva à Igreja para a edificação do Corpo de Cristo.
3. O Espírito Santo como guia e santificador. Jesus disse aos seus discípulos que o Espírito da Verdade os ensinaria todas as coisas e os faria lembrar-se de tudo que Ele havia dito (Jo 14.26). Ele também disse que o Espírito Santo os guiaria em toda verdade (Jo 16.13). Em um mundo com tantas atrações, ventos de doutrina e filosofias, como é bom saber que o Espírito Santo, que habita em nós, nos guia àquilo que é verdadeiro e que agrada a Deus. Esse mesmo Espírito também nos santifica, nos alertando toda vez que corremos perigo de pecar contra Deus. E toda vez que queremos e realizamos algo que agrada ao Senhor sabemos que não é por vontade nossa, mas procede do próprio Espírito Santo que efetua em nós tanto o querer como o realizar (Fl 2.13). Que maravilha sabermos que temos esse tesouro habitando em nós, nos santificando, guiando e nos ajudando em momentos de fraqueza. E até mesmo quando não sabemos orar Ele nos ajuda levando ao Pai nossas orações e súplicas (Rm 8.26,27).
Pense
O que o batismo com o Espírito Santo faz na vida crente?
Ponto Importante
O batismo com o Espírito Santo é um revestimento de poder na vida do crente para testemunhar o Evangelho, e as línguas estranhas são a evidência inicial desse batismo.
SUBSÍDIO
“Este dom inaugural do Espírito Santo no dia de Pentecostes é um evento fundamental na teologia da história da salvação apresentada por Lucas. Não admira observar que Lucas oferece uma descrição de muitas partes para a transferência do Espírito. Devido à dimensão carismático-profética do Pentecostes, a expressão favorita de Lucas, ‘cheio do Espírito Santo’, aproxima-se melhor do pleno significado do dom do Espírito. Contudo, nenhuma expressão isolada é suficientemente abrangente para transmitir de maneira adequada o significado completo do evento. Portanto, na narrativa, de Lucas, temos ao mesmo tempo um revestimento, um batismo, uma capacitação, um enchimento e um derramamento do Espírito. Conforme Lucas usa as expressões, vemos que são essencialmente sinônimas. Cada expressão fornece nuances distintivas e importantes para o significado do fenômeno complexo” (STRONGSTAD, R. A Teologia Carismática de Lucas. Trajetórias do Antigo Testamento de Lucas-Atos. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1995).
CONCLUSÃO
O Espírito Santo desceu para cumprir a promessa de que seriam cheios de poder para testemunhar por toda a terra. Essa promessa ainda é válida para a Igreja hoje, pois Deus deseja encher e capacitar seus filhos para que cumpram a Grande Comissão.
HORA DA REVISÃO
1. Quando ocorreu a descida do Espírito Santo?
A descida do Espírito Santo ocorreu no Dia de Pentecostes, festa judaica importante, 50 dias após a Páscoa (At 2.1).
2. O que significou aqueles sinais da vinda do Espírito no Dia de Pentecostes?
Significou que aquele acontecimento era, de fato, de origem divina. Aqueles sinais deixaram claro às pessoas que Deus havia realizado algo (At 2.2).
3. Por que é importante para o crente ser cheio do Espírito Santo?
É importante para que viva de forma plena e santa, a fim de que possa ser uma testemunha eficaz de Cristo.
4. Quais são algumas das atribuições do Espírito Santo na vida do crente?
O Espírito Santo tem o propósito de nos ensinar todas as coisas e nos fazer lembrar-se de tudo que Ele havia dito (Jo 14.26). Ele também nos guiaria em toda verdade (Jo 16.13). Também nos santifica levando-nos a parecer cada vez mais com Cristo (1 Co 11.1).
5. Como podemos identificar que uma pessoa está deixando o Espírito Santo guiar sua vida?
Por manifestar no seu dia a dia o fruto do Espírito.
FONT: CPAD