MARI

era uma cidade importante da Antiguidade. Situava-se no vale do
Eufrates e hoje é conhecida como Tell Harari. Sua localização era estratégica, já que
ficava na metade do caminho entre Carquemis e Babilônia. O professor André Parrot
começou as escavações no montículo de 22 ha em 1933. Nas suas muitas campanhas,
encontrou grande quantidade de material que revelava o estilo de vida dos tempos
patriarcais. Desenterrou o palácio real de Zinri-Lim, rei de Mari, que ocupava uma
superfície de 2,8 ha e continha mais de 250 habitações e pátios, além de um grande
salão de audiência, escritórios administrativos e dormitórios para funcionários de outros
países em visita. Duas das habitações eram salas de aula onde os jovens aprendiam a
leitura, a escrita e a aritmética. O propósito era prepará-los para a vida, especialmente
formá-los escribas. No centro do palácio, achava-se a capela particular do rei, que
possuía três pátios abertos. O pátio interior media 33 m de comprimento, com paredes
de 9 m de altura. Na capela, estava a estátua de Istar, deusa da fertilidade. A água fluía
através da estátua por um jarro que a deusa tinha na mão — a mesma deusa que os
hebreus chamavam “Astarote, a deusa dos sidônios” (1Rs 11:33). Nos arquivos do
palácio real, os escavadores descobriram mais de 20 mil tabuinhas, das quais 5 mil eram
cartas dirigidas ao rei por funcionários do distrito do Estado de Mari. Outras eram cartas
diplomáticas de príncipes e governadores de todas as partes da Mesopotâmia e da Síria.
Havia cartas de Hamurábi, rei da Babilônia, sob cujo poder Mari caiu no ano 32 do
reinado de Zinri-Lim. Nas cartas dos funcionários distritais havia freqüentes referências às cidades de Harã, Naor, Serugue e Pelegue e ao “montículo de Taré”, lugares
mencionados no AT. Nomes de pessoas como Reú, Taré, Naor, Abraão, Isaque, Jacó,
José, Benjamim e Davi são tão comuns nessas cartas que o dr. Albright comentou:
“Abraão, Isaque e Jacó já não parecem figuras isoladas, muito menos reflexo da história
israelita posterior. Eles aparecem agora como autênticos filhos de sua época que usavam
os mesmos nomes, se deslocavam no interior do mesmo território, visitavam os mesmos
povoados (especialmente Harã e Naor) e praticavam os mesmos costumes de seus
contemporâneos”.

 

fonte: BIBLIA THOMPSON

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